tag:blogger.com,1999:blog-76760571994556677372024-02-07T05:02:33.049+00:00Eu sou Agridoce, e tu?Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.comBlogger2644125tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-31891411426864140982022-02-25T23:21:00.005+00:002022-02-25T23:21:47.414+00:00Dos 20 meses da Isabel...<div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgespV0AGRpO3ndXyEQnvZJdDdaDpI9CGsCPDnzFOItwTcIDYghzQKZl88NyKUpu-pdGc32yd9aZ6IcY0tk4McPvZsSbD68uvnUvBmNHn-EVRuQ1NteR1yX5qsY_UjgMJyDWODS38MXZXdqe_ULZwMEt_EBoV5jImQoq7tYHYDFnxycCbWj5gAgwnkq=s4032" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4032" data-original-width="3024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgespV0AGRpO3ndXyEQnvZJdDdaDpI9CGsCPDnzFOItwTcIDYghzQKZl88NyKUpu-pdGc32yd9aZ6IcY0tk4McPvZsSbD68uvnUvBmNHn-EVRuQ1NteR1yX5qsY_UjgMJyDWODS38MXZXdqe_ULZwMEt_EBoV5jImQoq7tYHYDFnxycCbWj5gAgwnkq=s320" width="240" /></a></div><br /></div><span style="font-family: arial;"> Vinte meses de Isabel.<br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A caminho dos dois anos. Já muito longe de ser um bebé, e cada vez mais uma mini-pessoinha, com personalidade e vontades próprias. É uma autêntica gralha, já deixei de contar as palavras que diz há muito tempo, porque diz e repete tudo o que ouve. Já começou a fazer frases e é muito expressiva nas suas vontades. Esteve doente. Com Covid, com otites, com mão-pé-boca, com gastroenterites várias. Mas é uma miúda saudável e somos uns sortudos. Dá abraços, manda beijinhos e diz "xau" da maneira mais amorosa possível. Adora amendoins e chama-lhes "ruchis" (não me peçam para explicar...). Tirando quando está doente, já dorme melhor e mais. Mas as sestas em casa continuam miseráveis. E está tudo bem. Adora o baloiço e o escorrega, que sobe a trepar. Fica orgulhosa quando consegue fazer alguma coisa e o seu ar de satisfação não tem preço. Gosta do mar e da praia. O meu nome ganhou um novo significado quando ela repete sem fim "mãe 'nês". Pede peixe e batatas de manhã, e anda a embirrar com a carne. Continua a gostar muito de livros, e pede para lermos uns atrás dos outros. Já sabe partes de alguns de cor, e faz-me rir à gargalhada quando antecipa o que eu vou dizer. Deixou de mamar. E está tudo bem. Come a sopa toda sozinha e diz "já 'tá". Continua a adorar o gato e esgota-lhe a paciência. Já andou de avião, fez a sua primeira viagem internacional e portou-se lindamente. Tem um clube de fãs no nosso prédio, que ficam à janela para vê-la sair ou chegar. Continua simpática e bem-disposta. E eu continuo sem saber a quem ela sai. Começou a andar tarde, mas agora ninguém a pára. Gosta de pegar num pano e limpar, não só a mesa dela mas todas as superfícies que lhe aparecem à frente. Gosta de pôr os óculos de sol e ir a correr ver-se ao espelho. Tem um fascínio por escadas. Já diz o seu próprio nome e quase que canta e dança quando o faz. É mesmo uma miúda fácil e nós somos mesmo uns sortudos, não sei se já disse.</div></span>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-40134383941384372342022-01-03T23:52:00.003+00:002022-01-03T23:52:26.484+00:00Das fotografias que dão alegria... - Day 3<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg1p7CAJQnCAFzrQEJ-iKeDS4ZBd76Pkh_8xtBnXEZ5nUKxSaeknhq2POeHyUS6UGNsXNi7TDp8a2Xx2WBXGx1CEu9uZ_uvlYR9eufgNQOugZxqYo3f8K6HowC8hMbX57BjfW-exzOLtBslIQLvXZhKHIa1BXbeohs6PzcR8eQH-ro2DlZJIy48B1sw=s2016" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2016" data-original-width="1512" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg1p7CAJQnCAFzrQEJ-iKeDS4ZBd76Pkh_8xtBnXEZ5nUKxSaeknhq2POeHyUS6UGNsXNi7TDp8a2Xx2WBXGx1CEu9uZ_uvlYR9eufgNQOugZxqYo3f8K6HowC8hMbX57BjfW-exzOLtBslIQLvXZhKHIa1BXbeohs6PzcR8eQH-ro2DlZJIy48B1sw=s320" width="240" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Isabelinha vive a sua primeira paixão não correspondida. Dá-lhe turras, beijinhos, festinhas, ri-se perdidamente só de o ver. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Ele? Ignora-a, finge que ela não existe e foge dela quando se farta. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">A vida é dura desde cedo.</span></div><p></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-42772990667490338442022-01-02T23:14:00.004+00:002022-01-02T23:14:33.780+00:00Das fotografias que dão alegria... - Day 2 <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjBIAjuYMrTrAmu_DjvjROaVg9_VNf5MuE5qr3kx-RRAiihdg_a53u1UKAQdMu681QIRijoIaqs09Kt1szbMlfJlffMEOY49hN7mQlLwJUaF3hrHLKGkesg3-y_LFhWUgP9ArHJsGlDZuP1MkhpMTmXZ6OxGScSbXBJNm6Df6ucIiAYpAV93zWA37QN=s3323" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3323" data-original-width="2492" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjBIAjuYMrTrAmu_DjvjROaVg9_VNf5MuE5qr3kx-RRAiihdg_a53u1UKAQdMu681QIRijoIaqs09Kt1szbMlfJlffMEOY49hN7mQlLwJUaF3hrHLKGkesg3-y_LFhWUgP9ArHJsGlDZuP1MkhpMTmXZ6OxGScSbXBJNm6Df6ucIiAYpAV93zWA37QN=s320" width="240" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Hoje estreei um dos meus presentes de Natal. Foram sete quilómetros a alternar corrida e caminhada, a empurrar o carrinho da Isabel. Será que é desta que eu volto a correr?... </span></div><br /> <p></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-11740072594697469652022-01-01T23:10:00.001+00:002022-01-01T23:10:18.919+00:00Das fotografias que dão alegria... - Day 1<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiB1rZJ-gdgtQQcfEfEz16srYlNC4QCjp4rf-g34BYXWAbBJKca1UNTKjvZRNvAju1hZlKNCF4okP8Z_qSOZQhyAT7m9spgswGqqqsFzvLR9MjJriOoN8Zb0VQFdkL-EdoVV1jMXGMOdFFzj_uDN2u9T1g3tRMxfoI-9FBstyfL5up_nAlVKe6NzUut=s3594" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3594" data-original-width="2695" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiB1rZJ-gdgtQQcfEfEz16srYlNC4QCjp4rf-g34BYXWAbBJKca1UNTKjvZRNvAju1hZlKNCF4okP8Z_qSOZQhyAT7m9spgswGqqqsFzvLR9MjJriOoN8Zb0VQFdkL-EdoVV1jMXGMOdFFzj_uDN2u9T1g3tRMxfoI-9FBstyfL5up_nAlVKe6NzUut=s320" width="240" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Estreámo-nos nas caminhadas do ano, com um passeio a três pela zona ribeirinha da Póvoa de Santa Iria. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">E ficou a promessa de lá voltarmos. </span></div><br /><p></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-28310653032983442562021-10-10T22:50:00.000+01:002021-10-10T22:50:07.295+01:00Do meu regresso à terapia... E à psiquiatria... E à medicação...<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAyMbmbxE9UUS458r73q8KqYSAnjiuehGqdUZO5h-HyXMqUdSsiWZRCCFpXGUV4xwgx34ZmI5Tu0JZQmtQWhYWthqd12C-rPkkk53wKzzXF6iaqnY6raZSwmS2_15XipirzNujmT746Ng/s2048/world-mental-health-day-green-ribbon-put-human-s-hands-blue-background.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAyMbmbxE9UUS458r73q8KqYSAnjiuehGqdUZO5h-HyXMqUdSsiWZRCCFpXGUV4xwgx34ZmI5Tu0JZQmtQWhYWthqd12C-rPkkk53wKzzXF6iaqnY6raZSwmS2_15XipirzNujmT746Ng/s320/world-mental-health-day-green-ribbon-put-human-s-hands-blue-background.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Assinala-se hoje o Dia Mundial da Saúde Mental. E eu, que já queria ter vindo escrever este post há demasiado tempo, achei que não podia passar de hoje.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Foi há quase 4 meses que eu regressei a uma consulta de psiquiatria. E, consequentemente, à medicação. E foi há 3 meses que eu regressei a uma consulta de psicologia.