Ao longo da gravidez, são muitos e variados os testes e exames que fazemos. Alguns são obrigatórios, mas alguns são opcionais.
Nunca tive grande problema com médicos, nem exames, nem agulhas, e sempre encarei tudo com alguma tranquilidade, perante a inevitabilidade da sua existência.
Já perante os não inevitáveis, surgiram algumas dúvidas.
Por já ter 35 anos (e ter feito os 36, entretanto), levantou-se a questão de fazer, ou não, a amniocentese. Foi nesta fase que começámos a ser seguidos por uma obstetra no privado, porque achámos que a médica de saúde não nos podia dar o acompanhamento e esclarecimento suficientes, em temas mais complexos e sensíveis. E foi também nesta altura que se deu um dos momentos em que percebi que, a partir do momento em que engravidamos, o nosso corpo deixa de ser apenas nosso. Falámos com a obstetra, que recomendou o teste Harmony e não a amniocentese. Sem surpresas, claro. E eu acabei por fazê-lo. Mais por vontade dele do que minha, confesso. Mas a minha vida deixou de ser só minha, a partir do momento em que comecei a carregar em mim a nossa filha.
Outro dos exames mais afamados que se faz durante a gravidez é a Prova de Tolerância à Glicose Oral, que consiste em tirar sangue em jejum, beber um "xarope" muito açucarado, e depois tirar sangue outra vez, ao fim de 1 e 2 horas, para ver como o corpo processa a glicose. A maior parte das pessoas diz horrores deste exame. Que custa, que é horrível, que dá vómitos. Eu ia preparada para o pior. Pois que, chegada a hora, pedi que me dessem o sabor a limão e em versão fresca, e bebi aquilo tudo quase de uma vez. Quando acabei, juro que a única coisa que me ocorreu foi: quem acha que isto é horrível, nunca provou certos géis da Prozis. A sério! Não é assim tão mau, e não custa assim tanto.
Claro que, depois disto, achava-me a maior, porque não me tinha custado nada. O pior estava para vir... Tive uma quebra de tensão brutal, e acabei deitada nas cadeiras da sala de espera, com toda a gente que entrava na clínica a olhar para mim... As figuras que uma pessoa faz!... Eventualmente, fiquei melhor, fiz as duas colheitas de sangue, fui tomar um bom pequeno-almoço e voltei para casa. Eu sou pessoa que precisa de comer, e as análises em jejum e eu nunca nos demos muito bem... Curiosamente, essa foi a última vez que tomei o pequeno-almoço fora de casa, estávamos nós no início de Março.
Mas... Não fiquei por aqui, no que a quebras de tensão diz respeito... Quando fiz a primeira CTG (há umas semanas), estava toda entusiasmada, porque ia estar a ouvir o coração da bebé e a ver as contracções do meu útero. O entusiasmo durou uns bons 3 minutos, depois do exame começar. Comecei com os calores, comecei a sentir-me enjoada, comecei a sentir-me tonta. Chamei o enfermeiro, que foi impecável, e rapidamente me deitou e pôs de lado, deu-me água, ofereceu-me um rebuçado, e tratou de me medir a tensão (que tinha medido antes de começar o exame e estava óptima). Estive lá cerca de 40 minutos, com a tensão a ser medida muitas e diversas vezes, e cheguei ao incrível valor de 65/38... Já tinha dois enfermeiros e uma médica à minha volta. Eventualmente, fiquei melhor. Aqui, acho que o problema foi o calor que estava na sala de exames e o raio da máscara que estava a usar. Esta treta da Covid-19 tem estas implicâncias, e obriga a que nos adaptemos a toda uma nova realidade. E sim, em ambientes quentes, custa respirar com a máscara. E eu achei que me ficava ali... A bebé? Estava óptima, na sua vidinha, a dar os seus pontapés.
Nesta fase, no que a exames diz respeito, falta-me apenas uma CTG (já fiz mais duas, entretanto, e sobrevivi sem quebras de tensão!), e falta-me fazer o exame da Covid... Se a princesa não se lembrar de nascer mais cedo!...
Houve alturas em que entre consultas, exames e análises, senti que precisava de toda uma agenda, só para o seguimento da gravidez... Mas a verdade é que cada exame, cada análise, cada ecografia, nos tranquiliza um bocadinho mais, na ansiedade constante que é saber se este pequeno ser que habita em nós, estará bem de saúde.
Eu li tensão 65/38?!? Estavas mesmo a apagares-te...
ResponderEliminarFelizmente a medicina está cada vez mais avançada e a bateria destes exames é fundamental para ter tudo controlado da melhor forma possível.
Beijinhos e tudo a correr pelo melhor :)
Estava bastante zen... Mas nem me apercebi bem, só vi depois os registos que fizeram. Na altura, foram impecáveis, e só estranhei tanta gente à minha volta e porem-me logo a soro, mas mantiveram-me super tranquila :)
EliminarSim, é verdade! Nem imagino como seria há 30 ou 40 anos...
65/38?? Só pode ser algum tipo de record, certo?
ResponderEliminarBem, a esposa nunca bebeu géis da prozis ou outros quaisquer e portanto...não correu bem o teste da Glucose ;)
Beijinhos, mantenham-se felizes e saudáveis.
Para mim, foi, certamente :)
EliminarAhahahah! Um dia dá-lhe um a provar, e ela que compare :D
Obrigada, igualmente!
Claro do lado de cá (o dos homens) é tudo mais fácil, mas lembro-me bem e tenho saudades da gravidez.. e ainda mais do dia dos partos! Depois lembro-me das birras e passa-me. Anyway, está quase quase!! :D
ResponderEliminarDuvido que por aqui alguém vá ter saudades da gravidez... Ahahahah! Mas o balanço final será sempre positivo, sem dúvida :)
EliminarMesmo!...
Pensei o mesmo do teste de glucose até ficar mal disposta ao fim de uns 15minutos...
ResponderEliminarSim o Harmony aconselhase antes da amniocentese porque pode levar a que a evites...
Está quaseeee