Querido Pai Natal,
Talvez tu não saibas (ou, se calhar, até sabes porque sempre me disseram que tu sabes tudo e vês tudo), mas eu gosto muito de ti. Pouca gente vive o Natal com o entusiasmo que eu vivo e espera pelo teu dia como eu. Perdoa a falta de modéstia.
Este ano eu portei-me bem. Quero dizer, mais ou menos. Mas comi a sopa toda, fiz a cama antes de sair de casa, não comi doces todos os dias, fiz os trabalhos de casa, fiz uma Maratona, não disse (muitas) asneiras e não bati em ninguém (nem mesmo quando levaram a minha paciência aos limites - e, acredita, levaram).
Também deves saber que este não foi exactamente um ano fácil para mim.
Por tudo isto, eu gostava muito que tu ponderasses dar-me o único presente que eu gostava de ter: uma boa notícia, daquelas mesmo boas, até ao final do ano. Não precisa de chegar à meia-noite de dia 24. Nem precisa de vir embrulhada. Mas achas que consegues?
Obrigada. Obrigada. Obrigada.
Agridoce
P.S. - vou deixar um prato com bolachas e um copo de leite ao pé da árvore, mas é provável que não sobrevivam ao Snow. Não leves a mal.