sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Do sítio onde estou... - II

Esta foto é um dois-em-um: vista maravilhosa na casa que alugámos e sabrinas novas oferecidas pelo maridinho no Natal.



E mais uma foto daqui desta ilha no Oceano plantada (foto parola, parolinha, tola, tolinha):



Bom Ano 2011!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Do sítio onde estou...

Eu não sou cá de fazer invejas, mas...



Estou num sítio para lá de bonito... Que alguns, possivelmente, conseguirão identificar através desta foto*.




*esta foto vai mesmo sem edição nem protecção nenhuma mas eu estou tão formiguita e tão pequenita ali no meio daquela água toda, que duvido que alguém consiga ver mais que uma mancha no lugar da minha cara...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Dos Saldos...

Diz que sim. Que já começaram.

Aqui onde estou, ainda não dei por nada.

Mas deixai-me aterrar em Lisboa, fazer três exames e entregar (mais) cinco trabalhos, e eu vou correr tudo quanto é loja para me vingar do facto de este Inverno só ter comprado duas pecinhas de roupa. Sim, só duas. Dois vestidinhos.

Eu tinha dito que estava em crise económica e que este ano me ia aguentar até aos saldos. E consegui.

Agora vai ser ver-me a gastar cada tostãozinho que vinha nos seis envelopes (e respectivos postais) que, entre outras coisas, o maridinho me ofereceu. Sim, o marido ofereceu-me dinheiro. Ofereceu-me outras coisas, mas também me ofereceu dinheiro. "Ah e tal, que coisa mais horrenda e impessoal!". Talvez, talvez. Eu vejo as coisas numa óptica mais de: "assim compras o que quiseres e ficas mais feliz e escusas de me dizer (como já fizeste) que não gostas e que é preciso trocar". Impessoal e horrendo, dizem os outros. Pragmático, digo eu.

Só tenho pena que a mala que eu andei a namorar na Mango desde Setembro já só exista algures nos Açores... Shame on me que já devia saber que nestas coisas em que sou muito esquisita, não posso hesitar. Mas não hão-de faltar outras coisinhas a chamar por mim e pelo meu roupeiro... 


E não, o Pai Natal não me trouxe uma máquina fotográfica... Eu, nos entretantos, ganhei juízo e percebi que ainda tenho de comer muita sopinha antes de me pôr a gastar muitas e largas centenas de euros num bicho em que não sei mexer. No entanto, depois do tour turístico de hoje, e de constatar que a minha maquinetazinha está a dar as últimas, vou organizar uma comissão para me oferecer uma bridge no meu aniversário, que, sem ser muito cara, já me permita umas fotos melhorzitas... Vamos ver se consigo!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dos outros...

Eu sei que pode parecer mentira, mas eu leio os blogues que sigo. Todos. Todinhos sem excepção.

Leio-os todos. Quase diariamente.

Mas é raro, muito raro, comentar. Não é por nada. E é por muito.

Na maior parte das vezes, é porque acho que não tenho nada de importante para dizer. Na maior parte das vezes, é porque o que leio é tão bem escrito, que eu não tenho nada a acrescentar. E prefiro ficar calada.

Mas eu leio. A sério que sim.

E até há pessoas com quem troco mails, com quem falo por outras vias. Eu posso não comentar, mas leio.

E há tanta gente que eu gosto tanto de ler. Tanto, tanto. Mas não comento. E não é por nada. E é por muito.


É só para que saibam.

De mim...

Só para que se saiba, não voltei ao Psiquiatra.

Aquela coisa do "ah e tal que forte e corajosa"? Esqueçam. Não voltei lá.

Não me apeteceu. Não fui capaz. Podia dizer que não gostei do médico. Era mais fácil. E até podia ter sido. E até pode ter sido. Mas, para ser franca, não foi só isso. Não voltei lá porque não fui capaz. A verdade é essa.

A medicação? Faço conforme me apetece. Uns dias mais, outros menos. A medicação descompensou-me imenso nos primeiros tempos (sim, é normal, eu sei...). E eu resolvi adaptá-la conforme bem me apeteceu. E tenho estado assim. Sei que os ansiolíticos me fazem bem. E tomo-os quando acho que preciso. O estômago agradece, que só tive uma ou duas crises nos últimos tempos. Também sei que os comprimidos para dormir deixaram de fazer efeito. E sei que os anti-depressivos, às vezes, me fazem bem. Estamos assim. Uns dias mais, outros menos.

Entretanto, experimentei outra abordagem. Psicoterapia. Tive a primeira consulta. A segunda, devido a uma história demasiado rocambolesca para ser reproduzida, não aconteceu. Vamos ver como corre a terceira, quando regressar a Lisboa. Perdi um bocadinho a fé. Mas se não for com esta psicóloga, será com outra. De qualquer forma, ela fez questão de me dizer que eu preciso do psiquiatra e da medicação. É sempre bom saber. Disse-lhe que ia pensar nisso. Talvez em Janeiro. Talvez. Se me apetecer.

Não sou forte. Não sou corajosa. Não dei o passo certo para me curar. Tenho consciência que não estou bem mas não faço grande coisa por isso. Faz parte, dizem. Porque é que falo nisto aqui? Porque acho que é importante falar nisto. Porque não é vergonha nenhuma. Porque não sou menos pessoa por isto. Porque sei, porque tenho a certeza, que não sou a única assim. E tenho pena que as pessoas continuem a esconder, que tenham vergonha, que não se tratem por causa do estigma que existe à volta dos problemas de carácter psicológico/psiquiátrico. Tenho pena. Custa-me. E acredito, ou gosto de acreditar, que se falar nisto, posso ajudar alguém. Mesmo que o meu exemplo não seja o melhor. Mesmo que eu não faça as coisas certas. Faz o que eu digo, não faças o que eu faço. Mas pode ser que alguém queira fazer as coisas certas.

Eu hei-de fazer. Um dia. Ate lá, fecho-me na minha bolha. Gosto da minha bolha. Gosto de estar sozinha. Gosto das minhas coisas, do meu espaço, do meu ritmo. E eu sei que é difícil para os outros lidarem com isto. Mas esta sou eu. Assim. Uns dias mais doce, outros dias mais acre. Take me as I am.