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não foi um caminho fácil, até marcar as consultas. Nem tem sido um caminho fácil, nas consultas que tenho tido.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Há já muito tempo que eu sabia que devia fazer terapia. Mas fui adiando... Foi só mais uma das coisas que eu fui adiando por causa da Covid. Fui adiando, adiando, adiando. Até ser inevitável.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Já o regresso à psiquiatria, começou a fazer-me sentido também há já bastante tempo, mas foi mais difícil de aceitar. Sobretudo, porque seria o reconhecer daquilo que temia, e sabia que seria sinónimo de voltar à medicação.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os dois regressos foram difíceis. São sempre. Começar a ser acompanhada por um novo psiquiatra e/ou psicólogo é sempre difícil. É começar do zero. É ter de abrir muitas portas e todas as janelas. É falar do que vai cá dentro com alguém que não conhecemos. É ganhar coragem e vontade para o fazer. É conseguir encontrar um sítio em que nos sintamos confortáveis, mas onde vamos para que nos tirem da nossa zona de conforto. É remexer no passado e no que tanto trabalho nos deu a enterrar. É falar do que não falamos com mais ninguém. É duro. Dói. Custa. E é um processo longo e que vai continuar a prolongar-se no tempo.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Ainda tenho dúvidas, ainda me questiono se preciso mesmo disto, ainda tenho dias em que não quero tomar a medicação. Mas vou andando, um dia de cada vez, à espera de me sentir melhor. Um dia.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Este post tem apenas dois objectivos: para mim, servir de registo para memória futura (como tudo neste blogue); para o mundo, num dia como o de hoje, relembrar que a saúde mental é tão importante como a saúde física, que também se trata, e que não é vergonha nenhuma querermos curar a mente, como curamos o corpo.</span></div><p></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-3605232808853448832021-08-12T22:04:00.004+01:002021-08-12T22:04:46.898+01:00Das portas que se fecham e das janelas que não queremos que se abram...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Ontem fechou-se uma porta que eu há muito queria ver fechada. Foram dois meses de vida em suspenso. Dois meses de incertezas, de dúvidas, de receios. Dois meses de espera. E eu não sou pessoa de estar, simplesmente, à espera. Foram dois meses duros, que incluíram um dos dias mais duros da minha vida. Se ao menos tivesse valido a pena, mas não valeu. A espera e as incertezas continuaram, depois desse dia. Mas, ontem, tudo isso acabou. Ontem, a porta fechou-se de vez. E eu posso voltar a respirar, posso fazer as pazes comigo, posso apanhar os cacos e retomar a minha vida, no ponto em que ela ficou há dois meses. Finalmente.</span></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-48510184870878039422021-07-27T09:41:00.001+01:002021-07-27T09:41:09.340+01:00Do 1º ano da Isabel...<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCguT51MIVE_vvJcmPXogzmG-znvYaKTibjZJfiCfTiyoU43OFwnFJSHGpXDr5tZZiKNGGyTedCphl0CuiOWP1pyHa-HSmw0FY3S8wGsDo-C3YuQPLk9ua3skAwyr99MqkkD-1dudyNdA/s1920/IMG-20210625-WA0016.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1440" data-original-width="1920" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCguT51MIVE_vvJcmPXogzmG-znvYaKTibjZJfiCfTiyoU43OFwnFJSHGpXDr5tZZiKNGGyTedCphl0CuiOWP1pyHa-HSmw0FY3S8wGsDo-C3YuQPLk9ua3skAwyr99MqkkD-1dudyNdA/s320/IMG-20210625-WA0016.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Um ano de Isabel.</span></p><div dir="auto"><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">12 meses. Uma volta completa ao Sol. Um ano inteiro. O primeiro de muitos, espera-se. É inevitável não fazer um balanço de tudo o que aconteceu. Foi um primeiro ano atípico, patrocinado pela Covid-19. Não foi nada do que tinha imaginado, e tem sido um longo trabalho fazer esta gestão de expectativas. Foi um ano de mais recolhimento do que gostaria. Foi um ano de isolamento, de falta de apoio, sem aldeia à nossa volta para criar a Isabel.</span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A Isabel continua igual a si mesma. A distribuir sorrisos e beijinhos. A fazer sucesso na creche. Sempre bem-disposta. Gatinha pela casa fora e não dá descanso ao gato. Ele, por seu lado, já faz questão de se deitar perto dela, quando ela está no chão da sala a brincar. Tolera as palmadas dela com mais paciência do que eu poderia imaginar. Ela continua a adorar comer. É só dizer banana e os olhos dela iluminam-se. Comeu o seu primeiro pêssego à dentada e não se atrapalhou. Diverte-se a chupar o esparguete, já comeu percebes e adora beber água. Fica a olhar para nós quando estamos a comer e em breve vamos ter guerras por causa disso. Não gosta de usar chapéu nem óculos de sol. Voltámos à praia e divertiu-se a encher as mãos de areia, apenas para as esfregar e sacudir a seguir. Não ficou fã da água fria do mar e eu entendo-a. As noites continuam uma incógnita. Já dorme algumas seguidas, mas dorme pouco, e acorda sempre cedo. Continua no limite mínimo de horas de sono para a idade dela. Percebe muitas das palavras que dizemos, mas só diz de forma mais ou menos intencional papá e gato. Mamã aplica-se a tudo, de forma mais ou menos aleatória. O pai ensinou-a a deitar a língua de fora. Teve a sua primeira gastroenterite. Foi ao Oceanário no dia de aniversário e voltámos à Quinta Pedagógica dos Olivais. Adora cerejas e framboesas. Fez a primeira birra para ficar na creche. Aponta para tudo e fala lá na língua dela. Já percebeu que nos derrete e faz as suas gracinhas. Teima em ser ela mesma a lavar os seus dentes. E já tem mais dois a nascer. Está longe de começar a andar e está tudo bem. 12 meses de Isabel. Que venham muitos, muitos, muitos mais.</span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Nota: a Isabel fez um ano a 25 de Junho. Mas o mês que passou foi estupidamente longo e duro, e, apesar de já ter o texto escrito há algum tempo, faltou a vontade de aqui vir escrever. E teria tanto para dizer!... Talvez um dia.</span></div></div>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-56754378455711669202021-05-25T21:52:00.004+01:002021-05-25T21:53:37.264+01:00Dos 11 meses da Isabel...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBppZ6uRiJlki3cxyh3HrGqGuvtTYdFvrZY4eSr9VSM6V-5meKbEUTOLv7YLmZ9NaMNEzrgHCoOod96HTIOCsAW4erEZnTTEnZllVyr6uotghH9AI31xK98QClBVRgEsVgbgZbYpGMWto/s2048/IMG_20210525_091519-01.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBppZ6uRiJlki3cxyh3HrGqGuvtTYdFvrZY4eSr9VSM6V-5meKbEUTOLv7YLmZ9NaMNEzrgHCoOod96HTIOCsAW4erEZnTTEnZllVyr6uotghH9AI31xK98QClBVRgEsVgbgZbYpGMWto/s320/IMG_20210525_091519-01.jpeg" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Onze meses de Isabel. