quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Quando todos fazem os últimos pedidos para 2010...

Posso fazer um pedido para 2009? Posso? Posso?


Querido estômago,

Eu reconheço que não te tenho dado a devida atenção, mas podes, por favor, parar de reclamar? Vá lá, é a última noite do ano e eu tenho mil e um petiscos à minha espera, e ainda me falta uma hora de trabalho e uma hora de carro para chegar ao meu destino. Se tu não colaboras, não vai ser fácil! Eu prometo que em 2010 te dou mais atenção, e vou aos Capuchos buscar a eco, e marco consulta para o teu querido gastro para ele ver a eco e a biópsia, e te receitar um tratamento adequado. Mas hoje, só hoje, dá-me um descansozinho. Sim?

Adeus ano velho, olá ano novo!

Ontem ao almoço fizemos o primeiro prato na nossa Bimby: Lulas com molho de Mostarda. E estava tão bom! Claro que não é preciso uma Bimby para fazer este prato, mas com a Bimby é tão mais fácil!

E ontem cheguei do trabalho e pus-me a fazer o maravilhoso bolo de chocolate. Só a Bimby para me pôr a cozinhar à meia-noite... Queria comê-lo logo, mas é para levar para a passagem de ano... Mal posso esperar para o devorar!

E agora é aquela altura em que se diz o que correu bem e mal no ano que hoje termina, e que se diz o que desejamos para o próximo ano, and so on. O que é que eu posso dizer? 2009 foi um bom ano, casei, montámos a casinha, comecei o estágio, e muitas outras coisas. Como optimista (disfarçada) que sou, não consigo salientar nada de mau em 2009. Se 2010 for assim, já me dou por feliz! Só pedia era um empregozito, que o estágio está a terminar e eu não me vejo a continuar aqui... Mas se não vier o emprego na área, também não sou pessoa de ficar parada, e há aí muito trabalho para fazer, e há o meu Mestrado para começar, e pós-graduações, e cursos e workshops, e tudo e tudo o que não pude fazer este ano porque o horário do estágio não me permite. Para 2010 uma coisa é certa: vou voltar a estudar. Sinto-me a estupidificar todos os dias mais um bocadinho.

E como não desejei bom Natal a ninguém, desejo um excelente ano 2010, com o que vos fizer mais feliz (seja encontrar o amor eterno, seja um closet com 300 pares de sapatos, seja uma conta com muitos zeros, ou uma viagem à volta do mundo! - este ano é à escolha do freguês). Sejam felizes, que é o que mais importa!

sábado, 26 de dezembro de 2009

Sou uma bimba!

O marido enlouqueceu e ofereceu-me uma Bimby. Sim, uma Bimby. Eu chorei, eu ri, eu tive falta de ar, eu ia morrendo e toda a gente achou que me ia dar uma coisinha má, quando comecei a rasgar o papel e vi as letras "Vorw". Ele passou-se. Mesmo! Ele andava há imenso tempo a espicaçar-me a dizer que ia adorar a minha prenda e que ia chorar e tudo e tudo. E tinha razão. É que não estava mesmo nada à espera! Estava mesmo a leste... Mas gostei tanto! Agora falta-me arranjar uma vida normal como as pessoas, e ter tempo para cozinhar. Em Abril. Em Abril eu vou um mês de férias (qualquer sítio serve) e depois volto ao mundo das pessoas normais, com empregos normais e horários normais. O mundo das pessoas que não trabalham dia 24 e o mundo das pessoas que não estão hoje a trabalhar. Em Abril. Ou não.

O Natal passou-se. Prendinhas, comidinha, bebida, beijinhos e abracinhos. Só ontem, estivémos em quatro casas diferentes. E hoje voltamos a casa dos meus pais, para fazer o Natal com o meu irmão que deve ter chegado há bocado do Brasil. E amanhã há almoço na minha mãe. E não paramos de comer e beber! Mas a partir de dia 1 (de dia 2, pronto!) vou entrar em contenção de calorias ingeridas. A Bimby que se prepare para fazer muitas sopinhas e suminhos e coisinhas leves (e um leite creme e o bolo de chocolate e só assim mais uma coisa, ou duas, ou três...).

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Dos Presentes...

Vou ali abrir os presentes na minha quinta do facebook. Parece que no mundo do facebook, podemos abrir os presentes mais cedo e tudo (ou então deve ter algo que ver com fusos horários e coisas afins)...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Do Natal... - II

E como já praticamente toda a gente que costumo ler deixou os seus votos de Feliz Natal, a que eu já respondi, agradeci e retribuí, considero escusado estar a colocar aqui mais um post a desejar Feliz Natal ao mundo da blogoesfera. Já chega.
E sim, estou com a neura. E sim, não estou com a mínima vontade de comemorar o Natal. Se calhar, amanhã a esta hora já vou estar mais animada (ou não). Mas não estou mesmo com vontadinha nenhuma. Nenhuma.

Isto deve ter algo a ver com o facto de eu este ano já estar a trabalhar a sério, e, por isso, já não ter aqueles dias que antecedem o Natal para me ir mentalizando verdadeiramente para ele. Não. Este ano trabalha-se. Trabalha-se hoje e trabalha-se amanhã. É só até às duas, vá lá, que o chefe foi simpaticozinho. E depois é ir para casa a correr, preparar-me para a grande noite. Já referi que não tenho vontade nenhuma de celebrar o Natal? Já? Era só para confirmar.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Dos presentes natalícios que eu preferia não receber...

Acordei com o carteiro a tocar-me à porta, para me entregar, finalmente, a prenda para o meu pai! Confesso que suspirei de alívio, pois já andava a pensar numa alternativa, caso esta não chegasse a tempo...

E ainda consegui ir comprar o presente que faltava, e dois ou três que surgiram entretanto.

Não é que o chefe se lembrou de me oferecer um presente? Ontem aparece-me aqui com dois sacos, e diz-me que um é para mim e o outro para a minha colega. A minha expressão deve ter andado próxima do "Wtf?!". Porque é que as pessoas acham que devemos trocar presentes? Já a minha colega me tinha também comprado um presente. Porquê senhores? Qual é a necessidade? Não entendo... Eu adoro comprar e oferecer presentes. Mesmo! Ainda hoje comprei mais um para o meu irmão (só porque sim e porque era giro e porque ele vai gostar) e comprei mais um para os pais (só porque sim e porque dá jeito lá para casa), e ainda vou comprar mais para o marido e tudo e tudo. Mas estas pessoas são da minha família! Comprar presentes para pessoas que não são sequer minhas amigas, não tem muito sentido para mim. Sim, é Natal, e somos todos queridos e fofos e generosos and so on... Mas não havia necessidade! É que não havia mesmo... E portanto hoje toca de ir inventar presentes para oferecer, a pessoas que mal conheço, só porque sim...

domingo, 20 de dezembro de 2009

Do Natal... - I

Pois é, já entrámos na semana do Natal! Adoro o Natal mas este ano, confesso, não estou muito motivada...

O Natal já não vai ser em nossa casa. Os sogros e os cunhados, que já estavam confirmadérrimos, decidiram não passar nem a noite nem o dia connosco, o que me deixou logo com pouca vontade de organizar tudo lá em casa. A juntar a isto, o meu irmão mais velho vai dia 24 para o Brasil e só volta dia 26, e o mais novo está a trabalhar até às 19h, no Algarve. Não me apetecia fazer um Natal com oito pessoas. Acho que prefiro fazer para o ano, uma coisa como deve de ser. E garanto que o farei, esteja quem estiver.

Em relação aos presentes, desde o dia 9 que tinha 28 dos 30 presentes comprados. Ontem comprámos um dos que faltava, e agora só falta mesmo o do meu irmão e da minha cunhada (o presente estava em suspenso, dependente do resultado da amniocentese que ela teve de fazer). E ontem também chegou o calendário que encomendei, e que superou todas as expectativas! Acho que eles vão adorar! Agora só estou mesmo preocupada com o presente do meu pai, que foi encomendado do Reino Unido e ainda não chegou... Mas estou bastante satisfeita porque este deve ter sido o primeiro ano em que consegui despachar as prendas todas atempadamente, sem stress, escolhendo o presente certo para cada um! E adoro ver a árvore de Natal cheia de presentes (só mesmo a Lady é que deve adorar mais do que eu...)!

sábado, 19 de dezembro de 2009

It's just one of those days...

