quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Da multiplicação da espécie...

Durante muitos milhares de anos o papel de mulher esteve sempre ligado ao papel de mãe. Quando isso não acontecia, era porque havia algo de errado.

Actualmente, felizmente, as mentalidades têm vindo a mudar. A pouco e pouco. Ainda há muito aquela ideia de que uma mulher casa e depois tem filhos. Já perdi a conta à quantidade de vezes que já me perguntaram quando é que vou ter filhos. E já me cansei de responder.

Eu não sei se vou ter filhos. Não sei se quero ter filhos. Neste momento, o que eu sei, é que me quero dedicar a 200% à minha vida profissional. Quero fazer o Mestrado e quero lançar-me a solo. E depois, talvez queira fazer o Doutoramento. Ou talvez queira ir para Londres. Ou talvez queira fazer outra coisa qualquer. Não sei. O que eu sei é que nos meus planos para os próximos anos, não entram filhos.

E, por isso, quando me perguntam quando é que vou ter filhos, eu respondo que nos próximos três anos não vai acontecer de certeza. Depois logo se vê.

E as pessoas olham para mim como se fosse um bicho-do-mato. Um alien ou coisa do género. Na minha geração, já se vai encontrando mais gente com esta mentalidade. Mas ainda é tão difícil...

Se, por acaso, eu algum dia decidir que não quero mesmo ter filhos, matam-me. Mas eu tenho esse direito, sabem? Ninguém é obrigado a ter filhos. Aliás, o Mundo era bem melhor se algumas pessoas fossem proibidas de ter filhos.

E eu, não achando que devesse ser proibida de ter filhos, tenho a consciência que não seria uma mãe brilhante. E, assim sendo, prefiro estar quieta no meu canto. 

É que eu não me babo com bebés, não adoro o cheiro deles, não gosto de lhes pegar ao colo e não acho o máximo quando eles se riem. E eu não acho que os bebés sejam a melhor coisa do Mundo. E escusam de vir dizer que quando for mãe, isto muda. Porque, se algum dia for mãe, e deixar de ser a Agridoce para passar a ser apenas mãe, internem-me. 

Eu consigo achar piada aos bebés se for durante uma hora ou duas, uma vez por semana, e se não chorarem. Mais do que isso, é difícil. E uma das razões que me faz não querer ter filhos tem que ver com o facto de eu não saber lidar com bebés a chorar ou com crianças que se portam mal ou fazem barulho. Não sei. Eu sou estupidamente racional e lido muito mal com o irracional. E não é fácil entrar no campo do racional com bebés. Se eles quiserem chorar, choram, se quiserem berrar, berram. E eu pouco ou nada posso fazer. Não posso virar as costas e sair de casa, só porque não me apetece ouvi-los.

Se calhar, pareço um bocado bruxa ao falar assim de crianças e bebés. Mas, pelo menos, eu tenho consciência das minhas capacidades, dos meus limites, da minha paciência. Eu não tenho filhos porque acho que não ia ter paciência para eles. E se é para ter filhos e depois enfiá-los em colégios, amas ou deixá-los em casa com a empregada, mais vale não os ter. Mesmo que pareça a bruxa má e egoísta.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Das minhas dúvidas... - II

O que fazer quando temos uma gata que adora lamber-nos a cara mesmo depois de termos acabado de aplicar a maquilhagem?...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dos senhores da Sic...

Alguém pode explicar aos senhores da Sic que água se escreve água e não àgua?


Agradecida.

Dos seguidores...

Ele há coisas...

Hoje ia escrever um post a queixar-me que não percebia porque raio tinha 68 seguidores há já umas semanas. Parecia que o blogue tinha empancado ali. Será que ninguém queria ser o seguidor 69? Já ia fazer um peditório e tudo, pois estava mesmo a deixar-me intrigada estar estagnada nos 68 seguidores há uma série de tempo.

E eis senão quando, antes de começar a escrever, resolvo olhar para a lista de seguidores uma última vez. E... 69 seguidores! Uau! Finalmente! Agora vão ser mais umas semanas assim, mas não faz mal. Logo faço um peditório! Pelo menos, saí do 68 que me andava a irritar...

