quinta-feira, 27 de junho de 2013

Das greves... - II

Graças aos Senhores muito fofinhos que fazem greves a boa da Agridoce levantou-se uma hora mais cedo da cama, pegou no seu carrinho (passe para quê?) e está agora confortavelmente instalada no mesmo, com o seu livro ao lado, para uma hora de leitura antes de se apresentar no seu posto de trabalho. Resta-lhe um dia inteiro a pagar parquímetro na zona mais cara da cidade.

Viva a greve geral!

terça-feira, 25 de junho de 2013

Das fotografias que dão alegria...

Normalmente, recuso os panfletos que constantemente oferecem no comboio e no metro sobre greves e manifestações. Acho que mais vale guardarem-nos para quem possa ter interesse nos mesmos.

Hoje, contrariamente ao habitual, resolvi aceitar um. E a única coisa que me passa pela cabeça é qualquer coisa como: "Seriously?! Eles acreditam mesmo nisto?".

Eu não só não acredito em greves como acredito que a situação do país é demasiado grave. Demasiado grave para andarmos a brincar às lutas, aos interesses políticos, ao tu fazes tudo mal mas na verdade eu também não saberia o que deveria fazer.

A mim também me custa. Eu também pago impostos. Eu também vejo o meu diminuto salário ficar ainda mais diminuto com os impostos. Eu também vejo o horror que são os recibos verdes que passo no emprego número dois. Eu também pago um passe de quase setenta euros e custa-me. Eu também vejo a miséria crescente. Todos os dias me cruzo com ela nas ruas.

Mas, bolas!, andámos anos a gastar muito mais do que aquilo que devíamos. Algum dia íamos ter de pagar por isso. Algum dia íamos ter de apertar o cinto.

E não me venham com a conversa de m*rd* que diz que foram eles que gastaram e não nós e que nós não temos culpa nenhuma e que não temos que pagar pelos erros dos outros.

Todos nós votamos. Ou devíamos votar. Quem não vota escusa de se pronunciar. E quem vota é responsável por quem lá está. Porque alguém os pôs lá.

Eu voto. Voto em quem acho que pode fazer um trabalho menos mau. Porque tenho a certeza que eu não o saberia fazer. Porque eu bem sei o que me custa gerir uma casa. Quanto mais um país inteiro!


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Do resumo das (mini) férias...

Aproveitando os feriados, rumámos a Sul, ao sítio do costume... 
Comemos, bebemos, demos mergulhos, rimos, vivemos, ...


Estivemos numa das praias mais bonitas do Mundo...




Adicionei mais uma fotografia à colecção de placas com nomes pitorescos...


E comprei um chapéu pindérico no comércio tradicional (leia-se: Loja dos Chineses...).


Foram uns dias maravilhosos, que passaram a correr... 
Resta-me o consolo de saber que em breve há mais...

terça-feira, 11 de junho de 2013

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dos momentos...

E depois, depois há aquele momento em que paramos para pensar. Ou queremos parar. Ou gostávamos de poder parar. Gostávamos de ter um botão em que carregar para que tudo ficasse on hold.

Mas não temos.

E, por isso, este momento tem que ser feito enquanto o mundo corre ao nosso lado. Enquanto a vida passa lá fora.

Temos de pensar e correr ao mesmo tempo. E isso é muito difícil. E cansativo. E a única coisa que sentimos é que não temos forças para mais. Queremos parar. E não podemos. A vida passa lá fora.

Este momento é aquele em que pomos tudo em causa. Em que questionamos tudo. E todos. E nós próprios. 

É o momento das grandes decisões, das reviravoltas, das opções. 

É o momento em que escolhemos se acreditamos. Ou não.

É o momento em que buscamos no fundo do nosso ser por forças que julgamos já não existirem.

É o momento em que nos pomos em causa.

É o momento em que nada sabemos e tudo precisávamos de saber.

É o momento do tudo ou nada.



É o agora.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Do que vamos aprendendo...

A vida vai-nos ensinando coisas. Às vezes mais, outras menos. E a vida vai-nos dando ferramentas. E estratégias. E armaduras. A vida vai-nos dando muitas coisas. 

Nem sempre nos sai barato. Nem sempre é fácil. Diria mesmo que, na maior parte das vezes, é muito difícil. Na maior parte das vezes, estas coisas que a vida nos dá custam-nos, elas próprias, pedaços de vida, pedaços de pele, lágrimas e suor. Ninguém dá nada a ninguém, certo? A vida também não dá sem levar em troca. Mas na verdade, não tem grande importância. Que a gente aguenta. A gente aguenta muito. E chegar à meta sem arranhões e cicatrizes, não deve ter piada nenhuma.

Entre as coisas que a vida já me deu, deu-me uma capacidade (ainda em desenvolvimento), de dar um passo atrás, respirar fundo, e aguentar. Como quem se agarra a um mastro, num veleiro no mar alto, em plena tempestade. Eu aguento-me, respiro, e espero que a tempestade passe.

Nem sempre, claro. Que muitas vezes há em que teimo contra o mar, que remo contra a maré, que acredito (tolamente!) que tenho mais força que as ondas.

Mas tenho feito alguns progressos. E já há situações em que me aguento.

Como agora. Confrontada com algo que me magoa passou-me pela cabeça enfiar-me na cama a chorar baba e ranho. Também me passou pela cabeça desatar a rogar pragas e a dizer nomes feios. Por último, decidi-me por debitar aqui estas palavras.

Escrever é do mais terapêutico que há para mim. Sempre foi.

E tenho a certeza que vou fechar isto, vou fumar o meu cigarro e quando me for deitar vou estar mais leve. Muito mais leve.



Porque a vida também me deu a capacidade de perceber que depende unicamente de mim permitir que alguém me magoe. E, confesso, não me apetece ser mais magoada.

Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...