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Onze. Só falta um para os doze. O último mês trouxe a grande novidade de um dos marcos do seu desenvolvimento: já gatinha. Ninguém a pára e acabou-se o sossego. O nosso e o do gato. Que ela continua a adorar. Já foi arranhada, claro. Continua na creche e não houve mais sustos com covid-19. Espalha charme e sorrisos e já tem um clube de fãs. Ainda não perdeu as bochechas, mas já esticou um bocadinho. Adora comer. Sopa, fruta, peixe, carne, legumes, panquecas. O que seja. Dêem-lhe comida e os olhos dela brilham. Consta que começa a guinchar mal vê as cadeiras de refeição na creche. Ainda não fala, mas já procura com o olhar quando lhe perguntamos pela mãe, pelo pai, pelo gato ou pela bola. Gosta de partilhar. Eu peço-lhe para dar a banana à mamã e ela nem hesita em enfiar-ma na boca. E ri-se perdidamente com isso. Continua bem disposta. E boa onda. E simpática. Continuo sem saber a quem sai. Passámos o nosso primeiro fim de semana fora de casa e portou-se lindamente. Não estranhou a cama, não estranhou comer no restaurante, não estranhou nada. É uma santa. Ou não fosse Isabel. Estabilizou nos seis dentes há já umas semanas. Nunca nos deu nenhum susto de saúde. Imita-nos a piscar os olhos e nós rimos perdidamente. Diz adeus. Manda beijinhos. Imita-me a suspirar e ri-se. Também bate palmas. Atira coisas para o chão e fica a olhar para elas, a tentar perceber isso da gravidade. Já não berra desalmadamente na maior parte do tempo das viagens de carro e até já aconteceu adormecer sozinha. Já tem o seu primeiro fato de banho mas ainda não o usou. Já quase percebeu o conceito de dar abraços e derrete corações quando encosta a cabeça no nosso peito. As noites estão incrivelmente melhores. Mesmo quando ela acorda às cinco e meia e entende que não precisa de dormir mais. As sestas continuam de trinta minutos. Tem potencial para ser uma autêntica gralha. Adora o reco reco e foi maravilhoso ver a evolução dela até ela perceber como ele toca. Já é menos careca e não tem o cabelo tão escuro como o da a mãe. Ainda hoje dei comigo a olhar para ela e a perguntar-me como era possível eu ter feito algo tão incrível. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Onze meses de Isabel. Não é cliché, passa mesmo a voar. </span></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-12704111593915893662021-04-09T14:31:00.002+01:002021-04-09T14:31:12.744+01:00Dos 9 meses da Isabel...<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHeokKs49NQYCOs7sFcZSA3gbwDJx7phrCOo_SFQAU392LGcZOS_ZfXImSIUnpLQWwiPzzDv4EfQ7Ivm5u2Y5WYebxfd39Vl5U4srr9Kd-rojhUUb2rbmUSJtWvSoWKj-CO-KoPr9UNtk/s2048/IMG_20210326_080714-01.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHeokKs49NQYCOs7sFcZSA3gbwDJx7phrCOo_SFQAU392LGcZOS_ZfXImSIUnpLQWwiPzzDv4EfQ7Ivm5u2Y5WYebxfd39Vl5U4srr9Kd-rojhUUb2rbmUSJtWvSoWKj-CO-KoPr9UNtk/s320/IMG_20210326_080714-01.jpeg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Nove meses de Isabel.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Nove. Já viveu tantos meses no mundo, como em mim. A partir de agora, será sempre mais do mundo do que minha. Se é que algum dia foi minha. Continua a adorar comer e já provou de tudo um pouco. Morre de medo da Alexa. Distribui sorrisos por onde passa. Já só acorda 1 ou 2 vezes por noite, mas entende que o dia começa às seis e meia da manhã. Continua preguiçosa para gatinhar, mas lá vai rastejando. Já tem 5 dentes, desalinhados e com um buraco entre eles, com um sorriso que, só por si, dá vontade de rir. Continua a rir-se perdidamente quando vê o Snow e já levou a primeira arranhadela. Continuou a rir-se perdidamente depois disso. Gosta de fazer barulho com as mãos, a bater na mesa, nas paredes, onde calhar. Também gosta de bater com os brinquedos uns nos outros, para os ouvir. Quando nos escondemos para fazer "cucu", estica-se toda para ver onde estamos. Fomos a uma pediatra nova e gostámos. Andou a devorar laranjas que trouxemos dos avós. Começou a comer o segundo prato, e comeu tudo, obviamente. Foi visitar os primos e estava deslumbrada, ao olhar para eles, a vê-los tocar piano e a contarem-lhe histórias. Descobriu o iogurte e despacha um em menos de nada. Faz as caretas mais cómicas e eu acumulo centenas e centenas de fotografias. Provou limão e não se queixou. Regressou à creche, apenas para voltar para casa ao fim de 4 dias. Fez a sua primeira viagem de carro sem berrar e até adormeceu sozinha. Ainda olho para ela e me pergunto como é que é possível. Não sei. Nunca saberei.</span></div><br /><p></p><p><span style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span></p><p><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">(com 15 dias de atraso, mas está tudo bem...)</span></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-37258391110946624362021-03-21T09:22:00.002+00:002021-03-21T09:22:39.324+00:00Do teu ar sereno nos meus braços e da vida que não sei viver... <p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Há pouco, emocionei-me enquanto embalava a Isabel nos meus braços e a via adormecer.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Costumo adormecê-la no berço, durante o dia, mas hoje quis que ela adormecesse ao meu colo, enquanto eu a embalava e eu cantarolava para ela. Talvez pela consciência de que, um dia, estes momentos deixarão de existir. Ao vê-la fechar os olhos e deixar-se ir, senti os olhos encherem-se de lágrimas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Estamos, desde quinta-feira, em isolamento profilático, por ela ter sido considerada contacto de alto risco. Estou tranquila em relação a isso, plenamente consciente de que a probabilidade de ela ter sido contaminada com Covid-19 é muito baixa.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Mas, ao mesmo tempo, não deixo de me sentir frustrada e angustiada com tudo isto. Estamos fechados em casa há um ano (excepção feita para duas semanas no Algarve). Estamos estupidamente isolados e confinados. Estamos a viver a experiência da parentalidade sozinhos, sem apoio, sem partilha, sem a celebração que este momento devia ser. Protegemo-nos, e a ela, o mais que podemos, e, com isso, afastamo-la dos nossos e de quem lhe quer bem. Tudo o que temos feito, é por acharmos que é o mais correcto. Mas, depois, bastam 4 dias na creche, para ela ser exposta e considerada contacto de alto risco por contacto directo com um infectado. E eu, que sempre vivi bem com as minhas decisões no último ano, não deixo de me questionar. Ao vê-la adormecer nos meus braços, ao deliciar-me com os seus contornos perfeitos e o seu ar sereno, não deixo de me perguntar se fará sentido continuar a privá-la do mundo, e a privar o mundo dela. Se a deixamos ir para a creche, com o resultado que está à vista, não faria sentido deixá-la estar com as nossas pessoas?... Ao mesmo tempo, a racionalidade em mim, pergunta-se se não será esse o pensamento errado que levou ao estado em que estamos de achar que "já que me exponho para ir trabalhar, então também não faz mal se me expuser para ir jantar fora, e estar com os amigos, e estar com a família...". O facto de ela ir à creche, deverá justificar que a resguardemos ainda mais, para minimizar riscos, ou deverá ser carta branca, em jeito de "perdido por cem, perdido por mil", para aproveitarmos a vida e vivermos esta experiência um pouco mais como ela deveria ser vivida?...