E quem é o seguidor 69? O Capitão Microondas.


Ele há coisas...



(e sim, aqui pode-se falar da coisa mais séria do Mundo, e, logo de seguida, do maior disparate do Mundo. Welcome to my world!)

Do tempo que não pára e que pesa...

Na mais recente ida ao Algarve uma das coisas que fiz foi ir visitar a minha Avó ao lar onde está. Ela está lá há alguns meses e esta foi a primeira vez que a fui visitar.

Outras considerações à parte, que já aqui referi que a minha Avó não é uma pessoa fácil e não temos a melhor das relações, senti necessidade de aqui escrever sobre isso.

À minha irmã mais nova, por exemplo, faz imensa confusão a questão dos lares. Eu tento explicar-lhe a minha perspectiva.

E a minha perspectiva é muito simples e muito pragmática e resulta de uma forma de ver a vida que se apoderou de mim durante este último ano.

Acho que posso dizer que mudei bastante nos últimos meses. Para melhor, digo eu. Mudei porque passei a ver a vida de uma forma muito mais simples e descomplicada. Passei a relativizar mais os problemas. Passei a dar valor às pequenas coisas. Passei a não dar importância a coisas sem importância. Sobretudo, acho que passei a simplificar.

Claro que, isto ainda é uma transformação em curso. Ainda tenho muito que crescer e aprender.

Mas uma das coisas que aprendi é que temos sempre de perspectivar as coisas. E, neste caso muito concreto, o facto de dar dois passos para trás e tentar ver as coisas de fora, faz-me concluir que estar num lar não é assim tão mau.

Antes de mais, convém esclarecer que a minha Avó é uma privilegiada. E é uma privilegiada porque está num lar porque quer. Foi ela que se inscreveu há já uns anos e foi ela que, quando abriu uma vaga, decidiu ir para lá. E é também uma privilegiada porque está num lar muito, muito, muito bom. Com óptimas condições, com toda a assistência de que precisa e com toda a liberdade para fazer o que quiser, e conseguir.

Posto isto, e sabendo eu que a minha Avó é uma excepção e não a regra, continuo a achar que ela está melhor no lar.

Por quê? Porque temos de pensar na alternativa. E a alternativa da minha Avó era uma vida cada vez mais solitária. Porque a minha Avó decidiu ir viver para o Algarve e, obviamente, que nós não a podíamos  visitar com a frequência com que o fazíamos em Lisboa. Além disso, a minha Avó tem 93 anos e aos 93 anos, já muitos dos amigos e familiares começaram a partir. Assim, a minha Avó passava muito tempo sozinha. Pior do que isso, com a saúde a degradar-se, ela saía cada vez menos de casa. E como não saía de casa, não comia. E passava o dia inteiro sozinha em frente à televisão ou a ler. 

Perante isto, eu mantenho que ela está melhor no lar. No lar, tem o pequeno-almoço, o almoço, o chá, o jantar e a ceia. E melhor, diz que a comida é boa e que até fazem uns petiscos de vez em quando. No lar,  tem uma casa-de-banho enorme com todos os apoios que precisa para se poder mexer e tem alguém que a vai ajudar a esfregar as costas no banho. No lar, tem o seu quarto, com a sua televisão, com as suas coisas, e não tem de se preocupar com as limpezas. No lar, conhece toda a gente e pára três vezes a meio do corredor para conversar com alguém. No lar, tem um terraço enorme onde se senta a apanhar Sol e a ler.

Sim, a minha Avó está melhor no lar do que fechada em casa sozinha.

Um lar é deprimente? É. Custa pensar que um dia podemos ser nós ali? Custa. Mas tomara a mim chegar aos 93 anos e ter clareza de espírito suficiente para perceber que estar num lar pode ser a melhor opção.

sábado, 25 de setembro de 2010

Do meu Mestrado... - X

E ontem lá começaram as minhas aulas. Muitas confusões à parte (como o facto de não cabermos todos na sala), só posso dizer que estou nas nuvens.

Precisava mesmo disto. De voltar a aprender. De voltar a estar com gente da área. De ouvir falar gente interessante com tanta coisa para dizer. De sentir o meu cérebro voltar a trabalhar, a pouco e pouco.

