sábado, 31 de março de 2018

Das corridas... - LI

Hoje fiz mais um treino longo.

Supostamente, seria o último longo.

E digo supostamente porque não fui capaz de fazer o que era suposto ter feito.

E, por isso, não sei se terá sido mesmo o último. Acho que sim. Supostamente, sim. A partir de agora, diz o meu plano de treinos, entro em fase de abrandamento até ao dia da prova.

Daqui a 3 semanas e 1 dia, estarei em Madrid a (tentar) fazer a minha primeira maratona.

Não sei se será sensato tentar fazer mais um longo na próxima semana. Tal como não sei se será sensato ir para a minha primeira maratona tendo feito como treinos longos apenas dois de 25km (Olá, N.!). Vou procurar literatura sobre o tema e tentar analisar os prós e os contras de ambas as opções.

O treino de hoje correu francamente mal. Percebi, da pior forma possível, que aquela coisa que dizem de quando a cabeça não quer, o corpo não corre, é mesmo verdade. Totalmente verdade. A minha cabeça hoje não quis, e o meu corpo não correu. O objectivo era fazer 30 ou 32km. E eu não aguentei mais do que 25km, que nem sequer foram feitos inteiramente a correr.

Comecei demasiado tarde, ao contrário do que queria, apanhei um vento contra terrível, tive de parar algumas vezes para tossir (resquícios do que quer que seja que me atacou nas duas últimas semanas e que me deixou cheia de expectoração e sem conseguir respirar), comecei a ficar assada nas coxas, as dores por causa das bolhas eram muitas, a TPM estava a atacar em força, e mais uma infinidade de desculpas que podia aqui escrever. Acima de tudo, faltou-me a cabeça. Tudo o resto, foram desculpas. Mesmo assim, quando só me apetecia chorar e desistir (sou mulher, nada a fazer!), continuei. Não podia fazer menos do que 25km. E fiz, com muito esforço, mas fiz.

Talvez tenha colocado demasiada pressão neste treino. Para mim, este era O treino, aquele que ia definir o dia M. E, claramente, não o definiu muito bem. Mas, por outro lado, também sei que no dia M hei-de fazer aqueles 42km, nem que seja de gatas. Estou demasiado cansada de tantos treinos e tantos sacrifícios para não cortar aquela meta no dia 22. Vai custar, vai doer, vou sofrer, mas se aguentei isto tudo sozinha, hei-de aguentar muito mais com toda a adrenalina da prova e com os loucos dos espanhóis a dar apoio.

Faltam 3 semanas e 1 dia. E eu continuo a achar que isto é tudo uma grandessíssima loucura e que eu não tenho em mim nem em força nem o foco necessário para uma coisa desta magnitude. Mas também continuo a achar que, pelo menos, tenho de lá ir tentar.

O meu estado de espírito e as minhas expectativas em relação ao dia M mudam de hora a hora. As dúvidas são muitas, os medos são muitos. A consciência de que não treinei o suficiente deixa-me, obviamente, preocupada. Mas eu sou eu. Nem outra coisa se esperava. Eu não sou a pessoa mais focada e determinada do mundo. Se eu fizesse os treinos todos certinhos é que seria de admirar. Assim, sou só eu a ser eu.

Oxalá, no dia 22 eu também consiga ser eu.

sexta-feira, 30 de março de 2018

Dos sítios onde eu vou... - VI

Ontem fui pela primeira vez ao Campo Pequeno, meio contrariada, para assistir a um concerto do Benjamin Clementine.



E gostei. Não é música que eu adore, mas gosto. E não adorei o concerto, mas gostei bastante.

Como disse, nunca tinha estado no Campo Pequeno e não tinha ideia de como seria um concerto ali. Honestamente, pensava que seria pior. Mas a acústica até que não é má, e a sala, sendo bastante grande, não é tão grande que a atmosfera e a emoção se percam.

Se não adorei o concerto foi, entre outros motivos, por a minha cabeça não ter lá estado a maior parte do tempo. Andei a divagar, a tentar adivinhar o futuro, a pensar em tudo o que aconteceu no dia de ontem, a pensar na semana que aí vem, e ainda, como se não bastasse, a pensar no que aconteceria se houvesse um atentado durante o concerto. Uma bomba. Homens armados. Ou até um incêndio ou um tremor de terra.

Sim, eu penso neste tipo de coisas. Eu tenho uma tremenda dificuldade em desligar o meu cérebro e deixar-me, simplesmente, ir. Eu não consigo parar de pensar e depois dou comigo a pensar neste tipo de coisas.