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não consigo chegar a nenhuma conclusão. Vivo dividida entre fazer o que acho correcto, não só porque o nosso governo o diz, mas porque a minha consciência assim o diz, e fazer o que vejo os outros fazerem, em actos que me fazem questionar o meu excesso de zelo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">De uma coisa não tenho dúvidas: o impacto social desta pandemia é absolutamente avassalador. Quem acha que vamos ter uma grande crise económica, devia preocupar-se igualmente com a forma como todos vamos sair disto em termos psicológicos, nos nossos afectos, nos nossos medos e ansiedades.</span></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-31140940641655219762021-03-07T09:52:00.003+00:002021-03-15T13:45:49.160+00:00Dos pensamentos que me ocupam às cinco da manhã... <p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span>Não sei se tenho mais saudades das coisas que a Covid me tirou, se das coisas que a maternidade me tirou. Dadas as circunstâncias actuais, ambas confundem-se e é difícil identificar quais são quais. Pouco importa, na verdade.</span></span></p><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Mas tenho saudades. Tenho saudades de restaurantes. De esplanadas. De ficar na praia até ao pôr do sol. De ir à Davvero comer um gelado. De ir a um concerto ou a um espectáculo. Tenho saudades das minhas pessoas. De estarmos juntos só porque sim. De respirarmos o mesmo ar sem medo do que daí pode vir. De nos abraçarmos. Eu, que nem sou de abraços. Porra. Tenho saudades de um abraço. Tenho saudades de tudo ser simples e fácil. De ir a algum lado, ser apenas ir a algum lado. Sem medos, sem paranóias, sem máscaras e sem desinfectantes. Tenho saudades de almoços de horas. De visitas inesperadas. De dias sem planos e sem horários. De dormir até tarde. De dormir, no geral. De me sentir leve e feliz. Tenho saudades da vida que tinha e que sei que nunca voltará. Com ou sem covid. Tenho saudades de correr nos trilhos. Das provas. A dois ou em equipa. Da sensação boa que vinha no final, que fazia esquecer o cansaço e eventuais maleitas. Tenho saudades de viajar. Daquela excitação boa que surgia sempre que entrava num avião, fosse qual fosse o destino. Ou num carro, pouco importa. Tenho saudades de Lagos. Dos percebes. Dos gelados. De Porto de Mós e do Zavial. Da pizzaria debaixo do prédio. Da mini varanda que aqui não temos. Tenho saudades dos pés descalços e dos chinelos. Do não ter pressa. Das caminhadas na marginal e nos passadiços. Tenho saudades de tanta coisa a que antes não dava o valor suficiente. Tanta.</span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É pena, é mesmo pena, que na maior parte dos casos, só demos valor às coisas quando deixamos de as ter. Seja por culpa da covid, seja por culpa da maternidade. </span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Se tudo isto não servir para mais nada, que sirva para que eu aprenda a dar valor às pequenas coisas. </span></div>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-30314344549909376552021-03-01T23:26:00.002+00:002021-03-02T06:29:28.566+00:00Das fotografias que dão alegria... - Day 60<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjncvolhAnIBL8U9bcYyAbWvBk-l4yhNUg58-nwncyebUGTiZGH9yeG67OgGvqp8TGCAV8hl0t2mGsbf1OkfkmnrUA2iZ0t-afLKXTkBjBoz0TO5xaKo9ZeYThhjd4UkQr8RB-8tKFbAA0/s2048/IMG_20210302_062550.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1534" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjncvolhAnIBL8U9bcYyAbWvBk-l4yhNUg58-nwncyebUGTiZGH9yeG67OgGvqp8TGCAV8hl0t2mGsbf1OkfkmnrUA2iZ0t-afLKXTkBjBoz0TO5xaKo9ZeYThhjd4UkQr8RB-8tKFbAA0/s320/IMG_20210302_062550.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Ou de um aniversário em tempo de pandemia</span>. </div><br /><p></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-11248621724574570682021-02-27T20:11:00.001+00:002021-02-27T20:11:42.019+00:00Dos 8 meses da Isabel...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXUIXeT3shliRSu1_r7EvNGBl5cbodPcc69nYOOjlWbz8teOO4wqawcropnJ5ws10l75fy8UK1X3NUOr3n19ZPkl3_s08glP34rWdAPlvutC0isXVI-88qNBjpDBMivG_Eq4mrreivDI8/s2048/IMG_20210227_200051.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXUIXeT3shliRSu1_r7EvNGBl5cbodPcc69nYOOjlWbz8teOO4wqawcropnJ5ws10l75fy8UK1X3NUOr3n19ZPkl3_s08glP34rWdAPlvutC0isXVI-88qNBjpDBMivG_Eq4mrreivDI8/s320/IMG_20210227_200051.jpg" width="320" /></a></span></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Oito meses de Isabel.</span></p><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Dois terços de um ano. Que voaram. Ela está cada vez mais pessoinha. Um bebé, mas pessoinha. Já tem 3 dentes, 2 em baixo e 1 em cima, completamente desalinhado dos outros, o que lhe dá um ar particularmente delicioso. Continua a comer lindamente. Adora manga, abacaxi e kiwi. Mas também descobriu que adora brócolos. Também continua apaixonada pelo gato, e já lhe arrancou umas boas doses de pêlo. Ele, por sua vez, continua a ignorá-la. Fala, fala, fala. E bem alto. E continua a rir-se. Muito. Até a comer, ela se ri muito. Aliás, se há momento em que é evidente que ela é feliz, é quando come. Ou quando o pai lhe faz tropelias e ela dá as maiores gargalhadas. É preguiçosa e está longe de começar a gatinhar. Sai ao pai e já tem uma obsessão por comandos. Dormiu a primeira noite toda seguida. Mas foi, claramente, por engano. Tivemos direito a umas noites a acordar a cada hora ou a cada meia hora. Maravilhoso, portanto. Descobriu as sestas de 20 minutos. Desconfio que esteja farta de estar em casa a aturar-me todo o santo dia. Continua a gostar das nossas caminhadas e faz as suas sestas na Ergobaby. Adora o elefante de peluche que recebeu de presente da empresa do pai e ri-se perdidamente só de o ver. Está extremamente sensível a barulhos estranhos e atira-se para trás a chorar quando isso acontece. Já se magoou, claro. Começa a mostrar os primeiros sinais de vontade própria. Gosta de abanar as maracas e ouvir o seu barulho. Deixou a shantala e começou a tomar banho numa banheira maior. Chorou muito nos primeiros dias, mas já percebeu que tem mais água e espaço para chapinhar. Olha deslumbrada para o mundo e já quer ver e mexer em tudo. Continua bochechuda, mas está a ficar mais comprida. É bem disposta e ri-se muito para as raras pessoas com quem se cruza. Berra desalmadamente quando entende que não quer dormir. Mesmo que sejam duas da manhã. Continua a chuchar no dedo e a recusar a chupeta. Eu sou suspeita, mas acho que está cada dia mais bonita. E eu, cada dia mais derretida.</span></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-83244047727767568482021-02-04T14:36:00.002+00:002021-02-04T14:36:38.897+00:00Do parto da Isabel...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O parto da Isabel não foi nada do que eu queria, sonhara ou idealizara. Em parte, já sabia que assim seria, desde que ficou decidido que seria cesariana. Mas, ainda assim, foi muito diferente do que esperava.