Tornámo-nos cépticos. Deixámos de acreditar no para sempre. Não fazemos mais juras de amor eterno. Vivemos o momento. Pensamos o momento. Não sabemos o amanhã e não nos queremos comprometer com a ideia de um para sempre. Quando é que deixámos de acreditar no para sempre? Sim, eu sei. O para sempre não existe. Mas isso não é o mesmo que vivermos sempre com um prazo de validade. O sabermos que o para sempre não existe não quer dizer que não vivamos a lutar por ele, a acreditar nele, a ter esperança nele. Que viver é este em que estamos sempre à espera que acabe, porque nada é para sempre?
sexta-feira, 30 de junho de 2017
quinta-feira, 29 de junho de 2017
Das férias... - IV
Os últimos dias das férias foram passados a sul: Aljezur, Almograve, Zambujeira...
Mas também houve tempo para ir conhecer a praia do Monte Clérigo, e acabar o dia a matar as saudades de percebes, com um pôr do Sol maravilhoso.
Antes do regresso ainda houve tempo para passar pelo Cabo Sardão para, mais uma vez, ficar espantada com as paisangens incríveis que temos. A zona da Costa Vicentina não deixa de me surpreender!
Seguiram-se a Marginal à Noite e o Trail da Ericeira, já relatados anteriormente.
E já agora, deixo a foto da famigerada descida no Trail da Ericeira. A foto não é da minha autoria nem eu estou ali no meio (acho eu), e acredito que só lá estando é que se percebia a dimensão da dita descida, mas fica a ideia geral...
E foi assim que acabei as minhas férias... A tentar fazer gelo, com o Snow a querer roubar-me o saco onde o tinha!
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Das férias... - III
Depois de Amarante, seguiram-se os Passadiços do Paiva. Estava um dia exageradamente quente e isso tornou o percurso mais custoso, mas nada que a paragem no Areinho para um mergulho e o almoço, não ajudasse a resolver.
Os Passadiços têm paisagens incríveis, a Natureza mostra-se em toda a força, e recomendo inteiramente que lá vão! Se quiserem fazer o percurso de ida e volta, sejam mais inteligentes do que eu e comecem mais cedo (ou escolham um dia de menos calor...). São 16km, com uma subida dura para cada lado, mas fazem-se bem, desde que com o mínimo de preparação e muita água!
Depois dos Passadiços, o destino foi um pequeno turismo rural em Castelo de Paiva, muito simpático, muito calmo, com uma piscina óptima e que foi a escolha perfeita para recuperar forças.
O problema de Castelo de Paiva? A comida e a bebida! Cada restaurante era melhor do que o anterior... A dificuldade era mesmo escolher e o meu estômago bem se ressentiu!
Estes vinho, da região, eram óptimos, e ainda trouxe umas garrafas (para mais tarde recordar...).
O Restaurante Dona Amélia, perdido no meio do lado nenhum e com uma vista incrível, foi, sem dúvida, um dos melhores das férias. Mais uma vez, não façam como eu: façam reserva, porque só assim garantem que têm comida quando lá chegarem. Não há carta, há apenas 3 ou 4 pratos típicos (alguns só mesmo por encomenda), há bom queijo, bons vinhos, e sobremesas óptimas. Também não há multibanco, mas podem pagar por transferência bancária (true story!).
Balanço destes dias a Norte? A certeza de que não há país como o nosso, comida como a nossa, gentes como as nossas.
terça-feira, 27 de junho de 2017
Das corridas... - XXIII
As Fogueiras.
O que dizer da Corrida das Fogueiras?
As expectativas eram muitas, em relação à prova em si. Na maior parte dos casos, isso dá asneira. Neste caso? Nem por isso.
No passado Sábado lá fui eu em direcção a Peniche, depois de um teste às nove da manhã, de um almoço com colegas, de uma ida à manicure, e de uma mini-sesta no sofá. Isto é relevante apenas na medida em que justifica que estive ocupada todo o dia e o só ter ido para Peniche ao fim do dia.
Cheguei a Peniche às 19h30. Liguei ao responsável da equipa, que tinha ficado de ir levantar os dorsais. Como ele ainda não tinha ido, fui eu. E começou aqui o drama. Os dorsais da equipa não estavam lá. Voltas e voltas e voltas e ninguém sabia deles. Depois, lá descobriram que alguém, cujo nome não nos dizia rigorosamente nada, os tinha levantado na véspera. O tempo a passar, nós sem dorsais e sem perceber o que se teria passado.