Do meu estado actual...

O Natal passou-se.

Eu gosto do Natal. Que gosto. Mas nem sempre gosto de gente e de confusões. É o meu problema com as pessoas. Mas passou-se.

Foi uma correria louca com os últimos preparativos. Adorei fazer e, sobretudo, oferecer, cabazes com tudo feito por mim (excepto o vinho, que ainda não sou assim tão prendada - sublinho o ainda porque nunca se sabe...). Algumas pessoas adoraram, outras nem por isso. Já era de esperar. Mas valeu a pena ver certos sorrisos e ouvir certos elogios. O Natal é isto: oferecer um pouco de nós. Mais do que oferecer qualquer coisa comprada a despachar numa qualquer loja, é oferecer um pouco de nós. E, este ano, eu fiz isso. E foi bom. Foi muito bom.

Neste momento, estou no paraíso. Estou numa qualquer ilha do Oceano Atlântico, numa casa com mais andares do que os que consigo contar, com uma vista fabulosa e o mar a perder de vista. Chegámos ontem e só partimos no próximo ano. A casa é suficientemente grande para, mesmo sendo muitos, podermos estar cada qual em seu canto. E eu preciso do meu canto. Da minha bolha. É o meu problema com as pessoas.

Continuo sem conseguir ver o blogue como devia ser. E nem estou no meu computador. Algo se passa e eu não sei o quê. Mas o pior é que tambem não quero saber.

Últimas actualizadas. Já volto.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Do Natal...

Eu ando irritada com o blogue. Não sei porquê, nem sei se sou só eu, mas não o consigo ver como devia ser. E isso faz-me não querer cá vir.

Teria mil e uma coisas para dizer mas só quero mesmo desejar a quem por aqui passa, um Feliz Natal, com tudo de bom e, acima de tudo, muita saúde. Sem saúde, não há nada. Claro que se der para recebermos umas prendinhas pelo meio, também ninguém se importa mas.... Saúde, Paz e Amor é o que vos desejo!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Das coisas que eu tenho andado a fazer... - Parte III

E, como se não bastasse, também me deu para os Azeites Aromatizados:


Aqui, acho que "imaginação" é a palavra de ordem. Eu usei Alecrim (que adoro), alho e uma mistura de grãos de pimentas variadas. O resultado final é bem mais giro ao vivo!

Vou tirando a minha inspiração daqui e dali, mas não posso deixar de referir que a minha grande referência é a Colher-de-Pau, com mil e uma ideias super criativas!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Das coisas que eu tenho andado a fazer... - Parte II

Além de bombons, deu-me para fazer o já referido licor de canela:
 
 
 
 
 
 
Ingredientes:
- 1 litro de água
- 10 paus de canela
- 650g de açúcar
- 1 litro de Vodka*
 
 
Como fazer:
  •  Em primeiro lugar, fazer o "chá de canela", que consiste em pôr a água a ferver com os 10 paus de canela, durante dez minutos e ir mexendo de vez em quando. 
  • Depois disto, junta-se o açúcar e são mais dez minutos a ferver. Aqui convém mesmo ir mexendo para dissolver bem o açúcar. Ao fim dos dez minutos, deve-se deixar arrefecer. 
  • Quando este "chá" estiver menos quente, vai-se juntando a vodka aos poucos, enquanto se vai mexendo bem. Depois é deixar arrefecer por completo.
  • Antes de engarrafar, convém coar. Eu usei filtros de café daqueles das máquinas de café antigas e um funil. E depois pus um pau de canela em cada garrafa, para "fazer bonito".



         
          
        Agora vou decorar as garrafas e inventar umas etiquetas! Pode ser que ainda ponha aqui a versão final!
         
         
         
        *Vodka - eu usei Vodka porque é mais barato e gosto do sabor. Mas pode fazer-se com aguardente (sobretudo, quem tenha acesso a aguardente mais em conta) e é uma questão de adaptar a quantidade de álcool e de açúcar.
        Já fiz uma dúzia de garrafas e acho que não me chegam... Tenho estado a usar garrafas da Frize que depois vou decorar e colocar em pequenos cabazes de Natal. Quanto ao licor, é delicioso e super fácil. Fica então a receita, que foi tirada do fórum Bimby, mas que eu deixo na versão "manual", de tão fácil que é.

        sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

        Das coisas que eu tenho andado a fazer... - Parte I

        Eu tenho andado meio desaparecida, diz que sim. Por muitos e variados motivos. Um deles, é que ando a tratar das prendinhas de Natal e dos milhentos trabalhos do Mestrado. As prendinhas já estão a 95%, os trabalhos, nem a 5%... Mas não falemos sobre isso.

        E o que é que eu ando a fazer? Entre outras coisas, bombons! Sim, eu, Agridoce Maria, ando a fazer bombons. E tenho provas e tudo:


        E o pior é que ficaram bons, mesmo bons! Tive a ajuda de uma amiga neste primeiro carregamento, e já lhe disse que se fizerem sucesso, vamos montar negócio e começar a vender.

        Ora então, temos Bonecos de Neve com chocolate branco e recheio de côco, Corações (pirosos, pirosinhos) com recheio de morango, e Flores de chocolate negro e branco com recheio de côco.
        As receitas vieram daqui e daqui, com as minhas devidas alterações e inspirações. Mas é que ficaram mesmo bons!...

        quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

        Das coisas que valem a pena... E fazem valer a pena...

        Sabemos que valeu a pena tirar a Amy da rua quando, pela primeira vez, ela e a Lady dormem enroscadas na cama delas.

        Valeram a pena o esforço, a dedicação, a paciência, as centenas de euros no veterinário. Valeu a pena e enche-me a alma.

        Vejo-as assim, lado a lado, e acredito que fizemos a coisa certa.

        Mesmo que a relação com a Amora esteja impossível. Mesmo que o futuro seja incerto. Valeu a pena.

        E vale a pena viver. Nem que seja por isto.

        Da Gala da Sic...

        A única coisa que me apraz dizer é que o Filipe Pinto (é assim que ele se chama?) é assustador em palco. Mesmo.

        quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

        Do gira que eu hoje estou!...

        (e modesta também...)