Podia ser pior, não podia?

terça-feira, 27 de março de 2018

Das pequenas alegrias do meu dia...

Hoje comecei o dia a limpar vomitado do Snow.

Tudo porque ele insiste em comer as plantas que eu insisto em ter na sala.

Quem será mais teimoso?...

segunda-feira, 26 de março de 2018

Das coisas que eu escrevo para tentar encontrar forma de as explicar...

Tenho dificuldade em exprimir o que quero dizer e corro o risco de ser mal interpretada.

Quando eu digo que tenho saudades da minha vida de antes, não é porque não goste da vida que tenho agora.

Tenho saudades do comboio em que podia ler. Tenho saudades do Passeio Marítimo. Tenho saudades dos treinos na praia. Tenho saudades de ver o mar (quase) todos os dias. Tenho saudades da luz da minha sala. Tenho saudades das minhas rotinas. Tenho saudades de muita coisa.

Mas ter saudades não é sinal de que não esteja bem agora. Ter saudades não é sinal de que não esteja feliz agora. Ter saudades é, simplesmente, sinal de que eu era feliz com o que tinha antes. E isso é bom. Isso é muito bom.

Mas não quer dizer que eu não seja feliz agora. Porque sou. Porque ganhei muita coisa nova. Porque estou a criar rotinas novas. Porque agora tenho o rio. Porque agora tenho outros sítios. Porque voltei às origens. E isso é bom. Isso é muito bom.

É difícil explicar isto. Mas, de facto, ter saudades do passado é mesmo só um sinal de que eu já era feliz. Agora, sem saber como nem porquê, sou ainda mais.

E se o escrevo assim, não é por uma qualquer necessidade, que Freud explicaria muito bem, de gritar ao mundo que estou feliz, como se para me convencer (a mim e aos outros) dessa realidade. Se o escrevo assim é para tentar encontrar forma de o poder exteriorizar e explicar a quem me rodeia. Se o escrevo assim é, sobretudo, para que o possa vir reler, nos dias difíceis. Nos dias que custam, nos dias em que me sinto perdida, nos dias em que não venho aqui escrever porque não saberia o que dizer. Porque os há. Porque no meio de tanta coisa boa também há coisas menos boas, que guardo para mim. Que não há vidas perfeitas. Que a vida tem esta estranha forma de se equilibrar e não dá sem tirar. Que estou cansada de tanta coisa ao mesmo tempo. 

Há dias em que eu preciso mesmo de ter estes pequenos lembretes de que, no fim do dia, eu sou uma privilegiada e sou feliz. Que sou.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Das corridas... - L

Pois que ontem fiz mais um treino longo. Desta vez, é mesmo treino longo. Sem dúvidas e sem aspas.

Ontem fiz 25km. Se algum dia me dissessem que um dia eu ia fazer 25km a correr, num treino, só porque sim, eu jamais acreditaria. Mas parece que sim. Que eu não só faço provas (até agora, com o máximo de 21km), como faço treinos com distâncias que sempre me pareceram surreais.

Não foi um treino fácil. Estava em Lagos, onde já corri mas nunca em treinos muito longos, o que implicou andar a inventar e descobrir percursos, e estava um tempo difícil (alerta laranja e tal...).

O meu plano de treinos dizia 28km. E eu confesso que fiquei com um sentimento meio agridoce por ter feito "apenas" 25km, mas a verdade é que, dadas as condições estes 25 passam bem por 28.

Só tive companhia no primeiro quilómetro e depois lá fui eu, quilómetro após quilómetro, com a minha música e os meus pensamentos.

Levei a mochila do trail, para poder ter água, e para levar a tralha toda sem ter de levar mais nada ou estar dependente dos bolsos. Ainda assim, aos 20/21km, fiquei sem água. Felizmente, foi numa altura em que me cruzei com o único ponto de água que vi em todo o percurso. Também não seria exactamente grave, porque estava quase no fim do treino e não estava exactamente desidratada, depois de tudo o que já tinha bebido. Mas não deixou de ser uma surpresa!... E eu bem que geri a água para não beber em demasia. Mas parece que, para a próxima, tenho mesmo de levar mais. Ainda assim, nota super positiva para a minha mochila espectacular (presente de Natal!), que se portou lindamente e que mal senti durante todo o percurso! Se ao princípio estava receosa sobre como me ia sentir com ela, porque correr com mochila em estrada é completamente diferente do que correr com mochila em trail, a verdade é que cheguei ao fim muito feliz com a decisão de a ter levado.

