segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Das coisas a que eu não sei bem o que chamar...

Lembram-se deste post? Obviamente que não. 95% das pessoas que estão aí desse lado hoje, não estavam desse lado há oito anos atrás. Das poucas que estavam, nenhuma se lembrará, certamente, porque toda a gente tem coisas bem mais interessantes para guardar na sua memória do que os disparates que eu por aqui escrevo.

Mas como eu não escrevo só disparates, hoje escrevo que ontem começou uma nova fase da minha vida. Da nossa vida. Uma vida a três. Porque ontem mudei-me, não de armas e bagagens, mas de bagagens e Snow, para uma casa que não é minha, mas que se quer que venha a ser nossa.

Talvez devesse estar muito feliz, super entusiasmada, numa excitação tremenda.

Não estou. Estou assustada. Muito. Com dúvidas. Muitas.

Já dei demasiadas quedas, já vi as minhas expectativas serem defraudadas demasiadas vezes, já comecei vidas a dois demasiadas vezes. Não que tenham sido tantas assim, mas porque, em acreditando no amor e nos contos de fadas, mais do que uma vez, já são demasiadas. 

E eu tenho medo. Muito medo.

Medo de estar a começar uma nova vida, medo de estar a pegar em mim e em toda a minha bagagem (literal e figurativa), medo de estar a largar a minha casa, medo de estar a apostar tudo, medo de me expôr e entregar assim, medo de tudo o que pode vir e que eu desconheço.

É assustadora esta coisa da vida. Dos sentimentos. Das emoções. Das pessoas.

E por que motivo fui eu repescar um post sobre azulejos com quase oito anos? Porque a casa para onde eu me mudei ontem, a casa que se quer que venha a ser a nossa casa, tem aqueles azulejos.

Chamem-lhe o que quiserem.

12 comentários:

  1. Qualquer mudança gera receios, é humano, mas por já ter corrido mal não significa que o torne a suceder. Pensamento positivo é uma rica ajuda ao sucesso.

    Tudo a correr pelo melhor. Felicidades :)

    Beijinhos

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  2. Agri, bem sei como isso é! Percebo muito bem o que sentes e o que queres dizer sobre o amor e contos de fadas que só deviam ser vividos uma vez e ser para sempre.

    Mas, por outro lado, gosto de pensar que o amor é como um forno: quando ligado e fechado emana a toda a hora, para todos os lados, em todas as situações e para variadas pessoas. A temperatura certa agora pode não ser a ideal daqui a uns tempos, pode ser demasiado quente para uns e demasiado morna para outros. E assim como os nossos gostos vão variando ao longo da vida (para mim até das vidas no plural porque acredito que vivemos várias), o amor vai passando por várias etapas, por diversas pessoas e é vivido de diferentes formas. No final o resultado será sempre a soma das várias experiências e, sejam elas melhores ou piores (cuja avaliação também é sempre subjetiva), fazem parte do nosso crescimento e definem quem somos, e somos sempre melhores do que fomos (ainda que nem sempre vejamos isso).

    Um beijinho e não penses muito nesta nova fase, vive-a apenas com um sorriso para os azulejos :)

    PS: já existe vida a três? Fiquei meio confusa!

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    1. Muito obrigada pelas tuas palavras, Fabiana :)

      Sim, é verdade. Vamos sempre crescendo, aprendendo, evoluindo. Mas, às vezes, as dores de crescimento eram dispensáveis! Vou tentar não pensar muito, não!

      Vida a três, sim: eu, ele e o Snow :)

      Um beijinho!

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  3. Temos de "deslargar" o passado, não dar demasiada importância ao futuro e viver o presente! Beijos e tudo de bom para os 3!

    Quanto ao azulejos.... eu diria que foi uma premonição que tiveste. Às vezes as peças só se conjugam anos e anos depois. A maior parte das vezes já nem nos lembramos... mas tu tinhas uma forma de recordar.

    E já agora, adorei o comentário da Fabiana. :)

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    1. Não sei bem o que foi, mas teve a sua piada na primeira vez em que os vi :)

      Obrigada! Vou mesmo tentar focar-me no presente!

      Um beijinho

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  4. Eu não estava cá há 8 anos atrás mas, por motivos que transcendem esta caixa de comentários, li muitos dos teus posts antigos e tenho uma vaga ideia deste por ter achado piada aos azulejos.

    "Chamem-lhe o que quiserem." - assim sendo, eu chamo-lhe destino. Provavelmente porque nestas coisas sou sempre excessivamente optimista (há quem lhe chame ingenuidade) mas porque apesar dos dramas tenho visto uma Agridoce bastante mais alegre do que estas ansiedades mostram.

    Beijinhos e felicidades! ;)

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    1. Antes excessivamente optimista do que pessimista inveterado :)

      Sim, a verdade é que acabo por pôr aqui muito mais das coisas menos boas, e guardar para mim as coisas boas... O que pode não fazer muito sentido e levar a interpretações erradas. Mas há coisas que são só mesmo minhas :)

      Obrigada e um beijinho!

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  5. Felicidade, é o que lhe chamo! Vai de coração aberto que vai dar certo! Beijinho grande!

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  6. São as rimas da vida. Resta saber se gostas de rimas. Há quem embirre. ;)

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