Já tenho imensa coisa para estudar, sobretudo de Contabilidade que é coisa de que não percebo rigorosamente nada mas, mesmo isso, é bom.

É tudo bom. Mesmo o que é menos bom, é  bom na mesma.

Pode ser só a paixão inicial, arrebatadora e violenta, mas a verdade é que acho mesmo que é isto. É isto que me faltava. E estou no sítio certo, no Mestrado certo. É isto.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Do meu Mestrado... - IX

E hoje começam as minhas aulas.

Estou ansiosa, curiosa, expectante e cheia de vontade de voltar a pôr os meus neurónios a trabalhar.

Já sei que hoje vai custar porque vão ser muitas horas de aulas, depois de umas quantas horas de trabalho e de dois anos afastada dos bancos de uma faculdade. Mas vai ser tão bom!...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Do ontem...

Ontem peguei no meu carrito, numa Catarina emprestada, e lá fui eu até Oeiras. Coisa simples? Olhe que não, olhe que não.

Isto de ir a Oeiras é, para mim, como ir assim numa missão super importante. É como ir a outro país.

Mas lá fui. E até consegui enganar a Catarina quando me meti pela marginal em vez de ir pela A5 para poupar os euros da portagem. Mas a verdade é que ela me conseguiu enganar quando me fez dar algumas quatro voltas ao quarteirão do sítio onde eu queria ir.

E onde é que eu queria ir?

Ao Centro Cultural Palácio do Egipto. Só o nome, já intimida. Imaginamos logo uma coisa monumental, com pirâmides e túmulos. Mas não. Não é por aí.

Depois de umas quantas voltas, lá cheguei. Não paguei o parquímetro porque a máquina não estava a funcionar e estava demasiado calor para andar à procura de outra. Pensamento positivo e pode ser que os senhores de Oeiras sejam mais simpáticos que os de Lisboa.

Lá fui. À entrada, na compra do bilhete, uma senhora que insistiu para eu ver bem o preçário porque podia ter direito a desconto. E eu lá lhe disse que, por dois euros, não queria desconto nenhum.

Ah! Espera. Bilhete para quê mesmo? Para a exposição “O Jardim das Maravilhas” de Joan Miró.

Eu oiço falar de Miró e lá vou eu a correr. Só mesmo o Miró para me fazer ir em busca de um Palácio em Oeiras. Mas ia valer a pena. Tinha de valer a pena.

De bilhete na mão, lá fui. Subi as escadas de acesso à galeria e dou por mim na exposição propriamente dita.

Mas não estava sozinha. Dois grupos de criancinhas estavam a fazer visitas guiadas. E eu, que tenho tudo a favor das criancinhas visitarem os museus desde cedo, dei por mim a rogar-lhes pragas pelo barulho que faziam. Não era má ideia que, além de lhes incutirem o gosto pela arte desde cedo, lhes incutissem o respeito pelo silêncio. Digo eu.

Criancinhas à parte, comecei a ver a exposição. Na primeira sala, vi uma série de litografias. Vi uma, depois outra, depois mais outra, depois não via bem porque as criancinhas estavam à minha frente, depois vi outra, e mais outra, e mais outra. Muitas litografias depois, pensei para mim "ok nesta sala estão as litografias, mas na outra há pinturas a sério". E, crente nesta convicção, lá passei à sala seguinte.

Na sala seguinte, a par com mais um grupo de criancinhas, estavam mais uma série de litografias. E mais, e mais, e mais, e mais. Desta vez, eram litografias sem legenda. Muito melhor, portanto.

Entretanto, vi uma senhora passar com o que parecia ser um catálogo na mão, e lá me decidi a voltar à entrada em busca desse catálogo. Já que não havia legendas, guiava-me pelo catálogo.

E assim fiz.

De volta à galeria, continuei a ver as litografias. E mais litografias. E ainda mais algumas. Quando já só faltava um corredor, eu achei que ia ser ali. Mas não. Eram mais litografias.


