Já se sabe que eu não gosto de bailado contemporâneo português. Não gosto. Tento, mas não consigo gostar. Ainda não houve nenhuma obra que me cativasse realmente. Nenhuma. E eu já vi umas largas dezenas.
Se é limitativo generalizar e dizer que "não gosto de bailado contemporâneo português"? É. Mas é inevitável. Gosto, gosto muito até, do bailado clássico da CNB. Mas não gosto nada do bailado contemporâneo que por cá se faz.
Ontem só serviu para reforçar este meu sentimento. Eu, que nada sei, que não sou formada em Dança, nem sou crítica especialista na área, sei apenas o que sei. E a minha opinião vale o que vale, mas a minha opinião é a de quem já viu mais espectáculos do que a grande maioria das pessoas. E, sem nunca ter estudado e sem perceber muito, já vou percebendo qualquer coisa.
E o que eu acho do bailado contemporâneo português é que se esforça de tal forma por ser contemporâneo (e esta é uma definição muito, muito complicada, mas adiante) que se torna completamente obsoleto. E obsoleto porquê? Porque cai sempre no mesmo: no total non-sense, na repetição exaustiva e cansativa de movimentos, e na exposição do nu. Sim, o nu. E eu não sou puritana ou púdica a ponto de achar que o nu e o palco não combinam. Combinam, mas quando isso faz sentido. Da mesma forma que certos figurinos são despropositados, o nu também pode ser, muitas vezes, despropositado e desnecessário. Mas há nas criações contemporâneas portuguesas uma muito vulgar recorrência ao nu, que eu não compreendo. Fico sempre com a sensação que há sempre o objectivo de se fazer uma coisa diferente, ousada, e que dê que falar, e então a que é que se recorre? Ao nu. Tento, mas não compreendo.
E não, não sou anti-Portugal, nem sou contra a criação portuguesa. Como comecei por dizer, gosto muito do bailado clássico da CNB. Só acho que quanto ao bailado contemporâneo, ainda estamos a anos-luz de distância de companhias como a Introdans, ou o Ballet Nacional de España, que consegue (com muito sucesso) misturar o clássico com o contemporâneo.
Mas tenho esperança, e fico à espera de um dia vir aqui escrever que gostei realmente de uma criação contemporânea portuguesa. Até lá, vou-me deliciando com algumas das companhias estrangeiras que por cá passam, e vou ansiando pelo regresso da Introdans (by far, a minha companhia de bailado favorita) no próximo Festival de Sintra.
Se é limitativo generalizar e dizer que "não gosto de bailado contemporâneo português"? É. Mas é inevitável. Gosto, gosto muito até, do bailado clássico da CNB. Mas não gosto nada do bailado contemporâneo que por cá se faz.
Ontem só serviu para reforçar este meu sentimento. Eu, que nada sei, que não sou formada em Dança, nem sou crítica especialista na área, sei apenas o que sei. E a minha opinião vale o que vale, mas a minha opinião é a de quem já viu mais espectáculos do que a grande maioria das pessoas. E, sem nunca ter estudado e sem perceber muito, já vou percebendo qualquer coisa.
E o que eu acho do bailado contemporâneo português é que se esforça de tal forma por ser contemporâneo (e esta é uma definição muito, muito complicada, mas adiante) que se torna completamente obsoleto. E obsoleto porquê? Porque cai sempre no mesmo: no total non-sense, na repetição exaustiva e cansativa de movimentos, e na exposição do nu. Sim, o nu. E eu não sou puritana ou púdica a ponto de achar que o nu e o palco não combinam. Combinam, mas quando isso faz sentido. Da mesma forma que certos figurinos são despropositados, o nu também pode ser, muitas vezes, despropositado e desnecessário. Mas há nas criações contemporâneas portuguesas uma muito vulgar recorrência ao nu, que eu não compreendo. Fico sempre com a sensação que há sempre o objectivo de se fazer uma coisa diferente, ousada, e que dê que falar, e então a que é que se recorre? Ao nu. Tento, mas não compreendo.
E não, não sou anti-Portugal, nem sou contra a criação portuguesa. Como comecei por dizer, gosto muito do bailado clássico da CNB. Só acho que quanto ao bailado contemporâneo, ainda estamos a anos-luz de distância de companhias como a Introdans, ou o Ballet Nacional de España, que consegue (com muito sucesso) misturar o clássico com o contemporâneo.
Mas tenho esperança, e fico à espera de um dia vir aqui escrever que gostei realmente de uma criação contemporânea portuguesa. Até lá, vou-me deliciando com algumas das companhias estrangeiras que por cá passam, e vou ansiando pelo regresso da Introdans (by far, a minha companhia de bailado favorita) no próximo Festival de Sintra.
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