sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Do estado deste blogue, do Natal e das ilhas desertas...

Este blogue ficou entregue ao abandono. Não é por mal. Não é exactamente por falta de tempo, ainda que ele não abunde por aqui. Não é que não tenha nada para dizer, que não me apeteça, ou não me lembre dos mais variadíssimos posts ao longo do dia.

Não tenho escrito porque queria escrever sobre o Natal e não quero escrever sobre o Natal. Pois. Se escrever sobre o Natal, corro o risco de dizer coisas que não devia dizer. E eu não quero dizer coisas que não devia dizer. 

O Natal passou-se. Foi mais um. Mais um que me deixou a pensar na forma como vivo o Natal que não é a forma como gostaria de viver o Natal. Mas também me deixou a pensar em expectativas. Em gestão de expectativas. Não posso esperar que os outros vivam o Natal da mesma forma que eu. Não posso esperar que os outros valorizem o mesmo que eu. Não posso esperar que os outros sejam como eu gostaria que fossem. Talvez não possa esperar nada, para garantir que não exijo demasiado dos outros nem vejo as minhas expectativas defraudadas.

Neste Natal, à semelhança do que se passou no ano passado, pedi que não me dessem presentes e que doassem o valor que gastariam comigo a alguma associação que dele mais precisasse. Também não dei presentes aos adultos, apenas presentes de comer, feitos por mim. Doei dinheiro a quem dele precisa. Para mim, é o que faz sentido. 

O único presente que eu queria verdadeiramente este Natal, era ter a família toda junta. A que está viva, pelo menos. Mas isso não aconteceu. E não me apetece dizer mais nada sobre o Natal.



Para o ano talvez o passe numa ilha nas Caraíbas. Só ainda não escolhi qual. 

6 comentários:

  1. Olha que está a ver-se cada vez mais isso, viajar no Natal!!

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  2. Sem hipocrisias...que os Natais sejam passados com quem amamos, com quem nos ama. Ponto! Com as pessoas que fazem por estar juntas, connosco, em qualquer outro dia do ano. Porque gostam de estar connosoco! O Natal é "só" mais uma noite, só mais um dia, um pretexto para estarmos com as "nossas" pessoas. Quem está ...está...quem não está...(sem um razão compreensível) é porque não são as "nossas pessoas", esetejamos a falar de pais, irmãos...o que for, pois família e amor, tem muito mais a ver do que com o sangue que nos corre nas veias! Que aprendas a usufruir do Natal com o que tens, com quem "tens". Eu aprendi. Não mudamos os outros, mas podemos mudar-nos a nós e a nossa forma de ver e viver a vida. Um Bom Ano Novo!

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    Respostas
    1. É por não poder mudar os outros, que a ilha deserta me começa a fazer muito sentido.

      Não me quero alongar muito no assunto, mas digamos que eu lido bem com certas coisas, só não lido bem com o facto de ver as pessoas a quem eu quero bem a não estarem bem. Só isso.

      Se houve coisa que eu aprendi este ano é que a vida é demasiado curta e tudo muda de um dia para o outro... Tenho pena que ainda nem toda a gente tenha aprendido essa lição.

      Obrigada e um bom ano para ti também :)

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