Não tenho nada contra as litografias. Que não tenho. Tomara a mim ter um bocadinho que fosse de uma litografia do Miró na minha sala. Mas confesso que estava à espera de mais. Quando se pensa numa exposição de um determinado pintor, pensamos em pinturas. É um raciocínio bastante válido, parece-me.

E, por isso, fiquei a modos que desiludida.

Claro que é sempre bom ver obras de Miró ao vivo e a cores. E é sempre importante que se façam mais e mais exposições de arte contemporânea e de artistas estrangeiros. Mas isto é quase publicidade enganosa...

Meio desgostosa, voltei ao meu carrito. Que ainda lá estava, inteiro e sem multas. Obrigada aos senhores de Oeiras.

Próximo plano? Fazer qualquer coisa para preencher as duas horas que faltavam até à hora de ir trabalhar. O que é que eu faço? Vou comprar um gelado ao McDrive (sim, sim, eu sou dessas). Pego em mim e no meu carrito, e páro numa praia qualquer.

Só eu, o meu gelado e o mar. E estivémos muito bem, diga-se.


E depois, trabalhinho e espirros e lenços de papel às toneladas e yada yada yada, coisas que não interessam a ninguém (como se as outras interessassem). Litografias à parte, lá vi "uns Mirós" e valeu pelo gelado e pelo mar.

Das taras e manias... - IV

Eu uso sempre o cinto de segurança. Sempre.

Seja para um trajecto curto ou longo. Seja para andar depressa ou devagar. Seja no banco da frente ou no banco de trás. Sempre.

Uma das minhas fobias tem que ver com carros e acidentes de carro e, por isso, sou incapaz de andar num sem o cinto de segurança posto. Porque tenho uma vozinha na minha cabeça que me grita constantemente que, em muitos casos, usar cinto é a diferença entre viver e morrer. E eu, se pudesse ser, ainda gostava de andar por cá mais uns anos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Do meu Mestrado... - VIII

Eu não sei se ria, se chore.

Hoje liguei para o ISCTE para perguntar uma coisa qualquer sobre um e-mail que me tinham enviado e lembrei-me de perguntar, só por descargo de consciência, porque é que o e-mail era dirigido também aos alunos do Mestrado em Gestão de Mercados de Arte (o que eu queria fazer e me disseram que não ia abrir). 

Pois que abriu. Pediram uma autorização especial-excepcional-xpto e o Senhor Reitor deixou avançar com  o Mestrado. E avisarem as pessoas, não?! É que, só por acaso, eu inscrevi-me em Gestão Cultural porque os senhores me disseram que o outro não ia abrir, e que era parecido, e tudo e tudo. E depois abrem o Mestrado e não dizem nada? Então e se eu me tivesse entretanto inscrito noutra faculdade qualquer? Nunca iria saber de nada e perdia a hipótese de fazer o Mestrado que realmente quero?

Eu não sei, mas que isto não começa bem, não.

No meio disto tudo, obviamente que estou super-hiper-mega contente por poder fazer o Mestrado que realmente quero. De repente, há uma série de coisas que voltam a fazer sentido e volto a pôr os meus planos para o futuro em cima da mesa. E já sei o tema da minha tese e tudo e tudo.


E agora, vou arrastar-me a mim e ao meu nariz ranhoso até Oeiras, fazer uma coisa super-hiper-mega importante de que só amanhã falarei aqui.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Das leituras actualizadas...

Então estamos assim:

- continuo agarrada ao Renoir..., apesar de já ter feito grandes progressos;
- já despachei o Nuno Gonçalves e o Grão Vasco, mas hoje sai um novo livro;
- acabei ontem de ler o Óscar... e gostei imenso, ou não adorasse eu gatos. Sendo uma história baseada em factos reais, ficamos a pensar que estranha capacidade terá aquele gato, capaz de sentir a chegada da morte e capaz de dar conforto nos últimos momentos aos que partem e aos que ficam.