        Almoço de aniversário do maridinho, no Comida de Santo (à noite trabalha-se), e eu com o vestido-mais-lindo-do-Mundo que já andava há meses a namorar na Blanco. Os brincos são Swarovski e a gata é rafeiro de rua da Figueira da Foz, também conhecida como Dona Lady.

        Sempre que me visto de vestido, sinto-me mais bonita. Sempre. Até pode ser só na minha cabeça, mas que tem um óptimo efeito no meu ego, tem. E isso é bom.

        domingo, 12 de dezembro de 2010

        Dos dias que correm...

        Há dias, em que tenho a certeza que o que quero para a minha vida é mesmo isto.

        Há dias, em que me pergunto se serei capaz.

        Há dias, em que não sei se terei capacidades para isso.

        Há dias, em que tenho medo de não ter sucesso.

        Há dias, em que tenho dúvidas.

        Há dias, em que tenho certezas.

        Há dias.

        sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

        Das conversas no leito matrimonial...

        Ontem, já bem tarde, já deitados. Ele, agarrado ao computador a acabar umas coisas do trabalho. Eu, pego num livro cuja capa dizia António Carneiro e tinha várias obras do dito.

        Ele: Mas vais estudar?
        Eu: Não, vou ler... Um livro sobre o António Carneiro.



        Qual dos dois mais tolinho, perguntaram as gatas...

        quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

        Das minhas princesas, baronesas, duquesas, rainhas do castelo...

        E para não dizerem que a Amy não existe, aqui fica a prova:


        Podem aproveitar para ficar com uma perspectiva da parte de baixo da mesa de jantar, muito interessante. Aqui, ainda estávamos na fase de passar 90% do tempo escondidas, e as cadeiras eram sempre uma boa opção. Neste momento, estamos numa de roubar a cama da Amora e bufar-lhe para ela se ir embora. Cheira-me que esta menina vai ser fresca...

        E para que as manas Lady e Amora não fiquem com inveja, aqui fica mais um momento amoroso Kodak, para mais tarde recordar:



        Alguém diria que elas chegariam a isto quando as juntámos? Ainda guerreiam, muito por causa da cama (parecem marido e mulher a lutar pelos lençóis) mas lá se entendem, e passam os dias a dormir agarradinhas, coladas ao aquecedor. Menos agora, claro, que está lá Senhora Dona Amy e a Amora teve de se contentar com o sofá junto à janela.
        

        Do estado do blogue...

        Este blogue anda morto, muito morto. Mas eu prometo (tentar) tratar dele amanhã.

        Tenho mil coisas para dizer, mil coisas para escrever, mil imagens para partilhar.

        E zero paciência para fazer isto tudo.

        Há dias (e semanas [e meses]) assim...

        sábado, 4 de dezembro de 2010

        Das minhas ideias...

        Eu, idiota que sou (entendam como quiserem), tenho uma ideia.

        É só uma ideia. Nem sequer sei bem como pô-la em prática mas sei que desse lado há gente bem mais genial e criativa do que eu.

        A minha brilhante ideia é.... (Toquem os tambores!) Fazer uma troca de chás!

        É muito idiota ou há alguém tão doidinho como eu que alinhe?

        Eu sei que é difícil, moradas e tal, e o acondicionamento e a ASAE e tal, e tudo e tal... Mas só assim 2 ou 3 saquetas de chás que gostávamos de partilhar com o mundo em jeito de prenda de Natal dos Chaólicos Anónimos.

        Os detalhes depois logo se vê. Para já, quero saber se alguém alinharia nisto. Anyone?

        Da Amy... - III

        Dona Amy está bem e recomenda-se! Acho é que me trocaram a gata que esta agora só quer colo e não pára de ronronar...

        Não é que eu me importe!

        sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

        Da Amy... - II

        Daqui a pouco mais de uma hora o marido vai pegar na Amy para a levar à clínica para ser esterilizada.

        E eu tenho de ir para as aulas. E isso irrita-me. Irrita-me não ir levá-la. Irrita-me não ir buscá-la. Irrita-me não estar em casa para a receber quando ela chegar a casa, toda desnorteada. Irrita-me.

        Alguém me explica como é que eu posso ter aulas de Controlo de Gestão ao pensar que, nesse instante, a minha Amy-Baby está na mesa de operações?... Eu confio para lá de plenamente na nossa veterinária (se alguém precisar, eu recomendo, mesmo!), mas é uma cirurgia, é uma anestesia, e é uma Amy. Pronto.

        Parte-se-me o coração.

        Pior, é que ontem fizemos O progresso: Dona Amy ontem descobriu que por cima da parte de baixo da cama (onde ela passa a vida), há uma parte de cima. A primeira vez, fui eu que a arrastei para lá e ela esteve lá esponjada a receber festas na barriga, qual cão, a ronronar feliz e contente. Mas, a meio da noite, acordamos com sua excelência deitada encostada às pernas do marido. Assim, só porque lhe apeteceu. Mesmo com Dona Amora a dormir dentro dos lençóis. Sim, nós somos daquelas pessoas que dormem com gatos. Somos desses, somos. E somos muito felizes. E a minha alma iluminou-se quando a vi ali, encolhidinha, enroscadinha. Durou uns bons três minutos. Mas foi O progresso.

        E é por isto. É por isto que eu já devia estar a caminho do ISCTE e estou aqui, sem conseguir almoçar, sem conseguir sair de casa. É por isto. Porque eu gosto muito de ti Amy, sabias? E as manas também, elas é que ainda não sabem.

        quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

        Da palavra do dia...





        (não me internem já... há uma lógica, não me perguntem é qual...
        mas tentem dizer esta palavra dez vezes seguidas e depois percebem...)

        quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

        De mim...

        Não tenho escrito, não tenho lido. Ando assim, num marasmo sem fim.

        Vamos fingir que a desculpa são os oito trabalhos que tenho de fazer para o mestrado, sim?





        P.S.- Estou a apaixonar-me pela Amy, o que não era suposto. Mas ao mesmo tempo ela é tão, tão difícil. Nos últimos dois dias conseguimos que ela estivesse umas horas no sofá ao nosso colo. Mas ela passa 90% do tempo escondida, na sua bolha. E custa. Custa porque queríamos tanto, tanto, que ela se habituasse a nós, à casa, às manas, a socializar. Ela é um doce. Mas é um doce que só sai debaixo da cama por arrasto...

        segunda-feira, 29 de novembro de 2010

        Do dia de hoje...

