domingo, 10 de outubro de 2021
Do meu regresso à terapia... E à psiquiatria... E à medicação...
quinta-feira, 12 de agosto de 2021
Das portas que se fecham e das janelas que não queremos que se abram...
Ontem fechou-se uma porta que eu há muito queria ver fechada. Foram dois meses de vida em suspenso. Dois meses de incertezas, de dúvidas, de receios. Dois meses de espera. E eu não sou pessoa de estar, simplesmente, à espera. Foram dois meses duros, que incluíram um dos dias mais duros da minha vida. Se ao menos tivesse valido a pena, mas não valeu. A espera e as incertezas continuaram, depois desse dia. Mas, ontem, tudo isso acabou. Ontem, a porta fechou-se de vez. E eu posso voltar a respirar, posso fazer as pazes comigo, posso apanhar os cacos e retomar a minha vida, no ponto em que ela ficou há dois meses. Finalmente.
terça-feira, 27 de julho de 2021
Do 1º ano da Isabel...
Um ano de Isabel.
terça-feira, 25 de maio de 2021
Dos 11 meses da Isabel...
Onze meses de Isabel.
Onze. Só falta um para os doze. O último mês trouxe a grande novidade de um dos marcos do seu desenvolvimento: já gatinha. Ninguém a pára e acabou-se o sossego. O nosso e o do gato. Que ela continua a adorar. Já foi arranhada, claro. Continua na creche e não houve mais sustos com covid-19. Espalha charme e sorrisos e já tem um clube de fãs. Ainda não perdeu as bochechas, mas já esticou um bocadinho. Adora comer. Sopa, fruta, peixe, carne, legumes, panquecas. O que seja. Dêem-lhe comida e os olhos dela brilham. Consta que começa a guinchar mal vê as cadeiras de refeição na creche. Ainda não fala, mas já procura com o olhar quando lhe perguntamos pela mãe, pelo pai, pelo gato ou pela bola. Gosta de partilhar. Eu peço-lhe para dar a banana à mamã e ela nem hesita em enfiar-ma na boca. E ri-se perdidamente com isso. Continua bem disposta. E boa onda. E simpática. Continuo sem saber a quem sai. Passámos o nosso primeiro fim de semana fora de casa e portou-se lindamente. Não estranhou a cama, não estranhou comer no restaurante, não estranhou nada. É uma santa. Ou não fosse Isabel. Estabilizou nos seis dentes há já umas semanas. Nunca nos deu nenhum susto de saúde. Imita-nos a piscar os olhos e nós rimos perdidamente. Diz adeus. Manda beijinhos. Imita-me a suspirar e ri-se. Também bate palmas. Atira coisas para o chão e fica a olhar para elas, a tentar perceber isso da gravidade. Já não berra desalmadamente na maior parte do tempo das viagens de carro e até já aconteceu adormecer sozinha. Já tem o seu primeiro fato de banho mas ainda não o usou. Já quase percebeu o conceito de dar abraços e derrete corações quando encosta a cabeça no nosso peito. As noites estão incrivelmente melhores. Mesmo quando ela acorda às cinco e meia e entende que não precisa de dormir mais. As sestas continuam de trinta minutos. Tem potencial para ser uma autêntica gralha. Adora o reco reco e foi maravilhoso ver a evolução dela até ela perceber como ele toca. Já é menos careca e não tem o cabelo tão escuro como o da a mãe. Ainda hoje dei comigo a olhar para ela e a perguntar-me como era possível eu ter feito algo tão incrível.
Onze meses de Isabel. Não é cliché, passa mesmo a voar.
sexta-feira, 9 de abril de 2021
Dos 9 meses da Isabel...
(com 15 dias de atraso, mas está tudo bem...)
domingo, 21 de março de 2021
Do teu ar sereno nos meus braços e da vida que não sei viver...
Há pouco, emocionei-me enquanto embalava a Isabel nos meus braços e a via adormecer.
Costumo adormecê-la no berço, durante o dia, mas hoje quis que ela adormecesse ao meu colo, enquanto eu a embalava e eu cantarolava para ela. Talvez pela consciência de que, um dia, estes momentos deixarão de existir. Ao vê-la fechar os olhos e deixar-se ir, senti os olhos encherem-se de lágrimas.
