quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Do que pesa...

O que pesa não são os sacos, as caixas, o cansaço ou os dias.

O que pesa são as palavras, atiradas como pedras.

O que pesa são os olhos, cansados de chorar.

O que pesa é o peito, carregado de dor.

O que pesa é este aperto, esta falta de ar, este sufoco, que me prendem ao chão.

O que pesa é este não saber, esta indecisão, esta angústia.

O que pesa é o amanhã. Sempre o amanhã, depois de hoje, depois de ontem. Sempre o amanhã.

Da dinâmica constante da minha vida...

Agora que a procura de casa parece estar concluída (we'll get back to that later), parece que se vai dar início à procura de emprego.

Não fui despedida, não. Só levei um balde de água fria e acordei para a vida (we'll also get back to this later).

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Das dúvidas bailísticas...

A CNB vai estrear uma nova versão do Lago dos Cisnes.

Tendo em conta que a anterior versão era o meu bailado favorito de sempre... Valerá a pena arriscar ir ver este?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

domingo, 27 de janeiro de 2013

Da minha inércia...

Não sei se é da TPM, se da chuva, se de uma coisa que o meu pai me disse há bocado, se da febre e das dores de garganta, se de ontem ter chegado do trabalho quase às duas da manhã a sentir-me um farrapo e estar farta da vida que levo. Mas só me apetece chorar. Chorar convulsivamente.

Se calhar, é disto tudo junto. Não sei.

O que sei é que tenho de fazer alguma coisa para mudar isto. O que sei é que tenho de fazer alguma coisa para sair deste estado pseudo-depressivo para que me arrasto dia após dia. O que sei é que depende de mim. E só de mim.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Dos pedidos encarecidos...

Preciso, assim muito, muito, muito, de ideias de almoço para trazer para o trabalho.

Ando profundamente enjoada e farta da comida que trago.

Isto é mais grave em semanas, como esta, em que saio de um emprego para o outro, não janto, e chego a casa às onze ou à meia-noite e sem a mínima vontade de fazer o que quer que seja.

Nesses dias, recorro aos restos e aos básicos. Mas já não se aguenta.

Assim, aceitam-se sugestões de coisas fáceis e rápidas e, idealmente, que se possam congelar.

Uma das minhas opções habituais é a bolonhesa de soja, que faço em quantidades industriais e depois congelo em caixas individuais. Em caso de aperto, na pior das hipóteses, só tenho de cozer um bocado de esparguete (que coze enquanto me arranjo de manhã, por exemplo).

Ideias, please!

sábado, 19 de janeiro de 2013

Das pérolas da procura de casa... - II

Desde segunda-feira que tinha agendado ir ver uma casa hoje. Uma casa que era o queríamos, onde queríamos, pelo preço queríamos. Apostámos as fichas todas nesta casa porque achámos que era a tal.

Ontem, mail da dona da casa a pedir desculpa porque entretanto tinha mostrado a casa a outra pessoa que ficou logo com ela.

E é assim. Aprendemos assim uma teoria muito contestada: não pôr as fichas todas no mesmo sítio. Ter sempre um plano B, um recurso, qualquer coisa a que recorrer.


Assim sendo, continuemos a pesquisa...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Das coisas que me dizem...

Directora financeira do estaminé onde trabalho:
- Você está com que idade?
- 28...
- Já está na idade.
- Idade de quê? De me ir embora daqui?
- De ter um filho.

(eu mereço...)

Das pérolas da procura de casa...

Detalhes:
(...)
- Cozinha equipada com esquentador inteligente e fogão menos inteligente, mas operacional




Gotta love searching for a new house...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Da não existência de missões impossíveis...

Ah! O drama, o horror, a never ending story. Pois que, em resumo, após três tentativas (Olivais, Avenida e Dolce Vitta), a boa da Agridoce meteu na cabeça que à quarta, era de vez. De volta à Mango da Avenida, já com pouco ou nada de restos de saldos, depois de vasculhar tudo bem vasculhado, escolhi três vestidos e enfiei-me nos provadores. E valeu a pena. Finalmente, resolvi a saga da troca do vestido.