        E o que é que eu fiz hoje além de quase, quase, acabar as compras de Natal e comprar o vestido-mais-lindo-do-mundo na Blanco (um dos que andava a namorar)?

        Mudei um pneu. Isso mesmo. Eu e a minha amiga que estava comigo. Mulheres de armas, é o que é. E não, não precisámos da ajuda de ninguém para isso. E foi a primeira vez, para as duas. E sentimo-nos as maiores!




        É só para que fique registado para a posteridade.

        sábado, 27 de novembro de 2010

        Dos dias...

        Eu sou muito básica, sou.

        Há dias em que o meu grito de revolta é, tão somente: hoje não vou apagar os e-mails sem interesse.

        Hoje é um desses dias.

        Das aulas...

        Sim, sim, eu devia estar nas aulas. Mas levantei-me eu da minha bela, quente e mui confortável cama, para cumprir os meus deveres de aluna e sua Excelência Doutor-Cujo-Nome-Não-Vou-Referir (e que não é doutor coisa nenhuma) não pôr lá os seus reais pés.

        Tanto melhor para mim e para o licor.

        Do meu estado actual...

        Directamente da cozinha, a esterilizar garrafas (vocês sabiam que se esterilizavam garrafas? eu não!) e a fazer licor de canela. Cheira-me que logo à noite não vou conseguir ir trabalhar... Alguém vai ter que o provar, não é?

        quinta-feira, 25 de novembro de 2010

        Dos meus disparates...

        Eu sei que há quem pense "esta rapariga é tola, só diz disparates, expõe aqui a vida toda e mais alguma". Diz que sim. Diz que não. Eu exponho aqui a parte que me apetece, quando me apetece. Quem me conhece, sabe que eu sou muito mais do que isto. Só não exponho mais, com medo que me internem. Eu própria me auto-censuro e, recentemente, fiz uma auto-censura de alguns posts que isto nunca se sabe bem quem está do outro lado a ler.

        Às vezes, talvez devesse ficar calada. Mas, outras vezes, penso que o blogue é meu e foi criado, precisamente, para eu dizer o que me apetece.

        Agora o que me apetece dizer é que vou fazer comprinhas de Natal. Mais logo, talvez me apeteça falar sobre a Amy. A Amy. Vocês não imaginam o que a Amy é. A Amy é dos maiores desafios que já tive na minha vida. Mas logo falarei sobre ela. Neste momento, ela está muito ocupada a tentar convencer a Amora e a Lady a brincar com ela.

        quarta-feira, 24 de novembro de 2010

        De mim, de nós, da vida...

        Há três meses atrás, a 24 de Agosto, eu estava no Algarve, meti-me num Expresso e fui a casa fazer as malas. E voltei para casa dos meus pais.

        Sim, eu e o meu marido separámo-nos nesse dia. Só meia dúzia de pessoas souberam. Daí os posts sem sentido, o querer falar e não poder, o sentir-me aprisionada no meu próprio blogue. Porquê? Porque era demasiado pessoal. Porque ainda estava tudo demasiado incerto. Porque a confusão que tinha tomado conta de mim, não tinha nada que tomar conta do blogue. Fechei-o por uns dias, disse umas baboseiras, mas depois pensei que, no matter what, a vida continua, e cá continuei com os meus devaneios.

        Foram tempos difíceis? Foram. Chorei baba e ranho? Chorei. Revoltei-me? Revoltei. Tentei perceber? Tentei. Pensei muito? Pensei.

        E há dois dias atrás voltei para casa. Para a casa a que eu ainda não consigo chamar minha, muito menos nossa. Aos poucos, vou voltando a encher os armários e as gavetas com as minhas coisas. Aos poucos, vou repondo as coisas nos sítios onde gosto de as ver. Aos poucos, vamo-nos habituando a viver juntos outra vez, porque já nenhum de nós sabia bem o que isso era. Ele diz que eu falo demais, que estou muito eléctrica. É da medicação, digo eu. Ou então, é simplesmente por estar de volta a casa. Mesmo que ainda não sinta bem esta como a minha casa, foi bem pior nos últimos três meses sentir que não tinha casa nenhuma.

        Por que é que falo nisto agora? Porque agora já passou. Agora já foi o temporal, a confusão, o caos na minha cabeça e na minha vida. Agora, já não vão existir as palavras de comiseração, de pena, de "coitadinha", que eu temia ao expôr aqui algo tão íntimo.

        Não. Agora está tudo bem. Mais bocado, menos bocado, estou aqui. Inteira, ou quase. Agora, dizem, é uma questão de tempo. Vamos ver, vamos ver.


        Tiny little note: nem a ida ao psiquiatra está relacionada com a separação, nem a separação com a ida ao psiquiatra. A ida ao psiquiatra era algo para que me andava a mentalizar há mais de seis meses, por saber que precisava. São MESMO coisas independentes.

        Dos meus momentos brilhantes...

        Mando um SMS com o seguinte conteúdo: "Podes falar?"

        E o que é que faço a seguir?

        Encosto o telemóvel ao ouvido, à espera que me respondam, talvez. Só ao fim de uns (largos) segundos, percebi a minha figura...

        terça-feira, 23 de novembro de 2010

        Do Ikea...

        (só para aligeirar o mood)



        E não é que eu acabei de chegar do IKEA e vim de mãos a abanar? Contado, ninguém acredita.

        segunda-feira, 22 de novembro de 2010

        Do meu Pai...

        Hoje o meu Pai faz anos. E, que perdoem todos os outros, mas o meu é o melhor do Mundo.

        Por onde começar?

        Bom, o meu pai foi pai solteiro. E se ser pai solteiro hoje em dia não é comum, há vinte anos atrás era qualquer coisa de muito rara. Mas foi. Os meus pais divorciaram-se e eu e o meu irmão ficámos a viver com ele.