Durante o treino tive momentos em que me senti muito bem e momentos em que me senti muito mal. Momentos em que me apetecia desistir ("se calhar, fazes só 16km e já chega..."), momentos em que me senti a maior por ter, mais uma vez, batido o meu recorde de distância ("isto afinal não é assim tão difícil!"). Momentos em que tive dores. Momentos em que achei que não aguentava mais.

Os últimos quilómetros custaram muito. As dores nos pés estavam a chegar ao limiar do insuportável, o vento contra fazia-me sentir que não avançava, e eu só queria mesmo acabar.

E acabei. 25km. Mais de metade do que terei de fazer no dia M.

E como me senti depois? Estupidamente orgulhosa! De rastos e literalmente mal-disposta, mas, simultaneamente, muito feliz e orgulhosa. Estava feito mais um.

Os meus pés não sei se estavam tão felizes... Fiz uma bolha daquelas mesmo feias, como acho que nunca tinha feito: gigante e com sangue pisado. Foi tão crítico que queria calçar umas botas para ir almoçar e não consegui!... Hoje o sangue pisado continua lá, mas as dores já reduziram significativamente.

Ah! E também não tive grandes dores musculares hoje, o que, confesso, foi uma grande e agradável surpresa. É sinal de que o corpo se começa a habituar a mais carga, é sinal de que perder mais tempo a alongar mais e melhor faz toda a diferença.

Começo a achar que talvez esteja no bom caminho. Resta-me alguma afinação na alimentação antes e nos géis/gomas durante, e resolver os problemas nos pés (alguma sugestão de podologista em Lisboa?).

Será que é desta que eu consigo fazer a distância mí(s)tica?

sábado, 17 de março de 2018

Das novidades por aqui...

Ao fim de sabe-se lá quantos anos, mudei o visual do blogue.

Ainda não estou inteiramente satisfeita com ele, mas acho que o problema dos comentários está resolvido. Alguém confirma?

sexta-feira, 16 de março de 2018

Das minhas decisões - estas são mesmo inteligentes...

Pois que achei por bem alterar o widget do Instagram ali ao lado e associá-lo à minha conta pessoal. Pois é. Agora há uma cara por detrás do blogue.

Depois de conhecer pessoalmente muita gente que está desse lado, depois de já muita gente me ter encontrado no Strava, no Facebook e no Instagram, e assumindo que mal tenho tempo para uma conta de Instagram, quanto mais para duas, achei que não fazia sentido manter a do blogue e mais valia concentrar todos os meus esforços numa só.

Assim, quando passo tempos e tempos sem aqui vir, sempre podem ir sabendo se estou viva por lá.

Já andava há meses e meses a pensar nisso. Sempre tentei separar este blogue, e o mundo virtual, do meu mundo real. Mas as corridas vieram estragar um pouco isso. E eu não me importo, na verdade. 

O que não é o mesmo que dizer que vou assumir a existência deste canto no meu mundo real. É demasiado meu. Ou era. Talvez deixe de ser. Mas não faço questão que o mundo saiba da sua existência.

Vamos ver no que isto vai dar e espero não me arrepender!...


P.S. - sou só eu que ando com imensas dificuldades em responder a comentários? Deixei de conseguir fazê-lo no telemóvel e mesmo no portátil não é fácil, daí que demore tanto a responder. Estou sozinha?

quinta-feira, 15 de março de 2018

Das corridas... - XLIX

Afinal ainda não testei os meus meninos novos. Muito contrariada, lá fui forçada a reconhecer que o 36 não me estava bom e que teria de os trocar pelo 37. Eu, pessoa que calça o 35 e, por vezes, o 34, não estava a querer aceitar que teria de usar o 37. Mas depois de mais uma ida a uma loja da Asics, lá me explicaram que em 2017 alteraram as formas, que aquele modelo é de facto mais apertado, e que eu devia mesmo comprar o 37. Agora é esperar que cheguem.

Hoje fiz um pequeno treino de 12km. Digo pequeno com uma certa ironia. Não sendo propriamente um treino grande, também não é exactamente pequeno. Sobretudo, a um dia de semana. E custou. Custou muito.

Custou porque cheguei tarde do trabalho e já comecei tarde. Custou porque fui sozinha. Custou porque ainda não estou habituada a correr nesta zona da cidade. Custou porque tive medo em várias ocasiões do percurso (hei-de escrever sobre isso). Custou porque apanhei chuva. Custou porque com a bicheza que me atacou andei a comer muito pouco durante 2 ou 3 dias e acho que o corpo não recuperou. Custou porque me sentia fraca e sem forças.

