terça-feira, 18 de junho de 2019

Da Serra Amarela Sky Marathon... - I

Eu juro que no Domingo, enquanto corria, iam surgindo na minha mente mil e uma frases para vir depois aqui escrever, contando cada detalhe da Sky Race de 23km da Serra Amarela Sky Marathon. O certo é que, entre ontem (quando comecei a escrever o relato) e hoje, não me ocorre nada.

Talvez o facto de estar terrivelmente cansada não ajude. No Domingo foram quase 400km para regressar a casa, chegámos já passava das 22h, deitámo-nos tarde, tive pesadelos, e quando o despertador tocou eu não queria acreditar. Aliás, comecei o dia a pensar que podíamos fazer uma petição ao Governo para dar a 2ª feira a quem, comprovadamente, tenha feito provas ao Domingo (com critérios a definir oportunamente). 

A Serra Amarela foi... A prova mais dura que já fiz. Ou, pelo menos, foi isso que eu achei enquanto lá andei. E sim, eu só fiz os 23km. Só? Só, é como quem diz... Que eu nunca tinha feito 23km em trail, muito menos numa sky race (para dissertações entre as diferenças de ambas as modalidades, perguntai ao Tio Google). Disclaimer muito esclarecedor: eu demorei 4 horas e 38 minutos a fazer aqueles 23km. Conheço muito boa gente que faz maratonas mais depressa. Eu própria, quase fiz a Maratona de Madrid mais depressa. Aqui se prova que um quilómetro não mede sempre os mesmos 1000 metros. Aqueles 23km não tinham só 23km. Isso é certo.

Não era um perfil bonito?

Mas aqueles 23km tinham tanta coisa lá dentro!... Eu gostava mesmo de ser capaz de pôr em palavras tudo o que vivi e senti. Mas, desta vez, não sou capaz. Vou ponderar levar um gravador numa próxima prova deste género, para depois transcrever tudo para aqui. Passou-me tanta coisa pela cabeça!

Comecemos pelo princípio: eu estava nervosa. Tinha ido assistir à partida dos 48km, não só porque estavam lá o Filipe Torres, o Perneta e a sua Pikinita, mas sobretudo porque o louco-mais-louco-do-que-eu também ia fazer essa distância (assim se comprova a verdade do que lhe chamo). Mal eles partiram, regressei ao Lima Escape para acabar de arrumar tudo (quem é que se põe a lavar loiça antes de uma prova?...), fazer o check-out e garantir que não me faltava nada. 

 Regressei ao ponto de partida das provas e aconteceu aquilo que me acontece, por vezes, quando começo provas sem companhia: senti-me perdida e sozinha. Os nervos não ajudavam, claro. Nunca tinha feito nada assim. Sabia que me esperava uma prova dura. Tinha passado os últimos dias a ouvir um briefing insistente sobre os perigos da prova, os cuidados que tinha de ter, a gestão que tinha de fazer. Eu sabia isso tudo. E, confesso, pouco antes da prova começar, passou-me pela cabeça fazer apenas os 15km. Durante uns instantes, passou-me pela cabeça que eu não ia ser capaz de fazer os 23km, que aquilo não era para mim e que eu estar ali era um disparate tremendo de quem tem a arrogância de achar que consegue fazer o que os outros fazem. Este drama mental durou uns instantes e passou. Felizmente.

Ar de quem não sabe o que ali está a fazer...

A prova começou e eu deixei-me ir onde me sinto bem: no final do pelotão. Ao fim de nem um quilómetro, eu olhei para trás e não vi ninguém atrás de mim. Confesso que deprimi um bocadinho e senti que os meus receios estavam certos: aquilo não era para mim, eu era a última e iam ser 23km sozinha a sofrer. Felizmente, passaram-se mais uns metros e eu comecei a ver mais gente que ainda lá vinha. Ufa! Não estava assim tão mal! E não, não digo isto com desprimor para quem vai nos últimos lugares (já vos digo em que lugar acabei), digo isto porque, para mim, naquele momento, a ideia de ir sozinha no final da prova me assustou bastante.

Muitos e variados cursos de água...




Vamos embora que isto é sempre a subir!