        E ele fez de nós quem somos. O meu irmão tem uma vida de sucesso e eu, assim o espero, para lá caminho. O meu pai educou-nos, ensinou-nos valores, levou-nos a dezenas de museus e a encontros de 2 CVs por este país fora. O meu pai pagou um balúrdio para podermos estar três semanas em Inglaterra a aprender inglês, a conhecer outra cultura e, sobretudo, a crescer. O meu pai permitiu ao meu irmão ir estudar para fora e permitiu-me a mim fazer uma série de viagens por essa Europa fora. E isso fez de nós quem somos.

        O meu pai é a pessoa mais inteligente e mais culta que eu conheço. Tem um mau feitio terrível, tem. Mas a genialidade e a loucura sempre andaram aliadas e eu, que saio a ele, dou-lhe um desconto. O meu pai, que é hiperactivo e não sabe, está agora a fazer uma licenciatura em História. Só porque sim. Só porque quer aprender mais e porque não sabe estar quieto.

        O meu pai é como é. É como foi feito. O meu pai não foi criado num meio de mimos e afectos e, por isso, ele não sabe bem o que isso é. Mas tem feito um esforço e tem melhorado. E ele não sabe como me deixa feliz quando passa por mim no sofá e me faz uma festa na cabeça. É a forma de ele me dizer que gosta de mim.

        Porque o meu pai só me disse duas vezes que gostava de mim. A primeira foi quando eu estava na minha segunda depressão, enfiada há dias na cama, e ele foi lá, dizer-me que gostava muito de mim e que estavam preocupados comigo. A segunda foi quando eu, de lágrimas nos olhos, lhe expliquei porque queria ir estudar para Coimbra. O meu pai não concordava, em nada, com as minhas razões. Mas disse-me que gostava de mim e deixou-me ir. E isso, fez de mim quem sou hoje.

        Noutras vezes, ele disse-o, sem o dizer. Lembro-me de um momento muito concreto: eu tinha chegado das aulas, já era tarde e já toda a gente tinha jantado. Eu estava na minha fase de quase anorexia (se é que se lhe pode chamar isso), e lembro-me de me sentar à mesa para comer. Olhei para a porta e ele estava lá, encostado à ombreira da porta. Eu perguntei-lhe o que é que ele estava ali a fazer. E ele disse-me que estava a ver se eu comia. Só isso. Estava ali para ter a certeza de que eu não deitava a comida para o lixo. E eu soube que ele gostava de mim.

        Noutra altura, mais recente, convidou-me para ir com ele ao Continente às compras. Isso mesmo. A coisa mais simples do Mundo. Porquê? Porque eu precisava de sair de casa, de me distrair, nem que fosse para ir ao Continente às compras. E eu soube que ele gostava de mim.

        O meu pai, sem saber, também já me salvou a vida. Na minha primeira depressão (não diagnosticada e não tratada), eu já tinha escrito a minha carta de despedida, já me tinha despedido no fórum que frequentava na altura, já tinha os comprimidos escolhidos. O meu pai não era para ir a casa nessa noite e eu já tinha tomado a minha decisão. No momento em que eu estava a abrir a gaveta para tirar o pijama que ia vestir para me enfiar na cama, pela ultima vez,  a porta abre-se e o meu pai chega a casa. Ele não sabe, mas salvou-me a vida nessa noite.

        Eu podia dizer aqui mais um milhão de coisas sobre o meu pai. Mas basta dizer que é o meu. E é o melhor do Mundo. E que hoje, quando ele soprar as velas, a única coisa que eu vou pedir é que ele continue por cá por muitos, muitos anos. Porque eu não vou saber viver sem ele. Ele é a minha base, o meu exemplo, o meu porto de abrigo, ele é tudo para mim. E eu não vou saber viver sem isso.

        E hoje, só porque sim, no livro que lhe vou dar, vou escrever-lhe que gosto muito dele. Só para que ele saiba. Só para ele ler de vez em quando e não se esquecer nunca. Porque eu gosto mesmo muito dele.

        Dos Segredos... - II

        Lembram-se do Segredo?

        Concretizou-se. E é uma m*rd*. E eu continuo sem poder falar nisso.

        E eu gostava de ter uma varinha mágica para resolver os problemas dos outros. Mas não posso. Resta-me dar apoio. Resta-me estar aqui.

        Das coisas...

        Escrevi, escrevi, escrevi.

        Apaguei tudo.

        Ficamos assim.

        domingo, 21 de novembro de 2010

        Da minha carta ao Pai Natal...

        Querido Pai Natal,

        É só para te relembrar que este ano eu só quero uma prenda: uma máquina fotográfica daquelas a sério. Não é pedir muito, pois não? Eu sei que se tu juntares os teus duendes todos, tu consegues.



        P.S.- Eu depois aviso quando escolher o modelo, sim? É só para te ajudar, que eu sei que não percebes muito disso. Não é que eu perceba, mas vou descobrir entretanto! (já agora, aceitam-se sugestões...)

        sexta-feira, 19 de novembro de 2010

        Das imagens...

        Hoje apetece-me falar sobre as imagens. As imagens nos blogues, mais concretamente.

        É um assunto deveras importante e que dá para se dizer muito.

        Eu ainda não percebi bem se gosto mais de blogues com ou sem imagens. Acho que gosto mais de blogues com imagens.

        Mas, que seca, o meu blogue raramente tem imagens! Contraditório? Sim, diz que sim.

        Mas é que da mesma forma que se pode achar o meu blogue uma seca por não ter imagens, também se pode achar uma seca andar a ver blogues e ver as mesmas imagens repetidas over and over again retiradas dos sítios da moda.

        É por isso que eu prefiro ter uma seca de blogue, onde só ponho imagens quando quero e acho que faz sentido, do que andar a pôr imagens todos os dias, para "fazer bonito". Assim, ponho as minhas imagens quando quero e bem me apetece, ou ponho outras imagens quando acho importante ilustrar certos temas. Mas isso, como já devem ter visto pela seca de blogue, acontece muito raramente.



        Ou isso ou acordei com um mau humor matinal terrível e apetecia-me embirrar com qualquer coisa.
        Mas não, que até acordei com alguém a tocar-me à porta para me entregar uma flor.

        Das pequenas coisas...

