Nos últimos dois meses (Bolas! Já passou assim tanto?) este blogue esteve condenado ao abandono. Total e absoluto. Da minha parte, pelo menos. Que, estranhamente, todos os dias há umas dezenas de visitas que eu não percebo bem o que vêm cá fazer.
Dizia eu que abandonei o blogue. Deixei-o aqui, só e abandonado, a ganhar teias de aranha, pó, mofo.
E é uma trabalheira vir aqui limpar essas teias de aranha, esse pó, esse mofo.
É como aquelas coisas que enfiamos no fundo da arrecadação e que, quanto mais tempo passa, menos vontade temos de lhes voltar a mexer. E quanto mais tempo passava, mais difícil me parecia o meu regresso aqui.
Fica sempre aquela sensação de obrigação de justificação da ausência prolongada. Gosto desta sequência: "sensação de obrigação de justificação".
Mas pois que não me apetece justificar-me. Não assim, a frio. Creio que o que aqui escrever nos próximos tempos, falará por si.
Quanto à justificação do regresso é simples. Preciso de voltar a escrever. De deitar cá para fora. De despejar. De pôr por escrito as coisas que não ouso dizer. De deixar registado aquilo de que não me quero esquecer. Porque este blogue foi, é, e há-de continuar a ser o meu diário.
E como os diários não falam (pelo menos os meus nunca me responderam ao longo de anos e anos), os comentários serão desactivados por tempo indefinido.
Só porque sim. Porque sim e porque é altamente provável que este blogue entre em modo depressivo, destrutivo, contemplativo, introspectivo e mais outras tantas coisas acabadas em "-ivo".
Ou só mesmo porque sim.