Tento escrever... Tento e não consigo... Insisto. Volto a tentar. Nada.
Pergunto-me como é que alguém que já escreveu tanto, deixou de saber escrever.
Tenho saudades de escrever. Tenho saudades de saber escrever. Tenho saudades de pegar numa qualquer memória e começar a escrever. A escrever devaneios. Sempre devaneios. Nunca coisas reais.
Cheguei a escrever devaneios em que a inspiração eras tu. Tu. Tu, que sempre me incentivaste a escrever. Tu, que foste a única pessoa real a ler os meus devaneios irreais. Tu, que foste tanto durante tanto tempo. Tu, que agora não és nada. Agora és aquela pessoa com quem me cruzei há dias e fingi não ver. Porquê? Porque era demasiado complicado. Estivemos anos sem nos ver. A vida afastou-nos. A vida? Não. Nós próprios. Eu. Tu. Sobretudo, tu. E, se calhar, foi melhor assim. A nossa amizade fez sentido (tanto sentido!) durante um período muito difícil das nossas vidas. Nunca te esquecerei por isso. Foste um porto de abrigo. Foste uma mão, um ombro, um amigo de corpo inteiro, durante as duas fases mais difíceis da minha vida. Obrigada. Obrigada por tudo. Mas ambos sabemos que, agora, já nada faz sentido. Seguimos vidas em sentidos opostos. Só espero, sinceramente, que sejas feliz. Muito feliz.
Não se esquece! Os últimos posts têm sido prova disso ;)
ResponderEliminarNão se esquece, mas perde-se a prática!
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