        E depois, depois há aquelas pessoas de quem não esperávamos nada mas que se mostram (e demonstram) genuinamente, sinceramente, abertamente felizes, por um saberem um pequeno nada da nossa vida.

        E isso? Isso alegra-me o dia, a noite, a semana.

        Ainda há pessoas boas. Ainda há esperança para o Mundo.



        P.S.- Afinal, às vezes, eu até gosto das pessoas.

        quinta-feira, 18 de novembro de 2010

        Dos vernizes...

        Eu pinto as unhas com o Cappuccino da Risqué e o comentário que recebo é:


        "Estão giras, parecem as da Sigourney Weaver no filme do Alien."

        Dos meus apetites...

        É só para avisar que quero ir a Madrid. Quero. E tenho dito.

        quarta-feira, 17 de novembro de 2010

        Das nossas princesas...

        E os testes deram todinhos negativos. E nós pudemos, finalmente, respirar de alívio. E agora vai começar a festa de as juntar todas.

        Dona Amora e Dona Amy já se auto-apresentaram com umas bufadelas simpáticas. E agora a Dona Amy, que finalmente descobriu que há casa para além do escritório, anda a explorar coisas como a televisão, os tapetes e coisas afins.

        Dona Lady está a dormir ferrada no meio das minhas pernas. Além do sedativo, teve mesmo de ser anestesiada para se lhe conseguir tirar sangue. Dona Lady não é fácil. Quando, finalmente, ela "apagou", a veterinária aproveitou para lhe fazer as festas que nunca tinha conseguido fazer e para examinar tudo o que nunca tinha conseguido examinar. Um bocadinho do meu coração ficou naquela marquesa, ao vê-la completamente inanimada, sem reacção a nada... E ainda vai continuar em suspenso até ela acordar e voltar ao que era...

        Dona Amora, pelo contrário, nem de sedativo precisou para se tirar o sangue. Portou-se como uma princesa.

        E tudo indica que a Dona Amy, que levou sedativo, para lá caminha.


        Eu não sei como é ter filhos, mas estas três pulguentitas dão cabo de mim.

        The Things I Dislike... - VIII

        Pessoas pouco profissionais.

        Por mim, despediam-se todas.

        Não sou adepta da democracia. Qual trabalho para todos, qual quê. Sou adepta da meritocracia. Não há mérito, não há emprego. Simples, não?

        Estamos em crise. Vivemos momentos difíceis e as pessoas não percebem isso. Encostam-se à sombra da bananeira na esperança que ninguém note que não fazem nada. As pessoas desvalorizam o trabalho. E eu acho que essas pessoas não merecem ter emprego. É caro despedi-las? É.

        Mas, a longo prazo, não será muito mais caro andar a pagar a incompetentes para não fazer nenhum?

        Digo eu, não sei.

        terça-feira, 16 de novembro de 2010

        Dos Cháolicos Anónimos...

        Boa noite.

        O meu nome é Agridoce e sou cháolica. Sou dependente de chá e não consigo viver sem ele.
        Estou, neste momento, a consumir a quarta caneca do dia. Vejamos:

        1- Chá Mon Cherry (daqui)
        2- Puh-Er com limão (da Twinings)
        3- Rooibos com Baunilha (da Cacao Sampaka)
        4- Cidreira e Mel (do Jumbo mesmo)

        Acham que tenho um problema? Devo procurar ajuda? Alguém com a mesma obsessão? Querem partilhar experiências e criar reuniões mensais de partilha de histórias em que o chá é o elemento proibido? Acham que um grupo destes era capaz de ter poder suficiente para fazer baixar os preços astronómicos de alguns chás? Anyone?


        Ou acham simplesmente que eu endoidei de vez?

        Dos segredos...

        E não, não vou falar da Casa dos Segredos...


        Eu sei um segredo. Um segredo daqueles com "s" grande. Um segredo daqueles que me deixa o coração apertado. Um segredo daqueles que eu preferia não saber. Um segredo daqueles que eu faço figas para que não se concretize. 

        Não me deviam contar estas coisas. Não deviam. Eu não sei lidar com segredos. Não é que vá contar a alguém, que jamais o faria. Mas é que fico a consumir-me por dentro, precisamente, por saber um segredo destes e não o poder partilhar com ninguém. É daquelas coisas que não estávamos à espera (se calhar, até estávamos), mas que esperávamos que nunca acontecessem.

        E agora eu sei que, possivelmente, vai acontecer. E eu não quero. E não posso falar disso com ninguém. E isso consome-me aos bocadinhos.

        Da Amy...

        Aqui estou eu, de pantufas de girafa nos pés (sexy, hum?), enrolada numa manta de polar, com uma caneca de chá de Mon Cherry, e super motivada e concentrada para fazer o trabalho de gestão.


        O problema? O problema é que a Amy ronrona tão alto que eu não me consigo concentrar. Quando ela deixar, eu prometo que coloco fotos.

        segunda-feira, 15 de novembro de 2010

        Das coisas...

        E depois há coisas que acontecem que fazem com que estas m*rdas todas de que ando para aqui a queixar-me, não tenham importância nenhuma.

        Da cereja no topo do bolo...

        O meu telemóvel morreu. Kaput.


        Não me faltava mesmo mais nada.

        Das relações...

        Isto das relações tem muito que se lhe diga. Muito mesmo.

        Seja das relações amorosas, com os amigos, com os colegas, com os vizinhos. Neste momento, apetece-me dissertar sobre a minha relação com o meu carro (depois cada qual interpreta e adapta ao que quiser, que eu aqui sou pela liberdade de opinião e pensamento).

        Eu e o meu carro estamos numa fase complicada. Complicada ao ponto de eu andar a pensar separar-me dele. Mas, ao mesmo tempo, é o meu carro. É meu há muito tempo, já vivemos tanta coisa juntos, já aprendemos e crescemos tanto juntos. Não é fácil.

        Ando nesta indecisão. Trocar ou não trocar de carro? Na maior parte dos dias estou inclinada para o não. Mas depois...

        Depois foram os 500 euros o mês passado em seguro e oficina. E a direcção que tem de ser vista. E uma das jantes que tem de ser vista. E a chaufagem que agora só funciona quando lhe apetece.

