Contrariamente ao que eu pensava, o que marca uma separação não é o dia em que dizemos "adeus" ou assinamos uns papéis.
O que marca uma separação é o momento em que percebemos que o nosso coração se separou. Uma separação dá-se quando o coração o diz. Apenas e só. Pode ser antes do assinar dos papéis, pode ser (muito) depois.
Por vezes, é quando menos se espera.
Por vezes, é o mais doloroso. E o mais libertador, também.
É o momento em que se baixam os braços e se percebe que não há mais nada a fazer. É o momento em que se erguem os braços e se percebe que não há mais nada a fazer.
É o momento em que se chora porque se errou. É o momento em que se sorri porque se reconheceu o erro.
É o momento em que a tristeza nos domina porque chegou ao fim uma era. É o momento em que a felicidade nos domina porque muitas novas eras vão começar.
É o momento de andar para trás, de andar para a frente. De andar, simplesmente.
É o momento de pensar e repensar.
É o momento do fim e o momento do princípio.
Mas é só isso: um momento.
24 de Outubro de 2011
Estas palavras foram escritas há uns dias atrás. Os papéis foram assinados esta tarde. A separação, essa, já se deu há muito.