Das fotografias que dão alegria... - Day 243

Até breve, Monte Branco! 

Das fotografias que dão alegria... - Day 242

Nid d'Aigle. 2412 metros de altitude. 

Das coisas que nos saem naturalmente...

Vamos, neste preciso momento, no Tramway du Mont-Blanc, que é um comboio amoroso, com umas carruagens de 1957, que não inspiram a maior confiança do mundo, e que sobe quase 2000 metros em altitude, em cerca de uma hora. 

Há bocado, diz-me ele que isto é mesmo inclinado e que espera que não haja nenhum acidente.

A única coisa que eu lhe respondo é que se morresse aqui, morria feliz. Antes morrer aqui do que morrer atropelada por um tuk-tuk no Chiado. 

Das fotografias que dão alegria... - Day 241

Dia de andar na estrada, de autocarro e de comboio, a acompanhar o OCC. Não é fácil assistir a uma prova do lado de fora e não poder correr, mas assistimos a cenas incríveis, vemos verdadeiros heróis, e temos a certeza de que quando queremos muito uma coisa, conseguimos. Porque a corrida diz muito mais sobre nós, do que se possa imaginar. 

Das fotografias que dão alegria... - Day 240

Eu acho que sou daquelas que corre, invariavelmente, 90% com a cabeça e 10% com as pernas... 

De como a nossa vida muda quando vimos ao UTMB, mesmo que em modo roadie...

Já tenho um buff da Buff. 

É desta que eu começo a correr a sério!

Contextualizando: a Buff está com uma excelente campanha, durante a semana do UTMB, na qual foram espalhadas por Chamonix 4 máquinas onde podemos entregar garrafas de água vazias para reciclar, e, em troca, recebemos um talão.

Com esse talão, basta ir ao stand da Buff na feira do UTMB, eles lêem o código de barras que lá está e ou ganhamos 10% de desconto na loja da Buff ou ganhamos um prémio. A mim, saiu-me um desconto de 10%. A ele, saiu-lhe um buff. Como ele queria comprar o boné oficial da prova, eu fui muito generosa e dei-lhe o meu desconto. Em troca, ele deu-me o buff. Perfeitamente justo.

Além disto, a personalização dos produtos da marca era gratuita. 

É uma marca cara? Sim. Mas sabem o que fazem e é assim que se conquistam clientes. 

Das fotografias que dão alegria... - Day 239

Gorges de la Diosaz. 

Do maior drama de Chamonix...

Uma pessoa sentir-se gorda. Balofa, mesmo.

Eu nunca vi tanta gente fit por metro quadrado. É só gente magra, musculada, e com, pelo menos, mais meio metro de altura do que eu. 

Chamonix não foi feita para lontras, não.

Das fotografias que dão alegria... - Day 238

Ou de como há dias (e sítios), em que é impossível escolher só uma fotografia. 

Das fotografias que dão alegria... - Day 237

Palavras para quê?... 

Das fotografias que dão alegria... - Day 236

Tive uma dificuldade tremenda em escolher a fotografia de hoje. 

Fica esta, de Annecy. Porque foi uma pequena grande surpresa que me apaixonou completamente. 

Das fotografias que dão alegria... - Day 235

Não tenho lido tanto quanto gostaria. E muito menos tenho lido em papel. Abençoado Kindle, abençoados livros oferecidos e emprestados. 

Mas um dia destes perdi a cabeça e encomendei estes 4, já a pensar nas férias. Em formato paperback, para serem leves e facilmente transportáveis. Quer para levar para a praia, quer para andar com eles atrás quando regressar ao trabalho. 

Sem desculpas. Para que possa aproveitar cada bocadinho morto para ler mais umas páginas, ao invés de me perder no telemóvel e nas redes sociais. 

Para que o meu tempo possa ser mais útil, mais produtivo, mais sereno. 

Das perguntas que me fazem...

Ontem dizia-me ele, como se nada fosse:

- Não gostavas de ir passear à Madeira em Abril?...

Entendedores, entenderão... 

Do dress code para o UTMB...

Dizia-me ele ontem...

- Ah! Eu nem estava a pensar levar roupa que não fosse de desporto para as férias.

Pára tudo. Como assim?! Nem umas calças de ganga?, pergunto eu, meio incrédula.

- Não estava a pensar nisso. Como vamos andar lá sempre a passear e a fazer caminhadas... 

E é isto. Se eu já andava há uns dias a panicar com o que raio levar para Chamonix, agora ainda fiquei mais baralhada. 

Não vamos apanhar grande tempo. A previsão é de chuva e tempo fresco, com direito a trovoada, o que nos levanta algumas preocupações para a prova dele, e a mim me preocupa em relação à roupa. 

Ontem ele já me foi comprar um casaco polar à Decathlon, que era coisa que, obviamente, não existia no meu roupeiro, e é coisa que vai dar bem jeito quando estivermos lá no cima do monte e estiverem qualquer coisa como 0 graus... 

