segunda-feira, 4 de abril de 2011

Das prioridades nas vidas das pessoas...

Faz-me assim a modos que uma certa confusão ouvir pessoas a falar em comprar certos bens que eu considero de luxo, quando mal têm dinheiro para viver. Sobretudo, quando falam em comprá-los a crédito.

Eu não tenho nada com isso, é certo, e o meu único comentário foi qualquer coisa como "Tem juízo". Mas aqui onde mando eu, posso dizer o que me apetece.

E o que me apetece dizer é que acho um disparate pegado. Acho mesmo. Nunca pedi crédito nenhum para nada, e espero não ter de o fazer nunca. A minha única excepção vai ser para a próxima casa, mesmo. Mas aí, só mesmo a minha irmã mais nova é que acha que vai comprar a casa a pronto. Eu cá, a menos que me saia o Euromilhões, vou mesmo ter de pedir empréstimo...

Mas uma casa, é uma casa. É uma coisa importante, necessária, é património que fica. Agora, créditos para sofás XPTO, viagens aqui e acolá, carros e Bimbys? Não, obrigada.

E a questão nem é a importância destas coisas. É mesmo o facto de as pessoas não se preocuparem em terem certas coisas básicas, antes de se porem a gastar dinheiro em coisas que são facilmente dispensáveis.

A questão dos carros é, para mim, muito importante. Eu acho, e a minha opinião vale o que vale, que não faz sentido comprar um carro a crédito. Porquê? Porque um carro é um desinvestimento. E pedir um crédito, com juros, para pagar um desinvestimento, não faz sentido. Finanças básicas. Ah e tal mas e as pessoas que não têm dinheiro para comprar um carro a pronto? Juntam dinheiro e compram o carro que querem, ou juntam menos dinheiro e compram um carro mais barato. É que os créditos dos carros são muito giros e muito baratos e cheios de facilidades mas depois há revisões, inspecções, impostos, seguros, problemas de mecânica, etc., etc. E o que parecia uma prestação querida e fofa, facilmente passa a algo insustentável.

Eu sou muito adepta do "quem não tem dinheiro, não tem vícios". Sou muito rigorosa em relação a isto. Talvez por ter o pai que tenho (poupador compulsivo). Ou talvez por ter a mãe que tenho (gastadora compulsiva). Não sei. Só sei que sou assim. E que me faz confusão ver o que se passa à minha volta.

Mas quem sou eu?

7 comentários:

  1. Infelizmente há muita gente que vive de aparências...querem manter um estatuto a todo o custo, é triste...muito triste!

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  2. A Cacarol quer construir o seu perfil,para isso precisa de ajuda porque ainda é nova!Que interesses achas que devo ter para colocar no meu perfil?Beijinhos e obrigada*

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  3. Assino por baixo, concordo plenamente, as pessoas têm de começar a ter noção das coisas, e em tempos de crise ainda mais. fiquei estupefacta com a lotação esgotada de viagens e a imensidão de orçamentos que as agências de viagens têm em mãos, o sector viagens, definitivamente nao está em crise, e sei que as pessoas se individam para isso, e não é para os Algarve's, nao!!! incrivel... Vejam "HOmens de negócio", fiquei parva com a quantidade de credtos a que os EUA se sujeitam, d eum momento passam de ricos a pobres ao perderem o emprego.. é tudo mt bonito, mas...

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  4. Querida Agridoce, és uma pessoa lúcida e que tem bem definido o que é prioritário e o que não é :)
    Beijinhos.

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  5. Ainda bem que não sou a única a pensar assim :)

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  6. Eu sou exactamente da mesma opinião. Quem não tem dinheiro não tem vícios. Sempre fui educada assim. Não há dinheiro para o carro novo, compra-se em segunda mão. Crédito só para a casa, porque dificilmente algum dia teria o dinheiro a pronto para a comprar. E aí não tive alternativas. Mas também aí fiz muitas continhas até ver onde podia ir. Talvez por isso tenha levado anos a comprá-la e não me atirei de cabeça, porque gosto de riscos calculados. Sempre fiz compras e gastos de acordo com as minhas possibilidades.
    Infelizmente cada vez mais se vê pessoas individadas, porque simplesmente vivem acima daquilo que lhes é possível. E assim se vai vivendo de aparências...

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  7. Nem mais Luarte! As pessoas vivem acima das suas possibilidades... E isso é assustador! Não sei onde vamos parar!

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