</span></p><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não consigo dizer que foi o momento mais bonito da minha vida. Se bem que também não consigo dizer qual foi o momento mais bonito da minha vida. O problema está em mim, certamente. </span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Quando penso no nascimento de um bebé, no acto de trazer um novo ser humano a este mundo, penso em algo muito carnal, muito animal, muito natural. Penso no regresso aos nossos instintos mais básicos e ao que faz de nós aquilo que somos. Penso na vida a gerar vida. Penso no milagre da natureza. </span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Ora, numa cesariana não há nada disso. Uma cesariana é um procedimento cirúrgico. Numa cesariana não há nada de animal, de instinto, de vida a gerar vida. Numa cesariana há alguém inerte deitado numa mesa de operações, há muitos e variados profissionais de saúde em redor, há uma barriga que é cortada e de onde é extraído, contra a sua vontade, um pequeno ser. Não consigo ver grande beleza nisto. O problema está em mim, certamente. </span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Achei o procedimento frio. Senti-me meio perdida naquele bloco operatório, até o Pai se ter juntado a mim. Foram minutos que pareceram horas. Tive medo. Senti-me ansiosa. Achei que tudo podia correr mal. Senti-me impotente e inútil, incapaz de trazer a minha filha ao mundo. </span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Foi estranho sentir tudo. Sentir o frio do desinfectante a ser esfregado na minha barriga. Não senti o corte, mas senti a pele a ser afastada, a barriga como que esventrada, os movimentos dentro de mim, tudo demasiado real. Sem dor, mas sentindo perfeitamente o que se passava. Foi rápido. Muito rápido. </span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Em poucos minutos, o choro da nossa filha. Da nossa Isabel. Nesse momento, já tinham baixado o campo cirúrgico e o Pai pode vê-la vir ao mundo. Eu, só podia ouvi-la. E que bem que ela se fez ouvir! Guardo na memória aqueles primeiros gritos. Vi, depois, as primeiras imagens que o Pai fez questão de captar. A nossa filha no mundo, gritando desalmadamente, mostrando a garra que traz consigo.</span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Quando ma mostraram, não pude não chorar. No meio de toda aquela estranheza, as lágrimas caíram, ao ver a nossa filha pela primeira vez. Era real. Ela estava ali, junto a nós, a iniciar a sua longa jornada, nesta viagem que é a vida. E nós, ali, a iniciar a nossa longa jornada, nesta viagem que é a parentalidade. </span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Senti-me assoberbada por tudo. Custou-me não poder reagir, não lhe poder pegar, mal a conseguir ver. Parecia tudo demasiado surreal e eu continuava a sentir-me mais num procedimento cirúrgico do que naquele que se queria que fosse o momento mais bonito da minha vida. </span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Eventualmente, levaram-na. E ele foi com ela. E eu fiquei ali, sozinha e perdida, no meio de estranhos, a ser suturada. Acho que só quando cheguei ao recobro e os reencontrei aos dois, é que respirei de alívio e me caiu a ficha. Só quando ficámos ali os três, em namoro completo, com ela junto a mim, comigo a querer examinar cada centímetro do corpo dela mas sem me conseguir mexer, é que eu percebi o que estava a acontecer. </span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Eventualmente, ficámos só as duas. A conhecer-nos. A reconhecer-nos. A cheirarmo-nos mutuamente. A ver ao vivo o que imaginámos durante meses a fio. Não sei quanto a ela, mas eu, o que senti, é que era tudo infinitamente melhor do que eu poderia ter imaginado. </span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O parto da Isabel não foi uma experiência bonita, ou memorável, ou o melhor momento da minha vida. Mas o que é que isso importa, com tudo o que virá depois?... </span></div><div dir="auto"><br /></div><div dir="auto"><br /></div><div dir="auto"><br /></div><div dir="auto"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">[Texto escrito a 9 de Julho, duas semanas depois de a Isabel nascer. Não o publiquei na altura, por ter sido escrito a quente. Mas, hoje, o sentimento não melhorou. Sobretudo, porque tenho agora a certeza de que fui sujeita a uma cesariana desnecessariamente. Talvez um dia eu ultrapasse isto. Talvez eu tenha outro filho e o parto que idealizei. Ou talvez não. Mas teremos sempre a terapia, não é verdade? Foquemo-nos na última frase e em tudo o que já veio e o que ainda está para vir.]</span></div><div dir="auto"></div>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-91524921532603522021-01-28T23:24:00.004+00:002021-01-28T23:24:34.047+00:00Dos 7 meses da Isabel...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhchkTQcxPBSt8Cyj5FwybYUIL3ciXI4dlmUILPP-zT3-k2J07TP3_cMMWjuoxO6QdclnI7sPASZAQxt-ItwTePnDBhTXgk4nrLDZtBdgUTzemfvQW0NBA8Xr1FaCKu_g96xGy87Ev_zQ0/s2048/IMG_20210127_093825-01.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhchkTQcxPBSt8Cyj5FwybYUIL3ciXI4dlmUILPP-zT3-k2J07TP3_cMMWjuoxO6QdclnI7sPASZAQxt-ItwTePnDBhTXgk4nrLDZtBdgUTzemfvQW0NBA8Xr1FaCKu_g96xGy87Ev_zQ0/s320/IMG_20210127_093825-01.jpeg" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sete meses de Isabel.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Este foi, sem dúvida, o mês em que mais aconteceu. Foi o mês em que a Isabel começou a comer. E que bem que ela come. Também foi o mês em que começou a creche. Apenas para voltar para casa, ao fim de três semanas. Ficou conhecida por ser bem disposta e tagarela. Já se senta muito bem. Já rebola e "desrebola". Apareceram os primeiros dentes e está ainda mais deliciosa. Fica tão feliz com água como com banana, com sopa ou com papas. Continua a rir-se muito. E já estica as mãos para chegar ao gato, que lhe dá umas lambidelas de quando em vez. Começou a dormir no quarto dela, deixando os pais indecisos entre a culpa de a abandonar e o alívio de recuperarem o seu canto. Nasceu para comer, e, toda ela é sorrisos, quando o assunto é comida. Faz umas mini-micro sestas, para desespero de quem está em teletrabalho. Gosta de ver bater palmas e estalar os dedos. Ri-se para si mesma, ao espelho. Gosta de estar à janela. Gosta de cenoura. Continua a levar os pés à boca, sempre que pode. Não gosta da textura dos brócolos e parece ter nojo de lhes tocar. Não tenho termo de comparação, mas ela ri-se mesmo muito, já disse? Gosta quando lemos para ela e gosta de morder os livros. Gosta de morder tudo, na verdade. Continua a falar imenso, seja dia ou noite. Hoje riu-se como nunca, a comer papa de espelta pela primeira vez. Aninha a cabeça no meu ombro e derrete-me ainda mais. Quer explorar tudo, tocar em tudo, agarrar tudo. Já rasteja um bocadinho e foge do tapete de actividades, se não estamos atentos. É uma bebé bem disposta e boa onda. Não sei a quem sai. No meio desta pandemia, estamos a conseguir criar uma bebé sociável e tranquila. Não me perguntem como. Mas, apesar de terrivelmente dura, tem sido uma viagem incrível.</span></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-87866794199222389612021-01-19T16:34:00.004+00:002021-01-19T16:34:27.597+00:00Da Blue Monday que afinal é Tuesday... <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Hoje fui-me um bocadinho abaixo. Só um bocadinho. Mas aquele bocadinho suficiente para ficar de coração apertado e lágrimas nos olhos.</span></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estou cansada da Covid. Dos casos, dos números, dos medos, das inseguranças.