Os primeiros quilómetros foram relativamente calmos, a subir mas pouco, permitindo que o corpo fosse aquecendo. Mas isso só durou até aos 4,5km e depois seguiu-se uma subida muito simpática, na qual parei muitas vezes para tirar fotografias (e para respirar...), que só deu tréguas na Ermida, onde estava o primeiro abastecimento. 


Abastecimento esse onde eu parei, com toda a calma do Mundo, onde comi e bebi, onde enchi os dois flasks, e de onde arranquei sabendo que ainda ia subir mais um bocadinho, e depois ia ter uma descida para (tentar) recuperar.



E bem aproveitei a descida, que foi quase toda em estrada! Deixei-me ir, a ritmos doidos (para mim), ignorando os sinais que diziam "trave com o motor - 10% de inclinação". 

A parte gira foi que, depois dessa descida, e já a meio da subida de 3km que se seguiu, e que me ia levar ao ponto mais alto da minha prova, aos 11km, eu ia feliz e contente a pensar que até me sentia bem, que a coisa até não estava a correr mal, e que aquilo até era giro. Ah! A ingenuidade! Eu ainda nem a meio ia e já achava que a coisa estava feita!... Santa ignorância!

Atletas muito pequeninos lá em baixo!


Não há fotos que façam justiça à beleza e à imponência daquela Serra...

2h15 para 11km? Vais mesmo bem...

Mas ainda conseguia pseudo-sorrir!
Cheguei ao cimo do monte, com 11km, e aos 700m de altitude, tirei umas fotos, e aproveitei os 2km que se seguiam até ao abastecimento de Germil, que eram ligeiramente a subir, mas nada do outro mundo.

O meu telemóvel ganhou vida própria e tenho dezenas de fotos assim!

Novo filtro do Instagram: bolso de mochila de trail.


Sempre dá uma perspectiva interessante sobre os trilhos nesta fase.

Os meus ritmos andaram sempre no limiar do miserável, mas eu achava que, de facto, me estava a esforçar. Quero dizer, mais ou menos. Mas na minha cabeça, eu achava que sim. A partir dos 13km começava a descida, em direcção a Germil, permitindo-me ir num trote ligeiro. 

Germil. Mais um abastecimento. Uma fonte simpática para me refrescar. Tentei não exagerar na comida e preocupei-me sempre mais com a hidratação. Tinha como objectivo beber os dois soft flasks entre cada abastecimento, e ainda beber alguma coisa da camelbak nos entretantos. Comi laranja, melancia, tostas com marmelada, batatas fritas... Não tive coragem para atacar o chocolate nem a aletria, mas talvez numa próxima arrisque. Perdi algum tempo nos abastecimentos, sim. Mas não estava propriamente com pressa, não é verdade?...


Já não sei ao certo quando foi a primeira vez em que aconteceu, mas a dada altura começa a ser frequente termos de pôr a pata na poça. Literalmente. Da primeira vez eu ainda fiquei a olhar de lado, a pensar em alternativas, a tentar evitar o inevitável. Mas teve de ser, não é verdade? Nada como andar a chapinhar em poças e depois andar uns quantos metros com os pés a chocalhar água...

Hora de lavar os ténis?


Na foto de cima, que não é a melhor, vemos o momento em que eu cheguei a este ponto e fiquei parada sem perceber para onde era o caminho. Pois que o caminho era por cima desta barreira de paus e pedras, que eu tive de saltar, aterrando, literalmente, em cima de um curso de água, que descia por ali abaixo e que eu tive de seguir durante uns metros, por não ter outra opção. Depois disto, eu achei que estava preparada para tudo...

Lá segui viagem, e continuava a descida. A descida não era fácil, com muita pedra solta. Não muito depois do abastecimento, uma atleta deitada no chão. Tinha acabado de cair. Já tinha trocado umas palavras com ela e com a amiga dela, porque tínhamos andado mais ou menos próximas durante algum tempo, mas elas tinham arrancado mais cedo no abastecimento de Germil. Tentei ajudar no que pude, mas ela parecia bem, tirando os arranhões (que não eram bonitos...), e acabou por insistir para seguirmos viagem. E eu segui. Encontrei-a horas depois, e soube que tinha acabado a prova! Menos mal! 