E ontem voltei a um autor em que já não pegava há anos mas que foi O autor da minha adolescência: Pedro Paixão, e o livro Amor Portátil. Lembro-me de ter os meus 17/18 anos e juntar os "trocos" para ir à Fnac comprar mais um livro do Pedro Paixão. Comprava um de cada vez e comprava sempre o mais baratinho. Quando podia, aproveitava a Feira do Livro. E depois, devorava os livros. E sublinhava as frases com que me identificava. E escrevia, escrevia muito, a partir das palavras dele. A maior parte dos livros envolvem histórias de amor, desgostos e temas altamente depressivos. E era o que eu gostava de ler na altura... Agora, não deixa de ser curioso voltar a lê-los.

Do Karma...

Eu devo ter feito muito mal a alguém noutra encarnação, devo.

Só isso explica o facto de ontem, na primeira folga após 15 dias consecutivos de trabalho, ter ficado doente.

Deixem-me resmungar, ser queixinhas, vitimizar-me. Mas bolas! Ninguém merece!...

Hoje a minha mala parece uma mini-farmácia em movimento. E eu pareço tolinha que ora tenho frio, ora morro de calor. E o estômago, nada solidário com os meus males, resolve queixar-se. Dilema do momento: tomo as drogas todas para atacar a constipação/laringite/faringite/o-que-raio-isto-é e aturo o estômago, ou não tomo nada e deixo o estômago feliz e em paz?

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Do que seria do amarelo, se todos gostassem do azul...

A maior parte das pessoas adora a Sexta-Feira e detesta a Segunda-Feira. Porque uma é o início do fim-de-semana e do descanso e a outra o início da semana de trabalho.

Eu é mais ao contrário. Para mim, a Sexta-Feira significa, normalmente, que se aproxima muito trabalho. E a Segunda-Feira significa, normalmente, descanso. E não fazer nenhum. Que é o que eu vou fazer hoje. Era para ir pôr o carro à oficina mas acho que nem isso, que quero ir a um certo sítio matar umas certas saudades.

Por isso, bom descansinho para mim e para quem esteja como eu. E bom trabalhinho para todos aqueles que vêem (ou não) um martírio na Segunda-Feira.

domingo, 19 de setembro de 2010

Das minhas dúvidas...

Eu tenho uma dúvida. Bom, na verdade, tenho muitas. Mas tenho uma que talvez alguém me possa ajudar a esclarecer.


Cenário: IC19 no sentido Lisboa/Sintra
Hora e dia: 8h30 de um Domingo
Estado do trânsito: Pouco ou nenhum

Questão: Porque raio as pessoas insistem em conduzir na faixa do meio?

A sério! É coisa que me transcende. Estão a imaginar a quantidade doida de carros que há no IC19 às oito e meia da manhã de um Domingo, não estão? Mas é que mesmo assim, há uns quantos artistas que insistem em andar na faixa do meio quando a da direita está vazia. Porquê senhores? Porquê?


E aproveitando o balanço...

Questão número dois: Se eu for a conduzir na faixa da direita e passar um carro que vai na faixa do meio a molengar, estou a cometer alguma contra-ordenação? Anyone? Pela minha lógica (que anda próxima da das batatas) não. Porque uma ultrapassagem implica sair da nossa faixa, passar um carro e voltar à nossa faixa. Logo, se eu estou quietinha na minha faixa, não estou a ultrapassar ninguém. Mas esta é a minha lógica. Aceitam-se sugestões.



E são estas as minhas dúvidas de hoje. O non-sense de tudo isto deve ter algo que ver com o pouco que dormi e com as dez horas que já trabalhei hoje. O bom, bom é que já só faltam duas.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Das pequenas coisas...

E depois, depois há aquelas pessoas cujos números deixámos de ter há mais de um ano, e de quem já nos tínhamos lembrado muitas vezes, e que se lembram de nós e de nos dizer alguma coisa na altura em que mais precisamos...

E depois, depois fazem-nos sorrir... Como já não sorríamos há muito, muito tempo...

Das minhas músicas...

Só por existir

Só por duvidar

Tenho duas almas em guerra

E sei que nenhuma vai ganhar
 
 
 
Só, Jorge Palma

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

The things I dislike... - VII

Pessoas que se sentam nos lugares reservados nos transportes públicos.

Ou que usam as caixas reservadas nos supermercados.

Ou que estacionam nos lugares reservados nos centros comerciais.