Estamos, desde quinta-feira, em isolamento profilático, por ela ter sido considerada contacto de alto risco. Estou tranquila em relação a isso, plenamente consciente de que a probabilidade de ela ter sido contaminada com Covid-19 é muito baixa.
Mas, ao mesmo tempo, não deixo de me sentir frustrada e angustiada com tudo isto. Estamos fechados em casa há um ano (excepção feita para duas semanas no Algarve). Estamos estupidamente isolados e confinados. Estamos a viver a experiência da parentalidade sozinhos, sem apoio, sem partilha, sem a celebração que este momento devia ser. Protegemo-nos, e a ela, o mais que podemos, e, com isso, afastamo-la dos nossos e de quem lhe quer bem. Tudo o que temos feito, é por acharmos que é o mais correcto. Mas, depois, bastam 4 dias na creche, para ela ser exposta e considerada contacto de alto risco por contacto directo com um infectado. E eu, que sempre vivi bem com as minhas decisões no último ano, não deixo de me questionar. Ao vê-la adormecer nos meus braços, ao deliciar-me com os seus contornos perfeitos e o seu ar sereno, não deixo de me perguntar se fará sentido continuar a privá-la do mundo, e a privar o mundo dela. Se a deixamos ir para a creche, com o resultado que está à vista, não faria sentido deixá-la estar com as nossas pessoas?... Ao mesmo tempo, a racionalidade em mim, pergunta-se se não será esse o pensamento errado que levou ao estado em que estamos de achar que "já que me exponho para ir trabalhar, então também não faz mal se me expuser para ir jantar fora, e estar com os amigos, e estar com a família...". O facto de ela ir à creche, deverá justificar que a resguardemos ainda mais, para minimizar riscos, ou deverá ser carta branca, em jeito de "perdido por cem, perdido por mil", para aproveitarmos a vida e vivermos esta experiência um pouco mais como ela deveria ser vivida?...
Não consigo chegar a nenhuma conclusão. Vivo dividida entre fazer o que acho correcto, não só porque o nosso governo o diz, mas porque a minha consciência assim o diz, e fazer o que vejo os outros fazerem, em actos que me fazem questionar o meu excesso de zelo.
De uma coisa não tenho dúvidas: o impacto social desta pandemia é absolutamente avassalador. Quem acha que vamos ter uma grande crise económica, devia preocupar-se igualmente com a forma como todos vamos sair disto em termos psicológicos, nos nossos afectos, nos nossos medos e ansiedades.
domingo, 7 de março de 2021
Dos pensamentos que me ocupam às cinco da manhã...
Não sei se tenho mais saudades das coisas que a Covid me tirou, se das coisas que a maternidade me tirou. Dadas as circunstâncias actuais, ambas confundem-se e é difícil identificar quais são quais. Pouco importa, na verdade.
segunda-feira, 1 de março de 2021
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Dos 8 meses da Isabel...
Oito meses de Isabel.
Dois terços de um ano. Que voaram. Ela está cada vez mais pessoinha. Um bebé, mas pessoinha. Já tem 3 dentes, 2 em baixo e 1 em cima, completamente desalinhado dos outros, o que lhe dá um ar particularmente delicioso. Continua a comer lindamente. Adora manga, abacaxi e kiwi. Mas também descobriu que adora brócolos. Também continua apaixonada pelo gato, e já lhe arrancou umas boas doses de pêlo. Ele, por sua vez, continua a ignorá-la. Fala, fala, fala. E bem alto. E continua a rir-se. Muito. Até a comer, ela se ri muito. Aliás, se há momento em que é evidente que ela é feliz, é quando come. Ou quando o pai lhe faz tropelias e ela dá as maiores gargalhadas. É preguiçosa e está longe de começar a gatinhar. Sai ao pai e já tem uma obsessão por comandos. Dormiu a primeira noite toda seguida. Mas foi, claramente, por engano. Tivemos direito a umas noites a acordar a cada hora ou a cada meia hora. Maravilhoso, portanto. Descobriu as sestas de 20 minutos. Desconfio que esteja farta de estar em casa a aturar-me todo o santo dia. Continua a gostar das nossas caminhadas e faz as suas sestas na Ergobaby. Adora o elefante de peluche que recebeu de presente da empresa do pai e ri-se perdidamente só de o ver. Está extremamente sensível a barulhos estranhos e atira-se para trás a chorar quando isso acontece. Já se magoou, claro. Começa a mostrar os primeiros sinais de vontade própria. Gosta de abanar as maracas e ouvir o seu barulho. Deixou a shantala e começou a tomar banho numa banheira maior. Chorou muito nos primeiros dias, mas já percebeu que tem mais água e espaço para chapinhar. Olha deslumbrada para o mundo e já quer ver e mexer em tudo. Continua bochechuda, mas está a ficar mais comprida. É bem disposta e ri-se muito para as raras pessoas com quem se cruza. Berra desalmadamente quando entende que não quer dormir. Mesmo que sejam duas da manhã. Continua a chuchar no dedo e a recusar a chupeta. Eu sou suspeita, mas acho que está cada dia mais bonita. E eu, cada dia mais derretida.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021
Do parto da Isabel...