Mas... Ficou feito! O plano dizia 12km e eu fiz 12km. E isso é tudo o que interessa.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Das minhas decisões super inteligentes (outra vez?!)...

Enquanto lavava os dentes pensava que não devia ir trabalhar. Que devia ficar en casa. Que a febre de ontem pode voltar. Que os enjoos continuam. Também me lembrei que podia sempre ir buscar o portátil e ficar em casa a trabalhar. Pensei tudo isto. Acabei de lavar os dentes e fui preparar a mochila para o ginásio. Posso estar doente, posso não me sentir bem, mas hei-de ir ao ginásio nem que seja fazer 5km na passadeira. Não tarda falta um mês para o dia M e não vai ser um bicharoco qualquer que resolveu atacar-me que vai impedir-me de treinar. Não vai, não.

terça-feira, 13 de março de 2018

Dos passeios que os livros dão...

Tenho um livro novo para ler. Um Saramago, pois claro. Apesar de já ter lido muita coisa dele, ainda tenho muita por ler. Felizmente.

Dizia eu que tenho um livro novo. Recebi-o ontem e hoje trouxe-o comigo para o ler no caminho para o trabalho. Mas não fui capaz. Entrei no metro e peguei-lhe, apenas e só para concluir que um Saramago novo não é coisa que se leia assim, no metro, entre encontrões e vozes zangadas.

Hoje trouxe-o apenas a passear. Logo, no conforto do sofá e de uma manta, no sossego que ele merece, já vou poder ler página atrás de página, no dilema já habitual entre não conseguir parar de ler e querer prolongar a leitura por querer saboreá-la o mais possível.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Das pequenas coisas que alegram o meu dia...

Ontem cheguei a casa já passava das onze e meia, vinda de um evento de trabalho.

À minha espera estavam os meus novos meninos, futuros companheiros de muitos e longos quilómetros (ou assim espero!).

São ainda mais giros ao vivo e, apesar de não os ter experimentado, bastou apalpá-los para perceber a diferença na sola e no apoio interior.

Assim eu tenha tempo, hão-de ter direito a review com fotos e tudo.

É que são mesmo giros!

terça-feira, 6 de março de 2018

Da Asics...

Não, este não é um post patrocinado. Mas podia, que eu não me importava nada (estão a ouvir, Senhores da Asics?).

Depois de todos os meus dramas com as bolhas nos pés, depois de várias pessoas me terem falado na questão do tipo de passada, depois de já me terem sugerido palmilhas, depois de se terem levantado mil e uma hipóteses, e aproveitando a folga que dei aos meus pés esta semana (leia-se: aproveitando o facto de estar sem bolhas), resolvi tentar uma nova abordagem para resolver isto de vez.

Eu estava perfeitamente convencida que o meu problema não tinha nada que ver com o tipo de passada. Há já um certo tempo, eu tinha estado na Decathlon a fazer um teste da passada. E a conclusão tinha sido clara: passada neutra. Mas o teste da Decathlon não é bem um teste da passada, descobri entretanto. De facto, damos alguns passos, mas é uma coisa pouco exaustiva. E eu gosto muito da Decathlon mas... A verdade é mesmo esta: aquele é um teste muito simples.

Como as minhas bolhas teimam em continuar a aparecer, eu achei que tinha duas hipóteses: ou vou a um certo sítio xpto dar cerca de cem euros por umas palmilhas, ou vou a uma loja da Asics fazer o Asics Foot ID e perco o amor a vinte euros.

Mesmo sendo forreta, achei que estava a chegar a uma fase em que tinha mesmo de tentar tudo. E resolvi começar pelo mais barato, claro.

Foi assim que este Sábado fui à loja do Vasco da Gama fazer o Asics Foot ID. Para quem não sabe, é um teste bastante mais exaustivo, com uma fase estática e uma fase em movimento, em que põem uns pontinhos nos nossos pés, filmam-nos, fazem uma imagem 3D, depois ainda somos filmados a correr numa passadeira, e depois temos direito a uma explicação detalhada, acompanhada pelas respectivas imagens, sobre o nosso pé e o nosso tipo de passada. No final, ainda nos dão uma pequena brochura que explica muita coisa muito útil sobre os pés e com exercícios para quem corre os poder fortalecer, e dão-nos uma folha impressa com a análise dos nossos pés.

Pois que eu fiquei a saber que, além de ter o pé muito pequeno (mas isso já se sabia, não é?), tenho o arco do pé muito plano e tenho o perímetro do pé um pouco mais largo do que o normal (leia-se, preciso de ténis com uma caixa mais larga). Mas, o que é verdadeiramente importante é que... A minha passada é pronadora!