Acho de uma falta de civismo atroz. Palavra. É coisa para me tirar do sério. Apetece-me chegar lá e abaná-las.

Uma coisa são as caixas prioritárias, por exemplo. Que são isso mesmo: prioritárias. Outra coisa, bem diferente, é o conceito de reservado. Qualquer coisa "reservada a...", só pode ser usada por quem de direito. Não é para ser usado por todos só porque sim e se depois vier quem de direito, dá-se "um jeitinho". Reservado. Re-ser-va-do. Não é para ser usado por mais ninguém.

É difícil de perceber?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dos concertos...

Não há por aí ninguém que me queira oferecer um bilhetinho para o concerto dos Placebo no Coliseu? Não? Vá lá, é só um! E estamos quase no Natal e tudo... Sim?

Do tempo...

E este tempinho maravilhoso saiu de onde mesmo?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Das coisas a que só damos valor quando não as temos e outras considerações...

Hoje percebi a falta que me fazia o meu (agora ainda mais) adorado creme de rosto. Já se tinha acabado há algum tempo e eu, por falta de tempo e paciência, ainda não o tinha ido comprar outra vez e andava a usar outro que tinha lá por casa. Claro, a minha pele começou a ficar uma lástima... Hoje, bastou ir comprá-lo e chegar a casa e pô-lo, para ao fim de umas horas notar uma diferença abismal. E foi assim que eu percebi a diferença que ele fazia na minha pele e a falta que me estava a fazer! Às vezes, é mesmo preciso não termos algo durante uns tempos, para lhe darmos o merecido valor.


E hoje, também, dei comigo a comprar mais livros. Eu tenho de me controlar. A sério. Entre outras perturbações mentais, às vezes sou um bocado compradora-compulsiva. O que não é bom. Nada bom. Podia ser pior, que podia. Podia gastar rios de dinheiro em sapatos. Mas não. Dá-me para os livros. E, para mim, sempre acho mais interessante gastar dinheiro em livros. De qualquer forma, eu não devia era gastar dinheiro em coisa nenhuma. Mas isso fica para outro dia.

O que eu gostava mesmo era de trocar livros "à moda antiga". Lembro-me de ter os meus onze ou doze anos e participar numa espécie de troca de livros em cadeia, em que se trocavam livros por correio. E tinha a sua piada. Hoje em dia, bem que se podia fazer o mesmo. Eu sei que há quem tenha receio de emprestar os seus livros, e também há quem só goste de ler os seus livros. Eu sei. Mas estamos numa altura de crise e não era má ideia voltarmos aos tempos de partilha. Eu, sempre que posso, vou assaltando a biblioteca do meu pai, e tenho a minha à disposição de quem a queira. 

E os felizes contemplados de hoje foram:


O primeiro é para oferecer. O segundo ainda estou a pensar no caso dele. Provavelmente, vai mesmo ficar para mim porque já ouvi falar muito bem dele e as críticas são óptimas. A ver vamos. Já agora, comprei-os no Continente a um preço muito, muito bom. 

Das tatuagens...

Há já muito tempo que andava com vontade de fazer mais uma tatuagem. Mas não sabia onde. Sou um bocado alérgica a tatuagens demasiado expostas e visíveis. Imagino-me logo com um vestido chiquérrimo e uns sapatos lindérrimos e a tatuagem a ver-se e a estragar o conjunto todo.

Mas, finalmente, fez-se luz. Foi preciso ir ao Algarve e ver alguém fazer uma tatuagem temporária para eu descobrir o sítio onde quero a próxima. O pulso. O pulso é o sítio perfeito. A parte interior do pulso, mais precisamente. É um sítio discreto, que passa bem despercebido, e que pode ser facilmente escondido com um relógio ou uma pulseira mais larga.

Agora estou indecisa entre dois desenhos. Mas estou muito inclinada para fazer uma homenagem às quatro pulguentitas do meu coração e fazer quatro patinhas de gato (gatas, neste caso).

