Conduzir.
Não gosto de conduzir. Não gosto.
Conduzir é, para mim, um mal necessário. Dispensava ter que me enfiar no carro para vir trabalhar. Dispensava ter que me enfiar no carro parar me deslocar de uns sítios para os outros. Sim, há os transportes públicos. Mas vão lá viver para onde eu vivo e depois falem-me em transportes públicos. Até para ir até ao metro (que utilizo, por vezes, para ir para o emprego nº1), eu tenho de pegar no carro.
E não gosto. Há aquelas pessoas para quem conduzir é um dos prazeres da vida. Para mim, certamente, não é. É unicamente algo que eu tenho de fazer. E faço, pois que remédio.
Mas (lá vem o meu amigo "mas")... Há excepções! Há carros que me dão um certo gozo conduzir. Mas conduzir pelo prazer de conduzir apenas. Acelerar, travar, fazer curvas apertadas. Conduzir por conduzir. Não porque tenho de ir para o trabalho e tenho de enfrentar o trânsito do centro de Lisboa. E são só alguns carros, obviamente. O meu carro, vá lá, é pequenino e velhinho, mas como já não tem o seu motor original e tem um mais potente, acaba por se prestar a uma condução mais agressiva/desportiva, a que eu acho uma certa piada quando alguns panhonhas com grandes carrões entendem que o meu carro não vale nada e tentam mostrar que o carro deles é que é. E depois há os Porsches, há o carro do meu pai (não que ele já me tenha deixado conduzi-lo, mas nos meus sonhos dá um gozo bestial conduzi-lo, e quando ando ao lado dele, percebo a adrenalina da coisa), e há outros que tais. Um dia, gostava de me enfiar num autódromo com um carrão e acelerar até não poder mais. Isso sim, tinha piada. Agora conduzir no dia-a-dia no meio de gente doida, não obrigada.
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