Entretanto, fomos andando para a partida, na esperança de que uma das pessoas da equipa com quem não estávamos a conseguir falar, tivesse levantado os dorsais e estivesse por lá. Não estava. Eram 20h50 e nada de dorsais. Telefonema para cá, telefonema para lá. Organização diz que nos imprime novos dorsais. Lá vai o responsável da equipa a correr (literalmente) até ao pavilhão onde era o secretariado, para ir buscar novos dorsais. Eram 21h10 quando tive o meu dorsal na mão. Só tive tempo de ir ao carro a correr e voltar para a partida, onde fiquei sozinha na caixa dos que não têm sequer tempo para serem considerados nas caixas.
Se houve momentos em que desejei que a situação não se resolvesse porque a vontade era zero (acho que até ao exacto momento em que saí de Lisboa, estive sempre na dúvida se ia ou não...), no meio desta adrenalina toda, já só queria que a prova começasse para despachar aquilo.
Começo a achar que até gosto de começar as provas sozinha. Permite-me alguns minutos de concentração, em que estou só eu e os meus botões (ou alfinetes, no caso), e em que eu me foco naquilo que vou fazer a seguir. Não quer isto dizer que, por vezes, não seja bom estar na galhofa até ao último momento. Também é.
Mas bom, a prova começou e lá fui eu. O início foi muito lento. Demasiado lento. Percurso demasiado estreito para tanta gente. Eu olhava para o relógio e desesperava a pensar que, a continuar assim, não havia de acabar nunca. A pouco e pouco, consegui ir fazendo umas ultrapassagens e fui ganhando ritmo (não se entusiasmem, que o meu ritmo há-de ser sempre de tartaruga...).
O que dizer da prova em si? O apoio do público é inacreditável. Mesmo. Nunca tinha visto nada assim. Muitas vezes dei comigo de sorriso nos lábios só por sentir aquele apoio incrível que recebíamos de quem estava a assistir. Perdi a conta aos high five que dei aos miúdos que assistiam. Perdi a conta aos obrigada que disse. Porque aquela gente não deve ter a mínima noção do quão importante é estarem ali, aplaudirem, gritarem umas palavras de incentivo. Estou a escrever sobre isso e a ficar arrepiada. É mesmo qualquer coisa. Nesse aspecto, foi a melhor corrida em que já participei e recomendo!
O percurso em si é engraçado. A parte mais urbana não tem grande piada, mas quando passamos para junto do mar, é completamente diferente. E, claro, as míticas fogueiras, que dão nome à prova. O problema? A escuridão. Eu tenho sérias dificuldades em correr sem ver onde ponho os pés. Aguento durante um bocado, consigo distrair-me, olho para as estrelas, vejo quem anda à minha volta, mas depois, a partir de certa altura, comecei a não achar tanta piada e só queria mesmo que aquilo acabasse. Até consegui acelerar o ritmo, só para ver se me livrava daquilo!... Confesso que essa foi a parte que mais me custou...
Mas rapidamente voltámos à civilização, eu sentia-me bem e estava relativamente contente com o tempo que levava. Só mesmo nos últimos 2km é que as dores começaram a dar sinais de si (curiosamente, foi depois de um desvio pelo passeio que fiz, porque teimei que queria deitar a garrafa de água no ecoponto). Como tem sido habitual, fiz umas simpáticas bolhas nos pés, e, a partir de certa altura, estava mesmo em sofrimento e só queria acabar. Mais uma vez, a ajuda do público e as caras conhecidas que fui vendo, foram a ajuda que precisava para conseguir acabar, dentro de um tempo razoável.
Cheguei ao fim, de sorriso nos lábios, feliz por ter ido e por ter feito a prova. Considerando a minha falta de treino no último mês, foi uma feliz surpresa conseguir fazer os 15km. Depois, foi comprar qualquer coisa para comer e para beber, e ir para o carro. O frio e o desconforto eram cada vez maiores e eu só queria chegar a um duche quente e a uma cama!
segunda-feira, 26 de junho de 2017
Das férias... - II
As férias começaram no dia 9, sexta-feira. Sair de Lisboa a meio da manhã, em direcção ao Porto e ao Lado B, para uma francesinha vegetariana.
Seguiu-se uma passagem pelo hotel e o destino seguinte foi o Primavera. Eu não sou pessoa de festivais (facilmente se percebe), mas lá me convenceram que este era diferente e que valia a pena. E valeu.
Whitney foi muito, muito bom. Bon Iver também, e ainda deu para ouvir mais algumas coisas interessantes.
Claro que a noite não acabou sem uma tripa, com recheio de ovos moles, pois claro.
Conclusão da noite? Já não tenho idade para isto! Cheguei às duas da manhã completamente de rastos...
O dia seguinte ainda deu para uns passeios pelo Porto, eleita, sem dúvida, a minha cidade do ano.
O pequeno-almoço tardio foi no meu sítio preferido: Apartamento Café. Aquelas panquecas são divinais!
