Apeteces-me logo pela manhã. Os teus braços. O teu cheiro. Enroscar-me em ti e fechar os olhos outra vez. Ficava assim todo o dia, pudesse eu. Lamento que nunca tenhamos passado nenhum dia na cama. Teria sido bom, tenho a certeza. Agora, que isso já não pode acontecer, é que me apetece. Quando podia acontecer, acordava, levantava-me e fugia de ti. Desculpa este meu jeito fugitivo. Desculpa nunca ter querido prender-me a ti. Não é de mim, sabes? Não sou de estar presa. Não sou de ficar enroscada horas a fio, entre mãos dadas e palavras sussurradas ao ouvido. Não sou. Ou, pelo menos, contigo não era. Não que a culpa seja tua, necessariamente. Não se trata de culpa. Trata-se de ser ou não ser. E contigo não era. Mas gosto de ti na mesma. E tenho saudades tuas na mesma. E apeteces-me logo pela manhã na mesma.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...
-
O C. chegou ontem. Matámos saudades, fomos jantar e ao cinema. O filme foi "Inimigos Públicos", que eu não recomendo. Continuo con...
-
Vinte meses de Isabel. A caminho dos dois anos. Já muito longe de ser um bebé, e cada vez mais uma mini-pessoinha, com personalidade e vont...
-
Há coisas que eu não percebo... Não percebo mesmo. Esta coisa da blogosfera é uma delas. Já cá ando há muitos anos e continuo a não ...
É sempre assim, não é? Apetece-nos sempre mais quando já não pode ser...
ResponderEliminarApetece-me... Mas passa-me depressa :)
EliminarE o próximo? keep searching... :)
ResponderEliminarSerá que devemos?
Eliminar