domingo, 27 de março de 2011

Do vazio que fica...

A Amarelita foi hoje adoptada.

Mesmo sabendo que foi o melhor, mesmo sabendo que ia ser assim, mesmo sabendo que era impossível ficarmos com mais uma gata, mesmo sabendo isto tudo, custa. Custa deixar ir uma pulguentita que esteve connosco um mês. Custa deixar ir uma pulguentita que chegou aqui sem se mexer e com um aspecto terrível e que hoje saiu daqui fresca e fofa, cheia de energia e vontade de brincar. Custa lembrar os momentos de angústia, de sofrimento, de não saber o que ia ser. E custa lembrar os primeiros momentos de contacto, as turras, as trincas que ela me dava, o aninhar-se junto ao meu pescoço e o ronronar. Custa tudo isto.

Também custa saber que daqui a pouco me vou enfiar na cama e ela não vai aparecer lá, a pedinchar que a deixe entrar para debaixo dos lençóis para se aninhar junto a mim.

Custa muito tudo isto. 

Mas tento acreditar que a nossa missão chegou ao fim e agora é hora de ela ser feliz e ter a sua família. Nós ajudámos quando foi preciso e agora devemos deixá-la ir. Só isso.

Mas custa...

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