Adormeci a pensar em ti. A tentar compreender. A tentar aceitar.

Continuo sem compreender. Continuo sem aceitar. Continuo a lembrar-me de ti sempre que passo naquele fatídico sítio. Continuo a não esquecer as palavras da R. quando, há 5 anos atrás, me disse que o L. lhe pediu para me contar, que eu devia querer saber. Fiquei estática. Sem reacção. Perguntei-lhe se estávamos a falar da mesma pessoa. Se era mesmo verdade. Se ela tinha a certeza. Ela confirmou. Ela não fazia ideia de quem tu eras e não percebia porque é que o L. queria que eu soubesse. Também não lhe expliquei. Não consegui. As lágrimas caíram, caíram, caíram. Durante horas, dias, continuaram a cair. E eu continuo a tentar perceber. Continuo a pensar em ti e a não aceitar. Continuo a recusar-me a ver o DVD daquele concerto. O concerto em que nos conhecemos e em cujo DVD apareces. O DVD que eu só consegui ver uma vez depois de receber a notícia. E chorei, chorei muito. Chorei por não perceber, por não compreender, por não aceitar, por achar injusto. Chorei e não voltei mais a ver o DVD. Não sou capaz.

Não sei lidar com o desaparecimento das pessoas, sejam elas mais ou menos próximas. Não sei. Talvez porque, felizmente, ainda não me deparei com essa situação muitas vezes. Que me lembre, tu foste a primeira pessoa que eu vi partir. Foste a primeira pessoa que estava cá, e depois já não estava. E eu fiquei com tanto para dizer. Acho que é inevitável esta sensação, sempre que perdemos alguém. Eu, que sou extremamente racional, não consigo compreender que vida é esta, e que lógica há, em existir e desaparecer. Compreendo a fisiologia do processo, mas não compreendo a lógica. Como é que uma pessoa está e deixa de estar? E continua a estar? Está ali, à nossa frente, mas não está mais cá? Não percebo. Não aceito. Não compreendo.

Morro de medo da morte. Morro. Não da minha, que essa pouco me importa, mas da dos que me são mais próximos. Durante uma grande fase da minha vida tinha para mim que quando completasse uma certa idade (muito definida na minha cabeça), poria fim à minha vida. Por egoísmo, só. Por saber que não sou capaz de lidar com o desaparecimento das pessoas que me rodeiam. Não sou. Não quero sequer imaginar o desaparecimento de algumas pessoas. Que sentido é que tem viver depois disso? Não tem! Não tem sentido nenhum. Nem tem sentido viver. Vivemos para morrer, apenas. E, depois, há aqueles que morrem precocemente e que deixam um sentimento de injustiça ainda maior. Não se aceita. Eu não aceito. Continuo a não aceitar.


A ti, perdoa-me por não ter sido capaz de te ter ido visitar. Pedi ao L. o teu nome completo e perguntei-lhe onde é que tu estavas. E queria, queria muito ir visitar-te, mas não fui capaz. Também, pouco importa. Para mim, não é ali que tu estás. Tu estás nas minhas memórias. Estás no meu pensamento. Estás em mim. E vais estar sempre. Sempre.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Das escapadinhas... - II

Passou a correr, como se previa, mas soube tão bem! Nem chegaram a ser dois dias, mas tiveram sabor a férias, tal era a nossa necessidade de desligar um bocadinho do Mundo.

Estivemos no Your Hotel & SPA Alcobaça, e adorámos. Chegámos na segunda-feira por volta das nove horas e fomos só pôr as coisas ao nosso quarto, onde uma cesta de bombons estava à nossa espera. O nosso quarto era este e estava muito quentinho quando lá chegámos!


Saímos para jantar, comemos até não podermos mais, e ainda fomos espreitar o Mosteiro de Alcobaça, por fora, claro! À meia-noite dei as prendas ao marido, que ele adorou!

No dia a seguir, acordámos com o empregado a trazer-nos o pequeno-almoço à cama, e descemos para o SPA! No SPA, deliciámo-nos durante uma hora e meia na Hidroterapia, que incluía sauna, jacuzzi, uma piscina gigante de massagens, e ainda mais alguns circuitos. Soube tão bem! E a cereja no topo do bolo foi que tínhamos o circuito de Hidroterapia todinho só para nós!

Quando já estávamos completamente enrugados de tanto tempo na água, passámos à sala das massagens, onde nos deixaram ainda mais relaxados!


E como tudo o que é bom, acaba depressa, tomámos um duche, fizémos o check-out, fomos almoçar a São Martinho do Porto, e voltámos para Lisboa! Mas eu podia habituar-me a viver assim... Se podia!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Das escapadinhas... - I

Hoje vamos dormir aqui:


O marido faz anos amanhã e eu fiz uma reserva neste hotel. Mas ele não sabe! Só sabe que tem de ter a mala feita e vir buscar-me ao trabalho às sete. Ele está um bocado baralhado porque eu disse-lhe que tem de levar calções de banho, o que não faz muito sentido com o frio que hoje se faz sentir! Espero que ele goste da surpresa... Vai ser só uma noite, muito a correr, mas vai saber tão bem!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Trânsito...


Ninguém merece! Não basta ter de vir trabalhar a um Sábado de manhã, e ainda tenho de partilhar o meu Eixo Norte-Sul com mais oitocentas pessoas? Não acho justo...

As pessoas deviam estar em casa, no quentinho da cama, a fazer conchinha, a tomar um belo pequeno-almoço, a ver televisão, sei lá! Tudo menos andarem a criar trânsito nesta bela cidade à beira-mar plantada... Cheira-me que quando sair, às sete, ainda vai estar pior!...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sugestões de Natal...

E como eu gosto muito de partilhar, aqui fica mais uma sugestão para presentes de Natal:



Calendários personalizados! Directamente do Foto.Com. São giros, giros, e baratos, baratos! Podem ser personalizados com fotos, textos, com fundos diferentes, com tudo o que se queira. Há para todos os gostos e todos os bolsos.

Eu encomendei um de parede em tamanho A3, para oferecer a uns tios do marido, que são os pais da afilhada dele e que foram nossos padrinhos de casamento, e personalizei com fotos deles e, sobretudo, das filhotas deles quando eram mais pequenas. Acho que ficou bem giro, e acho que eles vão gostar. São daquelas pessoas a quem não é fácil oferecer presentes porque, felizmente, têm tudo o que querem e precisam, e obrigam-nos a puxar mais pela imaginação. Assim, optámos por uma prenda que tem, sobretudo, um grande valor simbólico porque foi feita a pensar mesmo neles!

Acho que, mais do que pelo valor monetário, os presentes de Natal devem ser escolhidos por aquilo que representam para quem oferece e para quem recebe. Para mim, pelo menos, não há nada melhor do que receber uma prenda que é mesmo "a minha cara", custe ela um euro, ou cem. Porque mais importante do que o seu valor, é saber que aquela pessoa gosta de mim e que se preocupou em perder o seu tempo para encontrar a prenda certa para mim! E, claro, se gosto desta sensação ao receber, ainda gosto mais dela ao oferecer!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Dos Choques...


Ontem passei pela minha antiga escola (que será sempre a minha escola, mesmo tendo eu passado por outras), e, como sempre que passo por lá (o que é raro), não pude resistir a olhar para ela. E olhei. Mas não havia escola. "Onde é que está a minha escola?", perguntei eu ao marido, deixando-me ficar de queixo caído. Fiquei em choque. No lugar onde havia a minha escola só existiam andaimes, uma parede em pé (onde está um painel do mestre Querubim Lapa), e meio edifício. O resto, tinha desaparecido.

Fiquei chocada, de coração apertado, de lágrimas nos olhos. Aquela escola não era uma escola qualquer. Não é fácil explicar isto, e muito menos deve ser fácil para quem lá não estudou, compreender. Mas aquela escola era uma escola diferente, especial. Foi naquela escola que passei alguns dos melhores momentos da minha vida, e também alguns dos piores. Foi ali que vivi grandes amizades, amores, alegrias, tristezas, conquistas e derrotas.