Estas coisas mexem sempre um bocado comigo, porque eu sou aquela pessoa que em cada prova de trail pensa 137 vezes no perigo que é andar ali no meio de lado nenhum. Estou sempre muito consciente de que se me acontecer alguma coisa, pode demorar muito tempo até que alguém me possa ir ajudar, e é (também) por isso que levo sempre a casa toda atrás, mesmo quando não há material obrigatório. Nunca precisei, mas prefiro andar prevenida!

Continuemos.

Descida e mais descida, em que, mesmo assim, eu não me consegui soltar muito. Aquelas descidas não foram feitas para pessoas de metro e meio. Ponto. 

Aos 15,5km, mais coisa menos coisa, acabou-se a brincadeira da descida e chegou a última grande subida da prova: foram talvez uns 500 metros que pareceram 2 ou 3km... Aquela subida não tinha fim, Senhores! E era mesmo, mesmo, mesmo inclinada! Uma pessoa olhava para cima e nem a via bem a acabar. Mas, eventualmente, ela acabou. E só faltavam 7km que seriam, essencialmente, a descer!

E lá fui eu! Acho que foi a partir daqui que comecei a ir mais sozinha. Consegui passar uma ou outra pessoa com quem tinha andado durante alguns períodos de tempo, e comecei a ficar isolada, sendo ultrapassada de vez em quando por atletas de outras distâncias. Tenho sempre sentimentos contraditórios em relação a ir sozinha. Se, por um lado, gosto de ir só eu e os meus pensamentos, por outro, vou sempre mais receosa, mais concentrada à procura das marcações, e mais facilmente fico a olhar feita parva para certas partes do percurso em que não faço ideia como vou conseguir avançar (sky race, lembram-se?).

No abastecimento da Paradela, aos 18km, fui mais rápida, e já só enchi um dos flasks, porque já só faltavam 5km. Queria mesmo era despachar-me e chegar ao fim!

Algures durante a semana que passou, eu achei que podia definir como objectivo para mim mesma fazer a prova em 4 horas. Parecia-me razoável: 23km em 4 horas. Ridículo para o mundo em geral, mas razoável para esta pequena lontra. Claro que não precisei de muito para, durante a prova, perceber que isso era impossível. Nem a descer eu estava a conseguir compensar! Quando saí deste abastecimento percebi que tinha 25 minutos para fazer 5km. Ora, nesta fase da minha vida, eu tenho dificuldade em fazer 5km em estrada em menos de 25 minutos, quanto mais em trail!... Curiosamente, não fiquei particularmente chateada com essa constatação. Estava a sentir-me bem, só estava semi-cansada, e queria era chegar ao fim inteira.


A descida continuava, e as travessias de cursos de água também. Escusado será dizer que, a partir de certa altura, deixei de me preocupar muito. Não havia nada a fazer, mais valia ir andando, com ou sem água... Eu só pensava para mim mesma que, quem me vê noutros contextos, certamente tem dificuldade em imaginar-me naquelas figuras!... 

Sabia que os últimos 3/4km seriam mais calmos, em single tracks verdejantes e junto ao rio. Não sabia era que ia andar a atravessar o rio de um lado para o outro, agarrada a cordas! Logo no primeiro atravessamento com cordas estava um Senhor muito simpático, a explicar-me o que devia fazer, e a dizer-me que a água só dava pelo joelho. Tentei explicar-lhe que o joelho dele não era igual ao meu... Cheguei a ter água pelo meio da coxa, Senhores! Eu sou baixinha! Claro que para quem tem um metro e oitenta aquilo é fácil... Para mim, não tanto assim!... Mas lá fui. Uma vez, outra vez, e outra, e outra. Ao fim de 4 ou 5, deixei de contar. Não valia a pena, não é verdade? Também não vamos falar sobre as pedras gigantes que eu tive de subir, ainda não sei como, agarrada a mais cordas... Só para ajudar a visualizar a coisa, o louco-mais-louco-do-que-eu perguntou-me se eu tive pessoas a ajudar-me nessas partes, porque ao passar por lá imaginou como é que eu me teria safado!... Com muito trabalho de braços, foi o que foi! Deve ser por isso que hoje também os braços me doem!...

