Quem me conhece sabe que gosto de animais. Gosto muito. Gosto de todos mas gosto, sobretudo, de gatos. I'm a cat person. Tirando um certo período de alguns anos na minha vida, vivi sempre com gatos, ou gatas, melhor dizendo. Lembro-me de todas as que passaram pela minha vida, mesmo as que passaram por pouco tempo. Tinham (têm) os seus feitios, as suas personalidades, as suas manias, os seus hábitos e os seus gostos.
E como gosto tanto de gatos, não podia ter deixado de adoptar a nossa pulguita, quando o marido me veio com a história de que a mãe de um dos meninos dele tinha três gatinhos bebés para dar. Lembro-me perfeitamente de ele ter andado alguns dias a tentar convencer-me. E lembro-me do dia em que ele me convenceu, finalmente, e em que eu fui comprar tudo o que ela poderia precisar. Lembro-me de a ter ido buscar à porta do Jardim-Escola dele, à hora de almoço. Era tão, mas tão pequenina! Levei-a para casa e passámos a tarde a fazer descobertas: a comida, a água, a caixinha da areia, mil e um recantos para brincar. Ela era mesmo muito pequena (tinha cerca de 5 semanas) e, aproveitando o facto de eu estar a preparar o meu trabalho final de curso, passou as primeiras semanas lá em casa a dormir ao meu colo, enquanto eu trabalhava. À noite, dormia na minha almofada. O marido não dormiu nas primeiras noites, com medo de se virar e magoá-la. Ela era a coisa mais doce do mundo: ronronava imenso e lambia-nos compulsivamente quando chegavámos a casa ou quando queria colinho para dormir. Ainda hoje faz estas duas coisas. Mas tem o seu mau feitio de gata siamesa e, de vez em quando, é extremamente agressiva. E também não é muito sociável. Não gosta de visitas na sua casa, mas já há algumas pessoas que também têm direito a lambidelas quando lá vão.
E como gosto tanto de gatos, não podia ter deixado de adoptar a nossa pulguita, quando o marido me veio com a história de que a mãe de um dos meninos dele tinha três gatinhos bebés para dar. Lembro-me perfeitamente de ele ter andado alguns dias a tentar convencer-me. E lembro-me do dia em que ele me convenceu, finalmente, e em que eu fui comprar tudo o que ela poderia precisar. Lembro-me de a ter ido buscar à porta do Jardim-Escola dele, à hora de almoço. Era tão, mas tão pequenina! Levei-a para casa e passámos a tarde a fazer descobertas: a comida, a água, a caixinha da areia, mil e um recantos para brincar. Ela era mesmo muito pequena (tinha cerca de 5 semanas) e, aproveitando o facto de eu estar a preparar o meu trabalho final de curso, passou as primeiras semanas lá em casa a dormir ao meu colo, enquanto eu trabalhava. À noite, dormia na minha almofada. O marido não dormiu nas primeiras noites, com medo de se virar e magoá-la. Ela era a coisa mais doce do mundo: ronronava imenso e lambia-nos compulsivamente quando chegavámos a casa ou quando queria colinho para dormir. Ainda hoje faz estas duas coisas. Mas tem o seu mau feitio de gata siamesa e, de vez em quando, é extremamente agressiva. E também não é muito sociável. Não gosta de visitas na sua casa, mas já há algumas pessoas que também têm direito a lambidelas quando lá vão.
Tem os seus defeitos, mas já não saberíamos viver sem ela. É a nossa Lady. E todos os dias nos faz rir e sorrir. Todos os dias nos faz alguma coisa que nos deixa a pensar que ela acha mesmo que somos os pais dela. Ela é tolinha. Muito tolinha. E anda sempre atrás de nós pela casa fora. É impossível ela não estar na mesma divisão do que nós. E mia desalmadamente assim que ouve o carro do marido a ser estacionado à porta do prédio. E mia desalmadamente se nos fechamos em alguma divisão com a porta fechada. E não quer saber se eu estou a ler ou a trabalhar no computador: ela tem de estar sempre ao meu colo, se eu estiver no sofá. É completamente dependente de nós. E é a gata mais mimada do mundo. Tem o seu mau feitio, mas eu também tenho o meu. Faz umas birras de sono inacreditáveis, e o marido só diz que ela sai a mim. Agora pareço eu tolinha, mas ela é mesmo uma parte fundamental das nossas vidas.
O próximo passo é arranjar-lhe uma mana, para ela ter companhia quando nós estamos a trabalhar, e para ela aprender a socializar. Mas ainda temos de falar bem com o veterinário dela, para ver o que ele acha. Eu acho que lhe fazia bem e que, a longo prazo, ela ia gostar de ter companhia. Ela adora brincar e correr pela casa fora, e era bem mais giro se tivesse companhia. A ver vamos.
E isto tudo porquê? Porque hoje já pensei muito na nossa pulguita e na nossa vontade de encher de mimo mais uma gatinha que precise de um lar. Porque hoje fiquei chocada e muito triste e revoltada com o que li sobre o Canil/Gatil Municipal de Lisboa no blog Palavras & Imagens. Leiam, se quiserem, mas não é fácil. Para mim, não foi fácil. Não é fácil para ninguém que tenha um coração e consciência. Este texto é antigo, mas encontrei relatos mais recentes, igualmente assustadores. Não consigo compreender como é que estas coisas se passam hoje em dia, no nosso país. Seremos assim tão desumanos? Ou simplesmente não queremos saber? Gostava de poder fazer alguma coisa para ajudar, mas não sei bem o quê. Já foram feitas manifestações, petições, etc., e nada mudou. Será que não há no orçamento da CML espaço para um maior apoio a esta instituição? Já que há tantos "tachos", porque não arranjar também um para a construção de um novo edifício, com melhores condições? Será que é porque os animais não votam? Deve ser, com certeza. Ao pé de nossa casa andam a acabar de construir, à pressa, um jardim gigante, com um lago enorme, com tudo e mais alguma coisa. Acham que vão conseguir mais votos por isso? Não vão. Mas eu votava, de certeza, em quem alterasse esta situação que não é minimamente digna nem é sequer compreensível, numa sociedade dita civilizada.
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