As temperaturas previstas serão entre os 10 e os 20 graus, mais coisa, menos coisa, o que é perfeitamente gerível. Mas sempre que começarmos a subir, e vamos subir muito muitas vezes, vai arrefecer. 

Portanto, roupa de desporto, roupa em camadas... Luvas e gorro, talvez?... 

Sandálias já percebi que escuso de levar. Ténis de trail, ténis de estrada, ténis normais... 

35 anos de vida e deu-me para isto. Está certo. 

Das coisas que me ocupam os pensamentos pela manhã...

Estou cansada deste corpo.

Não sei quando foi a última vez que tive uma relação saudável com o meu corpo. Não sei se alguma vez tive uma relação saudável com o meu corpo. Não gosto particularmente deste corpo que habito. É um facto. Na maior parte dos dias, temos uma relação cordial de tolerância mútua. Eu tento tratá-lo o melhor possível, numa vã tentativa de me redimir dos erros do passado, ele tenta não me chatear muito. 

Mas há dias em que a relação fica difícil. Há dias em que ele me cansa, em que ele me irrita, em que ele me revolta.

Sim, eu sei. Há por aí tanta gente com coisas gravíssimas e eu aqui a lamuriar-me das minhas pequenas coisas. Eu sei. É estúpido. Mas eu também tenho direito a ser estúpida de quando em vez. E, hoje, as minhas pequenas coisas chateiam-me. Este pequeno corpo defeituoso chateia-me. Chateia-me esta carga genética. Chateia-me que tenha de haver sempre qualquer coisa que não está bem. Chateia-me começar o dia com mais uma porcaria de um exame, que me devia dar ânimo e esperança, e que só serviu para me deixar com dúvidas na cabeça.

Também me chateia a minha falta de resiliência, diga-se. Eu chateio-me a mim própria. Bastante facilmente, até. Uma pessoa quando vai numa corrida, seja de 5 ou de 42 quilómetros, sempre sabe que existe uma meta, um objectivo, um final, que será atingido. Nesta relação com o meu corpo chateia-me não saber bem que final é esse, não saber se vou atingir algum objectivo, não saber nada, na verdade. E chateia-me a facilidade com que eu me abato, com que eu baixo os braços, com que eu tenho vontade de me fechar na concha e de desistir de todo e qualquer esforço. É estúpido. Eu sei.

Amanhã eu sei já passa, mas agora estou assim...

Das fotografias que dão alegria... - Day 221

Já que não posso ser magra, que seja feliz. 

A comer, pelo menos.

(Restaurante Espada, Cais do Sodré) 

Das fotografias que dão alegria... - Day 219

Coisas que ele me traz quando vai para fora... 

Da minha ausência por aqui...

Poderia dizer-se que estarei de férias, mas não é o caso.

Simplesmente, não me tem apetecido escrever. Ando mais introspectiva. Há muita coisa a acontecer à minha volta. Há muita coisa a acontecer em mim. Estou numa fase decisiva da minha vida. Uma fase de muitos medos, dúvidas, incertezas, que se misturam e confundem com esperanças e desejos. 

À minha volta, vejo mundos e rochedos a desmoronar-se. Vejo o certo virar incerto. Vejo tristeza, revolta, frustração e mágoa. Não tomo para mim as dores dos outros, mas é impossível ficar-lhes indiferente. 

Mundo estranho, este. Inventamos tanta coisa, e não inventamos o que mais importa. 

Podemos saltar já para Dezembro?... 

Das fotografias que dão alegria... - Day 214

Há vinte anos atrás, a uma sexta-feira à noite, eu estaria no Paradise Garage ou no Whispers, a dançar até ser dia.

Agora? Contento-me com umas invenções na cozinha e um episódio de Stranger Things.

Podes vir, 3ª idade. Estou pronta. 

De Geneva, do UTMB e de Chamonix...

Imagem tirada algures da net

Os mais distraídos talvez ainda não tenham percebido, mas, daqui a pouco mais de 3 semanas, esta que vos escreve estará a caminho de uma das provas de referência do Trail mundial: o Ultra-Trail du Mont-Blanc.

Os mais leigos poderão pensar que eu vou participar. Não vou. Obviamente, não vou. O UTMB é só para cromos a sério, implica pontos de qualificação obtidos em outras provas, sorteios e coisas. Quem vai, naturalmente, é o louco-mais-louco-do-que-eu, para fazer jus ao nome que lhe dou.

Vamos voar para Geneva, vamos alugar carro, e vamos ficar alojados muito perto de Chamonix. Queremos aproveitar para descansar, treinar (pois...), passear muito e ficar a conhecer mais um pedaço de céu na terra.

Dicas em geral e em particular? Onde ir? O que ver? Sítios imperdíveis? Melhor fondue de queijo? O que não vale a pena porque é só mesmo para turistas e não é assim tão giro? Como sobreviver ao UTMB? Quanto tempo devemos dedicar a Geneva? Outras informações relevantes?

Grata!