A morte, já se sabe, é coisa que não entendo.
A blogosfera, também, é coisa que me faz alguma confusão.
Esta coisa dos blogues dos que já cá não estão e que continuam online, ali, acessíveis, é estranhamante estranha para mim.
As pessoas já cá não estão. Mas as palavras, as imagens, continuam ali. Um blogger desaparece da blogosfera e nós achamos que se fartou e que, talvez, porque até gostamos de o ler, um dia volte. Não nos passa pela cabeça que esse blogger não vai mais escrever. Nunca.
E não nos passa, certamente, pela cabeça, durante quanto tempo aquelas palavras, aquela vida, vão continuar em suspenso, presas aos meandros da web. Estando sem estar.
Faz-me lembrar a ideia das almas que, depois da morte, continuam a deambular entre nós. Se há coisa que me representa, são as palavras que escrevo. São as palavras que sou. E é curioso pensar (não encontrando palavra melhor) que não sei, nunca saberei, se as minhas palavras vão continuar por cá, muito ou pouco tempo. Se alguém as vai ler. Se quem as ler vai sequer achar que são os meus restos mortais.
Já se sabe. Não entendo.
Gostei!
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