quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Das coisas que eu te peço...

Tentas amolecer-me. Tentas vergar-me. Tentas que não seja tão fria, tão bruta, tão pedra.

Tentas desconcertar-me. Tentas vencer-me pelo cansaço. Tentas que me abra e que deixe que entres.

Tentas fazer-me sorrir. Tentas fazer-me sentir. Tentas que me permita experimentar e viver.

O que tu não sabes, o que tu não adivinhas, é que foi a vida que me fez assim. Foi por viver que fiquei assim. Fria. Bruta. Pedra. É por ter vivido que me encerro em mim. É por saber o que é viver, que tenho medo. Tanto medo. É por saber o que é sofrer, que não me deixo amolecer e não me deixo envolver.


Não insistas, peço-te. Por mim mas, sobretudo, por ti. Não insistas.

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