E, para documentar o quanto eu acho que os Senhores da Mango andam tolos, atentem nas imagens que seguem: 


Vestido sem graça, sem formas, again, saco de batatas. Pois que, seguindo um conselho referido recentemente pela Luarte, e a que já recorrera anteriormente, antes de me enfiar nos provadores, procurei um cinto. Um cinto qualquer. Tão qualquer que depois percebi que era da secção de homem (isso mesmo que leram...). Atentem no resultado (dando o desconto do momento, do telemóvel, da falta de acessórios, do provador, dos sapatos, do amarrotado, do cinto de homem):


Não fica logo outra coisa? Eu acho. Tanto acho que o trouxe comigo.

Mas não fiquei por aqui (benditos saldos!). Pelo preço do vestido original, trouxe este e ainda outro:


Não tenho fotografia com este (ou tenho mas dá demasiado trabalho levantar-me, andar quatro metros e pegar no telemóvel). Mas, again, a fotografia não lhe faz grande justiça. Parece mais brilhante do que na verdade é. É de um tecido grosso, mas fofinho (?), mas elegante qb. Experimentei-o em casa em modo night (com saltos) e modo day (com sabrinas e um cinto camel). Fica bem em ambos os casos, mais uma vez se provando que os acessórios e o calçado fazem toda a diferença no estilo e no que conseguimos fazer com uma só peça de roupa.

Quando os vestir, se me der para isso, tiro foto e ponho aqui. 

Pronto. Saga encerrada.


Da missão do momento...

Saída de um emprego, a fazer tempo para o outro.

Vou enfiar-me na Mango e só saio de lá quando tiver trocado o vestido.

Sim, ainda ando nisto.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Dos estados de graça...

Já aqui falei, em tempos há muito idos, sobre gravidezes idiotas.

Gravidezes idiotas são gravidezes que, na minha opinião muito minha, muito pessoal e que não interessa para nada que cada um sabe de si, dizia eu, são gravidezes que não deviam acontecer.

Sejam as gravidezes só porque sim, sejam as gravidezes que aconteceram por acaso (?), sejam as gravidezes em que os pais não têm responsabilidade/maturidade para ter um filho, sejam as gravidezes em que os pais não têm condições físicas/financeiras/emocionais. Em suma, qualquer caso em que não haja, por um lado, um desejo muito consciente do que aí vem e, por outro, uma estabilidade muito grande (a todos os níveis) para receber da melhor forma possível a vida que aí vem.

Ou então não. Ou então a idiota sou eu que acho que todos deviam fazer 10 requerimentos em papel azul de 25 linhas; 5 orçamentos com todos os worst-case scenarios; tirar medidas à casa e ao carro; verificar 3 vezes a conta das poupanças e confirmar todos os direitos salariais em caso de... 

Se calhar, o erro é meu. Meu que sempre disse que não sei se algum dia terei filhos. Bolas! Trazer uma vida ao Mundo é... Trazer uma vida ao Mundo! É mudar o Mundo! Estão a ver a responsabilidade? Não é bem como 'bora lá comprar um carro a crédito e se depois não tivermos dinheiro para a gasolina nem para comer, é na boa. Percebem? É ter um filho. É tornar-se responsável, para sempre, por uma vida. 

Eu sei que sou eu que ligo, em demasia, o complicómetro, e talvez por isso tenha tanta dificuldade em ponderar a hipótese de ter filhos. Mas a verdade é que eu acho mesmo que é complicado. É exigente. Exige tempo, exige dinheiro. (partindo do princípio que há estabilidade emocional - a mais exigida de todas).




Mas sim, se calhar sou eu. Eu é que estou errada. Eu é que devia deixar de tomar a pílula e deixar a natureza trabalhar. 

Ou então não.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Das resoluções para 2013...

Já aqui disse que não tinha paciência para resoluções, e metas, e desejos, e objectivos, e tudo e tudo e tudo.

Hoje, no entanto, fui forçada a dar o braço a torcer. Há uma resolução que eu não me importo nada de ver partilhada e, sobretudo, cumprida:



(podeis, e deveis, roubar e partilhar)

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Da minha aproximação à insanidade...

