sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Das conversas de sexta-feira à noite...

Estivemos a ver o documentário Dick Johnson is dead, e, quando acabámos, eu estive a elencar as minhas preferências para quando eu morrer. Como sei que ele só ouve 10% do que eu lhe digo, fica aqui, para registo futuro:

- quero ser cremada. As cinzas devem ser espalhadas no mar. Idealmente, em Santa Maria. Mas como é meio fora de mão, o meu irmão que pegue no barco e me leve para ao pé dos golfinhos, que já não é mau. Sintra ou Monsanto também são opções válidas.

- não quero cravos no meu funeral. Nem um. Odeio cravos.

- não quero padres nem missas. Façam uma coisa qualquer gira e simbólica, quem quiser diz umas palavras, e está feito.

- quero comida e bebida. Muitas gordices e muito álcool, para afogarem as mágoas.


E é isto. Parecem-me exigências bastante razoáveis, até.

Tentei que ele me dissesse as suas preferências, mas não foi capaz. Diz que nunca pensou sobre isso. Quem é que nunca pensou sobre o seu funeral?!... E o pânico que é pensar se lhe acontece alguma coisa e eu não sei o que fazer?... Já lhe disse que tem de pensar nisso, que isto não pode ser assim: ir embora e quem cá fica que resolva... Não. Nem pensar. 

domingo, 25 de outubro de 2020

Dos 4 meses da Isabel...


Quatro meses de Isabel.

Quatro meses de descoberta, de crescimento, de deslumbramento. Os avanços são, nesta fase, gigantes. A nossa mini-pessoinha está cada vez mais crescida. Já dá gargalhadas, e derrete-nos completamente. Continua tagarela. Cada vez mais. Aprendeu a guinchar e usa e abusa da sua voz para chamar a atenção. Continua a não gostar da chucha. Decidiu deixar de gostar de andar de carro, e berra desalmadamente. Faz mini-micro sestas. Todas as noites me brinda com um jogo incrível: nunca saber quantas horas vou conseguir dormir, porque as noites dela são, ainda, completamente aleatórias. Adora a girafa Sophie, que rói com afinco. Está cada vez mais desperta para o mundo que a rodeia. Já percebeu que o Snow existe e já olha para ele. Ele continua a desprezá-la, excepção feita a uma ou outra cheiradela. Ponho-a a ouvir muita música, e gosto, sobretudo, de a pôr a ouvir coisas como Patrick Watson e The National, apenas para lhe dizer que os ouviu ao vivo quando ainda estava na barriga da mãe. Sobrevive, sabe deus como, a ouvir-me cantar para ela. Adormeço-a a cantar-lhe Silence 4 e Jeff Buckley. Danço com e para ela. Encho-a de beijos e ela enche-me de baba. Continua a chuchar no dedo. Não é por ser minha filha, mas está cada dia mais bonita. A nossa gordinha. Que nos arrebatou. Definitivamente.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Das fotografias que dão alegria... - Day 295


Por aqui, já começámos a estimular o gosto pela leitura. Neste caso, com um livro que não tem nada para ler, mas cujas folhas a Isabel já procurou agarrar e tocar. Se sair à mãe e ao pai, vai passar a vida com a cabeça enfiada no meio dos livros, pelo que bem pode começar já... 

domingo, 18 de outubro de 2020

Das fotografias que dão alegria... - Day 292

 


O passeio de hoje foi até à Caparica. O dia amanheceu cheio de nevoeiro, e custou a crer quando, à meio da tarde, saímos de casa e percebemos o calor que estava. Quando falei em irmos à praia, ele deve ter achado que eu estava louca, mas acho que o venci pelo cansaço e lá concordou. 

E que bem que soube!... As praias com pouquíssima gente, um fim de tarde espectacular, e uma caminhada à beira-mar, com a Isabel a aproveitar para fazer a sua sesta.