Foi ali que vi, pela primeira vez, aquele que foi o grande amor da minha adolescência. E foi ali que nos vimos, uma e outra vez. E foi ali que namorámos, que nos fomos conhecendo e dando a conhecer, que nos tornámos cúmplices, que rimos, que chorámos, que nos entregámos um ao outro. E também foi ali que decidimos que cada um devia seguir a sua vida. E foi também ali que, na noite do Baile de Finalistas, eu percebi o sentido da expressão desgosto de amor. Não que fosse o primeiro, mas daquela vez foi a doer. Tanto, tanto. Ainda assim, aquela escola é para mim sinónimo de alegria. De momentos bons. De sorrisos e gargalhadas. De festas. De casas-de-banho mistas (que foram, para mim, uma grande novidade). De corridas pelos corredores. De sessões de espiritismo numa qualquer casa-de-banho das catacumbas. De consumo de substâncias menos lícitas, que nos deixavam tolinhos, mas felizes. Bolas, fui tão feliz ali! E agora o meu "ali", são umas paredes destruídas. Deve ser isto que as pessoas mais velhas sentem ao envelhecer, e ao ver os sítios por onde passaram a serem destruídos. Custa, dói, mas ninguém me rouba os momentos que lá vivi. Ninguém.





E, masoquista que sou, fui pôr-me a ler o post que escrevi na noite do Baile, há sete anos atrás. E agora, para não ir cortar os pulsos, vou ali encher-me de chocolates, pensar no Natal e tentar ignorar o rebuliço de emoções que para aqui vai.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cartões de Agradecimento...

Já escrevi doze cartões de agradecimento (do casamento), mas olho para aquele monte ali ao lado e parece que ainda faltam todos!...

Pára tudo!!!

Eu sei que estamos em Dezembro. E eu também sei que Dezembro é o mês do Natal.

Mas, mais do que isto tudo, eu sei que usar gravatas alusivas ao Natal é qualquer coisa de muito bera. Mas é verídico. Acabei de me cruzar com um senhor muito bem parecido, de fato (o fato talvez demasiado pequeno face à zona abdominal do senhor), e com uma bela gravata que intercalava àrvores de Natal com Pais Natal. E eu fiz um esforço muito grande para tentar compreender o que é que leva uma pessoa a andar a passear-se assim, mas não consigo compreender. Mesmo.

Aqui há dois anos ofereci ao marido uma gravata de Natal (que tocava música e tudo!). A ideia (além de gozar com ele) era que ele a usasse na festa de Natal do Jardim-Escola dele. Mas acham que ele a usou? Não. Nem aí. Nem rodeado de criancinhas que iam adorar uma gravata com o Pai Natal e com música e tudo. Nunca a usou. E há duas ou três semanas estava no monte das gravatas que ele seleccionou que são para irem a uma nova vida. Porque é isto que os homens normais fazem às gravatas de Natal: expulsam-nas dos seus roupeiros (mesmo quando foram tão gentilmente oferecidas por esposas queridas e fofas).

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tenho uma nova paixão...

Esqueçam lá os Louboutin, o carro novo, e essas coisas todas. Estou apaixonada pelo Van Gogh. Estou. Nunca pensei. Sempre que me cruzava com um quadro dele a modos que torcia o nariz porque achava os seus quadros demasiado à frente. Mas não. O senhor era um génio. Um génio. E eu descobri isto como? Lendo o livro "A Casa Amarela", de Martin Gayford, que fala sobre os últimos tempos da vida de Van Gogh e do período em que ele viveu em Arles com Gauguin.

E agora quero os livros que estão ali em cima, que são nada mais nada menos do que as famosas cartas que Van Gogh escreveu. E Van Gogh escreveu muitas cartas, e muito importantes, porque ajudam a perceber um bocadinho (só mesmo um bocadinho) o que é que lhe ia na cabeça e o que estava por detrás de todo aquele génio criativo. São seis livros, mais de 900 cartas, mais de 4300 imagens, os esboços, os quadros, e tudo e tudo. E custam a módica quantia de €344.88 (já com desconto!). Eu já mandei um sms ao marido a dizer que quando quiser oferecer-me uma prenda deste valor, eu tenho uma ideia. Ele diz que sou louca. Quero dizer, uns Louboutin pode ser, mas o super-hiper-mega-mais melhor e mais importantes de todos-livro não? Não entendo. É o Van Gogh, bolas!

E só por causa disto apetece-me ir ali até Amesterdão... Só porque sim!

Feriado? O que é isso?

Lembrem-me para não me voltar a enfiar num Continente num feriado, sobretudo em Dezembro. Por favor. Não se podia andar nos corredores, tempos e tempos na fila para pagar, tudo gente doida à procura do melhor presente para o Natal.

E, pior do que duas horas disto, só mesmo chegar ao carro e ele estar morto. Mortinho. Eu bem carregava nos botões do comando, mas nada. Conclusão? O marido deixou as luzes acesas e a bateria descarregou. Imenso tempo depois lá encontrámos uma alma caridosa que tinha uns cabos de bateria que tinham sido oferecidos pelo Record (abençoado Record!), o que nos permitiu fazer uma manobra de reanimação do nosso carro.

E, depois disto, o que me apetecia mesmo era não ter tido que arrumar as compras a correr, almoçar a correr, e vir trabalhar a correr, no meio de um trânsito louco, para chegar e demorar meia-hora a estacionar. Ninguém merece.

Eu gosto do Natal. Gosto tanto. Mas não há paciência para esta loucura ! E ainda vamos a dia 1...

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Se eu poderia viver sem a Zon?

Podia... Mas não era a mesma coisas!

Estes anúncios são para lá de irritantes! E irritante é também o serviço da Zon. Há dias deixei a gravar um programa e quando fui vê-lo, faltavam os últimos dez minutos. Ok, dá-se um desconto, a programação pode ter atrasado e eles não têm culpa. Como os programas repetem dezenas de vezes, fiz uma segunda tentativa. Sento-me no sofá para ver o meu programazito (o último episódio do Top Chef, btw), carrego no "play" e tenho uma simpática mensagem a dizer que devo ligar e desligar a box, se quiser ver aquele canal. Ora portanto, se eu deixei a box a gravar, era porque não estava lá para ligá-la e desligá-la. Aqui enlouqueci. Mesmo. Anda uma pessoa a pagar mais todos os meses, para isto. Mas, vá lá, à terceira tentativa de gravação foi de vez e pude ver o Harold ganhar!

Isto de poder gravar programas é giro que se farta, mas se funcionasse bem era ainda mais giro!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Os meus Louboutin...

Cenário: os dois enroscados no sofá a ver um filme. Diálogo:


Eu: Um dia vais comprar-me uns daqueles, não vais?

Ele: O quê? Os sapatos?

Eu: Sim...

Ele: O que é que são?

Eu: Louboutin...

Ele pega no telemóvel, com um ar muito comprometido: Como é que isso se escreve?

Eu desato-me a rir: Amor, estes sapatos são de outro nível. Só entram nos meus sonhos mesmo.

Ele: Mas quanto é que custam? Mil euros?

Eu: Por aí... Há uns mais baratitos, a quinhentos e assim.

Ele: Então mas até mil euros pode ser!...


E eu dou-lhe abraços e beijinhos e digo-lhe que ele é tolinho. Ele acha que já que eu não o deixo comprar-me um carro novo, pode gastar o dinheiro nuns Louboutin. E até podia. Mas eu não deixo! Onde é que já se viu ter uns sapatos que valem mais que o meu carro? Só se tivessem um mecanismo de tele-transporte! Quanto eu tiver um carro à altura, logo o deixo comprar-me os Louboutin. Ou não. Forreta como sou...



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Das Compras de Natal...

Já tenho uma boa parte das prendas compradas, e as que não estão compradas estão decididas e encaminhadas (à excepção de duas)! Nada como começar cedo a pensar nestas coisas.

Truques para as compras de Natal? Os do costume:
- começar por fazer uma lista das pessoas a quem vamos oferecer um presente e definir um orçamento;
- nessa mesma lista, ir tomando nota das ideias que temos ou das dicas que as próprias pessoas vão dando;
- começar as compras o mais cedo possível, para ver tudo com calma, encontrar a prenda certa, e não comprar a primeira coisa que nos aparece à frente, só para despachar!

Eu vou optar, sobretudo, por coisas úteis: coisas para a casa (incensos ou velas, para quem gosta - ou verdadeiras utilidades, não gosto de oferecer "bibelots"), coisas para o corpo (cremes, perfumes, géis de banho, etc), roupa (para as meninas adolescentes mais vaidosas), coisas para a boca (chás, chocolates, etc), entre outras.