Seguiu-se um longo passeio a pé, para conhecer o Museu Nacional Soares dos Reis.
Ainda houve tempo para um Porto com esta fantástica vista e seguiu-se o próximo destino: Amarante.
E Amarante foi uma descoberta tão boa! Gostei tanto, tanto. É uma pequena vila muito bonita, com imenso património, e com boa comida e excelente vinho.
Eu e os patinhos, os patinhos e eu... E esta beira-rio, cheia de gente com as suas mantas e os seus piqueniques? Muita vida tem aquela terra!
Se não conhecem, vão conhecer! Vale mesmo a pena!
Das corridas... - XXII
Já que ainda não arranjei tempo para falar das férias, façamos um resumo rápido do que se tem corrido por aqui.
17 de Junho - Sábado - Marginal à noite
Já há muito tempo que queria fazer esta corrida, por morar naquela zona, mas calhava sempre na semana dos feriados, em que eu me habituei a meter férias nos últimos anos. Este ano, também calhou nas férias, mas como tinha dorsal oferecido e no Domingo tinha outra prova, antecipei o regresso a Lisboa e lá fui eu.
Foi das provas que mais me custou fazer. Pior só a Meia dos Descobrimentos em Dezembro passado. Se uma foi por ter chovido torrencialmente, esta foi por estar um calor insuportável. E eu e o calor não nos entendemos, já se sabe.
É daquelas que está feita, mas dificilmente será para repetir, mesmo tendo feito um tempo pavoroso. É demasiado confusa, o percurso não é particularmente interessante (ainda menos para quem mora ali e treina habitualmente na marginal), e são apenas 8km.
Não guardo propriamente memórias felizes (tirando o convívio com a grupeta do costume!) e, como tal, não há muito mais a dizer. Concluo dizendo que acabei a prova a pensar: nunca mais faço provas de estrada.
18 de Junho - Domingo - Trail Summer Challenge
Comecemos pelo óbvio: depois de quatro semanas em que corri duas vezes (num fantástico total de 8,5km), fazer duas provas com 12 horas de intervalo, não era exactamente uma decisão muito inteligente. Mas eu acho que já vos tenho habituado às minhas decisões pouco inteligentes, por isso, nada de novo.
Domingo, último dia de férias: saltar da cama às sete para ir em direcção à Ericeira. O ânimo não era muito, a vontade menos ainda. O que valeu foi que ainda éramos alguns: 3 para o trail curto (14km) e 3 para o longo (22km), sendo que havia 3 estreantes em trail.
Eu tive companhia no curto, de uma colega de equipa que se estava a estrear, e fomos sempre muito tranquilas, na conversa, correndo onde dava para correr, caminhando onde só dava para caminhar. O início começou logo duro e difícil, e, confesso, assustou-me um pouco. Fiz a pior e mais longa descida de sempre e tive mesmo medo de ir a rebolar por ali abaixo. Achei mesmo que não ia conseguir, achei que aquilo nunca mais acabava, e só queria sair dali. A parte boa é que o resto do percurso foi bastante mais acessível.
Vimos paisagens lindíssimas, andámos a correr nas arribas junto ao mar e tivemos imensa sorte com o tempo (sem demasiado sol e/ou calor, que era o que me preocupava depois da Marginal à noite). Mais uma vez, problema com os abastecimentos: disseram-nos que teríamos dois abastecimentos, aos 6km e aos 11km, e tivemos apenas um, aos 9km. Não se faz... Uma pessoa chega aos 6km e começa a pensar em comer e beber, cria expectativas, começa a salivar e, depois, nada... Uma diferença de 3km, é uma diferença muito grande! E eu estava mesmo com fome! Lá tomei um gel, para disfarçar, mas mesmo a água começava a faltar. O que valeu é que depois o abastecimento era bom e compensou mas... Não se faz mesmo!
Depois deste abastecimento, descemos para as arribas junto ao mar, andámos por praias (tão bom correr na areia...), andámos no meio de umas rochas muito estranhas (parecia que estávamos em Marte, como diria alguém), e foi aí que se deu a minha verdadeira estreia no trail: primeiro combate entre mim e uma rocha. Ganhou a rocha, pois claro. Eu ganhei uma perna a escorrer sangue, muitas dores na perna e na mão que tentou amparar a queda, e, uma semana depois, estou com uma cicatriz com muito mau ar e ainda algumas dores. Algum dia teria de ser... Fica a nota: mesmo que esteja calor, levar sempre, sempre, as perneiras!
