sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Deste ano que nunca mais acaba...

Estou cansada de 2018. Não sei se há na sabedoria chinesa (ou em qualquer outra, na verdade) que fale sobre este ano, ou sobre os anos que acabam em 8, ou sobre o alinhamento cósmico que só existe a cada três séculos e meio, ou que já os Maias previam que isto ia ser assim (quando é que é o fim do Mundo, mesmo?), ou qualquer outro motivo em que alguém queira acreditar para justificar por que raio este ano está a ser assim. Não sei. Talvez me desse algum conforto acreditar em alguma coisa que me desse uma breve explicação para o que não entendo. Mas não acredito. Acredito que a vida é o que é, é o que tem de ser, e a única coisa que pode mudar é a forma como a vivemos e lidamos com ela.

Estou cansada de 2018. Estou cansada da morte. Estou cansada das doenças. Estou cansada das más notícias. Estou cansada dos sustos. Estou cansada de estar cansada. E estou cansada de sentir que estou constantemente a queixar-me mas sentir, ao mesmo tempo, que não tenho tido uma folga este ano. Há sempre alguma coisa a acontecer. Há sempre uma preocupação. E outra. E outra. Não me lembro da última vez em que respirei fundo e pensei que estava tudo bem. E não, não é porque eu seja dramática, porque adore queixar-me, porque vejo problemas em tudo. É mesmo porque este ano está a ser estupidamente exigente, com quedas atrás de quedas. E ainda faltam três meses e meio e ainda muito pode acontecer.

Na maior parte dos dias, continuo a sorrir e a acenar. Está tudo bem. Não se passa nada. Mas aqui, aqui escrevo o que me apetece e a única coisa que me apetece escrever é que estou cansada. 

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Sati do Areeiro (15/07/2001 - 13/09/2018)

Até já, Sati!

2 comentários:

  1. Pensa que já só faltam 3 meses e meio e por consequência pouco tempo para acontecer mais coisas... força...

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