Estivemos a ver o documentário Dick Johnson is dead, e, quando acabámos, eu estive a elencar as minhas preferências para quando eu morrer. Como sei que ele só ouve 10% do que eu lhe digo, fica aqui, para registo futuro:
- quero ser cremada. As cinzas devem ser espalhadas no mar. Idealmente, em Santa Maria. Mas como é meio fora de mão, o meu irmão que pegue no barco e me leve para ao pé dos golfinhos, que já não é mau. Sintra ou Monsanto também são opções válidas.
- não quero cravos no meu funeral. Nem um. Odeio cravos.
- não quero padres nem missas. Façam uma coisa qualquer gira e simbólica, quem quiser diz umas palavras, e está feito.
- quero comida e bebida. Muitas gordices e muito álcool, para afogarem as mágoas.
E é isto. Parecem-me exigências bastante razoáveis, até.
Tentei que ele me dissesse as suas preferências, mas não foi capaz. Diz que nunca pensou sobre isso. Quem é que nunca pensou sobre o seu funeral?!... E o pânico que é pensar se lhe acontece alguma coisa e eu não sei o que fazer?... Já lhe disse que tem de pensar nisso, que isto não pode ser assim: ir embora e quem cá fica que resolva... Não. Nem pensar.