quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Dos sítios onde eu vou... - V

Corria o longínquo dia de 22 de Dezembro quando eu fui ao concerto de Noiserv.

Eu sei. Já passou um certo tempo. Mas achei que era suficientemente relevante para o partilhar aqui. Em última análise, este blogue é assim a modos que o meu diário dos tempos modernos, e eu vou querer lembrar-me deste concerto daqui a uns anos.

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Porque o concerto foi muito bom. Mesmo muito bom. Mesmo, mesmo, mesmo.

A primeira vez que ouvi Noiserv foi no ainda mais longínquo ano de 2010. E é nestas alturas que me sinto a modos que velha. É que já lá vão quase 8 anos!...

Em 2010 eu desconhecia totalmente Noiserv. E desconfio que a maioria das pessoas também. Bom, na verdade, ainda hoje em dia, a maioria das pessoas desconhece Noiserv. Mas, sendo eu uma pessoa tão generosa, não quero que continuem nessa ignorância. Ide aqui.

Continuando. O concerto foi mesmo muito bom.

Vê-lo e ouvi-lo a criar e construir aquelas músicas é toda uma experiência. Se eu já gosto de ouvir as músicas, ao vivo torna-se inacreditável a forma como ele vai gravando cada pedacinho da música, como vai juntando e encaixando tudo, e como no fim saem aquelas músicas que eu, pessoalmente, acho tão bonitas.

Acho a música dele confortável (ainda que isto possa parecer redutor, não é - há poucas coisas que eu acho verdadeiramente confortáveis nesta vida). É uma música quase a roçar o naïf, na forma como me faz sorrir, como me deixa a sonhar, como me embala. Talvez seja só a mim. Mas é isto.

Juntem a isto um mocinho muito simpático, muito humilde, muito envergonhado, que diz de si mesmo que "está ali a fazer umas coisas", que se perde em divagações filosóficas sobre as suas músicas que são muito mais do que aparentam e que, de repente, volta à Terra, que agradeceu muitas mais vezes do que aquelas que poderíamos contar, que se mostrou verdadeiramente grato e feliz por se poder dar ao luxo de fazer o que mais gosta: criar música.

Juntem isto tudo, juntem uma sala cheia e têm um concerto fantástico, que me deixou de lágrimas nos olhos (anda-me a dar para demonstrar sentimentos ultimamente... fazer o quê?) e que não esquecerei tão cedo.

Se se cruzarem com ele, se tiverem oportunidade, se alguma coisa do que eu para aqui escrever vos fizer sentido, assistam a um concerto dele.

Não precisam de me agradecer.

7 comentários:

  1. Pois agradeço-te sim senhor! Nunca tinha ouvido falar dele e, do que ouvi na ligação que deixaste e outras, gostei! Tenho que aprofundar melhor.

    Beijinhos

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  2. Que sortuda. Excelente forma de terminar o ano. Eu adoro Noiserv. E os You Can't Win, Charlie Brown, onde o David faz uma perninha.
    No dia 21 tive a sorte de assistir ao Rumble in the jungle, no coliseu, com o grande Legendary Tigerman e com os Linda Martini (aaii o Helio), foi espectacular...

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  3. Eu também não o conhecia e, por um mero acaso, fui ver um concerto dele há uns anos (4 talvez...). Fiquei completamente rendida à sua simplicidade e, ao mesmo tempo, à complexidade do que ele apresentou no espaço de cerca de 1 hora. Lembro-me que, na altura, falei com uma pessoa que já o conhecia há mais tempo e essa pessoa disse-me que ele era bem diferente do que era no inicio pois interagia com o público. No inicio a vergonha era tanta que não o conseguia fazer.... :)

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    1. É mesmo incrível, não é? :) Ao vivo é mesmo uma experiência muito gira! A vergonha ainda lá está! Eheheh!

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  4. Em 2010 não sabia quem era Noiserv. "Descobri-o" em 2016/2017 e desde então já o vi várias vezes ao vivo - infelizmente não no dia em que foste.

    Simplicidade é a melhor palavra para definir a sua música e a sua maneira de estar. Venha o próximo concerto que de certeza que nos encontramos por lá.

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