domingo, 14 de junho de 2020

De Berlim... - III

O 3º dia em Berlim amanheceu com frio e chuva.

Tínhamos feito marcação para visitar o edifício do Reichstag (o parlamento alemão) às 9 horas, e a essa hora lá estávamos. Apesar de ser gratuito, dizem que convém fazer reserva, para garantir que conseguimos entrar quando lá chegamos. Passámos pela segurança e confirmámos o que já sabíamos: os alemães não são as pessoas mais simpáticas do mundo.

Também aqui recorremos aos audioguias (são gratuitos, é só pedir), e fomos fazendo a visita guiada, começando pela subida à icónica cúpula. Lá em cima, as vistas 360º sobre Berlim são incríveis, mas o tempo estava mesmo desagradável, e entre vento e chuva, acabámos por não aproveitar tanto assim. É possível passear pelo terraço que existe nos telhados do edifício, mas eu estava mesmo desconfortável e preferi ficar dentro do edifício, tentando resguardar-me do frio. Começou aqui a minha birra matinal, que ainda demoraria algum tempo a passar... Posso culpar as hormonas, certo?




As vistas são incríveis, mas o tempo que estava...


Saindo daqui, nova passagem pela Porta de Brandemburgo, e decidimos ir até à Potsdamer Platz e visitar o Spionagemuseum


Eu, de birra...
 

A Potsdamer Platz fez-me lembrar Nova Iorque...


Confesso que a escolha por este museu foi muito prática: era perto e estava incluído no Berlin Museum Pass, que tínhamos comprado. A ideia inicial era passear pelo Tiergarten, mas a chuva não dava tréguas, e pareceu-nos muito mais sensato ir para dentro de um museu.



Faz-vos lembrar algum livro/filme?

Eu, em modo 007!
E o museu até é giro! Fala sobre a história da espionagem, que se cruza em muito com a história de Berlim no século XX, é muito interactivo com experiências e jogos que desafiam o espião em cada um de nós, dá para tirar umas fotografias giras, e é uma boa forma de passar um par de horas.

Confesso que não me lembro onde almoçámos neste dia e o programa da tarde incluiu o Jüdisches Museum Berlin. Infelizmente, a maior parte da exposição estava fechada (estão a renovar a exposição principal), mas pudemos visitar a Torre do Holocausto, uma obra de Daniel Libeskind, que não deixa ninguém indiferente.





Daqui, seguimos para o Checkpoint Charlie, e depois para o Topographie des Terrors, um centro de documentação, cuja visita é gratuita, e que nos permite fazer uma viagem no tempo àquilo que foi o Nazismo, a Gestapo, as SS, a ascensão de Hitler, e todo o horror que marcou a vida de milhões de pessoas... É pesado. É muito pesado. E é, simultaneamente, incrivelmente esclarecedor e perturbador. Ao ficar a saber mais sobre como tudo aconteceu, é inevitável ficarmos assustados com a facilidade com que tudo aconteceu. Mais assustador ainda é, nesta época, em que vemos movimentos estranhos a ganhar força e voz em alguns países... Vale muito a pena.






Façam zoom, que vale a pena...

 Voltámos para o hotel, ele foi para a passadeira correr, e eu fui... Fazer a minha sesta pré-jantar, pois claro.

Procurámos um restaurante perto do hotel, e acabámos em mais um vietnamita: o Madami - Mom's Vietnamese Kitchen. Mais uma vez, comemos bem e não pagámos muito!



E assim chegou ao fim mais um dia, comigo de rastos. Nós bem tentámos fazer esta viagem num ritmo mais calmo, mas é mais forte do que nós... Acabamos sempre a ver mais isto e mais aquilo e mais uma coisa e mais outra... Fomos tentando andar mais de transportes, para eu poupar as pernas, e ir parando e sentando aqui e ali, mas é inevitável. Estamos numa cidade nova e queremos descobrir tudo, não é verdade?

6 comentários:

  1. este episódio III foi muito rápido :P … o visitar cidades só vejo desta forma e sei bem como se chega ao hotel ao fim do dia, e contigo com esse barrigão é de te tirar o chapéu … um amuo ou outro é perfeitamente aceitável :):):) … venha o 4

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Uma pessoa vai daqui de tão longe, que tem mesmo de aproveitar ao máximo, com ou sem barriga :D

      Eliminar
  2. É fundamental manter a memória do mau que sucedeu para evitar cair-se nos mesmos erros. Hoje em dia vemos acções e discursos que remetem para esses tempos. Sabemos no que deu... Há que evitar a todo o custo cair no mesmo.
    Cada artigo teu aguça o desejo de conhecer Berlim!
    E sim, esse artefacto faz recordar um (grande) livro e filme.
    E sim também na culpa das hormonas :)
    Beijinhos e venha o IV :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O assustador é que parece que não aprendemos nada... Pensei muito nisso lá, e tenho pensado muito nisso nas últimas semanas, com tudo o que temos visto acontecer!

      Espero que lá possas ir um dia :)

      Beijinhos

      Eliminar
  3. Um dos motivos porque Berlim não está na lista da frente de visitas imediatas é exactamente porque tem muito que visitar no que se refere ao Holocausto e quero que o petiz de agora 10 anos já consiga absorver algo mas que não o traumatize ou que nos tenhamos que limitar à partida pelos conteúdos menos próprios para ele.

    A seu tempo...

    Infelizmente ainda mais com os desenvolvimentos mundiais dos últimos dias estas questões, de preservação da memória e para memória futura, têm ainda outro peso.

    Se eu estiver mais pesado, lei-se gordo, já tenho mais dificuldades em fazer este tipo de turismo, tu estando grávida é de se tirar o chapéu, a ti e se calhar também ao Louco mais Louco ;)

    Claro que é das hormonas, óbvio!

    Beijinhos e mantenham-se saudáveis e felizes.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Parece-me muito sensato. Dá-lhe uns aninhos, e já poderá absorver tudo aquilo de forma completamente diferente, com a maturidade que é exigida.

      Sem dúvida que é de se lhe tirar o chapéu a ele, que me aturou! Ahahahah!

      Beijinhos e façam o mesmo por aí!

      Eliminar

Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...