sábado, 20 de março de 2010

Da vida que cansa... - Parte II

Continuo em dia-não. Aliás, o dia de hoje é não-não-não-não-não. 

Eu venho para aqui cheia de moral falar do pensamento positivo e da idiotice de quem só se queixa. Mas hoje deixem-me ser idiota.

Isto passa, eu sei que passa. Tudo na vida passa, até a própria vida.  Mas enquanto não passa, eu estou assim. O facto de ter dormido pouco não ajuda (maldita ópera com mais de três horas!), este tempo também não, andar a remexer no passado tão pouco, continuar sem saber nada do meu futuro não é fácil, e ver tanta gente a sofrer à minha volta, muito menos. E, por isso, estou assim.


On the other hand, deixai-me divagar. Tenho o tal casamento amanhã. Terça-feira lá encontrei a salvação em forma de vestido, no El Corte Inglés. Ontem de manhã saí em busca dos sapatos perfeitos. O vestido é azul petróleo, e eu estava indecisa entre conjugá-lo com sapatos pretos (o básico) ou com prata/cinza (o que mais me agradava. E em caso de dúvida o que é que uma mulher faz? Compra um par de cada côr. E amanhã, consoante os meus apetites quando acordar (de madrugada, sublinhe-se), logo vejo. Mas estou inclinada para os pretos (apesar de achar que os outros ficam melhores) porque são para lá de giros. E já descansei o maridinho, que se não usar os cinza, vou devolvê-los. Estamos em tempos de crise e eles não são OS sapatos, são só uns quaisquer sapatos que comprei em desespero porque ainda não tinha encontrado os pretos que são, esses sim, OS sapatos. 

Giro, giro, foi experimentar dois pares de sapatos e eles ficarem-me largos. A empregada muito solícita perguntou-me "Estão largos? Que número são?",  "35", respondi eu. E ela fez aquele ar de pena  e compaixão e ao mesmo tempo de quem pensa "deve ser difícil viver com  pés tão pequenos", e disse-me que não faziam mais pequenos. Pois. Isso sei eu. Eu já me rio de cada vez que calço uns sapatos 35 e mesmo assim eles me ficam largos. Enfim. De vez em quando aparecem uns milagres, que só fazem com que eu me apaixone mais por eles! Já vissem se eu calçasse 36 ou 37 e pudesse comprar toooodos os sapatos que vejo na Zara, Mango, Blanco e afins, baratinhos que dói? Estava arruinada e tinha de arranjar uma casa maior... Não, não, calçar 35 é que é! (sou tão optimista, não sou?... )


Vou continuar a divagar e a olhar para o relógio para ver se o tempo passa mais depressa... Já são faltam para aí umas nove horas de trabalho pela frente... Podia ser pior, quando comecei faltavam mais! Pensamento positivo, pensamento positivo, pensamento positivo, ...

3 comentários:

  1. Eu calço o 36 e sim, sei o que é isso. Tenho o pé super magrinho e há modelos em que isso acontece.
    Quanto ao facto de andar a remexer no passado, é por uma boa causa. Interpreta como estender a mão a alguém que ta pediu primeiro.
    Gostei muito de falar contigo.
    Um beijinho e bom casamento. Já tenho saudades de ir a um...

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  2. Ânimo! O nosso estado de espírito em nada altera o estado em que as coisas estão. Aliás, alteram no modo como somos capazes de as viver. Eu percebo que a indefinição causa tormento. Amanhã é dia de festa, aproveita para espairecer.
    Beijinhos de quem gosta muito de te ler.

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  3. Segredo: o remexer no passado não tem só que ver com aquilo que falámos, é mais do que isso. No teu caso, é mesmo por uma grande causa! Vi o teu mail, e amanhã, com calma, respondo... Hoje o meu cerébro não dá para mais! O último casamento a que fui foi mesmo o meu :) Beijinhos


    Luarte muito obrigada pelo teu comentário! Isto hoje está muito negro, amanhã estará melhor, com certeza. Porque amanhã vou fazer como dizes, tentar espairecer! E aproveitar um casamento que não o meu, sem estar preocupada com nada :) Um grande beijinho!

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