A prova seguiu-se, quilómetro após quilómetro, e eu a achar que já estava quase, que até estava bem, até ia a correr naqueles quilómetros finais, e não tinha caído vez nenhuma, ao contrário da pobre rapariga que tinha visto estendida. Já nem ia a tirar muitas fotos, concentradíssima em chegar ao final.

Eis senão quando, aos 21,8km e já quase no fim da prova... Tropeço nem sei bem em quê, desequilibro-me para a frente, em câmara lenta acho que me estou a conseguir equilibrar, estou quase recuperada, mas afinal não consigo levantar o tronco, e vou directa ao chão... Consigo amparar minimamente a queda, mas a modos que fico em modo prancha, de cara colada de lado no chão, fofamente assente em ervas secas... Numa fracção de segundo percebo o que me aconteceu, avalio os danos e levanto-me. Olho à volta e não vejo ninguém, feliz ou infelizmente. Olho para as mãos, estavam sujas mas com uns meros arranhões, nos braços mais uns quantos arranhões, depois levo as mãos à cara e parece-me que só sinto terra e poeiras, baixo-me para ver os joelhos, e percebo que o esquerdo tem uma nova marca de guerra. Vá lá, calhou praticamente em cima da que já lá estava do trail da Ericeira de há 2 anos. O joelho doía-me, mas parecia suportável e eu não tinha outra hipótese senão seguir em frente. Gostava mesmo de ter assistido à minha própria queda! É que foi mesmo lenta e acabou comigo completamente estendida no chão!... Para a próxima já sei: não lançar foguetes antes da meta.

Com mais ou menos dores, lá segui para o que me faltava. Aproveitei a vigésima quinta travessia de rio para lavar as feridas, literalmente, e para lavar a cara. Não queria cortar a meta com a cara cheia de terra e assustar as pessoas, não é verdade?... 

Ainda passei por mais uma travessia de água com cordas, onde estava um fotógrafo muito simpático. Estou curiosa para ver essas fotos, comigo quase em pontas, para me conseguir agarrar ao raio da corda!...

Estava quase, eu nem acreditava... Continuava no meu trote devagar-quase-parado, entrei em Entre Ambos-os-Rios e numa parte de estrada. O apoio de quem estava por lá obrigou-me a fazer tudo a correr, mesmo sendo a subir. Como não podia deixar de ser, havia uma parte final pelo meio do mato, com mais uma subida simpática, só para acabar em grande. No cima dessa subida, um grupo a bater palmas e a gritar palavras de incentivo. Últimos 100 metros, um mini esforço ao entrar na passadeira vermelha, e cortar a meta com 4h38m42s. Uma barbaridade de tempo. Mas o meu tempo. O tempo que eu precisei para fazer aqueles 23km, ao meu ritmo.


Podia ter feito menos uns minutos, se tivesse parado menos tempo nos abastecimentos, se tivesse tirado menos fotos, se não tivesse parado para ajudar a rapariga que caiu. Mas valeria a pena? Não. Tenho a certeza que não.

No fim, acabei a prova feliz. A sentir-me bem. Estupefacta comigo mesma por ter conseguido. E acreditem, houve vários momentos em que eu achei que não ia conseguir. Curiosamente, esses momentos foram antes da prova. Durante a prova, e ao contrário do que já aconteceu noutras ocasiões e noutras provas, não me passou pela cabeça que não fosse conseguir ou que queria desistir. Tirando aquele drama inicial, depois de lá estar, eu não parei para pensar em outra coisa que não fosse cortar aquela mata. E cortei. Fiquei na posição 196, em 208 finishers, e fiz mais 38 minutos do que o meu objectivo inicial. E não faz mal. Porque acabei. Porque cortei a meta. Porque me diverti e me senti bem. 

Como escrevi mal acabei a prova, ainda a quente, foi provavelmente a prova mais dura que já fiz. Foi uma prova que exigiu de mim um esforço físico que não sabia ser capaz de fazer, mas também um esforço mental, para não quebrar, para não desistir, para não baixar os braços (literal e figurativamente).


