Bagagem.
Todos nós a temos. Todos nós a fomos acumulado. Todos nós havemos de acumular ainda mais.
A minha bagagem faz de mim quem sou. Faz de mim o que sou. E eu gosto dela. Alguma da minha bagagem é exibida alegremente pela rua. Outra, está enfiada debaixo da cama ou em algum armário onde só se chega de escadote. Mas é a minha bagagem e faz parte de mim.
O problema é que, facilmente, nos esquecemos da nossa bagagem e temos tendência a focar-nos apenas na bagagem dos outros. Porque olhar para os outros é fácil. Porque criticar os outros é fácil. Porque julgar os outros é fácil. Porque, aos nossos olhos, a bagagem dos outros é sempre muito mais pesada do que a nossa.
Mas eu tento ter noção da minha bagagem. E sei bem o seu peso. E sei bem que tenho as malas todas desarrumadas neste momento. Conheço a minha bagagem, aceito-a e carrego-a comigo.
E tento aceitar a bagagem dos que me rodeiam. Tento, todos os dias, olhar para mim, para depois olhar para os outros. Porque só quando nos conhecemos a nós, podemos conhecer os outros. E só quando conhecemos os outros, podemos compreender a sua bagagem.
Bagagem.
Todos nós a temos.
(de volta a Lisboa, com 30kg de bagagem em malas, e uma tonelada no coração e na alma...)
Amei este post...faz tanto sentido!!
ResponderEliminarTão verdade Agridoce. Acredito que a vida se encarrega de nos ensinar certas coisas, de nos fazer morder a língua. Ao fazermos a nossa bagagem, vamos aprendendo a reconhecer a dos outros e a não sermos tão críticos e tão juízes dos outros.
ResponderEliminarBeijocas
Nokas: obrigada :) Faz tanto sentido e é tão fácil esquecermo-nos disso!...
ResponderEliminarPipita: é o que eu tento ir fazendo :)