Estou morta de curiosidade para saber o que o marido me vai dar. Ele não pára de fazer pirraça e de dizer que eu vou adorar e chorar e morrer e tudo e tudo! E eu, curiosa como sou, fico a roer-me! Mas eu respondo-lhe à letra, porque sei que ele também vai adorar a prenda dele, as prendas, quero eu dizer, já que ele faz anos dez dias antes do Natal. E uma delas inclui uma noite fora de casa... E mais não digo!

E já só falta um mês!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Dia Não...

Hoje estou em dia não. Estou. E não há muito a fazer. Queria falar sobre isso, mas é difícil falar sem falar.

Há uma lei normal da ordem da vida. Há, ou devia haver. E quando essa ordem se altera, é complicado. É muito complicado.

Todos nós crescemos a achar que os nossos pais estão lá para nos ajudar, para lhes pedirmos ajuda quando precisamos, para nos apoiarem quando temos problemas para resolver. E achamos que vai ser sempre assim.

E quando não é? E quando o que se passa é o inverso? E quando são os filhos a resolver os problemas dos pais? E quando são os filhos a suportar os disparates dos pais? O que é que os filhos fazem? Os filhos ajudam, claro. Ser pai e ser filho é isso mesmo. Não é uma relação só com um sentido. Mas, da mesma forma que quando os pais ajudam os filhos há contrapartidas, quando o inverso sucede, também devia haver contrapartidas. Mas não. E vamos dizendo que sim. Uma e outra vez. E mais outra. E outra. Mas chega a uma altura em que começa a saturar.

Estamos numa fase da nossa vida em que nos matamos a trabalhar, não temos quase vida (nem a dois, nem social), e andamos ocupados e preocupados a comprar o que nos falta para a casa (que é tanto). Não precisamos de problemas que não são nossos. Não precisamos. Desculpem o egoísmo, mas se não querem as contrapartidas, se não querem a nossa ajuda, a nossa opinião, então não nos peçam para resolver problemas que não são nossos. E tenho dito.


E, para terminar, só tenho a acrescentar que cada vez valorizo mais o meu pai. Obrigada, pai, por me teres ensinado a ser como sou: ponderada, responsável, exigente e muito, muito racional.

sábado, 21 de novembro de 2009

Vamos lá ver uma coisa...

Cantar o "Hallelujah" não é para qualquer um. Não é.

Hallelujah, para mim, é sinónimo de Jeff Buckley. Sim, a música original é do Leonard Cohen, mas, para mim, pensar no Hallelujah, é pensar no Jeff Buckley.

E não é qualquer um que está à altura dele. E não é qualquer um que pode cantar o Hallelujah. Não é.

E o Pedro Abrunhosa é um qualquer. E não pode cantar o Hallelujah. Não pode. Não pode. Não pode.

E muito menos pode começar um concerto a cantar o Hallelujah.

E muito menos ainda pode (tentar) cantar o Hallelujah, não sabendo a sua letra.

E isto é tudo o que há para dizer sobre o concerto dele de ontem à noite. E tenho dito.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Querido Pai Natal... (Update)

Parece que há esperança... Se calhar (só se calhar, ainda está por confirmar), no dia 24 só trabalho até às quatro! Será que o Pai Natal me ouviu?...

Era tão bom! Era mesmo, mesmo bom! Assim ainda tinha tempo de preparar a maison toda e preparar-me a mim! Não me estava a imaginar a sair às oito da noite, com 16 pessoas à minha espera para jantar, em nossa casa...Mas o melhor é não falar muito nisto, para não agoirar! Shiuuuuu....



E hoje já comprei mais quatro prendas de Natal e três de aniversário (a mania que esta gente tem de fazer anos perto do Natal!... E não, eu não sou de dar prendas dois-em-um, acho isso pavoroso!). E já comprei mais uma série de coisas para a Ceia de Natal! Ainda não tenho é mesa nem cadeiras, nem copos, nem talheres... Oh God!

Das prendas que comprei, fica a sugestão: garrafas Sigg. São garrafas reutilizáveis e laváveis, amigas do ambiente, práticas e com designs muito fashion. A Sigg apela a um mundo mais verde, mais consciente, com menos desperdícios, mas sem perder o estilo. Além disso, a Sigg faz parte do projecto 1% For The Planet, doando 1% dos seus lucros a este grupo, que procura construir um mundo melhor. A mim, convenceram-me! Espero que também convençam quem a vai receber!

Ó, faz favor!... Quem é que abriu a janela?

Tenho frio, muito frio. Passei o dia com arrepios e espero não estar a ficar doente...


Encontrei esta imagem na net e achei-a deliciosa! Só tapava era os deditos dos pés. Mas não me importava nada de agora estar assim: quentinha, confortável, em casa, e a beber um chá.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Meet Lady...


Eu acordo de manhã (com dores no pescoço, não sei bem porquê...), e deparo-me com isto:


Esta é a Lady. A nossa pulguenta já aqui tantas vezes referida. Só gosta de dormir no meio das nossas pernas ou em cima da minha cabeça. E como não é fácil dormir com uma gata em cima da cabeça, eu vou-me afastando e desviando. Quando dou por mim, a minha almofada já não é minha, e eu estou a dormir à beira da cama, fora da almofada.

Mas gostamos dela na mesma. Gostamos muito dela porque quando não está a ser demoníaca, é a coisa mais doce do Mundo!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Adriana



E quem é a Adriana, perguntam vocês? Pois, eu confesso que também não fazia a mais pequena ideia até ao Sábado passado.

A Adriana é uma jovem de 25 anos, portuguesa mas residente nos EUA, que acabou agora de lançar o seu primeiro álbum. Segundo o site oficial, a sua voz "vai-nos envolvendo docemente, com vagar, nos meandros de uma pop leve, levezinha que navega livremente entre o jazz, a bossa nova e uma música portuguesa sem idade".

Sábado passado assisti a um concerto dela e gostei. É uma música leve, que entra bem no ouvido, que é "confortável" de ouvir. Eu tenho sempre uma certa dificuldade em caracterizar aquilo que vejo/oiço, apesar de ver muita coisa. Mas gostei. E isso, vindo de mim, é muito (olha a modéstia!). Fiquei com curiosidade de ouvir mais, de conhecer mais. A Adriana é alguém que percebe de música. Percebe muito de música. Ela canta, ela compõe, ela toca flauta, guitarra e piano. E não há assim tantas artistas com estas capacidades todas juntas! A juntar a isso, conseguiu criar músicas agradáveis, em português (o que vai sendo raro), e consegue ter presença em palco e fazer um bom concerto.

Não é o tipo de música que eu adore ou que vá a correr comprar o disco, mas acho que a rapariga tem futuro, e é daquela música que sabe bem ouvir quando estamos no stress do pára-arranca da cidade. Ou quando estamos numa esplanada ou num bar à conversa. Ou em qualquer outra altura que nos apeteça ouvir boa música.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Da Ecologia...


E desde ontem que a nossa casa se tornou mais ecológica e diminiu um bocadinho a sua pegada ecológica. Começámos a usar os nossos guardanapos de pano! Tinha-os comprado na Loja do Gato Preto e pedi à minha avó para bordar nuns um "C" e noutros um "I", e ontem pusemo-los a uso.

Já andava há bastante tempo para fazer isto. Não tanto pela questão financeira (os guardanapos de papel são baratos, como se sabe), mas mesmo pela questão ecológica. A produção de guardanapos de papel consome imenso papel e energia, e não custa nada pô-los de lado e usar só em certas ocasiões (como quando temos muita gente em casa). Os guardanapos de pano não só são mais amigos do ambiente como são mais bonitos e ajudam a embelezar a mesa, e acabam por sair mais baratos a longo prazo. São só vantagens e não custa nada!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Imperatriz... Eu sempre soube!


You are The Empress


Beauty, happiness, pleasure, success, luxury, dissipation.


The Empress is associated with Venus, the feminine planet, so it represents,
beauty, charm, pleasure, luxury, and delight. You may be good at home
decorating, art or anything to do with making things beautiful.


