Faz hoje 3 meses que regressámos de Berlim e pareceu-me um dia tão bom como outro qualquer para começar, finalmente, o relato desta viagem.
Nestes 3 meses mudou tanta coisa, que parece que a viagem foi noutra vida, mas precisamente por isso, e por ter sido tão boa, não podia não a eternizar aqui!
Berlim era, para mim, um sonho muito antigo. Não que vivesse fascinada com a cidade, mas há anos que tinha a certeza que tinha de lá ir um dia. Quando começámos a pensar numa viagem para os meus anos (já que só faço de 4 em 4, que seja em bom!), surgiu Berlim em cima da mesa. Ele não estava convencido, porque a probabilidade de apanharmos mau tempo era elevada. Mas a verdade é que no final de Fevereiro, está mau tempo em 90% da Europa, pelo que ele não me conseguiu apresentar nenhuma alternativa que me convencesse. Ficou Berlim.
Marcámos a viagem 3 semanas antes de descobrirmos que eu estava grávida. Estávamos a tentar mas, como não achávamos que fosse acontecer, marcámos a viagem na mesma, para que os preços não escalassem. Ainda assim, houve alguma sensatez na minha pessoa e, contrariamente ao que é habitual neste tipo de viagens que fazemos, eu teimei que devíamos ir 5 dias, para evitar as correrias e canseiras habituais. Era o meu aniversário, eu queria passar lá o dia 29, e poder regressar no dia seguinte com calma. E assim foi. Na prática, aproveitámos 4 dias completos. Primeira dica: chega perfeitamente para ficar com uma visão geral de Berlim.
No dia 26 de Fevereiro, quarta-feira, aterrámos em Berlim a meio da manhã. O aeroporto é meio estranho, mas está tudo bem indicado e facilmente encontrámos o autocarro que precisávamos para chegar à Estação Central de Berlim, onde iríamos apanhar o comboio para perto do nosso hotel. No geral, achei que os transportes funcionavam muito bem, com imensas alternativas e a preços simpáticos.
Olá, Berlim! |
O nosso hotel foi o The Student Hotel Berlin. Foi ele que o escolheu e eu confesso que torci um bocadinho o nariz, só pelo nome. Achei que seria mais tipo hostel, meio caótico, barulhento, e algo para o qual não teria paciência mas... Tive de engolir cada palavrinha, porque adorámos o hotel! Para quem procura um hotel tradicional/clássico, esqueçam. Mas é um excelente hotel, de 4 estrelas, com pormenores deliciosos e que faz as delícias de quem procure um sítio diferente e cheio de pinta. Afinal, estávamos em Berlim, não é verdade?
E eu achava que era só nos móteis que davam preservativos... |
A localização também era óptima, a 5 minutos a pé da Alexanderplatz, a caminho da qual tínhamos um centro comercial grande, com supermercado, área de restauração, cafés para tomar o pequeno-almoço (achámos o do hotel caro e optámos sempre por comer na rua), etc. Havia ainda uma paragem de autocarro, literalmente, à porta do hotel. Noutras alturas, estes pormenores podiam não ser muito relevantes, mas quando se apanha tempo frio e alguma chuva, faz toda a diferença!
O planeamento desta viagem foi feito um bocadinho (só um bocadinho) em cima do joelho, numa altura em que eu já estava grávida de 5 meses, e só tinha uma certeza: tínhamos de reduzir, e muito, o nosso ritmo habitual. Além disso, Berlim é uma cidade meio estranha, em relação à qual tive alguma dificuldade em perceber quais as coisas a não perder. Mas lá consegui traçar um plano!
Para o primeiro dia, e tendo em conta a hora a que íamos acordar e a hora a que íamos chegar, planeei uma tarde calma, mais de introdução a Berlim do que outra coisa.
Almoçámos perto do hotel, e seguiu-se um passeio a pé pela zona, que incluiu a Alexanderplatz, a Rathaus, a Neptunbrunnen e a St. Marienkirche.
As Bolas de Berlim originais! |
Construção deliciosa em Lego da Rathaus. |
Depois desta volta, apanhámos um autocarro para o destino seguinte: East Side Gallery.
Curioso como imaginava o muro tão maior... |
Claro que, a dada altura, aqui a grávida precisou de fazer uma pausa para repôr energias e descansar as pernas.
Com o cair do dia, regressámos ao hotel, onde eu aproveitei para uma mini sesta e ele foi para a passadeira do ginásio do hotel correr (ele é mais louco do que eu, não é verdade?).
Saímos para jantar, num restaurante típico alemão perto do hotel, e aterrámos na cama, que o dia já ia longo...
Até amanhã, Berlim!
Tenho Berlim na lista de desejos. Estava a aguardar ir à Maratona mais rápida que lá se disputa (dos últimos 7 records mundiais, 6 foram em Berlim) para associar a visita à cidade. Como participar na Maratona de Berlim ardeu, espero irmos num dos próximos anos na única vertente de turismo (se o virus deixar).
ResponderEliminarOra, se tinha vontade de conhecer Berlim, o teu artigo mais aguçou o apetite!
Não deste foi uma opinião: O que achas melhor, as originais bolas de Berlim ou as nossas?
Beijinhos e fiquem bem!
Com ou sem corrida no programa, acho que é mesmo uma cidade que vale a pena :)
EliminarQuanto às bolas de Berlim... São boas, mas... As nossas com o nosso recheio, comidas à beira do nosso mar depois de um bom mergulho, não têm preço :D
Um beijinho!
Ai Berlim Berlim…. adoro essa cidade :) … venha de lá o próximo capitulo, rápido :)
ResponderEliminarO mais que tudo correu no tapete com tanto Berlim para descobrir a correr? Aiiiiii … :P
Está no forno... Isto anda tudo muito lento por aqui :)
EliminarVais ter de esperar pelos próximos capítulos! Ahahahah
Ainda não conheço e estamos aqui tão perto mas as saudades de casa acabam por falar mais alto e voltamos sempre a portugal...
ResponderEliminarPercebo... Mas olha que estando tão perto, merece uma escapadinha num fim-de-semana alargado ;)
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