Quanto à prova em si, gostei muito. Não tenho nada a apontar à organização. Percurso bem marcado, bons abastecimentos, garrafa de vinho no final, percurso técnico e exigente como se espera de uma sky race, mas incrivelmente bonito e divertido qb. Não mudem nada, que está muito bem assim! Para quem tiver curiosidade, podem ver o vídeo oficial aqui.

Agora? Agora é descansar o corpo... Só faltam duas provas para o fim da época, e o 2º semestre será, espera-se, bem mais calmo!

18 comentários:

  1. Espectacular relato duma grande prova que realizaste! Venceste os teus receios e acabaste feliz, o que é impagável!
    Tens muito mais para dar do que te julgas capaz :)
    Beijinhos e uma excelente recuperação, grande atleta! :)

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    1. Obrigada pelas tuas palavras, João :) foi mesmo como disseste, e valeu a pena por isso :)

      Um beijinho e bom feriado!

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  2. relato excelente, quase que dá vontade de uma pessoa se meter no meio do mato... :P

    quanto à queda, são feridas de guerra! ;)

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  3. Fantástico!

    Confesso ser o terceiro relato da prova que leio mas continuo a adorar ler esses pormenores todos e é tão interessante ver as diferentes perspectivas dos corredores.

    Ahhh, e já tenho o link da pernoita gravado ;) obrigado!

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    1. Estava a reparar no mesmo! É mesmo engraçado ler as diferentes interpretações de certas partes do percurso.

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    2. É, não é? Cada prova tem tantas provas quanto o número de atletas que a fazem :)

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  4. Que bom que durante a prova não pensaste em desistir... Quem bom que acabaste no teu tempo e não achares que é terrível... Parabéns!

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  5. Ok, agora tenho a certeza, o teu (vosso) lugar é na montanha! Vai reler as tuas crónicas de preparação para a maratona para perceberes! Fiquei mesmo contente por teres gostado, o louco já eu imaginava que ia adorar eheh

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    1. Ahahahahah! Gostei mesmo, sim! Acho que ainda não te agradeci, mas a inspiração veio de ti e do teu relato do ano passado :)

      É diferente, sabes? Hei-de escrever sobre isso, mas a forma como olha para a estrada é para o Trail é completamente diferente...

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  6. Deve ser uma experiência espectacular!! Em comunhão total com a natureza e em desafio contigo próprio.

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    1. É mesmo! E é uma forma única de veres sítios que de outra forma dificilmente verias :)

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  7. Muito bom :) … sabes o que retiro deste texto … não sei se é apenas impressão minha (talvez consiga sentir diferente por ter lá estado) mas quer-me parecer que foi o relato de prova mais divertido que fizeste, em que se nota que gostaste mesmo de lá andar sem aquelas pressões que tanto te costumas colocar em cima. Muitos parabéns pela prova, muitos parabéns pelo texto do qual gostei mesmo. E dá os parabéns tb aí ao louco-mais-louco-etc e tal.

    Beijinhos e abraços aí para casa


    P.S. Pensando bem, a minha parte preferida é a tua descrição da queda … desculpa, mas ri-me à grande :)

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    1. Vês, vês?? Não fui só eu a notar!

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    2. Vocês combinaram, não foi? Ahahah :D

      Acho que o facto de lá teres estado também condiciona, sim, porque consegues identificar-te mais com o que eu vivi e senti (e isso só torna a experiência mais gira!). Mas sim, foi das provas em que me senti melhor, a todos os níveis, e isso acabou por transparecer no relato. Tocaste no ponto certo: as pressões que me coloco... No Trail não dá para colocar grandes pressões porque nunca sabemos o que vamos encontrar. É ir andando sem pensar nisso :)

      Quanto à queda... Também foi divertida, foi! Ainda bem que ninguém viu :D

      Beijinhos para vocês!

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  8. O que me ri com o teu relato desesperado. Antes de mais bemvinda ao Norte e às paisagens bonitas pelas fotos valeu só para ter estas vistas e percorrer os regatos límpidos.
    Só fiz trails de 10 km e há subidas que são um verdadeiro teste de superação :)

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