Lembram-se disto?

Pois que hoje me cruzei duas vezes com o Sr. Prof. Marcelo Rebelo de Sousa (ele foi lá ao estaminé onde trabalho), e das duas vezes ele estava a cantarolar. E foi para o meio da rua a cantarolar... Feliz e contente e a cantarolar...




É bom saber que não sou a única!... E que, quiçá, isto é somente um sinal de genialidade!...

domingo, 6 de janeiro de 2013

Do ontem...

Saímos de casa para almoçar, apanhámos os meus pais, e fomos em direcção à Ajuda, aterrando no Espaço Açores. Apesar de não ter grandes memórias, nasci nos Açores e há que convir que os Açores são das coisas mais bonitas que temos no nosso país e a comida deles é qualquer coisa.

Comi, comi, comi. Saí de lá às quatro da tarde, a rebolar e consolada. Saímos todos, aliás.

Quando saímos, a grande questão era para que casa íamos. Fomos para a dos meus pais. Sentámo-nos à mesa, continuamos a comer e a beber, e jogámos King. Acabámos era meia-noite, com direito a uma pausa para jantar.

E vim de lá feliz. Porque eu sou feliz. Despejo aqui o fel, as neuras, os dramas, a desgraça que a minha vida é. Mas apenas porque este blogue serve para eu exorcizar as coisas menos boas da minha vida, o que me apoquenta, o que me entristece.

At the end of the day, sou feliz. A minha vida é feliz. Sou uma felizarda.

Tenho aprendido, cada vez mais, que a família, as nossas pessoas, são o melhor que temos. São a única coisa que verdadeiramente temos. E, nos últimos tempos, em que tenho passado cada vez mais tempo com os meus pais, dou-lhes cada vez mais valor (se tal é possível). E aproveito cada vez mais cada momento e cada bocadinho. Quando rimos, quando choramos, quando falamos horas a fio.

Porque a vida acaba. De repente, a vida acaba. E são estes momentos que fazem valer a pena cá andarmos. São estes momentos que nos fazem ser felizes. E se não formos felizes, não andamos cá a fazer nada.


sábado, 5 de janeiro de 2013

Da terapia que faço a mim mesma...

A vantagem de ter passado por alguns psiquiatras e psicólogos, é que fui aprendendo algumas coisas. Fui ganhando ferramentas, fui aprendendo a dar um passo atrás e a perspectivar, fui aprendendo a analisar-me (minimamente) a mim própria.

Assim, facilmente concluo que uma das principais razões do meu desânimo de ontem (se não mesmo a única), resume-se numa palavra de três letrinhas apenas... Pai. E agora podia vir um psicólogo qualquer a correr, a dizer que eu estou apenas a projectar a minha culpa no meu pai. Não, é mais complexo que isso.

Não culpo o meu pai pelo meu insucesso (agora a terapeuta perguntava-me se considerava mesmo o que fiz um insucesso). Obviamente que não. Ele não tem culpa nenhuma. Então por que raio ele é para aqui chamado? Porque eu acho sempre, sempre, sempre, que não sou boa o suficiente (ah! as maravilhas da terapia...).

Já se sabe que a minha relação com a minha mãe roça o limiar do inexistente desde que eu me lembre. Cresci com o meu pai, fui educada pelo meu pai, durante muitos anos não conheci outra figura que não a do meu pai. E isso condiciona-me, claro. Faz de mim quem sou.

O meu pai (o melhor do Mundo, leia-se), é uma pessoa extremamente exigente e fomos educados assim. Daí este meu complexo de nothing is good enough. Daí os níveis de exigência que defino para mim mesma, daí a permanente insatisfação.

O que eu senti ontem perante a nota da minha tese de Mestrado foi desânimo, tristeza, fracasso, mas foi, também, o receio de, once again, ter desiludido o meu pai. Porque eu quero sempre, muito, ser um motivo de orgulho para o meu pai. E, sobretudo neste caso, em que foi ele que paitrocinou o mestrado, isso era ainda mais importante.

E eu sinto, honestamente, que falhei. Que podia ter feito tão mais. É a frustração de saber que tinha capacidade para muito mais e que não fiz, por que não fiz.

