quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

De como eu me deixei de certezas e me perdi em possibilidades...

Depois de ti, eu achei que uma parte de mim tinha sido irremediavelmente destruída. 

E, possivelmente, foi mesmo. Mas talvez o coração seja uma das partes do nosso corpo que se auto-regenera.

Depois de ti, eu achei que jamais seria capaz de voltar a confiar.

E, possivelmente, tinha razão. Mas a vida ensinou-me que viver em desconfiança não é viver. É arrastarmo-nos na incerteza dos dias, de dúvida em dúvida.

Depois de ti, eu achei que isso do amor era para os outros.

E, possivelmente, é mesmo. Mas não quer dizer que, teimosa como sou, eu não queira voltar a tentar.

Depois de ti, eu achei que não valia a pena o esforço, o risco, a possibilidade (que eu creio tão elevada) de voltar a passar pelo mesmo outra vez.

E, possivelmente, não vale. Mas, e se valer?

9 comentários:

  1. A questão é... mas a vida vale a pena sem riscos? ;)

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  2. viver em desconfiança não é viver, não é mesmo! vale sempre a pena, nem que seja pelas dores de cabeça :P

    também já tiveste estas tonturas, agri?

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    1. Ai... As dores de cabeça!...

      Já sim, e não recomendo! Deu-me quando ia a conduzir... E é mesmo uma sensação aflitiva e de desespero! Mas passa :)

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  3. O amor vale SEMPRE a pena! Sempre! Mas está sempre ligada à dor. Não há como escapar. Mas sofrer é um mal menor face à possibilidade de viver sem amor.

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    1. Não sei se vale, Dina... Há quem viva bem sem amor!

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    2. "Há quem viva bem sem amor!"

      Há? Eu acho que pode haver quem ache que pode passar sem amor. Ou quem tenha a sua própria visão do que é amor. Ou quem tenha tanto amor por si próprio que seja incapaz de o demonstrar pelos outros. Mas sem amor? Sem amor uma pessoa não vive, apenas consome oxigénio.

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  4. Vale sempre, sou só mais uma a dizer e nem eu tenho certeza...

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