        Sábado a cereja no topo do bolo foi estar a chegar do trabalho à uma e muito da manhã e estar a chover. E eu com o limpa-vidros ligado. Shlep para lá, shlep para cá, shlep para lá, até que não houve mais nenhum shlep. Houve um clack e não houve mais limpa-vidros para ninguém. Lá veio a boa da Agridoce a conduzir devagar, devagarinho, com cuidado, cuidadinho, a pedir à chuva que acalmasse e a desejar que o caminho até casa, por artes mágicas, se encurtasse.

        Hoje lá vou eu para a oficina outra vez.

        Eu sei que isto dos carros, como nas relações, passa muito pela manutenção. Os carros, como as relações, exigem manutenção. E eu trato da manutenção do meu com todo o amor e carinho. Trato mesmo. Por isso é que aquele motor que ninguém sabe quantos kms tem e que já passou por três carros diferentes, está ali fino e fofo. E por isso é que troco o que é preciso trocar, para ir mantendo a nossa relação feliz e saudável.

        Mas, ultimamente, isto não tem estado fácil. Não nos andamos a entender. Ele exige muito de mim em manutenção. E, além disso, ainda tem razões para se queixar.

        Há dias, num misto de pressa/parvoíce/distracção/excesso de confiança, ao estacionar, bati num ferro e parti o plástico que tapa o pisca. Rapariga despachada que sou, toca de pegar nos bocadinhos e ir à oficina do costume. Um bocado de cola e está como novo.

        Mas eu acho que o carro não me perdoou. Lá está. É daquelas feridas que sara, cura, mas deixa cicatriz. E o carro não me perdoou e achou que o limpa-vidros devia deixar de funcionar.

        É assim. Na vida. Nos carros. Nas relações. Praticamos acções, recebemos acções. Umas têm desculpa, outras não. Umas deixam marcas, outras não. Umas vamos praticando todos os dias, noutras desleixamo-nos. Certo, certo, é que não há relação que não tenha fim. Pode tardar, mas é certinho como o destiho.

        sábado, 13 de novembro de 2010

        Dos telemóveis...

        Eu sei que tenho mau feitio. Eu sei que sou antipática. Eu sei que sou anti-social. Eu sei que não gosto das pessoas.


        Mas é só a mim que passa pela cabeça pôr à frente do nome de certas pessoas no telemóvel "PERIGO: NÃO ATENDER"?...

        sexta-feira, 12 de novembro de 2010

        Da nossa refugiada...

        Ontem já levámos a Amy (já tem nome!) ao veterinário. Foi lá só mesmo passear e ser pesada. Segunda-feira voltamos lá com ela e com as duas manas e vamos fazer a todas os testes do FIV e do FELV. Vai custar, mas achámos melhor assim. Pelo menos, ficamos descansados e podemos juntá-las à vontade. Se bem que a Amy não seja para ficar lá em casa a longo prazo, mas, para já, faz também os testes e não se pensa mais nisso.

        Ainda não conseguimos apanhar os dois manos. Ontem quase perdemos todas as esperanças e estávamos desolados. Mas afinal, pode ser que seja possível. Vamos ver como correm os próximos dias...

        E estamos assim, aqui por bandas de lado nenhum...

        quinta-feira, 11 de novembro de 2010

        Dos passeios Domingueiros...

        Se me perguntarem por onde andei Domingo, não sei... Sei que andámos por aí, éramos muitos e o resultado foi este:

        À espera para atravessar a ponte D. Amélia.

        Na dita ponte.

        A típica fotografia lame...

        Paisagens de cortar a respiração...

        Já na prova de obstáculos: "O que raio estou eu aqui a fazer?"

        Porque é que temos o carro enfiado (literalmente) num buraco?

        Andar de lado é que está in...


        Last but not least... Os carros não deviam andar com as quatro rodas no chão?



        E foi isto. Gente doida. Só gente doida. E eu é que ando a Smarties...
        Pior, pior, é que descobri que até acho piada a estas andanças.



        Tiny little note: o carro em que fomos não é o nosso carro. O nosso também é um jipe, também é um Land Rover, mas além de estar na oficina, é "bom demais" para estas aventuras...

        quarta-feira, 10 de novembro de 2010

        Do meu estado actual...

        São onze da noite e eu estou enfiada na cama, com o portátil no colo, indecisa entre continuar a investigação de um dos milhentos trabalhos que tenho para fazer (escultura e pintura portuguesas dos séc. XV e XVI - alguém é servido?) ou ir vegetar a ver uma qualquer série...

        A pulguita que resgatámos (é uma menina, confirma-se) continua connosco, isolada das outras duas feras, num misto de emoções: ora morre de tanto ronronar, ora se esconde de medo... Mas hoje já aguentou quase dois minutos ao meu colo!

        Continuamos numa angústia enorme porque ainda não conseguimos resgatar os manos dela. Mas acreditamos muito que vai ser amanhã. Wish us luck!



        (Sim, agora deu-nos para isto: salvar gatinhos da rua. Podia ter-nos dado para pior. Se podia!)

        terça-feira, 9 de novembro de 2010

        Da contabilidade...

        Sinto-me burra.

        Sinto-me qual boi a olhar para um palácio.

        Mas a contabilidade não vai levar a melhor. Ai não vai, não.

        Das mais recentes aquisições...

        Os amigos do costume:


        Condessa, Ti-Ti-Ti, Viena e Base


        E os novos amigos:


        Capuccino, Fetiche, Ópera e New York (a que não resisti e já está nas minhas unhas!)


        Todos comprados a 1,59€, numa loja da Baixa que, curiosamente, três dias depois fechou. Se eu soubesse, tinha trazido o triplo do carregamento...

        quinta-feira, 4 de novembro de 2010

        Das sensações mais gratificantes que pode haver...

        Apanhar um gatinho na rua e depois de 24 horas de muito esforço e muita paciência, conseguir fazer-lhe a primeira festinha e receber uma turra em troca...

        quarta-feira, 3 de novembro de 2010

        Das coisas...

        Eu passo dias calada e depois, de repente, não me calo...


        O meu estado actual ultimamente é o de sono. Perguntam-me como estou de manhã: com sono. Perguntam-me como estou à tarde: com sono. Perguntam-me à noite como estou: com sono.