A minha paranóia com a Covid continua (cada vez mais) elevada, e conseguir encontrar sítios onde me sinta em segurança, pode ser um desafio... Mas este passeio pela praia fez maravilhas pela minha sanidade mental.

Boa semana, Mundo! 

sábado, 10 de outubro de 2020

Das fotografias que dão alegria... - Day 284

 


O que fazer com uma lata de leite condensado fora do prazo? Brigadeiros, pois claro.

Já que não posso correr, sempre posso comer. É parecido. 

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Das fotografias que dão alegria... - Day 283 (ou de como Monsanto é sempre Monsanto...)

Um dos últimos sítios onde fomos antes de a Isabel nascer, foi Monsanto. Não cheguei a pôr aqui as fotografias desse dia, mas talvez venha a pôr, se um dia me derem as saudades do meu estado de pequeno cachalote.

Um dos primeiros sítios onde fomos depois de a Isabel nascer, foi Monsanto. 

E um dos sítios onde fomos esta semana, foi Monsanto. 


Pegámos em nós, numa manta, nas 137 tralhas da Isabel, passámos numa hamburgueria que queríamos experimentar, escolhemos a melhor oliveira, e sentámo-nos a fazer um piquenique à sombra, com aquela vista incrível que só Monsanto nos dá.


Depois das três mil e quinhentas calorias ingeridas no almoço, fomos dar uma volta a pé, aproveitando o nosso carrinho todo o terreno. A Isabel dormiu, e nós respirámos fundo, para aproveitar aquele cheiro único dos pinheiros.
 

O luxo que é termos algo assim em plena cidade de Lisboa, não tem preço...

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Das fotografias que dão alegria... - Day 282 (ou da minha paixão por Van Gogh...)

 


Hoje fomos visitar a exposição Meet Vincent Van Gogh, que está em Belém até Janeiro. 

É uma experiência engraçada, que se pretende muito interactiva, com recurso às mais diversas tecnologias, e que nos permite ficar a conhecer um pouco mais da vida e obra de um dos mais importantes pintores da nossa história. 

Eu sou apaixonada pelo Van Gogh. Não foi uma paixão fácil ou imediata, mas foi uma paixão que foi surgindo, quanto mais o conhecia e descobria a sua obra. Quando li o livro "A Casa Amarela", percebi que havia muito mais por detrás daquelas pinceladas errática e aqueles amontoados de tinta. 


Há uma linha muito fina que separa a genialidade da loucura, mas em Van Gogh essa linha está muito esbatida. Ele era um génio, mas também era um louco. No meio de toda aquela instabilidade mental, ele conseguiu uma produção artística incrível (sobretudo, porque só produziu durante 10 anos), que, como se sabe, só foi devidamente reconhecida após a sua morte. Van Gogh tem uma história triste, dura, pesada. E isso só confere ainda mais beleza à sua obra. 


Vão ver, se puderem. E se puderem mesmo muito, vão ao Museu Van Gogh em Amesterdão. É só dos melhores museus que eu já visitei. 

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Das fotografias que dão alegria... - Day 280


Hoje fomos apresentar-lhe a Gulbenkian. Ainda é cedo para que ela se delicie com os patos e patinhos, mas eu fiz a festa por ela. 

Andar pelos jardins da Gulbenkian é fazer uma viagem no tempo. Passei muito tempo naqueles jardins a estudar (e não só), e perdi a conta às vezes que visitei ambos os museus. 

Ficou a vontade de lá voltar, daqui a uns tempos, para que a Isabel já possa usufruir de tudo o que ali há. 

 

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Das fotografias que dão alegria... - Day 279


Nutro um carinho especial pela Torre de Belém. Não sei bem por que motivo. Talvez por ser do estilo manuelino. Todos os edifícios manuelinos são bonitos. Mas a Torre de Belém é particularmente bonita. E hoje a Isabel foi conhecê-la. 

Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...