quarta-feira, 30 de março de 2011

Do meu estado actual...

Dona Agridoce chegou a um novo estado: não anda, rebola.

Não é assim, mas é quase.

Não sei quanto estou a pesar porque entendo que se não me pesei quando aqui há uns tempos emagreci imenso, também não me peso agora, que engordei.

Mas não preciso de uns números numa balança para saber que tenho peso a mais. Muito peso a mais.

Por isso agora, Dona Agridoce, boquinha fechada. Não queres ir para as Ilhas Gregas ser confundida com uma foca, não?!

terça-feira, 29 de março de 2011

Do que custa...

O que custou não foi entregar a Amarela à sua nova família.

O que custa é dar comigo a preparar-me para sair de casa e a pensar se a Amarela estará escondida no meio dos lençóis da nossa cama.

O que custa é olhar para a poltrona onde ela dormiu tantas horas e estar à espera de a ver.
O que custa é continuar a falar dela no presente. É falar das quatro, sem me lembrar que são apenas três.

É isto que custa.

O marido sofreu horrores quando eu saí de casa com ela, quando se despediu e a pôs na transportadora.

Eu, como sempre, mantive a calma e o sangue frio e fiz o que tinha a fazer. 

Agora é que eu sofro, agora é que me custa. É no dia-a-dia. É no olhar para o lado e ela não estar lá que está a dor. É isto que custa.

Mas passa. Tudo passa.

E passa porque tenho falado com a nova família dela todos os dias. E sei que ela está bem e está a ser muito acarinhada e tem tudo o que precisa e merece. E sei que ela vai ser muito feliz.

E isto passa. Tem que passar.

domingo, 27 de março de 2011

Das minhas pulguentitas...

Miss Lady:




Miss Amora:



Miss Amy:


Do vazio que fica...

A Amarelita foi hoje adoptada.

Mesmo sabendo que foi o melhor, mesmo sabendo que ia ser assim, mesmo sabendo que era impossível ficarmos com mais uma gata, mesmo sabendo isto tudo, custa. Custa deixar ir uma pulguentita que esteve connosco um mês. Custa deixar ir uma pulguentita que chegou aqui sem se mexer e com um aspecto terrível e que hoje saiu daqui fresca e fofa, cheia de energia e vontade de brincar. Custa lembrar os momentos de angústia, de sofrimento, de não saber o que ia ser. E custa lembrar os primeiros momentos de contacto, as turras, as trincas que ela me dava, o aninhar-se junto ao meu pescoço e o ronronar. Custa tudo isto.

Também custa saber que daqui a pouco me vou enfiar na cama e ela não vai aparecer lá, a pedinchar que a deixe entrar para debaixo dos lençóis para se aninhar junto a mim.

Custa muito tudo isto. 

Mas tento acreditar que a nossa missão chegou ao fim e agora é hora de ela ser feliz e ter a sua família. Nós ajudámos quando foi preciso e agora devemos deixá-la ir. Só isso.

Mas custa...

sexta-feira, 25 de março de 2011

Das últimas...

Depois de doze horas na faculdade, as Finanças começam a fazer sentido na minha cabeça. Ainda há esperança!

E... Em princípio... A Amarela já tem casa! Eu só acredito quando vir mas tudo indica que sim, que ela amanhã vai para uma nova casa e uma nova família onde, espero eu, vai crescer muito feliz.

Vamos ver, vamos ver...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Do nosso Parlamento...

Eu ia aqui escrever onde é que o PEV desencantou a Heloísa Apolónia mas depois de ver o Teixeira dos Santos a responder-lhe já não tenho nada a dizer...

Ver uma comédia ou ver os debates do Parlamento é, mais coisa, menos coisa, exactamente o mesmo...



Actualização - Giro, giro, é que o Sócrates foi-se embora e o Teixeira dos Santos, entretanto, seguiu-lhe o exemplo...  Estão os deputados a debater sozinhos. Mesmo giro.

Do dia de ontem...

Cenário: ontem, doente e cansada, a sair da Farmácia.