        E, neste momento, tenho ali uma tradução para fazer e só me apetece ir para a cama dormir.

        Sim, pessoas, porque eu sou para lá de multifacetada e além de dois empregos e um Mestrado, agora pediram-me para fazer uma tradução. E eu muito agradecida, claro, e o meu carro ainda mais, que este mês teve direito a correia de distribuição nova (whatever that is).

        Por isso, pessoas que me estão a ler e precisam de uma pessoa cheia de capacidades e qualidades para um emprego daqueles bons, mesmo bons, na minha área ou noutra qualquer: aqui estou eu! Eu faço de tudo um pouco, e faço-o bem feito. Muito bem feito.



        (sabe-se lá quem vai ler isto um dia!)



        (nos estretantos, vou parar de sonhar, e agarrar-me à tradução)

        Dos concertos... - II

        Já sei. Quero ir ver o Rui Veloso.



        Bilhetes é que é mentira. (alguém falou em crise?)

        Dos concertos...

        Tenho saudades de um bom concerto.



        E tenho dito.

        terça-feira, 2 de novembro de 2010

        Do meu Estado...

        Eu estou viva. E bem. Obrigada.

        A minha inspiração e a minha vontade de escrever é que devem estar no mesmo sítio que a minha vontade de resolver os casos de contabilidade que tenho aqui a olhar para mim.


        (eles e a taça de mousse de chocolate...)

        quinta-feira, 28 de outubro de 2010

        Das minhas considerações...

        Estamos em crise.

        Já se sabe. Já não se pode ouvir falar nisso.

        Diz-se que não há trabalho, que é o fim do mundo, que as pessoas andam a passar fome.

        Conheço imensa gente que está desempregada e que diz que não consegue arranjar nada. Eu própria não consigo arranjar (mais) nada. Mas eu reconheço que pouco tenho procurado e que tenho a limitação do meu actual emprego e ainda do Mestrado. Assim, não me queixo porque não consigo arranjar nada.

        Mas há quem se queixe. Que a vida está mal, e isto e aquilo.

        Mas em duas semanas, no sítio onde trabalho, já foram despedidas 4 pessoas. Sim, quatro. E não foi por cortes nas despesas nem falta de orçamento nem nada disso.

        Foi mesmo porque não querem trabalhar. As pessoas não querem trabalhar. Não dão valor ao trabalho. Estão a borrifar-se para o trabalho. E nós não precisamos lá de pessoas a trabalhar por favor.

        O que não faltam são centenas de curriculums de gente que gostava muito de ali trabalhar. Venham os próximos.

        Do Bolo Rei...

        Eu sei que estou farta de falar no Natal e nos presentes que já comprei mas...


        ... não vamos começar a comer Bolo Rei em Outubro, pois não senhores do Lidl?

        quarta-feira, 27 de outubro de 2010

        Do meu OE pessoal...

                  Querida mala linda e maravilhosa da Mango que eu ando a namorar desde o início da colecção,

        Este mês tenho uma novidade para ti: vais continuar na loja por tempo indefinido. Entre seguro do carro, revisão do carro, Psi e respectivos medicamentos, já lá vão umas (mui) largas centenas de euros.

        Assim sendo, entrámos em recessão. Agora sim, apertamos o cinto, e estaremos a pão e água até voltarmos a receber. Os senhores do Governo dizem que devemos apertar o cinto e é verdade. Até me faz bem, faço dieta.

        Realmente, ter carro e ir a um Psi é só para os ricos portanto, eu que me aguente.

        O Governo pede-nos para cortar. E nós cortarmos. Mas se nós cortarmos assim tanto, a economia também não vai longe. Que se eu deixar de comprar pão na padaria da esquina, eles qualquer dia estão a despedir pessoas porque deixaram de ter negócio. E não é isso que queremos, pois não?

        Senhores do Governo, vejam lá se se decidem. Cortamos ou não cortamos?


        Enquanto isso, querida mala da Mango, vai esperando por mim. Eu tardo, mas não falho.

        Dos meus Smarties...

        Os meus comprimidos novos são giros. Mesmo giros. São azuis, cor-de-rosa e cor-de-laranja. Acho muito bem. Sou contra comprimidos todos brancos e sem piadinha nenhuma.


        Alguém tem outras cores para a troca?

        terça-feira, 26 de outubro de 2010

        Dos sítios a que nos custa regressar...

        Hoje foi o dia.


        Hoje foi o dia de voltar a entrar num consultório de Psiquiatria, muitos anos depois.

        Se custou? Sim, um bocadinho. Custou mais mentalizar-me, ao longo dos últimos seis ou sete meses, que era algo que teria de fazer, mais tarde ou mais cedo.

        O que custa é perceber que não estamos bem e que precisamos de apoio.

        O que custa é admitir que precisamos de voltar às drogas, para andarmos bem.

        O que custa é ver que há gente à nossa volta (gente próxima, muito próxima), que não concorda. Que diz que não devíamos ir. Que diz que não devíamos tomar medicação.

        Isso é o que custa. Com os preconceitos dos outros, da sociedade em geral, posso eu bem. Com os preconceitos dos meus, é mais difícil.

        Porque ir a um psiquiatra, é como ir a outro médico qualquer.

        Porque tomar anti-depressivos e ansiolíticos e afins, é como tomar outra coisa qualquer.

        Eu tenho problemas de estômago, tomo medicamentos para o estômago. Com o sistema nervoso, é mais ou menos ou menos. A diferença é que é (estupidamente) mais caro.

        Voltar à medicação e às consultas custa-me. Mas sei que é para o meu bem. Sei que não é o fim do mundo. É um problema de saúde como outro qualquer. Não faz de mim uma coitadinha. Faz de mim uma pessoa melhor e mais consciente porque, desta vez, não deixei as coisas chegar a um ponto em que tiveram de me arrastar para lá. Não, desta vez, eu fui mais forte. Desta vez, eu percebi, a tempo, que precisava de ajuda. E não é vergonha nenhuma pedir ajuda.

        E daqui a uns tempos, quando estiver melhor, vou olhar para trás e ficar feliz por ter sido capaz de tomar a decisão certa. Digam os outros o que disserem.

        Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...