Convenci-me que a melhor forma de lidar com as memórias que certos sítios e experiências me trazem, é associar novas memórias a esses sítios e experiências.
Os Templários já não são o sítio onde me deste o primeiro beijo... Ainda que não saiba se lhe posso chamar primeiro beijo... O que é que eu chamo a um beijo que é o primeiro pela terceira vez em 15 anos? Terceiro primeiro beijo? Estranho, não te parece?... Mas, dizia eu, os Templários já não são esse sítio. Os Templários são também o sítio onde, por sugestão minha, fomos beber um copo no aniversário de uma das BFFs. Curiosamente, nos meus anos houve quem levantasse essa hipótese e eu disse que não. Mas, entretanto, tinha-te dado uma chapada de luva branca (desculpa a pequenez de espírito, mas soube tão bem, quase um mês depois, ouvir-te dizer que tinhas ficado furioso!), e já me sentia forte o suficiente. Isso e o querer testar esta teoria. E resultou, sabes? Não vou dizer que não me vieram algumas memórias à cabeça, não vou dizer que não nos vi ali, não vou dizer que não me lembrei dos gestos, dos olhares, das palavras. Mas foi momentâneo. Depois? Depois aproveitei a noite, a companhia, a música ao vivo que estava óptima. Criei novas memórias. Associei aquele sítio a outros momentos e outras pessoas. E resultou.
Parece-me uma teoria bastante válida. Até porque, convenhamos, não quero ser aquela pessoa que já riscou metade dos sítios e do país porque em algum momento da sua vida esteve lá com alguma pessoa. É tonto, não achas?
E, não só mas também por isso, esta noite vou ao sítio onde marcámos o primeiro encontro. Desculpa, o terceiro primeiro encontro. Criar novas memórias. Só porque sim.
Parece-me uma boa teoria!
ResponderEliminarEu sigo, exactamente, este método.
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