Ontem parti um coração. E só quem já viu o seu coração ser partido, sabe o que custa partir o coração de alguém.
Não o queria ter feito. Era tão mais fácil não o ter feito!... Isto de procurar o amor e a pessoa certa é tão cansativo que eu podia ter ficado com ele. Ficávamos juntos, casávamos, tínhamos filhos, criávamos a família pipoca. Mas não. Porque apesar de ele ser o namorado perfeito, não é para mim. Porque apesar de ele me adorar e dizer que sim a tudo o que eu digo, faço e peço, não é isso que eu quero para mim.
Porque o caminho mais fácil, nem sempre é o melhor para mim.
Como é que se parte um coração? O que é que dizemos a alguém que vemos encolher três centímetros à nossa frente? Como é que se alivia a dor de um coração partido? Ao fim de 32 anos de vida, usei a expressão: o problema não és tu, sou eu. Porque sou. Porque eu é que sou esquisitinha e complicada. Porque eu é que me fecho na minha bolha. Porque eu é que sou incapaz de dar e receber amor (ela tinha razão). Porque eu é que não me dou, não me entrego, não me deixo ir. Porque eu é que tive tanto trabalho a apanhar os cacos do meu coração no passado, que agora não quero correr o risco de ele se voltar a partir. Por isso, fecho-o num cofre secreto. Por isso, fecho-me.
Como é que se parte um coração? O que é que dizemos a alguém que vemos encolher três centímetros à nossa frente? Como é que se alivia a dor de um coração partido? Ao fim de 32 anos de vida, usei a expressão: o problema não és tu, sou eu. Porque sou. Porque eu é que sou esquisitinha e complicada. Porque eu é que me fecho na minha bolha. Porque eu é que sou incapaz de dar e receber amor (ela tinha razão). Porque eu é que não me dou, não me entrego, não me deixo ir. Porque eu é que tive tanto trabalho a apanhar os cacos do meu coração no passado, que agora não quero correr o risco de ele se voltar a partir. Por isso, fecho-o num cofre secreto. Por isso, fecho-me.
O problema não és tu, sou eu.
Desculpa.
Será sempre precisa uma enorme coragem para partir e ver partido um coração mas é preciso saber o que queremos e quando o queremos. Fazer o mais fácil todos o fazem.
ResponderEliminarCongratulo-te pela clareza de espírito que tiveste para saber o que necessitas neste momento e pela coragem de o assumires da forma mais difícil.
Quanto ao ..."Porque eu é que sou incapaz de dar e receber amor (ela tinha razão). Porque eu é que não me dou, não me entrego, não me deixo ir."... será somente até a um dia. Um em que chegará alguém com todas as chaves para te abrir todas as fechaduras.
Não pude deixar de dar uma gargalhada com a última frase! Touché ;)
EliminarNão me congratules nem me chames corajosa... Sabes que não foi um processo fácil, que foi demasiado moroso, que implica muita culpa (minha) pelo meio.
;)
EliminarNão foi um processo fácil mas nestes domínios amorosos também nunca o é. Deixa-te relaxar um pouco dessa rigidez e admite-o. Foste muito corajosa, sim. Seria tão bom que todas as mulheres tivessem esta coragem...
Ahahahah não sei o que é isso de relaxar!
EliminarE acho que não é uma questão de género!
Vais sempre a tempo de descobrir...
EliminarCada um fala do mal que lhe aflige. ;)
Olá Agridoce. Não comento muito, mas leio-te com regularidade. Tenho reparado, e desculpa a honestidade, que te colocas demasiado em causa. 'Eu sou esquisita', 'eu coloco-me numa bolha', 'eu não me entrego'. Eu sei que pensar assim, apesar de ser uma auto-crítica, é mais fácil. O problema não és tu, nem o que te fizeram sentir, mas o que tu te convences todos os dias que és. Quando fores de novo arrebatada nem vais pensar outra vez. Vais sair da bolha e correr riscos, apenas mais atenta aos sinais. Se podias aceitar um amor certinho e morno mas certo? Podias! Assim como assinar uma sentença de frustração permanente.
ResponderEliminarBeijinho
Olá, MC!
EliminarObrigada pelo teu comentário e pela honestidade. Espero conseguir transmitir que não sou pessoa de meias-palavras nem de paninhos quentes, pelo que agradeço que sejam assim comigo.
É sempre curioso termos feedback de quem nos vê de fora e vê a "big picture" que nós nem sempre somos capazes de ver. Sim, eu coloco-me muito em causa no que toca a isto. É uma forma de defesa, também. Assim, se correr mal outra vez, eu já vou estar à espera :)
Mas não seria capaz de aceitar essa sentença de frustração, como tão bem dizes... Ia consumir-me lentamente...
Resta esperar :)
Tão eu...
ResponderEliminarmas os anos passam ( os melhores anos dizem...) e quando damos por isso estamos "velhas" e cansadas para começar tudo de novo.
É um bocadinho esse o meu receio... Mas tento manter-me positiva!
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