Pois que há um Senhor que decide fazer marcha-atrás para cima do meu carro. Pois que eu buzinei mas o Senhor não me ouviu. Esta gente dos jipes é assim...

E agora estamos assim: carrinho (ainda) mais amachucado, à espera que o Senhor diga se quer pagar o arranjo (apesar do dinheiro que lhe pedi não chegar para o arranjo) ou se quer fazer a participação à Seguradora (que pode sempre achar que o meu carro não vale o arranjo e pode mandá-lo para abate).

Por isso Senhores, quando pensarem em fazer marcha-atrás para cima de um carro, tentem não escolher um com 19 aninhos, sim? É que eu (desta vez) não tive culpa nenhuma e quem se lixou (com F grande) fui eu...




P.S.- aqui entre nós que ninguém nos ouve, já ando a namorar o substituto do meu carrinho, mas não era preciso apressar as coisas...

terça-feira, 22 de março de 2011

Das mais recentes aquisições ou das prendas com um ano de atraso:

Estas duas malas foram compradas recentemente como prenda de aniversário dos meus pais, mas do aniversário de 2010... Não por culpa deles, não. Eu é que sou uma esquisitinha de primeira e só agora as escolhi...


Foto by me, mala by: Parfois (new collection)



Foto by me, mala by: Mango (new collection)

Sim, são parecidas. Muito. Mas eu gosto delas e são queridas e fofas and I don't care.

sábado, 19 de março de 2011

De mim...

A terapia lá anda. A medicação lá anda. Eu lá ando.

Preciso de voltar ao Psiquiatra. Ando a comer compulsivamente. Coisas calóricas e que me fazem terrivelmente mal. Mas eu não consigo parar de comer. E não consigo sair da cama. Passo horas e horas e horas, para lá do normal, enfiada na cama. E sei que não posso fazer nem uma coisa nem outra. Culpo a medicação. A Psicóloga diz-me para pensar se não estarei a usar a medicação como bode expiatório. Sim, estou. Mas não me apetece pensar que é mais do que isso. Vamos ver.

A Amarelita ainda anda por cá... Damos uns passos para a frente, uns para atrás, passamos horas a olhar para a caixa de entrada dos mails, à espera. Só à espera. Mas temos várias hipóteses, e alguma se há-de concretizar numa família para ela.

O meu Mestrado lá anda... Estamos a entrar na fase mais difícil mas que, para mim, é a melhor. É a razão pela qual estou ali. Vamos ver como me aguento.

A Bolsa está quase a começar. Já sei o que tenho de fazer. E mal posso esperar!

Há coisas boas, coisas menos boas. Há dias bons, dias menos bons. Há a Acre, há a Doce.

Andamos assim.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Das prendas de Aniversário... - V

Do marido e da restante família que ele conseguiu juntar para me dar a melhor prenda de todas:


É tão linda e tão fofa e tão espectacular que só me apetece dar-lhe beijinhos.
E sim, tira fotos ma-ra-vi-lho-sas. E estou apaixonada por ela.
As últimas fotos que aqui viram têm sido tiradas por ela e tenho muitas mais.
Não consigo parar de fotografar.

Da Amarelita que continua por cá...

Vá lá, de certeza que ninguém quer a Amarelita? Em tanto leitor, não há um único que a queira?

Ela é tão fofa e tão meiga e tão calma e tão tudo e tudo e tudo! Vá lá! Ela até já aprendeu a escrever aqui no Blogger. E põe-se nas posições mais cómicas do Mundo. E morde as minhas coxas (indirecta para mim que estou gorda?!). E tem um pêlo macio e sedoso. E dorme junto aos meus pés, não vá eu ter frio. E tudo e tudo e tudo.


Sim? Sim? Sim?

terça-feira, 15 de março de 2011

segunda-feira, 14 de março de 2011

Do meu poder de disfarce...

São quase sete da tarde. Já tenho a casa arrumada depois da jantarada de ontem e já mandei e respondi a uma série de e-mails (my Monday is your Sunday).