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A Isabel está na sua terceira semana de creche e são muitos os emails que já recebemos a falar sobre o tema. Hoje, recebemos mais um. A creche que escolhemos tem sido irrepreensível na forma como partilha a informação, como nos coloca a par de tudo, como nos tenta sossegar. Mas, hoje, fui-me um bocadinho abaixo. Só um bocadinho.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A nossa miúda passou 6 meses fechada em casa. Foram 6 meses no nosso colo, no nosso ninho, na nossa bolha de protecção. Fechámo-la, isolámo-la, protegemo-la. Talvez tenhamos exagerado. Talvez tenhamos roçado a paranóia. Mas é a nossa filha e só temos esta. Se isso fez com que mal visse a família e os amigos? Fez. Se nos custou? Custou. Mas fizemos o que fez sentido para nós, nestes tempos estranhos que vivemos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E agora? Agora ela está entregue a estranhos, exposta a riscos, enquanto vivemos a maior pandemia dos tempos modernos. Agora já não está no nosso colo, no nosso ninho, na nossa bolha de protecção. A nossa miúda está na sua terceira semana de creche, mas só hoje é que me caiu a ficha. E custa. Horrores. </div></span>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-37884328774322119372021-01-12T14:13:00.003+00:002021-01-12T14:14:08.570+00:00Das formas que temos de baixar os braços...<p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;"> </span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Hoje cancelei a subscrição da newsletter da Easyjet.</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">(ando a limpar a minha vida, a minha casa, e a minha alma, estendendo esta limpeza à poluição visual que recebo no digital - já cancelei as subscrições de várias marcas de roupa [no seguimento da decisão de um 2021 mais sustentável], e agora cancelei esta, resignando-me à ideia de que não voltarei a voar tão cedo)</span></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-25115924951260167722021-01-03T21:54:00.003+00:002021-01-03T21:54:36.183+00:00Da São Silvestre de Lisboa 2020...<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh76W7GgcZJ4_Ax2NxPQwNdT5oX9_hxT4Wk8kflDYtSrAiy6of51KsImsH7D8UTK9rCIY6qYuYPOIjDx4yE_JAcOMtmTTTChl0G45FooCt9nuh1qVFGSxmaJEAn2uhAW9tb-212SFmPh9Y/s2048/IMG_20201227_194935.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="São Silvestre de Lisboa" border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh76W7GgcZJ4_Ax2NxPQwNdT5oX9_hxT4Wk8kflDYtSrAiy6of51KsImsH7D8UTK9rCIY6qYuYPOIjDx4yE_JAcOMtmTTTChl0G45FooCt9nuh1qVFGSxmaJEAn2uhAW9tb-212SFmPh9Y/w240-h320/IMG_20201227_194935.jpg" width="240" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Foi há uma semana que fiz a São Silvestre de Lisboa 2020, em versão virtual.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A São Silvestre de Lisboa é, como já devo ter dito por aqui, a minha prova de estrada preferida. É aquela que nunca falhei desde 2015, quando foi a minha primeira prova de estrada de 10km. Mesmo o ano passado, já grávida, fiz questão de ir fazê-la, em ritmo caracol, tendo sido a última prova que fiz, antes de a Isabel nascer. Fazia-me ainda mais sentido fazê-la este ano, sendo a primeira prova que fiz, depois de a Isabel nascer.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E assim, lá fui eu. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Contexto: eu só recomecei a correr no início de Novembro, tendo parado logo de seguida, e recomeçado 3 semanas depois. Dizia o meu Strava que eu tinha corrido apenas 6 vezes, e o treino mais longo que tinha feito, tinha sido de 6km. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">As minhas expectativas para estes 10km eram, portanto, muito baixas. No mínimo, era um disparate pôr-me a fazer 10km com tão pouco treino, depois de uma paragem de 11 meses, com uma gravidez e uma cesariana pelo meio. Mas disparates é o meu nome do meio. E o pior que podia acontecer, era eu ter de me arrastar e caminhar nos últimos metros ou quilómetros ou o que fosse. Era um disparate, mas controlado.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Domingo, às 10h30 da manhã, lá estava eu, no sítio do costume: um Parque das Nações demasiado cheio para o meu gosto, mas com a temperatura certa e sem vento. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Decidi começar logo pela parte chata do percurso, sem grande ânimo ou entusiasmo, e foi com surpresa que comecei a cruzar-me com outros atletas em prova. Caramba, as saudades que eu tinha de ouvir um "Força!", ou um "Boa prova!". Foi tão, tão bom! Lá fui eu, quilómetro após quilómetro, a ver o tempo passar. Tinha um objectivo em mente: fazer melhor do que em 2019 (o que não seria difícil, dado que tinha feito 1h15).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Claro que, com a minha falta de preparação, ia eu nos 4km, quando comecei a pensar que talvez não fosse má ideia fazer só 5km. Comecei a arranjar mil e uma justificações na minha cabeça, para justificar a minha desistência. Mas, ao mesmo tempo, sabia que isso não fazia sentido nenhum. Sabia que, nem que fosse a caminhar, eu tinha de fazer aqueles 10km. Era o mínimo que eu podia fazer por mim.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Nova estratégia, já antes utilizada: alternar 200 metros a caminhar, com 800 metros a correr. Quando o relógio marcou 5km, eu encostei, caminhei 200 metros e voltei a correr. Fiz o mesmo aos 6km e aos 7km. Mas, quando o relógio marcou os 8km, eu pensei para mim que só faltavam 2km, e que, fosse a que ritmo fosse, havia de fazê-los a correr. Caramba! Era o esforço final, eram só mais 2km, só mais 13 minutos, só mais 3 músicas (eu meço o meu tempo em várias medidas, consoante o estado de espírito).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E lá fui eu. E fiz os 10km em 1h07. Se eu duvidava que conseguisse fazer os 10km, fazê-los neste tempo foi absolutamente incrível. E a sensação quando parei o relógio foi avassaladora e fez-me lembrar por que motivo eu gosto de correr. Já não me lembrava, sabem? Já não sabia o que era esta sensação de desafio superado e de dever cumprido. Num ano tão estranho e tão atípico, eu voltei a sentir-me viva e voltei para casa de sorriso parvo no rosto.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Consegui. Num ano em que sinto que não consigo nada, eu consegui fazer aqueles 10km, praticamente sempre a correr, e num tempo que não me envergonha. Consegui. E a sensação não tem preço.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Que 2021 nos traga as provas de volta, que eu preciso muito disto!...</span></div><p></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-59893787527575862952021-01-02T22:48:00.001+00:002021-01-02T22:48:11.641+00:00Dos presentes de Natal e dos objectivos para 2021...<div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEike1zAAbacOFQ8bAVQI87SfxQSTxMgyV5aMapNEpWyR2Yh1jkHmaeIJt1B6SpJkTNjEPIozcuzT9sw8PXQ-1TLt46OzfhkAQ_o8NksjJn2VL1fcvM6_EkeUxN1Rnf6urQ9mRGDFauhyew/s2048/IMG_20210102_200032-01.