Claro que isto ainda é coisa para levar uns meses a amadurecer. Até porque nem estamos em altura de gastos deste género. Mas a ideia começa a tomar forma. A execução, logo se vê.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dos presentes de Natal... - I

Alguém aí desse lado que me diga, por favor, que eu não sou a única a já ter começado a fazer as compras de Natal...

É que cada vez que eu falo nisto a alguém olham para mim com aquele ar de olhem-esta-maluquinha-que-não-deve-ter-nada-para-fazer-na-vida.

Sou prevenida e despachada. Posso?

E mais, sou poupadinha. Hoje descobri que uma loja de que gosto imenso nas Amoreiras está com 60% de desconto e aproveitei para despachar mais dois presentes. E algo me diz que ainda lá volto esta semana. E não, não ando a despachar prendas para aproveitar preços mais em conta. Uma das prendas que comprei hoje já estava na minha lista de prendas a comprar (sim, eu tenho disso), e foi a cereja no topo do bolo encontrá-la muito mais barata.

Sim, eu sei que é cedo. Mas se soubessem a fobia que eu tenho a centros comerciais cheios de gente, percebiam.

E assim, além de me despachar, chego a Dezembro com o orçamento bem mais equilibradinho. Só vantagens, portanto.

sábado, 11 de setembro de 2010

Do que vale a pena ver...

Eu bem tento mas não dá. Babo-me sempre um bocadinho de cada vez que me cruzo com este senhor. Deve ter que ver com memórias de infância/juventude, quando ele era um galã da televisão.





E já sei. Já sei. E depois? Continuo a achá-lo muito interessante. É um desperdício, é o que é.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Dos tesourinhos deste país à beira-mar plantado...

"Aluga-se Autedor"



Assim. Tal e qual. À beira de uma qualquer auto-estrada deste país. E o esforço que eu fiz para perceber o que era um "autedor"?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dos pesadelos...

Hoje acordei a meio da noite com um pesadelo horrível que envolvia a minha Amorazita. Acordei aflita, assustada, a tentar perceber se era sonho ou realidade.



E eu sei porquê. E custa-me. Custa-me tanto.

Do começar do dia...

E o bom que é começar o dia a ouvir a "Eu Sou Aquele" dos Excesso? O esforço que eu fiz para não me desmanchar a rir feita tolinha...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dos Livros... - Continuação II

Eu tentei. A sério que tentei.

Mas não consegui resistir.

A culpa é dos senhores do Wook.

E agora, mais dia menos dia, hão-de chegar lá a casa sete livrinhos. Parecem muitos, eu sei. Mas um é para oferecer ao pai que faz anos em Novembro (sou muito despachada!), o outro é um Saramago por isso não conta, o outro é um livro de "estudo" e também não conta, e os outros foram baratinhos, baratinhos.

Cada vez mais gosto destes senhores. Não é que só agora descobri que têm centenas e centenas de livros em inglês ao preço da chuva? Claro que perdi a cabeça!...



Mas ainda ficaram três em lista de espera, caso alguém queira saber...

Do meu estômago...

E o meu estômago que é tão inteligente? Mesmo, mesmo. Bastaram-lhe três horas de volta ao emprego antigo para se começar a queixar. E tem-se mantido assim. Só passa com muito cházinho e uma boa noite de sono.

Mas ele não me engana, não. Que hoje já voltei à dose diária de Omeoprazol e já trouxe chá para o emprego. Quem é que ele se julga?! 



P.S. - é por estas e por outras que eu tenho a certeza que fiz bem em ir-me embora e  não aceitar a proposta que me fizeram para cá ficar.

Das taras e manias... - III

Sou um bocadinho esquisita para adormecer. Não consigo adormecer destapada. Acho sempre que vai aparecer um monstro qualquer para me atacar. Também não sei que diferença faria ao monstro o facto de eu estar tapada. Mas não consigo estar destapada.

Mesmo com o calor, tenho de ter sempre, pelo menos, os pés e as pernas tapadas. Só porque sim. Só porque só dessa forma me sinto confortável e descansada para dormir.

Tenho a certeza que existe uma explicação (muito) lógica para isto, algures perdida no fundo das minhas memórias.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Dos livros... - Continuação

E o Público começou hoje uma nova colecção de livros sobre os grandes pintores portugueses. O primeiro é sobre Nuno Gonçalves e já está aqui a olhar para mim!

