Eu sempre fui A pessoa do Natal. Pelo menos, para as pessoas que me rodeiam, e que acham sempre que eu sou a mais apressada (prefiro despachada) e histérica (prefiro entusiasmada), com esta época do ano e seus afazeres.
E sim, eu sei que ainda agora estamos no início de Novembro. Mas à velocidade a que 2020 está a passar, corremos o risco de esta noite fechar os olhos para ir dormir, e amanhã acordar com a lareira cheia dos presentes que o Pai Natal deixou. Correm vocês, diga-se. Que eu não só não tenho lareira, como tenho uma rica filha que não permite que isso de só acordar no dia seguinte aconteça. Eu estou safa.
Assim sendo, enquanto o Natal não chega, eu vou pensando sobre ele.
Ninguém sabe em que moldes vai decorrer o Natal este ano. Vamos estar todos confinados outra vez? Vão ser proibidas as deslocações? Fica cada um em sua e fazemos o jantar da Consoada via Zoom?
Não sei. Ninguém sabe.
Eu gostava muito que este ano pudesse haver Natal. Natal em família, com convívio, com abraços, com gargalhadas, com comida até mais não, com partilha e união.
Infelizmente, nem no mais fundo do meu ser, eu consigo encontrar esperança de que isso venha a acontecer.
Ainda que o Natal possa ser uma época propícia a milagres, este ano, acho que não há milagre que nos valha. Tínhamos de ter todos muito juízo nas próximas semanas (que não temos), para que os números voltassem a baixar drasticamente e pudéssemos recuperar alguma normalidade. Mas isso não vai acontecer. E, um dia, eu vou contar à Isabel que o primeiro Natal dela foi passado em casa, a quatro, com as bolas de Natal mais pirosas de sempre.
Não são nada pirosas... Pois não se sabe e assim sendo uma pessoa prepara-se para o pior e espera o melhor e depois logo se vê...
ResponderEliminarÉ esse o espírito! Venha o que vier, é aceitar...
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