The Empress is a creator, be it creation of life, of romance, of art or business. While the Magician is the primal spark, the idea made real, and the High Priestess is the one who gives the idea a form, the Empress is the womb where it gestates and grows till it is ready to be born. This is why her symbol is Venus, goddess of beautiful things as well as love. Even so, the Empress is more Demeter, goddess of abundance, then sensual Venus. She is the giver of Earthly gifts, yet at the same time, she can, in anger withhold, as Demeter did when her daughter, Persephone, was kidnapped. In fury and grief, she kept the Earth barren till her child was returned to her.


What Tarot Card are You?
Take the Test to Find Out.

Das petições...

Hoje, por razões que não interessam nada, fui parar ao site Petição Pública. Como o nome indica, é um site de petições online onde, basicamente, qualquer pessoa pode colocar uma petição e recolher assinaturas, sobre qualquer coisa que se lembre. Aproveitei também para me informar um pouco mais sobre a legislação sobre estas petições (e as petições em geral) e descobri coisas bem interessantes. Sempre achei que as petições não serviam para grande coisas mas parece que, pelo menos em teoria, até podem ter algum efeito.

Se houve petições que eu assinei sem pensar, houve outras que me deixaram de queixo caído. Deixo aqui algumas pérolas a não perder, pelos melhores e piores motivos:

-
PELA CRIAÇÃO DA SPPCA - SOCIEDADE PORTUGUESA DE PREVENÇÃO DA CRUELDADE A ANIMAIS - esta eu assinei, porque sempre que vejo o Hospital dos Animais, fico a suspirar por um país onde os animais importam. Os animais também merecem dignidade, protecção e cuidados básicos!

-
Queremos o Calippo Cola de volta à OLÁ! - esta eu assinei, claro! Que saudades!...

-
Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014 - esta deixou-me de boca aberta. Mas isto é o quê? Aposto que foi feita por pais frustrados que não têm dinheiro para pôr os filhos em escolas privadas! Sim, é imperativo melhorar o sistema público de educação, mas daí até condicionar a vida (e o futuro) das crianças, pelos empregos dos pais...

-
Fim das Discotecas a partir das 22h - Parece que as discotecas incentivam à prostituição, à violação e ao consumo e tráfico de drogas. Pois. Então toca de fechá-las. Pois.

-
Acabar com os T.P.C - Esta parecia promissora, mas ainda só vai em 16 assinaturas! E ainda bem, porque quem a escreveu, bem pode fazer muitos TPCs!

Há de tudo, para todos os gostos: dezenas ligadas ao futebol; outras tantas ligadas à política; outras pedem a criação do dia dos Pais Solteiros, dos Divorciados, etc.; muitas pedem que esta ou aquela banda venham cá; outras pedem coisas como a alteração da bandeira nacional, ou a redução das portagens; mas há também muitas ligadas à saúde e a direitos básicos da vida.

Este é todo um mundo novo por explorar. Se é!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Querido Pai Natal, este ano eu quero...

* Não ter de trabalhar no dia 24 - isto era, digamos, simpático! Para não dizer espantástico, fabulástico, e outros que tais. Pronto, ou então ter de trabalhar só assim um bocadinho de manhã. Não me façam sair às seis. Please, please, please!

* Uma viagem - daquelas pequeninas, que eu não sou esquisita. Contento-me com Londres, Paris, Barcelona ou Madrid (não necessariamente por esta ordem de preferência).

* Uma Bimby - sim, sim, é uma bimbice e um balúrdio. Mas se for oferta, eu não me importo de ser bimba (e posso sonhar, não posso?).

* Uns sapatinhos *daqueles* - como se os houvesse em 35!...

* Uma mana para a Lady - esta é fácil!

* Conseguir juntar a família toda na nossa casinha, à volta da nossa mesa gigante, que eu escolhi a pensar nestas reuniões familiares! E que corra tudo bem, se não for pedir muito...

* E há aquelas futilidades que ficam sempre bem: malas, mais sapatos, roupinhas quentinhas (casacos, casacos, casacos!), and so on.

* E para não ser completamente fútil, uns livrinhos e uns dvds daquelas séries que eu gosto, também são sempre bem-vindos!



E é tudo! Não pedi muito, pois não?

Das coisas... - I

O meu estômago está em dia não. E como o estômago está em dia não, as costas queixam-se. E muito.
E, a juntar a isso, estou assim a modos que a morrer de frio no trabalho. E tenho os pés gelados, mesmo debaixo das meias (grossas) e das botas.

Não posso ficar doente. Não posso ficar doente. Não posso ficar doente.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Um dia, uma senhora em estado de viúva recente, não encontrando outra maneira de manifestar a nova felicidade que lhe inundava o ser, e se bem que com ligeira dor de saber que, não morrendo ela, nunca mais voltaria a ver o pranteado defunto, lembrou-se de pendurar para a rua, na sacada florida da sua casa de jantar, a bandeira nacional. Foi o que se costuma chamar meu dito, meu feito. Em menos de quarenta e oito horas o embandeiramentto alastrou a todo o país, as cores e os símbolos da bandeira tomaram conta da paisagem, com maior visibilidade nas cidades pela evidente razão de estarem mais beneficiadas de varandas e janelas que o campo. Era impossível resistir a um tal ferver patriótico (...).

José Saramago, "As Intermitências da Morte"

Não pude evitar lembrar-me do Euro 2004 e da quantidade de bandeiras que foram colocadas em milhares e milhares de janelas, por este país fora. Somos um país tolinho e pequenino mas, pelo menos, temos alguma coisa que nos une: a Selecção de Futebol.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Das novidades... - II

Assim muito resumidamente:
- 5ª feira fizemos dois meses de casados. Já passava da meia-noite (dia 30, portanto), quando nos conseguimos juntar e sentar os dois, à luz das velas, a comer gambas, a beber champagne, e a comer uma fatia do nosso maravilhoso bolo de casamento! Chegámos à conclusão que precisamos de mais momentos destes na nossa vida. Momentos nossos, onde paramos e respiramos.
- 6ª feira fomos almoçar às Docas. Estava um dia lindo e o almoço estava óptimo. Seguimos para o MNAA, para ver a exposição "Encompassing the Globe. Portugal e o Mundo nos séculos XVI e XVII", que terminava Domingo. A meio do percurso, encontrámos o meu pai com a minha irmã mais nova. Foi uma óptima surpresa e acabámos por fazer a visita em família!
- Sábado, trabalho e mais trabalho, e ronha no sofá com a pulguita à noite.
- Domingo dia de nova revolução: montámos o roupeiro do corredor, finalmente! Falta só acabar de colocar os interiores em metade do roupeiro (não tinha forças para mais) e já poderemos arrumar a nossa roupinha toda como deve de ser. Já é menos uma coisa que falta...
- 2ª feira trabalhei todo o santo dia, o marido veio buscar-me e quando chegámos ao meu carro, que tinha deixado ao pé da estação de Metro do costume, reparo que ele tinha sido assaltado. No lugar do rádio ficou o vazio e uns fios descarnados. Balanço do assalto: uma lanterna (que nem chegou a estar uma semana no carro) e um rádio. O rádio, sublinhe-se, estava estragado. Deviam ter desconfiado pela quantidade de papelinhos dobrados que eu lá tinha, e que serviam para dar suporte ao rádio para ele funcionar. Conclusão do marido? Agora é que temos mesmo de comprar outro carro para mim. Minha conclusão? Quando eu não puder levar o carro para o trabalho, vais levar-me e buscar-me! Assim, sim! Mas não... Nem uma coisa nem outra. Fico com o meu carrinho velhinho, agora já nem rádio tem por isso já não devem assaltá-lo mais (foi a segunda vez em seis meses), e continuo a ir de Metro sempre que necessário. Mas depois admiram-se com o facto de as pessoas não quererem usar mais o Metro. Partindo do princípio que nem toda a gente tem Metro à porta de casa (e acho que este é um princípio relativamente válido), se não criam condições ao pé das estações de Metro para as pessoas puderem estacionar o carro, as pessoas acham que não vale a pena. E, no meu caso, não valeu. Mas, não valendo, valeu. E valeu porque fomos jantar fora e ao cinema. Pena que o meu estômago, que não gostou de ver o carro assaltado, não estivesse para aí virado.
- Hoje passei a manhã no (na? nunca saberei!) )IKEA com a minha cunhada. Mais mil e uma coisas para a casa, entre copos, taças, objectos decorativos, candeeiros, e até tupperwares! A casa agora é que vai ser mesmo uma casa! E agora estou aqui a modos que a fingir que trabalho neste meu emprego muito activo...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sabemos que algo de estranho se passa...