Consegui arrastar-me até à meta, fazer um tempo dentro do aceitável (para o que eram as minhas previsões), e depois tivemos direito a uma sopa do mar que me soube lindamente! O plano era ficar pela Ericeira para uma mariscada e uns mergulhos mas, dado o meu estado, a minha vontade era mesmo ir esticar-me no meu sofá.
Pensamento no final: o trail é ainda mais giro quando temos companhia. Quando é o próximo?
Para isto não ficar ainda mais testamento, guardo as Fogueiras para outro post.
sexta-feira, 23 de junho de 2017
quarta-feira, 21 de junho de 2017
terça-feira, 20 de junho de 2017
Do meu estado actual...
Em modo caos, num duro regresso à realidade.
As férias foram ma-ra-vi-lho-sas. Hei-de retomar esse tema.
O regresso ao trabalho não está assim tão maravilhoso.
Tenho um teste esta semana que ainda não sei sequer quando será.
Engordei mais do que devia nas férias.
Depois de 3 semanas sem correr, fiz dois mini-treinos (um treino de 2,5km conta?). Participei em duas provas com 12 horas de diferença.
A prova de um dos mini-treinos - no Ribat da Arrifana. |
Faltam 4 dias para as Fogueiras.
Amanhã vou para o Porto em trabalho. Indecisa entre desafiar um amigo para jantar ou levar os ténis e ir correr (reler os três pontos anteriores) - em qualquer dos casos, vou baldar-me certamente ao jantar de gala a que era suposto ir.
Come-se tão bem neste país. E bebe-se ainda melhor!
Tirei muitas e variadas fotos. Talvez as partilhe. Haja tempo.
Já estou a pensar nas férias de Outubro (que as de Setembro vão ser no sítio do costume).
De vez em quando, páro e levo um murro no estômago. Mais uma vez, o nosso país a ser destruído pelo fogo. Mais uma vez, nada se fez. Espero que, desta vez, se tomem realmente medidas.
Este pequeno cérebro continua em modo nó e nada parece desatá-lo.
A contar os dias para o final das aulas.
A emissão há-de retomar normalmente. Eventualmente. Um dia.
segunda-feira, 12 de junho de 2017
domingo, 11 de junho de 2017
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Dos meus sonhos (ou pesadelos, melhor dizendo)...
Hoje sonhei que me atiravas da janela.
Freud explica?
terça-feira, 6 de junho de 2017
Dos planos para as férias...
As férias vão incluir, entre muitos e variados programas, os Passadiços do Paiva, e mais umas quantas corridinhas (em modo treino, leia-se).
Diz que já tenho o plano para aquela-prova-cujo-nome-eu-não-vou-mais-repetir-até-a-acabar (feito aqui) e isto tem de entrar nos eixos!... Não sei quando nem como, mas tem.
Ainda que o facto de ter o plano não queira dizer exactamente que já me decidi. Quer dizer apenas que vou começar a treinar, vou ver como me sinto, e daqui a um mês e 25 dias, tomo a decisão final.
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Das músicas que eu não oiço há demasiado tempo...
Este fim-de-semana dei comigo a pensar que que já não via/ouvia o Palma há demasiado tempo, e decidi que o próximo concerto dele que houvesse dentro de uma distância razoável, eu iria ver. Sem dúvidas, sem desculpas, sem hesitações.
Pois que dia 25 de Julho ele vai estar em Oeiras. Em Oeiras!!! E eu? Eu vou estar no meu penúltimo dia de aulas.
E é isto.
sexta-feira, 2 de junho de 2017
Do que eu queria...
Anseio pelo fim deste dia interminável. Quase tanto como me custa saber que não o vou acabar nos teus braços. Queria, queria muito, enroscar-me em ti, encaixar-me no teu corpo, ficar assim, só ficar, só estar, só a sentir-te e a ouvir o teu respirar.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Dos meus dias...
O meu dia começou nas urgências no Centro de Saúde. Nada de mais. Só (mais) um sinal do meu corpo a tentar dizer-me que ando a abusar dele. Um exame. Medicação. Mais medicação para o estômago que voltou a dar sinais de vida nos últimos meses. Recomendação de reforço vitamínico. Mais descanso, quando possível (dentro de 2 meses, respondo eu). A confirmação daquilo que já sabia: todo o meu organismo anda descompensado e o corpo queixa-se.
Isto no dia a seguir a termos ficado com menos uma pessoa na equipa, que se prevê que fique ausente durante os próximos 9 meses.
Isto quando ainda faltam 2 meses para o final do mestrado e quando estamos a entrar na recta final do projecto final (perdoai a repetição).
Isto quando não corro desde a Estrela.
Resta-me o consolo de saber que só faltam 5 dias e umas horas de trabalho, antes de partir para 10 dias de férias.
Nem tudo pode ser mau, não é verdade?
[modo queixinhas: off]
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