Ando a arrastar a leitura do livro sobre Renoir há mais tempo do que o recomendado... Mas não é um livro para ler "à pressa". Ainda há dias a minha irmã mais nova me viu agarrada ao livro, olhou para mim de lado e perguntou-me se eu estava a estudar. É, é mais ou menos isso. Eu leio, releio, tomo notas e sublinho. Por isso é que está a demorar tanto.

Por isso e porque, nos entretantos, leio outras coisas pelo meio. Agora também ando a ler Óscar - O dom extraordinário de um gato único. É sobre um gato com um dom muito especial. Talvez se recordem de um episódio do House em que ele entrou... Eu e os gatos, os gatos e eu. Já se sabe.

Dos livros...

O Wook hoje e amanhã está com 20% de desconto em todos os livros. E eu estou num grande dilema moral... Não posso gastar dinheiro. Mas... São livros! Não são sapatos, malas e futilidades... São livros lindos e queridos e fofos que eu gostava muito de ter... 

Acho que vou ver se convenço alguém a oferecer-me um ou dois e eu compro mais um ou dois...


 Edit: Os senhores do Wook têm uma opção muito interessante que nos permite enviar a nossa lista de compras a quem quisermos. Escusado será dizer que já enviei a minha! E como há quem ainda me esteja a dever a prenda de anos, pode ser que tenha sorte!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Do idiota que eu sou...

Hoje vinha eu a conduzir para o trabalho e dei comigo a pensar que isto não pode continuar assim. Virei queixinhas. E não pode ser. Sim, a minha vida está um caos. Sim, estou a passar pela fase mais difícil dos últimos anos. Sim, a minha vida vai, possivelmente, dar uma volta de 180º graus em breve. Sim, sou a maior desgraçadinha do Mundo. Sim, ... Não. Não, Agridoce Maria. O Mundo não pára por causa dos teus dramas. O Mundo continua a girar e o Sol a brilhar (tem dias). Continua tudo na mesma lá porque tu não sabes o que fazer da tua vida.

Assim sendo, o blogue vai voltar à normalidade. Claro que o número de disparates é capaz de ser (ainda) mais elevado nos próximos tempos. Claro que, volta e meia, e enquanto a minha vida não se resolver, é capaz de me dar para o lado errado. Mas vamos voltar à normalidade. Não me pagam para me queixar.

Assim sendo, vou já escrever e agendar uma catrefada (isto existe?) de posts para manter isto mais animado nos próximos tempos.

Quando me decidir quanto à minha vida, e quando as coisas normalizarem e estabilizarem, hei-de cá vir prestar contas do que se anda a passar. Pode demorar, mas hei-de tomar uma decisão. Seja ela qual for.

domingo, 5 de setembro de 2010

Do tempo que passa e nada muda...

Cheguei do Algarve há dois dias. Gostei de lá estar, apesar de tudo. Foi diferente, muito diferente. Mas deu para espairecer e sair um bocadinho daqui.

O que custou mesmo foi voltar. Estou pior. Bem pior. Mais confusa. Mais baralhada. Mais indecisa. Há momentos em que tenho a certeza absoluta do que quero. Há outros em que não tenho certeza nenhuma de nada.

Ando assim. Neste limbo. Sem saber o que fazer. O que sei é que preciso urgentemente de arranjar um emprego. Um emprego a sério com um ordenado a sério. Ou um emprego mais ou menos que dê para conciliar com o emprego nº2 e me permita ter os euros de que preciso no fim do mês. Neste momento, tudo se resume aos euros. Neste momento, dava bem jeito o Euromilhões de que falava há dias.

Mas, enquanto isto, amanhã regresso ao trabalho. Pediram-me para voltar ao emprego antigo para fazer as férias de uma colega. E eu vou, claro. Sempre são mais uns euros no fim do mês.

E sempre me distraio. E pode ser que, mais tarde ou mais cedo, se faça luz nesta cabecinha. Ou não. Mas o simples passar do tempo já obriga as ideias a assentarem. Espero eu.

Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...