Parece-me uma boa hora para ir tomar banho, vestir a minha saia nova, calçar as minhas sabrinas novas, um toque de maquilhagem e pôr um sorriso na cara, para mais um jantar.

Não é por nada. Não é por ser o jantar que é. É mesmo porque não aguento dois dias fora da minha bolha. É mesmo porque depois de um dia de jantarada, preciso de um dia de deixem-me no meu canto e não me digam nada.

Mas não. Sorriso na cara e vamos embora.

Das coisas que me assustam...

Assusta-me um bocadinho saber que tenho uma doença crónica que me condicionará para o resto da vida...

É que o resto da vida é muito tempo, sabem?

Eu sei que há coisas piores, pessoas piores. Eu sei. Essa conversa do "há sempre alguém pior do que tu" a modos que já enjoa um bocadinho. E aqui fala-se de mim, sabem?

E a MIM assustam-me as minhas doenças crónicas. Duas, que eu saiba. Uma, bem mais do que a outra. Assusta-me, quero dizer. Que crónicas são as duas e uma não pode ser mais crónica do que a outra. Mas dizia eu...

Assusta-me pensar no futuro e ver-me com esta doença. Assusta-me ver-me daqui a uns anos, sempre com os comprimidos ao lado. Assusta-me não saber como vou estar daqui a uns anos.

Assusta-me que as duas doenças estejam relacionadas. Ainda que me tranquilize saber que tratar de uma, é tratar das duas.

Assusta-me o futuro. Tanto, tanto. Assusta-me ficar como ela. Ser como ela. Assusta-me.

Já não nego. Falo disso, por vezes. E rio-me, por vezes.

Mas, cá dentro, assusta-me, consome-me, tira-me o sono. Tenho tanto medo... Medo do tempo passar. Medo de quem vou ser. Medo de não ser eu e de ser a doença. O que quer que seja que isso signifique.

Às vezes, penso que ela não é ela, é a doença. Às vezes, quando a raiva é muita, penso que ela é apenas ela, e sempre será.

E só eu sei o quanto não quero ser como ela.

Do que eu gostava mesmo, mesmo...

... era de arranjar uma casinha definitiva para a Amarela.

Disso é que eu gostava!...

sexta-feira, 11 de março de 2011

Das prendas de Aniversário... - I

Do mano e da cunhada recebi um postal onde faziam alusão ao facto de eu não fazer anos... Pelas contas deles, eu fiz 6 anos e três quartos. Assim, as prendas foram estas:

Um postal amoroso!


Um hipopótamo com um baby-hippo lá dentro para pintar!


Uma embalagem de Cupcakes da Barbie prontos a fazer
e o respectivo kit de Fun Sprinkles (não vale gozar!).

O livro Cupcake Heaven, com receitas de fazer babar. Mesmo!
Acho que vou perder horas de volta dele.
Deixo algumas imagens:




A Lady também gostou dele!















Apetece comer, não?


Das Quintas-Feiras... - IV

Hoje a psicóloga perguntou-me porque é que tinha um blogue se tinha tanta necessidade de me esconder e de disfarçar. E eu lá lhe tentei explicar a minha necessidade constante de escrever e o facto de aqui, supostamente, estar protegida pelo anonimato. Também lhe disse que este anonimato era cada vez menos anómino e que havia muita coisa que eu já não podia escrever aqui. Daí que, ontem à noite, já tivesse decidido arranjar um caderno, para poder voltar a escrever sem constrangimentos, sem censuras.

Hoje a psicóloga fez-me muitas mais perguntas. Daquelas chatas. Hoje fui uma sessão complicada, pesada, que mexeu comigo. Não falámos de grande coisa mas falámos da necessidade de falar das coisas das quais eu não quero falar.


Há-de chegar o dia. Ou não.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Da Amarelita...

A Amarela foi hoje ao Veterinário e confirma-se: fez uma recuperação inexplicável das fracturas que tinha, e está fina e pronta para adopção! Deixo algumas fotos, para se inspirarem e deliciarem. Se souberem de alguém... É só mandar e-mail!



segunda-feira, 7 de março de 2011

Do Carnaval...

