O que retirei deste Natal, acima de tudo? Que, no próximo ano, não quero vivê-lo assim.
Este Natal foi difícil para mim. Por coisas minhas, leia-se. Tenho a sorte de ter estado com a família toda junta, coisa que já não acontecia há alguns anos, e correu tudo bem.
Mas, a partir de certo momento, tudo aquilo deixou de fazer sentido. Todo o stress, toda a pressão, toda a pressa, todo o consumismo.
Tudo isso deixou de fazer sentido quando soube aquilo que este amigo ia fazer: passar a noite de Natal, sozinho, pelas ruas de Lisboa, a distribuir presentes pelos sem-abrigo. E, de repente, toda aquela montanha de comida e de presentes, deixou de fazer sentido. De repente, eu olhei para o Natal de uma forma que nunca tinha olhado.
Não imagino a dor de alguém que, pela primeira vez, não tem Pai nem Mãe para comemorar o Natal. Mas também não imagino a grandeza de alguém que opta por abdicar de tudo, para fazer o bem aos outros.
Ontem senti-me muito pequena. Ontem senti-me inútil. Ontem chorei muito. Ontem disse que para o ano não queria mais presentes. E não quero. Não vou querer. Não sei o que vou querer, mas, no próximo Natal, vou querer fazer diferente.
Quero que o próximo Natal seja mais praticar o bem, seja mais família, seja mais amor, seja mais união, e seja menos consumismo e menos stress e menos pressão.
Quero que o próximo Natal seja a verdadeira comemoração do quão privilegiados somos. Porque somos. E todos os dias nos esquecemos disso.
Só demonstra que tem um coração enorme,e, "bom". Todos devíamos ser,um bocadinho assim.😊 Um excelente 2017 para si. Um beijinho.
ResponderEliminarDevíamos, sim... Dá que pensar! Obrigada, Cecília! Igualmente :)
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