... quando queremos pôr o creme de rosto, e pegamos no creme dos pés...

O marido ligou-me há bocado quando chegou a casa (eu ainda estou a trabalhar e ele esteve todo o dia fora): "Obrigado Querido mudei a casa, por esta casa-de-banho espectacular!" E não é que é mesmo? Hoje foi dia de revolução lá em casa... Finalmente, após dois meses (ou mais) com os móveis no meio do corredor, já temos o lavatório novo montado, com o respectivo móvel, já temos os móveis na parede, e já temos o nosso espelho enorme! E ainda tivémos direito a uma cortina de banho nova (tirámos o resguardo fixo que lá estava)!

A sala também recebeu, finalmente, o seu espelho ainda mais enorme, por cima do aparador. Já deu para perceber que gosto de espelhos em decoração? Quem gostou mesmo do espelho foi a Lady, que depois de ele ser montado passou imenso tempo sentada no aparador a olhar para ele e a cheirá-lo. Vá-se lá entender o mundo dos gatos!

E é assim. Só faltam os móveis da cozinha, a mesa da sala e as cadeiras, e o roupeiro do corredor. Coisa pouca, portanto. O meu pai já está semi-convencido a ir lá a casa Domingo dar uma ajuda, em troca de um almoço, resta saber se o marido vai estar a trabalhar ou não (palpita-me que sim...). E amanhã vou passar a manhã a ver tecidos em Campo de Ourique com a minha querida avó emprestada.

Será que é desta que a casa se começa a parecer com uma casa?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Do fim-de-semana... - I

Sexta-feira passei a tarde aqui. As minhas mãos e os meus pés estiveram a ser mimados durante três horas. Três. Com direito a exfoliação, máscara hidrante durante vinte minutos, massagem, e tudo e tudo. No fim, um chá na sala de relaxamento, enquanto folheava um livro sobre os grandes ícones da moda. Soube mesmo, mesmo bem!

E como ser mulher não é só tratar das unhas, Sábado, depois das minhas nove horas de trabalho, ainda passei no supermercado e fui a casa a correr, comer qualquer coisa e arranjar-me. Programa da noite? "O Camareiro", no Teatro Nacional D. Maria II.



Foi, com toda a certeza, uma das melhores representações de teatro a que já assisti. Já conhecia o texto, por já ter visto a peça na sua versão original inglesa, mas a versão portuguesa não lhe fica em nada atrás.

Ver o Ruy de Carvalho é sempre emocionante, comovente, surpreendente. É o Ruy de Carvalho, pois então! Mas quem me deixou mesmo supreendida, de queixo caído, foi o Virgílio Castelo. O Virgílio Castelo ainda estava no meu imaginário um bocadinho como o ex-marido da Alexandra Lencastre, que fez umas séries, umas novelas, e uns filmes. Tinha-o mais em conta de um grande galã, do que de um grande actor. Não podia estar mais enganada! O Virgílio Castelo esteve brilhante do princípio ao fim, no muito interessante papel de Camareiro, a que ele soube perfeitamente dar vida. Dá-nos para rir, dá-nos para chorar, comove-nos, faz-nos pensar.

Gostei. Gostei mesmo muito. Quando a peça acabou, aplaudi de pé, de braços arrepiados e lágrimas nos olhos. Já vi muitos espectáculos, muitos mesmos, mas foi a primeira vez que tive esta sensação ao ver uma peça de teatro.


Apontamento da noite: achei delicioso ver o Ruy de Carvalho sair pela porta de artistas, com o seu cão por uma trela, despedir-se de toda a gente, e ir pôr as suas coisas ao carro (um carro daqueles que nunca imaginaríamos que fosse o dele!), e depois ir passear o cão. Achei genial. Como é que alguém faz um papelão daqueles e meia-hora depois está a passear o seu amigo de quatro patas, como se nada fosse?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Já que tanta gente fala nisso....


E porque não posso viver só de casacos... Ontem estes dois meninos foram comigo para casa! O primeiro, porque ainda não o li, o segundo, porque é o novo de Saramago, e consta que vale bem a pena ler.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Só assim para começar...

E porque hoje temos a chuva de volta, e já a pensar no frio que deve estar a chegar, deixo aqui a minha cartinha ao Pai Natal (ou uma pequena parte dela):




Mas há mais, muito mais... Este ano ando a dar em doida com casacos!...

sábado, 17 de outubro de 2009

E só por causa do post anterior...

Planos para os próximos dias:
- hoje, mesmo sendo Sábado, estou a trabalhar, ao contrário da maioria dos comuns mortais. Quando sair, vou para casa fazer aquelas coisas que têm de ser feitas numa casa e vou aterrar no sofá, e vou adormecer sozinha, porque o marido só chega lá para as três da manhã...
- amanhã, Domingo, também se trabalha. Trabalha-se com o marido, menos mal, mas trabalha-se terrivelmente cedo. Depois vou passar a tarde t-o-d-i-n-h-a no sofá a ver filmes e a começar a escolher as fotos do casamento para os álbuns (o marido vai estar a trabalhar). E quando o marido chegar vou raptá-lo e vamos fazer a primeira (e última) refeição da semana juntos, mas do outro lado do rio, que é o que se quer, e pode ser que ainda se façam umas compritas. Ando a morrer de saudades dele. Na quinta-feira, a alegria do meu dia foi termos conseguido tomar o pequeno-almoço juntos. Ao que isto chegou...

Aproveitando a ausência do marido, tenho andado numa shopping-spree para tentar comprar tudo o que ainda falta lá em casa. Os móveis já estão, mas agora faltam coisas como toalhas de mesa, candeeiros, cortinados, tapetes, and so on... O marido deu-me carta verde total, desde que eu não o arraste para mais lojas. Isto é perigoso, mas interessante! E assim que os móveis novos da cozinha estiverem montados, vou dedicar-me aos copos, talheres, taças e tacinhas, e todas aquelas coisas que fazem falta (ou não) numa cozinha. E já ando a magicar a decoração para o Natal, uma vez que a Ceia vai ser lá em casa!

Dos Updatis Longus...

Hoje andámos por cá em remodelações. Por cá, leia-se, no blog. Em casa também temos andado. Mas isso passarei a explicar mais adiante.

Eu tenho tentado. Tenho tentado fazer disto um blog como os outros, em que se escreve todos os dias. Em que se contam coisas. Mensagens tendencialmente curtas mas interessantes. Mas perdoem-me. Eu não sou capaz. Eu sou de outros tempos. Quando comecei a escrever na blogosfera (e já não sei ao certo há quanto tempo foi isso mas as provas que ainda subsistem apontam para Setembro de 2001), ainda não era normal e comum escrever-se num blog. Hoje em dia, da Farmácia ao vizinho do lado, passando pelo nosso restaurante favorito e por aquela amiga que tem umas roupas giras, toda a gente tem um blog. TODA A GENTE.


E isso dificulta um bocadinho a tarefa de ler e escrever. Dificulta a tarefa de ler porque, no meio de tantos, torna-se difícil escolher os que mais nos interessam. E dificulta a tarefa de escrever por dois motivos: o primeiro, porque havendo mais oferta, o grau de exigência aumenta; o segundo, porque havendo tanta oferta, mais tarde ou mais cedo, as pessoas que nos rodeiam começam a perguntar-se se nós não teremos também um blog.

E a minha relação com os blogs foi sempre muito possessiva. O meu blog, que não era um blog (mas isso agora pouco interessa), sempre foi meu. Meu, e de algumas amizades que foram surgindo pelo mundo virtual fora. Mas vivíamos felizes assim, no nosso anonimato, numa espécie de alter-ego virtual. Em que eu escrevia, escrevia, escrevia. Escrevia compulsivamente e não me preocupava nada com o que os outros pensavam. E escrevia bem. Mas agora não consigo. Deixei de conseguir escrever e até já aqui falei sobre isso. E isso perturba-me. Porque detesto pensar que possa ter perdido a capacidade de escrever. Por outro lado, acho que o cerne da questão está no facto de eu não conseguir escrever sobre o meu dia-a-dia, sobre a minha vida, sobre o quotidiano e as coisas normais. Nunca foi sobre isso que escrevi. Deve ser por isso que não consigo agora fazê-lo.

