Há momentos em que a vida parece demasiado pesada.
Há momentos em que acreditamos, piamente, que não somos capazes de suportar mais.
Há momentos em que o tudo parece o nada e o nada parece o tudo.
Há momentos confusos, difusos, sombrios, distorcidos. Momentos em que nós não somos nós e a nossa vida não é a nossa. Ou assim gostávamos que fosse. Ou não. Às tantas, nem sabemos.
Há momentos em que pensamos sobre as nossas escolhas. Sobre os caminhos que seguimos. Sobre os caminhos que não seguimos. Sobre as pessoas que temos ao nosso lado. Sobre as pessoas que deixámos para trás.
Há momentos em que nos apetece optar pelas escolhas mais fáceis. Aparentemente, mais fáceis. Só porque sim. Só porque nos apetece baixar os braços e não lutar mais. Porque estamos cansados. Porque achamos que não aguentamos mais. Ou só porque não nos apetece, simplesmente.
Há momentos em que não sabemos o que fazer. E há momentos em que sabemos exactamente o que fazer e não temos coragem.
Há momentos em que queríamos poder fazer reset. Há momentos em que apenas o delete podia resolver o problema.
Há momentos em que nada faz sentido.
Há momentos.
há *
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