E não, não é uma coisa boa. Mas... Não sendo a melhor coisa do mundo, é, pelo menos, uma resposta para o que pode estar a causar as minhas bolhas. Ou uma hipótese, vá. Não é garantido que seja apenas isto, mas é possível que seja também isto, o que já é um avanço. E foi assustador ver as imagens dos meus pés e, sobretudo no direito, ver que não há qualquer margem para dúvida: eu apoio o pé completamente torto! A sério, faz impressão. Parece que me vou desconjuntar... 

Assim sendo, já vêm umas GT 2000 a caminho cá de casa que, dentro das sapatilhas da Asics, são as mais adequadas para esta que vos escreve. As Kayano são as supra-sumo para quem tem passada pronadora, mas, no meu caso, e porque não sou assim tão pesada como a minha mente, por vezes, me faz crer, não se justificam. Consta que para a semana já as tenho, espero que ainda a tempo de fazer muitos quilómetros com elas para as poder levar comigo na distância mí(s)tica.

E sabem o melhor? Sabem quanto me custou descobrir a eventual solução para o meu problema (ainda que eu não queira lançar já os foguetes mas deixem-me ser optimista)? Não me custou nada. Este teste é gratuito. Sim. Gratuito. Grátis. Não custa nada. Ah! E não é preciso marcar. É só aparecer. Só não levem meias rotas, porque vão ter de se descalçar, e levem roupa com a qual consigam correr durante 2 ou 3 minutos. Basta isso. E não se preocupem porque ninguém vai ser chato nem vai estar meia hora a impingir-vos uns ténis da Asics. Vão aconselhar-vos. Vão dar opiniões. Vão fazer sugestões. Mas é só isso.

De nada.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Do Serviço Nacional de Saúde...

Muito se diz sobre o Serviço Nacional de Saúde. Eu própria já devo ter escrito sobre isso.

Nos últimos tempos, porque a ele tenho recorrido mais vezes, juntei muitas histórias para contar.

Eu prezo muito o nosso SNS. É um pequeno luxo a que temos acesso e que não valorizamos o suficiente. Basta pensar que nem todos os países têm algo do género, para percebermos que o que temos não é assim tão mau.

Nos últimos 3 meses já fui 5 vezes à MAC. Nem tudo correu bem. Os tempos de espera são, geralmente, assustadores, as condições das instalações não são as melhores, mas, em termos globais, só posso dizer bem. Fui atendida por bons profissionais, por médicos e enfermeiros preocupados e atenciosos (salvo uma excepção), e fui sempre devidamente encaminhada e informada.

Tenho pena que as coisas não funcionem melhor. Tenho pena que, de facto, os tempos de espera sejam uma desgraça. Tenho pena que conseguir uma consulta ou um exame seja quase como conseguir um pequeno milagre. E tenho pena porque depois encontramos médicos que não têm problemas em estar 30 ou 45 minutos connosco. Mesmo que isso signifique atrasar as consultas todas, mesmo que isso signifique não almoçarem, não fazerem uma pausa. Tenho pena que este sistema não proteja o que tem de mais valioso: os seus profissionais.

Mas eu vou continuar a recorrer ao SNS. E vou continuar a recomendá-lo. E vou continuar a apoiá-lo naquilo que estiver ao meu alcance.

Porque todos temos direito a acesso a um serviço de saúde com qualidade. Se nos tirarem isso, e a educação, acho que nos tiram tudo.

domingo, 4 de março de 2018

Das corridas... - XLVIII

Esta semana dei-me folga de treinos.

Depois do "longo" de 22km na semana passada, e considerando as festividades desta semana, pus os treinos em modo pausa.

Não foi a decisão mais inteligente de sempre, como é habitual nas minhas decisões, mas foi uma decisão muito consciente. Ando cansada e ando cansada de andar cansada.

Ainda me passou pela cabeça que isto podia ser excesso de confiança pela forma como o treino correu Domingo mas, a verdade é que achei mesmo que precisava desta pausa. Ainda assim, fui ao ginásio na terça, pelo que não estive completamente parada.

Hoje, foi dia de regressar ao Grande Prémio de Oeiras, com a prova de Leião. Não fiz um resultado muito bom, não fiquei particularmente orgulhosa, mas voltei a mexer-me.

Agora, é voltar a seguir o plano à risca, que não tarda estou a fazer 42km!... (m-e-d-o)

Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...