O parto da Isabel não foi nada do que eu queria, sonhara ou idealizara. Em parte, já sabia que assim seria, desde que ficou decidido que seria cesariana. Mas, ainda assim, foi muito diferente do que esperava.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Dos 7 meses da Isabel...
Sete meses de Isabel.
Este foi, sem dúvida, o mês em que mais aconteceu. Foi o mês em que a Isabel começou a comer. E que bem que ela come. Também foi o mês em que começou a creche. Apenas para voltar para casa, ao fim de três semanas. Ficou conhecida por ser bem disposta e tagarela. Já se senta muito bem. Já rebola e "desrebola". Apareceram os primeiros dentes e está ainda mais deliciosa. Fica tão feliz com água como com banana, com sopa ou com papas. Continua a rir-se muito. E já estica as mãos para chegar ao gato, que lhe dá umas lambidelas de quando em vez. Começou a dormir no quarto dela, deixando os pais indecisos entre a culpa de a abandonar e o alívio de recuperarem o seu canto. Nasceu para comer, e, toda ela é sorrisos, quando o assunto é comida. Faz umas mini-micro sestas, para desespero de quem está em teletrabalho. Gosta de ver bater palmas e estalar os dedos. Ri-se para si mesma, ao espelho. Gosta de estar à janela. Gosta de cenoura. Continua a levar os pés à boca, sempre que pode. Não gosta da textura dos brócolos e parece ter nojo de lhes tocar. Não tenho termo de comparação, mas ela ri-se mesmo muito, já disse? Gosta quando lemos para ela e gosta de morder os livros. Gosta de morder tudo, na verdade. Continua a falar imenso, seja dia ou noite. Hoje riu-se como nunca, a comer papa de espelta pela primeira vez. Aninha a cabeça no meu ombro e derrete-me ainda mais. Quer explorar tudo, tocar em tudo, agarrar tudo. Já rasteja um bocadinho e foge do tapete de actividades, se não estamos atentos. É uma bebé bem disposta e boa onda. Não sei a quem sai. No meio desta pandemia, estamos a conseguir criar uma bebé sociável e tranquila. Não me perguntem como. Mas, apesar de terrivelmente dura, tem sido uma viagem incrível.
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
Da Blue Monday que afinal é Tuesday...
terça-feira, 12 de janeiro de 2021
Das formas que temos de baixar os braços...
Hoje cancelei a subscrição da newsletter da Easyjet.
(ando a limpar a minha vida, a minha casa, e a minha alma, estendendo esta limpeza à poluição visual que recebo no digital - já cancelei as subscrições de várias marcas de roupa [no seguimento da decisão de um 2021 mais sustentável], e agora cancelei esta, resignando-me à ideia de que não voltarei a voar tão cedo)
domingo, 3 de janeiro de 2021
Da São Silvestre de Lisboa 2020...
sábado, 2 de janeiro de 2021
Dos presentes de Natal e dos objectivos para 2021...
Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...
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O C. chegou ontem. Matámos saudades, fomos jantar e ao cinema. O filme foi "Inimigos Públicos", que eu não recomendo. Continuo con...
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Vinte meses de Isabel. A caminho dos dois anos. Já muito longe de ser um bebé, e cada vez mais uma mini-pessoinha, com personalidade e vont...
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Há coisas que eu não percebo... Não percebo mesmo. Esta coisa da blogosfera é uma delas. Já cá ando há muitos anos e continuo a não ...