Mas vou continuar a tentar. Vou tentar muito. E hei-de conseguir.


domingo, 11 de outubro de 2009

Dos devaneios... - I


Sonho em vir a ter uma casa suficientemente grande para ter um piano de cauda. E tocar. Tocar muito. Tocar até me doerem os dedos. E ser feliz.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Das coisas que me chocam... - I

Quem me conhece sabe que gosto de animais. Gosto muito. Gosto de todos mas gosto, sobretudo, de gatos. I'm a cat person. Tirando um certo período de alguns anos na minha vida, vivi sempre com gatos, ou gatas, melhor dizendo. Lembro-me de todas as que passaram pela minha vida, mesmo as que passaram por pouco tempo. Tinham (têm) os seus feitios, as suas personalidades, as suas manias, os seus hábitos e os seus gostos.

E como gosto tanto de gatos, não podia ter deixado de adoptar a nossa pulguita, quando o marido me veio com a história de que a mãe de um dos meninos dele tinha três gatinhos bebés para dar. Lembro-me perfeitamente de ele ter andado alguns dias a tentar convencer-me. E lembro-me do dia em que ele me convenceu, finalmente, e em que eu fui comprar tudo o que ela poderia precisar. Lembro-me de a ter ido buscar à porta do Jardim-Escola dele, à hora de almoço. Era tão, mas tão pequenina! Levei-a para casa e passámos a tarde a fazer descobertas: a comida, a água, a caixinha da areia, mil e um recantos para brincar. Ela era mesmo muito pequena (tinha cerca de 5 semanas) e, aproveitando o facto de eu estar a preparar o meu trabalho final de curso, passou as primeiras semanas lá em casa a dormir ao meu colo, enquanto eu trabalhava. À noite, dormia na minha almofada. O marido não dormiu nas primeiras noites, com medo de se virar e magoá-la. Ela era a coisa mais doce do mundo: ronronava imenso e lambia-nos compulsivamente quando chegavámos a casa ou quando queria colinho para dormir. Ainda hoje faz estas duas coisas. Mas tem o seu mau feitio de gata siamesa e, de vez em quando, é extremamente agressiva. E também não é muito sociável. Não gosta de visitas na sua casa, mas já há algumas pessoas que também têm direito a lambidelas quando lá vão.

Tem os seus defeitos, mas já não saberíamos viver sem ela. É a nossa Lady. E todos os dias nos faz rir e sorrir. Todos os dias nos faz alguma coisa que nos deixa a pensar que ela acha mesmo que somos os pais dela. Ela é tolinha. Muito tolinha. E anda sempre atrás de nós pela casa fora. É impossível ela não estar na mesma divisão do que nós. E mia desalmadamente assim que ouve o carro do marido a ser estacionado à porta do prédio. E mia desalmadamente se nos fechamos em alguma divisão com a porta fechada. E não quer saber se eu estou a ler ou a trabalhar no computador: ela tem de estar sempre ao meu colo, se eu estiver no sofá. É completamente dependente de nós. E é a gata mais mimada do mundo. Tem o seu mau feitio, mas eu também tenho o meu. Faz umas birras de sono inacreditáveis, e o marido só diz que ela sai a mim. Agora pareço eu tolinha, mas ela é mesmo uma parte fundamental das nossas vidas.

O próximo passo é arranjar-lhe uma mana, para ela ter companhia quando nós estamos a trabalhar, e para ela aprender a socializar. Mas ainda temos de falar bem com o veterinário dela, para ver o que ele acha. Eu acho que lhe fazia bem e que, a longo prazo, ela ia gostar de ter companhia. Ela adora brincar e correr pela casa fora, e era bem mais giro se tivesse companhia. A ver vamos.


E isto tudo porquê? Porque hoje já pensei muito na nossa pulguita e na nossa vontade de encher de mimo mais uma gatinha que precise de um lar. Porque hoje fiquei chocada e muito triste e revoltada com o que li sobre o Canil/Gatil Municipal de Lisboa no blog Palavras & Imagens. Leiam, se quiserem, mas não é fácil. Para mim, não foi fácil. Não é fácil para ninguém que tenha um coração e consciência. Este texto é antigo, mas encontrei relatos mais recentes, igualmente assustadores. Não consigo compreender como é que estas coisas se passam hoje em dia, no nosso país. Seremos assim tão desumanos? Ou simplesmente não queremos saber? Gostava de poder fazer alguma coisa para ajudar, mas não sei bem o quê. Já foram feitas manifestações, petições, etc., e nada mudou. Será que não há no orçamento da CML espaço para um maior apoio a esta instituição? Já que há tantos "tachos", porque não arranjar também um para a construção de um novo edifício, com melhores condições? Será que é porque os animais não votam? Deve ser, com certeza. Ao pé de nossa casa andam a acabar de construir, à pressa, um jardim gigante, com um lago enorme, com tudo e mais alguma coisa. Acham que vão conseguir mais votos por isso? Não vão. Mas eu votava, de certeza, em quem alterasse esta situação que não é minimamente digna nem é sequer compreensível, numa sociedade dita civilizada.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

E hoje foi o dia de voltar a calçar meias e botas. Coisa estranha, não é? Mas a chuva parece que veio em força. Mas também parece que não veio para ficar. Sábado temos o baptizado de uma prima do marido e não dava mesmo jeito nenhum que chovesse. Para já, a probabilidade de precipitação está em 0%. Esperemos que se mantenha assim.

Mas é bom ter o Outono de volta. Gosto do frio e da chuva, dos casacos e das botas. E já não era sem tempo!

Mas com a chuva voltam as minhas dúvidas quanto ao meu carrinho. Carros velhos e chuva não combinam. Mas ainda não estou nada convencida quanto à troca.

sábado, 3 de outubro de 2009

Hoje estou em dia "não"...

Dormi (muito) pouco porque cheguei (muito) tarde do emprego nº2, e tive de acordar cedo para vir para o emprego nº1. Tive dois pesadelos horríveis. Aliás, a sensação que tenho é que dormi pouco e o tempo que dormi foi todo passado com pesadelos. Um deles era digno de um argumento para um filme de terror de classe B. Acordei com uma neura enorme, completamente apática e sem vontade nenhuma de vir trabalhar.

Quando aqui cheguei e parei o carro ainda ponderei, ao tirar a chave da ignição, voltar a ligá-lo, arrancar, e desaparecer. Mas claro está que esta ponderação durou uns bons três segundos.

Ando stressada, cansada, ansiosa, com mil e uma coisas na cabeça. Há uma série de coisas que preciso de ver resolvidas para voltar a ter calma. E não estou a conseguir resolvê-las. A ver vamos.

A juntar a isto, há uma crescente saturação em relação ao meu emprego nº1. A vontade de vir trabalhar é cada vez menos. E ainda faltam seis meses até ao fim do estágio. Estou cansada. Desde Janeiro que não sabia o que era ter o fim-de-semana livre, ou ter mais do que uma folga por semana. Quando voltei da lua-de-mel deram-me uma inovação: tenho mais uma folga, que calha ao Domingo. Menos mau. Continuo sem saber o que é ter um fim-de-semana livre, mas voltei a poder participar no almoço de família semanal. Mas isso implica trabalhar nove horas ao Sábado e à Segunda-Feira. E são mesmo nove horas. Não são nove horas com uma hora de almoço pelo meio. Não. O máximo que eu posso parar de trabalhar são 15 minutos, e bem contadinhos porque senão pode haver problemas. É isto que me cansa. Trabalhar nove horas, infelizmente, muita gente trabalha. E, se calhar, muitos dias seguidos. Mas cansa-me não parar. Não espairecer. Não ver a luz do Sol. Cansa-me só poder parar por quinze minutos (para ir à casa-de-banho e comprar qualquer coisa para comer) e ter de o fazer a correr, sempre a olhar para o relógio. Cansa-me. E cansa-me não ter um fim-de-semana livre. Cansa-me não saber o que são feriados. Cansam-me os fins-de-semana grandes das outras pessoas, que para mim são fins-de-semana iguais aos outros em que eu estou a trabalhar. Perdoem-me a inveja, mas cansa-me. Tudo isto me cansa cada vez mais.

