Estou viva.
Tenho treinado alguma coisa mas não o suficinte.
Já refiz o plano daquela-prova-cujo-nome-eu-não-vou-mais-repetir-até-a-acabar pela enésima vez. Agora já não tenho margem para mais alterações. Agora é mesmo para seguir à risca.
Tenho treinado mais regularmente e isso vê-se nos resultados. E nas contraturas. E nas dores.
Tenho cada vez mais dúvidas sobre se vou ser capaz. E são dúvidas muito realistas e não dúvidas fruto de inseguranças tontas. Todos nós sabemos a importância do treino. E todos nós sabemos que sem treino, não há milagres. E a verdade é que eu não treinei, e já não vou a tempo de treinar, aquilo que devia.
Ainda não perdi a esperança. Ainda não baixei os braços. As próximas semanas vão ser decisivas para perceber como é que o meu corpo reage ao aumento da carga. Resta-me cuidar dele, descansar, comer bem, dormir melhor, e esperar que ele se aguente.
Sem demasiadas expectativas e com a consciência muito clara de que isto tem tudo para correr mal.
Pelo sim, pelo não, já ando a ver de sítios onde ir fazer massagens desportivas, pois desconfio que vou precisar algures no processo.
As bolhas continuam a ser as minhas fiéis companheiras e a minha relação com os Vomero melhorou substancialmente (já levam 120km). O problema é, claramente, meu.
Estava inscrita no Trail das Dores e não fui. Foi a primeira vez que fiz tal coisa. E estive indecisa até aos últimos dias. Mas ralharam tanto comigo, que não fui. Nem à Corrida do Tejo fui. Peguei em mim e fiz um treino calmo, sozinha, de 12km pela Expo. Numa fase tão crítica do meu treino, desperdiçar um Domingo a fazer um trail de 17km que me ia deixar cheia de dores era, no mínimo, parvo. E eu já não tenho muito tempo para decisões parvas.
Não tenho muito tempo para nada, aliás. Novembro está já aí!... Não sei como. Mas está.