Posso arranjar desculpas, como qualquer terapeuta me diria condescendentemente: passei por um divórcio a meio do mestrado, mudei de casa, recomecei do zero, tenho dois empregos. No meio disto tudo, o que fiz foi um sucesso. Mas não é, sabem? E isso são apenas desculpas. Desculpas para, como sempre, não ter feito mais.

Vivo nesta rotina desde sempre: não faço o suficiente, fico triste com os resultados, digo que podia ter feito mais. Over and over again.

Ou talvez eu tenha feito o suficiente, para mim. Mas não fiz o suficiente, para o meu pai. Acho sempre que não fiz o suficiente. 

No meio disto tudo, eu martirizo-me, penitencio-me, choro baba e ranho. O meu pai? O meu pai deu-me os parabéns e disse-me para escolher um restaurante para irmos comemorar o fim do mestrado.* 



*(Um dia falarei sobre a minha veia drama queen que me leva a sofrer por mim, pelos outros, pelos males do mundo inteiro, só porque sim. Só porque gosto de me massacrar e fazer sofrer e desperdiçar horas de vida em modo depressivo. Isto levaria a todo um outro tema, ligado a este - o eu achar que, além de nunca ser boa o suficiente, nunca sou merecedora de nada de bom... E assim se poupam dezenas de euros em terapia... Maravilhoso mundo dos blogues!)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Dos planos para 2013...

Seriously?! 

Já não há paciência... Ele é balanços, ele é planos, ele é objectivos e metas.

Não gosto disso. Não me apetece isso.

2012 foi como foi. 2013 será como será. Básico e redutor? Oui, c'est moi.

Em 2013, como em 2012, como em 2011, como em 2010, (percebem a ideia...), quero ser mais, quero ser melhor, quero ser mais feliz, quero sentir-me realizada, quero os meus felizes. É sempre o mesmo. Todos os anos. Não vale a pena repetir.

Fica aqui o registo: daqui até 2084, o meu objectivo para cada novo ano é ser feliz e fazer os outros felizes. Pronto. End of story.

Do meu estado actual...

Em modo neura gigante.

Em modo sofá + manta + chá + séries. Objectivo: afogar as mágoas e curar a neura.

Já defendi a tese. Já sou mestre. Não sei para quê. Não correu como queria. Sinto-me idiota. Sinto que podia, e devia, ter feito mais.




Mas poupai-me as palmadinhas nas costas e deixai-me em modo neura profunda. Tenho três horas para ir buscar o namorado ao aeroporto e entrar em modo apaixonado e matar saudades e o fim-de-semana é nosso e o mundo segue lá fora feliz e cor-de-rosa.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Das fotografias que dão alegria... - Day 2

Se eu podia estar a trabalhar? Não, não podia.


Dos vestidos perdidos... - Parte II

Segunda tentativa de trocar o vestido: falhada.

Pior, sou só eu que acho que os Senhores da Mango avariaram de vez? Eu sempre achei os tamanhos da Mango pequenos. Deprimentemente pequenos. E agora, assim de repente, em sete ou oito vestidos que experimentei entretanto, todos os M me ficam gigantes, e houve um único S que me ficava assim a modos que mais ou menos a tender para o justo. Seriously?! E não, não sou eu que estou magra. Era bom, era fabuloso, era maravilhoso. Mas não.

Um dos que experimentei hoje foi este:


E, vendo agora na modelo, ele realmente fica pavoroso. Fica uma figura sem graça, sem linhas, sem contornos. Fica o verdadeiro saco de batatas. Mas, sendo eu uma pessoa crente, e acreditando que o vestido tem todo o potencial do Mundo, experimentei-o em S. Ficava-me bem melhor do que à Senhora da fotografia (sorry dear!), mas ficava-me largo. Teria de o apertar nos ombros e na cintura, para ficar decente. Eu sei que sou pequenina, mas não sou assim tão pequenina, e tenho as minhas curvas que ocupam espaço. Se calhar, eu é que estou errada e o vestido deve ficar mesmo assim: saco de batatas.

Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...