Em 2013 eu...
... comecei o
ano a defender a minha tese de Mestrado. E sobrevivi.
... bati o pé,
refilei, fiz-me ouvir e consegui que me aumentassem.
... aprendi
muito sobre as pessoas. Coisas boas, coisas más.
... dei uma
entrevista à Sónia Morais Santos, sobre a minha boadrasta, que depois ouvi na
rádio.
... falei pela
primeira vez num congresso. Num auditório. Com dezenas de pessoas a olhar para
mim.
... comi mais
doces do que é possível imaginar mas tenho a glicémia a 70.
... deixei de
ter dois empregos e passei a ter fins-de-semana como as pessoas.
... vi um
artigo meu publicado num livro. À venda. Numa livraria.
... perdi a minha avó. Foi a primeira pessoa mais próxima que perdi.
... voltei a
constatar a importância das minhas pessoas.
... conheci o
meu sobrinho.
... tive duas
propostas de emprego, mantive-me no mesmo sítio, e consta que vou ser
promovida.
... fui
aconselhada a ter filhos rapidamente, se os queria. Decidi não ter. Espero não
me vir a arrepender.
... voltei a
viver sozinha, nove anos depois.
... passei
mais 365 dias sem falar com a minha mãe.
... li 25
livros.
... tive de
admitir que ainda não foi desta que encontrei O amor. E doeu.
... não andei
de avião nem saí do país, coisa que não acontecia há alguns anos.
... ainda não
voltei à terapia.
... mudei duas
vezes de casa. E já ando à procura da próxima.
... desiludi e
fui desiludida.
... chorei.
... ri.
... vivi.