Há três meses atrás, mais hora, menos hora, estava eu na minha última consulta de terapia. Bom, a última, última, não deverá ser. Mas a última por agora. Até eu me lembrar outra vez que preciso daquilo.
Mas, dizia eu, estava na minha última consulta.
E disse à psicóloga aquilo que já andava a pensar há algum tempo: que deixara de fazer sentido para mim lá ir. Que não me sentia a evoluir. Que não estava a ver grandes resultados. Que ir lá se tornara uma obrigação e não uma opção.
E deixei de lá ir. Hoje, três meses passados, sei que talvez (só talvez) não tenha sido a escolha mais inteligente. Mas não me arrependo. As consultas semanais (mais o psiquiatra, mais a medicação) estavam a causar um rombo razoável no meu orçamento. Às tantas, o esforço financeiro para lá ir, não compensava o retorno que eu estava a obter. Ao fim de seis meses, já esperava mais qualquer coisa. Mas não. E fartei-me. E desisti. Como já é hábito, aliás.
Sei que não o fiz na melhor altura da minha vida (isso fica para outro dia). Mas sei que, dentro do possível, fiz o melhor que soube. E sei que o facto de lá ter andado me deu algumas ferramentas para (re)organizar a minha vida. Cresci, aprendi, arrumei (alguns) macaquinhos no sótão.
Tenho a certeza que, hoje, sou uma pessoa melhor. Mas também tenho a certeza que não fazia sentido continuar a lá ir. E tenho ainda a certeza que, mais tarde ou mais cedo, estou lá outra vez... Confuso? Pois. Welcome to my world.
Querida Agridoce, eu não acho nada confuso! Sabes porquê? Porque quando eu acho que já não vou precisar mais das consultas, nem dos medicamentos, tenho uma nova recaída e lá volto eu. Por isso, minha querida, não estás só, nesta caminhada! ;)
ResponderEliminarManuela acho que é inevitável ser assim :)
ResponderEliminarFaz-me todo o sentido, isto.
ResponderEliminarMary acho que preferia que não fizesse!
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