Vou ali até ao nosso sítio muito, muito especial e volto amanhã...

Bom feriado!

Do (quase) ser uma pessoa normal e da nossa Baixa abandonada...

Hoje (ontem, a bem da verdade), Dona Agridoce passeou-se pela Baixa e pelo Chiado, como as pessoas normais. O trabalho que tinha a fazer fez-se bem mais depressa do que estava previsto e sobrou-me tempo para ir à Santini comer um gelado, e descer até ao Rossio... Gosto da Baixa, gosto de Lisboa.

Mas preocupa-me, e assusta-me, ver tanta loja fechada, tanto sem-abrigo, tanta gente a pedir. Para quando uma Baixa com vida, animada, quer para os turistas, quer para nós? Já fiz diversos trabalhos ao fim-de-semana naquela zona e sei que anda por lá muita gente. Que anda. Para quando algo em troca? Para quando lojas abertas? Para quando uma Baixa que dê (ainda mais) gosto visitar?

sexta-feira, 4 de março de 2011

Dos meus pedidos... - II

Não sei se foi de vocês torcerem muito ou não, mas acho que sim. A verdade é que consegui a Bolsa de Investigação a que concorri! Cereja no topo do bolo: fiquei em primeiro lugar na lista de bolseiros.

Fiquei assim a modos que a dar pulinhos de contente (por dentro, claro) quando soube!


A partir de agora tenho uma nova profissão: Investigadora Bolseira (ou Bolseira Investigadora?! Vou investigar...).


Há coisas fantásticas, não há?

quinta-feira, 3 de março de 2011

Do pós-ontem...

Não sei se é da ressaca, se é do cansaço, se é do adiantado da hora ou se da falta dos comprimidos que não tomo desde Domingo (por esquecimento ou por outra coisa qualquer que lhe queiram chamar), mas isto hoje não está fácil...

Hoje?...

Eu disse que isto não se ia tornar um blogue de lamechices e queixinhas e ai-coitadinha-de-mim-que-ando-depré mas, tanto quanto sei, o bogue ainda é meu e eu falo do que eu quiser.

Por exemplo, agora apetece-me dizer que esta noite sonhei com as ilhas gregas, e com o Nemo (sim, o Nemo), e um polvo,e golfinhos e tubarões.

E agora apetece-me dizer que a pequena Tabby Amarela é um doce e que ainda não parou de ronronar desde que me sentei aqui com ela no escritório e ela se aninhou entre a minha orelha e o meu pescoço. (Ninguém por aí quer adoptá-la, não? Eu sei que já devia ter posto fotos dela, eu sei, mas basta a minha palavra para saberem que ela é mesmo um doce, não?)

E agora apetece-me dizer que há dias em que me apetece fechar o blogue e mandar tudo às urtigas. Porque há dias em que me apetece dizer aqui milhentas coisas e não posso. Porque há dias em que tudo pesa. Porque há dias em que só quero que a noite chegue e quando a noite chega, tenho medo. Porque há dias.


Porque eu continuo assim: à tarde "ah e tal que fiz anos e foi tão giro", à noite "ah e tal que a minha vida é uma desgraça e pobre de mim".


O que vale é que amanhã é Quinta-Feira porque já nem eu me aguento a mim própria!...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Do ontem...

O bom de fazer anos e juntar 20 pessoas cá em casa é mesmo o convívio, a partilha, os sorrisos e as conversas.

O mau é a ressaca e a casa feita num caos. E nenhuma vontade de a arrumar.



Hei-de cá voltar para falar de Aljezur, do dia de ontem, dos presentes e da pequena Tabby Amarela. Quando a vontade voltar e quando o meu computador ressuscitar.


Tiny little note: Eu não fiz anos ontem. Aliás, eu não fiz anos, de todo. Para o ano, diz que sim, que faço anos. Este ano, limitei-me a fingir que fazia anos, juntei família e amigos, e recebi os presentes. Esperta, não?

Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...