Mas depois, em dias de mais Sol do que o de hoje, eu dou-me por feliz porque tenho este emprego, tenho este estágio e este ordenado. E, nesta altura, isso é muito. E dou-me por feliz porque, todos os dias, chegam à minha caixa de e-mail dezenas de anúncios de emprego, e nenhum é na minha área.

E, há falta de melhor, vou-me aguentado. Uns dias mais iluminados, uns dias mais negros, vai-se andando e vai-se fazendo. Mas eu acho que sou muito melhor do que "ir-se fazendo" e a sensação de que estou aqui a desperdiçar as minhas capacidades vai crescendo. E a insatisfação. E a desmotivação. Até quando?...


quinta-feira, 1 de outubro de 2009



E este é o nosso relógio da cozinha! Ou melhor, é um primo idêntico, porque retirei a imagem do site da Home Glow, apesar de não saber se foi lá comprado, dado que foi um presente de casamento. O nosso ainda não está pendurado mas mal posso esperar por o ver a dar horas!

Das Compras... - I

Eu bem tento, mas não consigo gostar de quase nada do que vejo nas lojas. E o que gosto, não gosto de me ver!



Ontem lá fui tentar gastar dinheiro, e só comprei uns sapatos. Bem giros, por sinal! E ainda bem que os comprei, porque os de hoje chegam a casa e vão para o lixo, graças à calçada portuguesa (de que eu até gosto muito, mas os meus sapatos dispensavam-na).


Não sei o que é que se passa, mas não consigo gostar de nada. Quando gosto, gosto de coisas carérrimas, fora do meu orçamento. E gosto, sobretudo, de casacos. Sim, tenho uma certa obsessão por casacos. Que, a bem dizer, não são bem o que mais preciso para o meu dia-a-dia no trabalho.


Melhores dias virão!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Do Pós-Eleições... Com a devida subjectividade!

E assim se passaram mais umas eleições!

Destaque para Alberto João Jardim: "O país endoidou!". E não é que o senhor, desta vez, até tem razão?

Destaque também para Sócrates que referiu no seu discuro de vencedor que esta foi uma "extraordinária vitória eleitoral". Extraordinária? Bom, se tivermos em conta que o PS perdeu cerca de 500 mil votos de 2005 para cá, é extraordinário que tenham ganho mesmo assim. Também é extraordinário que com tanta manifestação e tanta contestação, ainda assim, tanta gente deu o seu voto ao PS. Sim, realmente, é extraordinário que o PS continue no poder!

Destaque também para Paulo Portas que referiu que foi o povo que tirou a maioria absoluta ao PS. Não foi o CDS, nem o BE, nem a CDU, foi mesmo o povinho! O povinho é assim: tão depressa dá como tira. Podia ter tirado mais um bocadinho, mas isto digo eu. Mas é importante perceber que esta ideia é mesmo relevante: Sócrates teve uma maioria absoluta e perdeu-a. E, mesmo assim, fala em vitória extraordinária. Pesa-lhe a consciência e ficou surpreendido com o bom resultado?

Último destaque para o CDS, o BE e a CDU. Opções partidárias à parte, é bom ver outros partidos, que não os dois de sempre, a crescer e a eleger mais e mais deputados. Pode ser que comece a haver uma verdadeira oposição.

E em jeito de conclusão: o nosso Primeiro-Ministro tem a vida facilitada. Como não tem maioria absoluta, tem sempre desculpa para dar quando não conseguir resolver os problemas do país. É. Foi mesmo uma vitória extraordinária!

E ainda, porque eu não me calo, para quando o voto obrigatório e a penalização para quem não vota? Já há países civilizados (sabem o que isso é?) onde isso acontece. Que isto de votar não é um direito, não. É um dever.

Restam-nos as autárquicas... E eu sem saber em quem votar!


sábado, 26 de setembro de 2009

Do Bailado...

Já se sabe que eu não gosto de bailado contemporâneo português. Não gosto. Tento, mas não consigo gostar. Ainda não houve nenhuma obra que me cativasse realmente. Nenhuma. E eu já vi umas largas dezenas.

Se é limitativo generalizar e dizer que "não gosto de bailado contemporâneo português"? É. Mas é inevitável. Gosto, gosto muito até, do bailado clássico da CNB. Mas não gosto nada do bailado contemporâneo que por cá se faz.

Ontem só serviu para reforçar este meu sentimento. Eu, que nada sei, que não sou formada em Dança, nem sou crítica especialista na área, sei apenas o que sei. E a minha opinião vale o que vale, mas a minha opinião é a de quem já viu mais espectáculos do que a grande maioria das pessoas. E, sem nunca ter estudado e sem perceber muito, já vou percebendo qualquer coisa.

E o que eu acho do bailado contemporâneo português é que se esforça de tal forma por ser contemporâneo (e esta é uma definição muito, muito complicada, mas adiante) que se torna completamente obsoleto. E obsoleto porquê? Porque cai sempre no mesmo: no total non-sense, na repetição exaustiva e cansativa de movimentos, e na exposição do nu. Sim, o nu. E eu não sou puritana ou púdica a ponto de achar que o nu e o palco não combinam. Combinam, mas quando isso faz sentido. Da mesma forma que certos figurinos são despropositados, o nu também pode ser, muitas vezes, despropositado e desnecessário. Mas há nas criações contemporâneas portuguesas uma muito vulgar recorrência ao nu, que eu não compreendo. Fico sempre com a sensação que há sempre o objectivo de se fazer uma coisa diferente, ousada, e que dê que falar, e então a que é que se recorre? Ao nu. Tento, mas não compreendo.

E não, não sou anti-Portugal, nem sou contra a criação portuguesa. Como comecei por dizer, gosto muito do bailado clássico da CNB. Só acho que quanto ao bailado contemporâneo, ainda estamos a anos-luz de distância de companhias como a Introdans, ou o Ballet Nacional de España, que consegue (com muito sucesso) misturar o clássico com o contemporâneo.

Mas tenho esperança, e fico à espera de um dia vir aqui escrever que gostei realmente de uma criação contemporânea portuguesa. Até lá, vou-me deliciando com algumas das companhias estrangeiras que por cá passam, e vou ansiando pelo regresso da Introdans (by far, a minha companhia de bailado favorita) no próximo Festival de Sintra.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Trocar de carro ou não trocar: eis a questão!

Ontem era meia-noite e andava eu a ver e a experimentar o meu hipotético futuro carro (sublinho hipotético).

Não sei mesmo o que fazer. O marido insiste para que eu troque de carro e dê a (merecida) reforma ao meu boguinhas. Mas não sei se sou capaz. Porquê? Em primeiro lugar, porque, ao fim destes anos todos, já criei uma certa relação afectiva com este carro (não são só os homens!). Em segundo lugar, porque me custa dar tanto dinheiro por um bem perecível. Quem me conhece sabe que eu sou bastante, não diria forreta, mas poupada. E, como tal, faz-me imensa confusão gastar muito dinheiro num carro. Não percebo. Tal como não percebo as pancadas das pessoas de quererem ter sempre grandes carros, mesmo que para isso precisem de pedir um empréstimo. Não compreendo. Desculpem, mas não consigo. Eu gosto do meu carrinho velhinho, que já é quase maior de idade, e enquanto ele for andando, custa-me trocá-lo por outro.

Claro que o hipotético futuro carro é o carro que ando a namorar há já uns anos. Claro que é um carro muito mais recente, com pequenos luxos como direcção assistida (sim, isso é um luxo que o meu carrito não tem), e mariquices como vidros eléctricos, ar-condicionado, etc. Mas... Valerá a pena? I mean, haverá necessidade? O marido diz que sim. Eu, honestamente, não sei. No fim, ponho a Lady a decidir. E aposto que ela decide pelo velho carrito onde já fez milhares de km's!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Countdown to Christmas...



Já comprei o primeiro presente de Natal! A feliz contemplada foi a minha irmã mais nova, que ficou verde quando soube.


Sim, eu sei que é cedo. Sim, é terrivelmente cedo. Mas a minha faceta obsessiva-compulsiva gosta de despachar estas coisas o mais cedo possível, dado que a minha faceta claustrofóbica não se dá bem com centros comerciais cheios de gente, em histeria para fazer todas as compras de Natal.


Aceitam-se sugestões de lojas (online, de preferência) com boas ideias para presentes!


Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...