Mais uma vez, aproveitei uma grande prova para fazer uma viagem pelo mais fundo do meu ser.
Esta foi, provavelmente, das provas que mais me custou fazer. Pensei desistir, várias vezes. Tive vontade de chorar, várias vezes. Achei que não ia ser capaz, várias vezes.
Esta foi, certamente, a prova em que eu aprendi uma lição de humildade que, espero, me acompanhará em provas futuras: sem treino, não há sucesso possível. Desde que comecei as aulas que tem sido muito difícil manter um ritmo de treino decente e eu acabei por facilitar. E facilitei tanto, e convenci-me tanto que quem já fez 2, faz 3, que encarei esta meia-maratona com um ânimo demasiado leve. E paguei caro por isso.
Esta foi, também, a prova em que eu melhor constatei a importância da mente durante uma prova. A minha cabeça não estava ali. Estava longe, bem longe. Perdi-me em divagações, em dúvidas, em medos, em sonhos. Não estive minimamente focada ou concentrada. Deixei que a mente deambulasse por onde não devia, deixei-me afectar por algumas músicas que ouvi, e houve alturas em que foi mesmo muito difícil continuar. Aprendi, da pior forma possível, que isto não pode voltar a acontecer.
E esta foi, ainda, a prova em que eu decidi, de vez, que não vou fazer a Maratona de Sevilha em Fevereiro. Vou fazer uma Maratona em 2017, sim. Mas lá mais para a frente. Enquanto estiver em aulas, é irreal pensar que consigo treinar o que preciso.
E agora é olhar em frente e pensar na próxima prova. E na próxima meia. E nas outras todas.
Pois... sem treino adequado é difícil. Mas às vezes a força mental consegue levar-nos longe, muito longe. O inverso é que não é possível pois, por melhor treinado que estivermos, se a cabeça não estiver lá, nada feito.
ResponderEliminarDaí, não posso deixar de dar os parabéns por, apesar de todas essas contrariedades, e reforço como é complicado completar uma prova longa sem força mental, não houve lugar a desistência e isso é de sublinhar e prova que afinal até houve força de vontade de levar o barco a bom porto (com a chuva que caiu, esta frase até se adapta...).
Quanto a Sevilha, se não há hipótese de fazer um treino dedicado, sim, é melhor abdicar, apesar de em Sevilha termos uma ajuda incrível do público que só falta levarem-nos ao colo!
Força para as próximas :)
Obrigada pela visita e pelas palavras :)
EliminarA corrida tem destas lições... Ontem, mesmo contra o vento e a chuva, o barco lá atracou :)
Acho mesmo que tentar Sevilha é um disparate... Mas vou definir o plano de treinos para isso e, consoante o consiga cumprir ou não, logo decido!
Força! Se der para fazer, Sevilha é um espectáculo com aquele público maravilhoso e que me irá fazer regressar agora em 2017 depois de lá ter estado em 2014.
EliminarO teu último parágrafo diz tudo. Assim sendo não preciso dizer-te mais nada, para além do que já falámos. :)
ResponderEliminarDeixei-te aqui sem resposta e não dizias nada? ;) Tem de ser, N. Olha para ti! A prova também te correu mal e viste o que fizeste depois? :)
Eliminar(sinto-me pressionada a fazer brilharete na minha próxima... logo nesta semana do demo...)
Tal como o N. disse, o teu último paragrafo diz tudo. Há que termos bom senso e percebermos que sem treino, o nosso corpo não aguenta uma meia ou uma maratona!
ResponderEliminarOlhar em frente, tentar pôr o treino em dia e depois olhar para essa Maratona em 2017 :)
Nem mais! Falhou-me o bom senso, desta vez. Mas serviu-me de lição!
EliminarObrigada :)