domingo, 17 de novembro de 2013

Da família...

A família é, para mim, uma das coisas mais importantes da minha vida. Diria mesmo, a mais importante.

Mas não por ser família. Não pelos laços de sangue que nos unem (ou não, até). Mas sim pelas relações que se criaram, que se alimentaram, que se construíram.

Porque eu também sou a primeira a dizer que as relações de sangue nada valem. Não é por partilharmos o sangue, que somos obrigados a partilhar mais alguma coisa.

Eu sou aquela que não fala com a própria mãe desde o dia de casamento do irmão. Já lá vão mais de dois anos. Eu sou aquela que, ao longo da vida, esteve muitos e longos períodos sem falar com essa mesma mãe. Eu sou aquela que, ao longo da vida, deu muitas segundas oportunidades, tentou outra vez, tudo em nome desses lanços de sangue. Do cliché Mãe, é mãe.

Esqueçam. Não há mãe, não há pai, não há irmãos.

Há pessoas. Há relações.

Por vezes, essas pessoas são mãe, pai, irmãos. E as relações são as melhores.

Por vezes, as relações são as piores. E essas pessoas são mãe, pai, irmãos.

O tempo ensinou-me quem eram as minhas pessoas. Quem era a minha família. E não foram as relações de sangue que me disseram isso.

O tempo ensinou-me que, no matter what, as minhas pessoas vão estar sempre lá.

E sim, são o melhor que tenho na vida. Não pelo nome da relação que nos une. Mas apenas e só pela relação que nos une.

E tudo isto para dizer... Não há paciência para relações de obrigação. É um desperdício de tempo, de vida. Temos de dar valor, isso sim, às relações que realmente importam. Sejam elas com quem forem...


Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...