Há uma semana atrás celebrámos 5 anos de namoro.
E o marido resolveu preparar-me uma surpresa. Qual foi? Levar-me a um certo SPA e deixar que me mimassem, muito.
E foi bom, foi muito bom. Soube bem, muito bem. Foi como ir um bocadinho ao céu e voltar.
Tive direito a começar pelo banho turco (onde me aguentei uns bons cinco minutos, e depois tive de sair...), e depois passei para a piscina de massagens, onde me deliciei com os jactos nas minhas costas.
Depois disso, passei para uma sala onde me deitei numa marquesa e onde me fizeram uma exfoliação com grãos de café pelo corpo todo. Em seguida, fui coberta por uma máscara hidratante à base de chocolate, que cheirava muito, muito bem. E depois fui tapada com uma espécie de plástico, e com uma manta térmica quente (como o nome indica). E foi aí que tudo se complicou...
Eu não nasci para ser dondoca nem para estar quieta. Está mais que visto. E a minha claustrofobia já teve melhores dias. Bem como a minha ansiedade.
Dois minutos depois da terapeuta me deixar naquele estado, eu comecei a ter falta de ar. Depois da falta de ar, veio o pânico. E eu a tentar racionalizar. "Agridoce-Maria, estás a fazer uma coisa normalíssima, que já muita gente fez, e muita gente gostaria de fazer. Estás numa sala enorme, com muito ar para respirares, e está tudo bem." Eu tentei, tentei, tentei. Ao fim de mais dois minutos, os meus braços não responderam ao meu cérebro, e eu dei comigo a esbracejar no meio do plástico, para conseguir tirar os braços cá para fora. E consegui. E tirei a toalha que me tapava os olhos e o nariz (a pontinha do nariz, vá). E respirei fundo. E senti-me idiota. Estive ali um bocado, a pensar no que fazer, a tentar acalmar-me. E lá consegui. Voltei a enfiar os braços dentro do plástico e fiquei ali, de olhos abertos, a concentrar-me em respirar e a pedir que a terapeuta não demorasse a voltar. Quando ela, finalmente, voltou, eu respirei de alívio e ela tirou-me a manta térmica e baixou a temperatura da marquesa. Fiquei ali mais uns minutinhos e depois acabou. O que devia ter sido um prazer, foi quase um suplício. Mas depois tomei um duche (toda eu estava castanha...), e depois terminei com uma magnífica massagem no corpo todo. A massagem sim, deixou-me relaxada e no céu.
No fim de contas, o balanço é positivo. Mas para a próxima, contento-me com a massagem, sim?