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1535" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEike1zAAbacOFQ8bAVQI87SfxQSTxMgyV5aMapNEpWyR2Yh1jkHmaeIJt1B6SpJkTNjEPIozcuzT9sw8PXQ-1TLt46OzfhkAQ_o8NksjJn2VL1fcvM6_EkeUxN1Rnf6urQ9mRGDFauhyew/s320/IMG_20210102_200032-01.jpeg" /></a></div><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Este Natal, pedi apenas 2 presentes. Um deles, foi esta camisola do <a href="https://armazemdasmalhas.com/" target="_blank">Armazém das Malhas</a>. </span></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O Armazém das Malhas é um pequeno grande negócio familiar, com uma produção responsável e sustentável, que usa matérias primas escolhidas a dedo, pela sua qualidade e pela sua origem. Produzem, de forma artesanal, e em Portugal, peças intemporais e feitas para durar, em colecções de pequena escala. Têm como missão "Sensibilizar para um consumo consciente". </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E um dos meus objectivos para 2021 é, precisamente, o consumo consciente. É reduzir ao mínimo indispensável a compra de roupa, calçado e acessórios. É optar pela slow fashion. É comprar apenas o que for mesmo necessário e, ao fazê-lo, optar por marcas como esta. Marcas nacionais, que se preocupam com o impacto da sua produção, que lutam também por um mundo mais sustentável.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Baby steps, a caminho de um mundo melhor.</div></span>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-81194554942407333402020-12-25T22:51:00.001+00:002020-12-25T22:51:08.392+00:00Dos 6 meses da Isabel... <div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikbUCPAd3jFhRQ2YeOmOOg-vneAGEsvqFFW46AGREphqHWboRpGSp7QQPQ42vkhY1WtUhK0O91lJPE-twvZhI4lmGGYvdkQ4NbExpeHDaV1nfX1tSBL8yExJ9p2cgdWA_JfUSnDOd8QAM/s1709/IMG_20201225_194402.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1282" data-original-width="1709" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikbUCPAd3jFhRQ2YeOmOOg-vneAGEsvqFFW46AGREphqHWboRpGSp7QQPQ42vkhY1WtUhK0O91lJPE-twvZhI4lmGGYvdkQ4NbExpeHDaV1nfX1tSBL8yExJ9p2cgdWA_JfUSnDOd8QAM/s320/IMG_20201225_194402.jpg" width="320" /></a></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Seis meses de Isabel.</span></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Meio ano. Uma metade de um ano. Já passou meio ano desde que a Isabel chegou a este mundo, e virou as nossas vidas de cabeça para baixo. Seis meses que voaram, respeitando o cliché que toda a gente nos repetiu até à exaustão: aproveitem, que passa depressa. E passou. Passou tão depressa que ela, não tarda, vai para a creche. Vai ser do Mundo, a minha filha. Vai deixar de ser minha e do Pai, para ser de quem a agarrar. Cresceu tanto nestes 6 meses. A última novidade foi ter conseguido rebolar sozinha. Claro que a gracinha aconteceu enquanto eu estava a trabalhar. Claro. Vai ser sempre assim, não vai? A partir de agora, vou ter de me habituar à ideia de poder perder muito do que acontece na vida dela. Chama-se crescimento, dizem. Independência, autonomia, vida para além da minha. Ela vai crescer e eu nem sempre vou lá estar. Mas vou lá estar sempre, quando ela quiser repetir as gracinhas. O rebolar, o agarrar os pés, os ruídos novos que todas as semanas explora com a boca. Agora aprendeu a imitar um toiro enraivecido. Do alto dos seus seis meses, faz um misto de rosnar com zurrar, e põe um ar de fazer chorar as pedras da calçada... De riso. Continua uma bem disposta. Ri-se que nem uma perdida. Por tudo, e por nada. Ri-se cada vez mais para o gato quando ele passa por ela. Passou aí uma fase muito crítica nas noites, mas parece estar ligeiramente melhor. Resta saber por quanto tempo. Vai começar a comer nos próximos dias. Fez um sucesso tremendo no Natal. Como faz sempre, aliás, nas raras vezes em que está com outras pessoas. É uma bebé Covid. Estranha barulhos e confusões. Mas distribui sorrisos e ninguém lhe resiste. Gostava que ela tivesse estado com mais pessoas este Natal, que tivesse andado em mais colos, em mais casas. Mas um dia vou contar-lhe o quão estranho foi o seu primeiro Natal. Hoje, para celebrar os seis meses, fui dar com ela a chuchar no dedo... Do pé. Acho que ela o fez apenas para calar as más-línguas que dizem que ela é gordinha. Pode ser gordinha, mas agilidade não lhe falta e vá de comer os pés. Outras más-línguas talvez digam que ela passa fome e, por isso, come os pés. Mas, olhando para aquelas bochechas, ninguém acredita. A minha filha faz hoje seis meses. Caramba. Seis meses. E eu que ainda não consigo olhar para mim como mãe. </div></span>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-89137863886840291532020-12-22T22:47:00.001+00:002020-12-22T22:47:19.329+00:00Das coisas que a pandemia nos roubou... <p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Esta manhã, enquanto trabalhava, calhou em estar a passar uma música dos The National. E eu emocionei-me. Foi a segunda vez que isto aconteceu, em cerca de uma semana. Emocionei-me com algo tão simples como uma música dos The National (pouco importa qual).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A última vez que vimos os The National ao vivo foi há um ano e uns dias, no Campo Pequeno. Lembro-me de sair do escritório a correr, ir buscá-lo ao aeroporto (no tempo em que era normal as pessoas viajarem em trabalho), e irmos directos para o Campo Pequeno, onde comemos qualquer coisa num instante, e nos sentámos naquelas cadeiras estupidamente desconfortáveis.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O concerto começou e esquecemos o desconforto. O concerto começou e eu deixei-me levar pelas músicas. Com uma mão na tua mão e a outra na barriga (que ainda nem existia), eu quis guardar aquele momento para sempre. Fomos felizes, ali. Nós e a nossa sementinha, que ainda era segredo para a maioria das pessoas. Não me lembro, mas é provável que tenha chorado. Pelo menos, podia culpar as hormonas. Sei que gostei muito do concerto. Só podia, aliás.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Hoje, ao ouvir aquela música, voltei a esse concerto. E não pude deixar de me emocionar, ao pensar que não sei quando voltaremos, verdadeiramente, a um concerto. A pandemia tem-me levado tanta coisa boa, e a cultura é uma delas. Não sei quando voltaremos aos concertos, aos teatros, ao cinema. Não sei. E eu sei que eles continuam a existir. Eu é que não sei quando serei capaz de lá voltar. A pandemia levou-me a cultura e deixou-me o medo. E isso é uma grandíssima merda. </span></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-69960154935522918712020-12-09T22:07:00.006+00:002020-12-10T15:25:50.980+00:00Dos 5 meses da Isabel...<p></p><div style="text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi56EfBk5YxztpaPSfus4R7T6PISVBKE6z7TPKersZzxjh-uOPJlnMcGrF0BxDzE2c0SgnRWw5psE5F6hDoBVpii2czhrz7rI0wPRmpE0TKuFXAjhh1-e8EbvvD_fFybgS8NzHoD3XYYz0/s1394/IMG_20201209_215012.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1045" data-original-width="1394" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi56EfBk5YxztpaPSfus4R7T6PISVBKE6z7TPKersZzxjh-uOPJlnMcGrF0BxDzE2c0SgnRWw5psE5F6hDoBVpii2czhrz7rI0wPRmpE0TKuFXAjhh1-e8EbvvD_fFybgS8NzHoD3XYYz0/s320/IMG_20201209_215012.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Cinco meses de Isabel.