A noite de Sábado foi mais uma noite de teatro, no Teatro Nacional D. Maria II. Desta vez, a peça eleita foi Blackbird, de David Harrower, com encenação de Tiago Guedes, e com Miguel Guilherme e Isabel Abreu nos papéis principais.
Gostei, mas não adorei. Estava à espera de mais. Já tinha visto a peça de estreia do Tiago Guedes, The Pillowman, e estava à espera de algo ao mesmo nível. Mas claro, isso era pedir demais, já que The Pillowman foi das melhores peças que já vi em teatro, e a única que, com toda a certeza, gostaria de rever. A peça é interessante, as representações são muito boas, e o tema, polémico, consegue cativar-nos. Nesta peça, assistimos ao reencontro, após 15 anos, de um homem e uma mulher que se relacionaram quando ela tinha apenas 12 anos. Cada um interpreta à sua maneira esta história: foi abuso sexual? foi amor? de quem foi a culpa? É uma peça forte, violenta, pesada. Tem pequenos momentos cómicos, mas não é uma peça para nos divertir, é uma peça para nos fazer pensar. Não adorei, nem é daquelas peças que eu vá dizer a toda a gente para irem ver, mas também não posso dizer que não tenha gostado ou que foi tempo perdido. Valeu a pena para ver o Miguel Guilherme e a Isabel Abreu em palco. Diz quem sabe, que desde que ela se magoou (em cena), a qualidade da peça baixou um bocadinho de nível. Talvez. Talvez tenha sido por isso. Talvez não.
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