quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Da nossa saúde...

Eu até queria dar uma oportunidade ao Serviço Nacional de Saúde, que queria. Daí que, assim que fiz a alteração de morada para a minha morada actual, me tenha ido inscrever no centro de saúde da zona. Mas, claro, não estavam a atribuir mais médicos de família.

Ainda assim, e porque estava novamente com sintomas do que devia ter ficado tratado há três semanas, e porque precisava de uma credencial/receita/whatever para umas análises e exames, decidi marcar uma consulta de apoio. E lá fui eu às oito da manhã para arranjar vaga. E lá fui eu ao meio-dia e meia para ser atendida. E de lá saí eu às três da tarde, com a credencial numa mão, uma receita de medicamentos na outra. E muitas dúvidas, porque senhora doutora a que pergunta que eu fazia me respondia com não mais que três palavras de cada vez, e com ar de eu ser a maior burra à face da terra. Se isto foi assim comigo, que até me tenho em conta de pessoa inteligente e informada, não quero imaginar com os restantes utentes...

Mas e o que é que eu fiz? Liguei ao meu médico querido e fofo (e privado, claro), que me explicou tudo, me disse o tratamento que devia realmente fazer, que devia ir amanhã a correr fazer os ditos exames, e ainda me disse para lá ir assim que tivesse os resultados. E ainda, para lhe ligar se não ficar melhor entretanto ou se tiver mais alguma dúvida.

Eu sei que há excepções, que as há. Mas não tive sorte. E não fiquei convencida. Tive a sorte de toda a vida ter tido acesso a outros sistemas de saúde, onde nunca me faltou nada. Hoje em dia, maior e vacinada e a pagar as minhas contas, dava-me jeito voltar ao SNS, que dava. Mas optei por um seguro de saúde (dos mais baratos do mercado) para poder, pelo menos, poder optar por alguns médicos e não esperar meses por consultas ou viver de serviços de urgências. 



É por isto que este ano saldos nem vê-los. Mas prefiro gastar os meus euros todos no meu médico querido e fofo e estar tranquila em relação à minha saúde. Porque é tudo o que temos (ou desejamos ter).

2 comentários:

  1. Querida Agridoce, estava a ler o teu depoimento e senti que estavas a descrever o meu contacto com o meu "suposto médico de família" do SNS. Por isso só lá fui uma única vez. Porque me senti tratada abaixo de cão e com uma sobranceria, desmedida. E eu não gosto! E como não gosto, faço como tu: pago. Mas sou bem tratada!
    Mas continuo a defender um SNS para todos sem excepções.

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  2. Eu fui uma vez conhecer o meu médico de família do centro de saúde (que só consegui à custa de cunha e moro na mesma freguesia desde que nasci) e nunca mais lá voltei porque não gosto de pessoas mal educadas e acho que um médico quando fala com um paciente deve, pelo menos, olhar para ele. Fui 3 vezes ao SAP e em 2 delas, uma tive de lá voltar, a segunda dirigir-me ao privado porque não me resolveram o problema.
    Prefiro pagar e ser bem atendida. Prefiro pagar um seguro de saúde a ir aos centros de saúde e aos hospitais dos estado onde pagamos na mesma e somos tratados de forma incompetente.

    Carla (dias_uteis)

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