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">No último mês a grande descoberta da Isabel foram os pés e as pernas. Se antes já não parava quieta com eles, agora passa tempos infinitos com eles no ar. E tenta apanhá-los e agarrá-los. Mudar a fralda tornou-se um desafio muito mais interessante, claro. Quer ver tudo o que a rodeia e distrai-se facilmente, mesmo quando está a comer. Olha para o Snow e ri-se. Ele, continua a ignorá-la, mas já encostou o nariz ao dela. Já quase se aguenta sentada. Tentamos que ela rebole, mas os presuntos que tem no lugar das pernas, não ajudam. Continua a adorar o banho e ri-se quando percebe que a vou levar para ele. Curiosamente, ri-se ainda mais quando a tiramos da água. Também berra, quando lhe dá para isso. E agora tem-lhe dado para isso a meio da noite. Compensa na fofura durante o dia. Toda ela é bochechas e ninguém lhe resiste. </span><span style="font-family: arial;">Ri-se muito, já disse?</span><span style="font-family: arial;"> É um pequeno génio e já abre a boca e deita a língua de fora quando chega a hora de lhe dar as gotas da Vitamina D. Continua a não gostar da chucha, e nós continuamos a insistir para que ela goste. Continua a portar-se lindamente na Ergobaby. Gosta de passear e de ir de cabeça no ar, a ver o céu, as árvores, os pássaros, e o que quer que seja que lhe apareça à frente. Dizem que é igual a mim, mas eu acho-a demasiado bonita para ser igual a mim. Olha fascinada para a forma como a comida desaparece na nossa boca. Não tarda, está ela a comer também. Cinco meses. Como? Não sei.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="font-size: x-small;">(quinze dias de atraso... diz muito sobre os últimos tempos...)</span></span></div><p></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-9897511319015098152020-12-01T22:00:00.004+00:002020-12-01T22:00:41.654+00:00Das fotografias que dão alegria... - Day 336<p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBPNxehQHiG_CEBsMuu0ZgaowLvj8Q-3YNhNbdI741AfMpGuYIEY_dt3LGS5sIrw6cA6FPBcqH-W-kaF5kXkyVz3UdCrkR-EGC1Rc449avVZfLenzA6NIgD7u2GLm4XV6yxcjRn_aq2Eg/s2048/IMG_20201201_171211-01.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBPNxehQHiG_CEBsMuu0ZgaowLvj8Q-3YNhNbdI741AfMpGuYIEY_dt3LGS5sIrw6cA6FPBcqH-W-kaF5kXkyVz3UdCrkR-EGC1Rc449avVZfLenzA6NIgD7u2GLm4XV6yxcjRn_aq2Eg/s320/IMG_20201201_171211-01.jpeg" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não tenho cozinhado tanto quanto gostaria. Pergunto-me, diversas vezes, o que raio é que eu fazia com o meu tempo, antes de a Isabel nascer. Nada, aposto. Eu não fazia nada. É a única explicação que encontro. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Hoje acordámos mais tarde que o habitual (a noite foi má e "obriguei" a Isabel a dormir mais um bocadinho de manhã). Fiz panquecas para o pequeno almoço. Fomos para a expo. Eu corri, enquanto ele caminhou com ela. Eu peguei nela, voltei para casa, e ele fez o treino dele e voltou a correr para casa. Tomei banho e fiz o almoço. Almoçámos. A Isabel fez a sesta. Eu arrumei a cozinha e fiz estas bolachas. Pelo meio, trocar fraldas, dar de mamar, brincar e palrar. Recebi uma notícia menos boa que me deixou a pensar. Falei com o meu Pai. Ainda fiz sopa. Estivemos a fazer testes para a sessão fotográfica de Natal. Demos banho e deitámos a Isabel. Jantámos. A Isabel acordou e eu voltei a adormecê-la. Comemos bolachas e chocolates da árvore de Natal. Vegetámos. Eu escrevo este post. Não tarda, vou dormir que amanhã é dia de trabalho.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E dizia eu antes que não tinha tempo... </span></div><p></p>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-47928297870333801912020-11-30T17:40:00.002+00:002020-11-30T17:40:45.561+00:00Da polémica das provas virtuais pagas... <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Por essas redes sociais fora, têm-se visto todo o tipo de comentários e críticas às organizações de provas, que estão a cobrar por provas virtuais.</span></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A mais recente polémica estalou hoje, com a abertura das inscrições para a São Silvestre de Lisboa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Vamos lá ver... </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ninguém é obrigado a inscrever-se em prova nenhuma, certo? Também ninguém é obrigado a pagar, se não o quiser fazer, certo? E não é porque umas organizações fizeram provas gratuitas, que todas têm de o fazer. Até porque muitas há que recebem apoios e fundos das autarquias para o fazerem, por exemplo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu já estou inscrita para a São Silvestre de Lisboa. Porquê? Porque faço questão de fazer aquela que é a prova mais especial para mim, ainda que este ano seja apenas de forma virtual. Porque faço questão de ficar com a t-shirt da prova, para juntar às 5 que já tenho. Porque faço questão de apoiar a HMS, que é, no que toca a provas de estrada, a que considero a melhor organização que existe. Em última análise, já estou inscrita porque me apetece.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quem não quer pagar, não se inscreve e não paga. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para mim, faz sentido inscrever-me e pagar. E acho que também devia fazer para todas as pessoas que gostam de fazer provas (que não são todas as pessoas que gostam de correr, naturalmente).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estamos a atravessar um período único, uma situação extraordinária, uma pandemia como nenhum de nós já tinha visto. Tudo isto, terá consequências devastadoras para a nossa economia. Já está a ter, aliás. São raros os sectores que não vão sofrer com isto. São raros os sectores onde não existiram ou existirão despedimentos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu gosto de ir a provas de corrida. E quero que elas continuem a existir. E eu gosto (muito) da São Silvestre de Lisboa. Se a minha inscrição puder contribuir um bocadinho que seja para que a HMS ultrapasse tudo isto e continue a organizar a São Silvestre de Lisboa, e todas as outras provas que organiza, então aqueles 9€ foram muito bem gastos.</div></span>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7676057199455667737.post-14679933170242176232020-11-24T22:28:00.004+00:002020-11-24T22:29:27.773+00:00Das fotografias que dão alegria... - Day 329<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQSFlFDuzGzruMcy30BH4cPPNO58KTmCWagveRYgXgJeu8iVywrjPdIhYepExIMF46UuUcYOKHqH-Cxfm0XIY1irMdX5QDHX3eZMqoE_OE3T-fSqqfebsmmNiF0XlKrzopzDr3Yedi8ak/s1824/IMG-20201124-WA0009.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1824" data-original-width="1368" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQSFlFDuzGzruMcy30BH4cPPNO58KTmCWagveRYgXgJeu8iVywrjPdIhYepExIMF46UuUcYOKHqH-Cxfm0XIY1irMdX5QDHX3eZMqoE_OE3T-fSqqfebsmmNiF0XlKrzopzDr3Yedi8ak/s320/IMG-20201124-WA0009.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Introdução ao Passeio Marítimo de Oeiras.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-family: arial;">[fui mostrar-lhe o sítio onde comecei a correr, onde mais corri, onde fiz o meu primeiro quilómetro sem parar, onde treinei horas a fio, onde organizei treinos de grupo, onde ri, onde chorei, onde fui feliz, onde sofri, o sítio onde vou sempre querer voltar, uma e outra vez]</span></div></div>Agridocehttp://www.blogger.com/profile/12376706593873376999noreply@blogger.com6