De cada vez que vejo um anúncio de uma bolsa de investigação na minha área apetece-me concorrer.
Apetece-me enviar o CV, uma carta bonita, dizer que era mesmo aquilo que gostava de fazer.
Mas depois lembro-me que a bolsa tem um prazo de seis, nove, doze meses no máximo. Que quando estive como bolseira passaram-se meses até receber o primeiro ordenado. Que existem contas para pagar. Que tenho um emprego estável e que até fui promovida e aumentada.
E acordo para a vida.
Mas eu queria. Queria muito. Queria voltar a estudar, a investigar, a pesquisar. Queria que a arte voltasse a preencher os meus dias, que enchesse os meus pensamentos noite e dia.
Mas do querer ao poder vai tanto!...